O casamento ia ser realizado em algumas horas, e Stefan e Damon estavam parados em uma sala com o noivo ouvindo as instruções de segurança, quando Quinn entrou raivosa ameaçando contar tudo de Katherine para Tyler, que estaria casado em pouco tempo.

—Acho melhor você se sentar um pouco. –disse Stefan para Quinn.

—Vocês sabem quem ela é? –perguntou Tyler.

—Amiga da noiva. Elas devem ter bebido um pouco antes de tudo começar. Katherine deve estar nervosa. –disse Damon. Ele estava blefando, era óbvio. Katherine nunca ficava nervosa.

—O que acha de eu te levar lá de volta? –perguntou Sam se levantando.

—Não! –ela gritou com certeza.

—Você vai subir e vai ver como o Finn está. -hipnotizou Sam. -Acho que ele está deitado ainda, no quarto que número?

—1109. –respondeu Quinn.

—Ótimo. Eu vou com você. –disse Sam.

O que ele menos queria era um escândalo.

—Mulheres... Complicadas... –brincou Damon para Tyler, que ignorou e voltou a prestar atenção no homem das instruções.

Damon encarou o resto da sala. Todos os padrinhos estavam lá. A maioria eram padrinhos do noivo, que tinha uns 17 anos, então estavam todos na escola. Tinham uns cinco caras, sendo que dois deles estavam bem perto de Damon, um atrás dele e outro ao seu lado. O que estava ao lado de Damon observava tudo com atenção, mas o de trás, mexia sem parar no telefone e usava um cachecol. Ele comentou alguma coisa com o amigo do lado e então cutucou Damon.

—Ei. –disse o cara de trás. –Soube que você é o melhor amigo da noiva e ela é muito gata e doida. Eu e o meu amigo queríamos saber se você conhece mais alguém assim, ou uma madrinha, sei lá.

Damon olhou em volta. Stefan os encarava curioso, querendo assim como Damon saber no que aquele papo ia dar, afinal... Os meninos deviam ter uns 17 ou 16 anos, mas os Salvatore aparentavam ter o mesmo.

—Acho que aquela loira que tava aqui pode ser bem maluquinha. Mas preciso saber o que vocês querem fazer. –disse Damon.

—Esse casamento vai demorar. Eu tenho duas amigas que exageraram no brunch e estão dispostas a pegarem um táxi pro meu quarto de hotel aqui perto. A gente vai fazer uma hidro com elas, mas precisamos de mais gatinhas, quem sabe você e o seu amigo não queiram ir também? Vai ser tipo uma despedida de solteiro, mas sem os noivos. –riu o menino do cachecol.

—Estamos sem sungas. –cortou Stefan, achando a ideia péssima.

—Acho que você não é do tipo que sabe como as coisas acontecem aqui em NY. –o cara do cachecol tava enganado, Stefan sabia muito bem. –Acontece que se você preferir, podemos passar na minha cobertura na quinta avenida e pegar sungas, mas ninguém usa na hidro lá do quarto. Assim como as meninas preferem entrar sem biquínis.

—Me fala mais sobre essas meninas. –disse Damon interessado.

—Tem uma loirona alta e uma morena mais baixa. A morena já teve um caso comigo e com o meu amigo aqui, assim como a loira, mas estão solteiras no momento. Elas querem... Se aventurar. –Damon pareceu interessado. –E então? O que acha?

—Precisamos conversar. –disse Stefan, puxando Damon pra um canto, onde o menino do cachecol e o amigo não ouviriam a conversa. –Isso é doideira! Eles querem fazer um treco muito doido, Damon. Além disso, são menores de idade e estão chapados!

—E daí? Você já fez coisa pior! –disse Damon. –Além disso, eu to cansado de ser “do bem”, fazer coisas boazinhas e salvar a donzela da July sendo que ela nem quer ficar comigo. Quero me divertir e parar um pouco com essa coisa de vampiro. Olha... Faz o seguinte: eu vou com esses caras e você fica aqui, ok? Qualquer coisa me liga.

Damon foi até os dois e eles saíram em direção a uma limusine que esperava na entrada. Eles eram mesmo ricos.

—Damon Salvatore. –disse Damon olhando pro cara de cachecol e estendendo a mão.

—Chuck Bass. –ele disse estendendo a mão de volta. –E esse aqui é o Nate. –ele falou apontando pro amigo do lado e entrando na limusine com os dois em seguida.

...

As horas passaram, e quando se deram conta, o casamento estava prestes a começar. Damon ainda estava sumido e Quinn tinha ficado no prédio com Finn, que tinha acabado de acordar. Um tempo depois, Bonnie descobriu que ele usava um anel que o impedia de morrer, já que tinha sido enfeitiçado fazia séculos.

Katherine estava vestida de noiva, esperando Damon para entrar com ele no altar enquanto todos os padrinhos e as madrinhas estavam a postos, menos dois casais escolhidos pelo noivo.

Como mágica, Chuck Bass apareceu com uma morena e Nate com uma loira prontos para entrar na igreja. A música começou. Uma cerimônia linda. O noivo apareceu na ponta da igreja esperando pela amada que caminhava com tranquilidade com Damon, que aparecera junto a Chuck e Nate poucos minutos antes.

Estava tudo perfeito. Sem Mary, sem July, sem ninguém que não constasse nos sonhos da noiva. Katherine sorria. Seria isso que ela queria mesmo? Não era um plano? Vai ver algum pedacinho daquele coração e daquela cabeça insana gostava mesmo do Tyler.

Katherine foi entregue nos braços do noivo e estavam prestes a ouvir as palavras do padre quando uma bala perfurou o corpo de Tyler. Um tiro. De que arma? Ninguém viu. “Um vulto” foi como alguns descreveram. Tyler estava morto, e Katherine chocada. Ele não era vampiro. Não tinha anel mágico. Estava completamente morto. Alguns alegam que ele era lobisomem. Será? Não da pra saber, ele estava morto.

—Mary... –Damon suspirou.

—Precisamos sair daqui enquanto ela ainda ta perto. –disse Stefan correndo.

—E perder toda essa festa? –perguntou Damon olhando para os rostos chocados.

—Vamos! –gritou Stefan.

Damon deu uma última olhada, uma especial para uma menina no canto do salão. Uma morena, a amiga do Chuck que há poucos minutos estava fazendo loucuras, mas que naquele momento estava surpresa pelo tiro e envergonhada quando olhou para Damon. “Acho que o nome dela é Blair...” pensou Damon. “Tanto faz”, ele disse sorrindo pra ela e indo atrás de Stefan.

O que Damon e Blair teriam feito poucos minutos antes era um mistério. “O que acontece na hidro, fica na hidro.”, pensavam os dois. Nada disso importava, afinal, aquelas loucuras deviam ser esquecidas. Ele teria que ser bonzinho de novo.