Os Vampiros De Ohio escrita por katnissberry


Capítulo 58
Capítulo 58




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—Você ta bem? –perguntou Stefan entrando em um quarto de hotel onde Katherine estava.

—Um segundo. –ela gritou de dentro do banheiro.

Stefan deu uma olhada em volta pro quarto ocupado pelo vapor do banho dela. Um medo de que a morena surgisse pelada em sua frente tomou conta dele, afinal, tratava-se de Katherine Pierce.

—Mais ou menos. –ela falou, respondendo a pergunta de Stefan. Enquanto secava os fios molhados logo depois de deixar o banheiro, ela encarou o Salvatore um pouco chateada. –Eu conheço essa cara, Stefan. –ela suspirou decepcionada. –Você achou que eu ia aparecer pelada e dar encima de você, né?

—Desculpa, mas... Você tava flertando com o Damon há pouco tempo atrás. Eu só achei que...

—Ta legal, Stefan. Eu te entendo. –ela falou sentando na cama. –Todo mundo acha que eu sou uma vagabunda. Eu sou mesmo, né?

—Katherine...

—É só que... –ela suspirou olhando para o chão. –Eu gostava dele, Stefan. E ele gostava de mim. De verdade. Ele não me considerava vagabunda, mas sabia quem eu era e me amava mesmo assim. Eu não dei valor pra isso. Não dei valor pra ele, nem pra ninguém. Agora ele só mais um corpo sem vida. Acho que o pior de tudo, é saber que eu já matei tanta gente inocente e que existem várias pessoas passando por isso, pelo que eu to passando. Elas não mereciam, ele não merecia. Eu sim. –ela disse, ainda olhando pro ponto no chão.

—Calma. –ele disse sentando ao seu lado e pondo o braço em torno de seus ombros. –Vai dar tudo certo.

—Não vai Stefan! Para de mentir. Eu sou a pessoa mais forte que eu conheço. Você sabe disso. Eu nunca choro, eu nunca fico mal. Mas eu sei que tudo isso não passa de uma mentira. Essa nossa vida é uma mentira. Não estamos vivos, estamos mortos. Mortos como o Tyler, como o seu pai, como o Blaine... Só que a gente continua respirando e bebendo sangue. Isso não é humano, isso não é vida. A falta de humanidade é outra lorota. Não somos humanos nem com ela. Sem ela, os sentimentos ainda estão lá, mas escondidos. Só que você sabe que estão lá, sabe que tem uma caixinha com o amor e a compaixão que está louca pra ser aberta, mas você ignora e finge que ela não existe. É mentira, Stefan.

—Katherine, a vida é cheia de mentiras. Eu sei, mas essa filosofia toda não vai te afastar da verdade. Tyler ta morto, e você ta andando, falando e respirando. Você mata, é uma realidade. Eu mato, Damon mata. A culpa é inevitável. Se você odeia ela, para de pensar nas coisas ruins, e sim nas boas.

—Como o que? Eu amei o Tyler. Isso é uma coisa boa, mas virou ruim, porque me lembra ele.

—Você me ama, né? –ele perguntou sério. –Sempre fica falando de como faria de tudo por um Salvatore.

—Sim, mas isso me lembra que não sou correspondida. Outra coisa ruim. Parabéns Stefan.

—Quem disse? –ele perguntou sério. –Você é bonita, poderosa, inteligente... Se mostrasse esse lado bondoso e carinhoso, com certeza eu corresponderia. Só que você não quer abrir a caixinha. A caixinha dos sentimentos.

—Você acha que se eu abrisse... Eu e você... –ela disse lentamente, mas foi parada por uma mão em seu pescoço. Aquele beijo roubado de Stefan, com o molhado do cabelo de Katherine era perfeito. Nem parecia que a morena tinha acabado de perder o noivo.

...

Pouco depois, por volta das 21h, Klaus apareceu no Mystic Grill e pediu uma bebida. Olhava calmamente para a menina sentada numa poltrona, ali perto. Alguns minutos depois, um suspiro ao seu lado o fez perder a concentração na moça.

—Damon. –ele disse, olhando o rapaz. –Sabia que viria.

—E eu sabia que estaria aqui. –ele disse olhando para a loira sorrindo, que estava sozinha mexendo no celular. –Precisava saber se ela estava bem.

—Exatamente. Não ia conseguir descansar até descobrir. A Mary é má. É capaz de tudo. –suspirou Klaus, dando um gole na sua bebida que tinha acabado de chegar.

—Com quem ela ta? –perguntou Damon.

—Não sei ainda. –disse Klaus, deixando um silêncio de alguns minutos. –Você fez isso pra protegê-la, né? Eu digo... Apagar a memória da July.

—Aham. –ele respondeu, com os olhos fixos nela.

—Não faz isso. Faça com que ela lembre. Você ta enganando ela e se enganando. Você não pode fingir que o mundo é seguro, porque ele não é. A July pode achar que não existem monstros por aí, mas eles existem, e vão se aproveitar dela por isso. Sua vida vai ser horrível, Damon. Vai vê-la ser feliz com outros, sem poder fazer nada. Vai perder uma chance. Uma grande chance. Uma chance única.

Naquele momento, Sebastian Smythe chega na mesa de July e sorri para a loira, que o aguardava.

—Tem razão. Eu não posso mais ficar aqui sentado vendo isso. –ele disse se levantando e indo atrás de July. -Posso falar com você por um segundo? –ele perguntou olhando em seus olhos.

—Pois não? –ela perguntou estranhando.

—Ali fora, vai ser rápido. –disse Damon.

—Eu conheço esse cara. Pode confiar. –disse Sebastian, como uma forma de tentar se desculpar por tudo que tinha feito no ano passado.

July se levantou e foi até o lado de fora com ele. Damon pediu que ela ficasse em frente a uma janela, logo na entrada do restaurante.

—July, me perdoa. Eu precisei fazer isso. –ele disse preocupado.

—Eu não to entendendo.

Damon a olhou nos olhos, e mandou ela se lembrar de tudo. Se afastou, e a observou mudar de expressão lentamente.

—Você me abandonou. Você simplesmente me deixou pra trás, Damon. –ela falou, com a raiva saltando de seus olhos.

—July, me perdoa.

—Não tem como. –ela disse ainda com raiva, assustando cada vez mais Damon.

—Você não ta bem. –ele disse surpreso. -É mentira, né? Eu posso explicar. Eu fiz isso pelo nosso bem, pelo seu bem.

—Eu não posso te perdoar, Damon. Eu não posso porque não sou a July. –ela disse, transformando sua cara de raiva em um sorriso.

—Mary, considere-se morta. –ele falou com raiva. –Klaus! –ele gritou.

—Bye, bye. –ela disse sorrindo, pouco antes do vampiro original aparecer.


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