Os Vampiros De Ohio escrita por katnissberry


Capítulo 56
Capítulo 56




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/501608/chapter/56

Flashback—Ohio, 1863, outubro.

A mansão dos Fabray estava calma. Lucy Quinn Fabray, filha única, aguardava olhando para a janela, a tão esperada visita. Sua mãe a observava com cuidado, também ansiosa, enquanto seu pai mexia na papelada no canto da sala principal.

—Senhor Fabray. –disse a mãe de Quinn. –Tem certeza absoluta que o senhor Saltzman virá?

—Claro que tenho! Ele desembarcou no porto faz pouco tempo. Recebi uma carta ontem que confirma! Seu atraso deve ser dado pela chegada de sua sobrinha que veio da Bulgária. Ela virá com ele. –disse o pai de Quinn.

—Isso não é emocionante, querida Lucy? –perguntou a senhorita Fabray. –O, claro, me perdoe. Não entendo essa sua vontade de ser chamada de Quinn. O nome Lucy foi tanto com tanto carinho. De qualquer maneira, não é emocionante recebê-los aqui? Faz tempo que não vemos ninguém de fora, creio que seu pai não está ansioso pra te casar com alguém.

—Não tem ninguém a altura da minha querida filha. –disse o senhor Fabray se virando para Quinn, que encarava a janela.

— Alaric Saltzman é um bom homem. Soube que é rico e ainda trará sua sobrinha! Uma amiga leal, eu prevejo. –disse a mãe de Quinn.

—Quem poderá dizer? Só o tempo confirma. –disse Quinn.

Pouco tempo depois, a carruagem parou em frente à mansão, e os três ansiosos desceram para receber as visitas.

—Senhor e senhora Fabray. –disse Alaric saindo da carruagem e fazendo sinal. –Permitem me apresentar minha sobrinha, Katerina Petrova.

Uma bela moça morena de cabelo cacheado saiu da carruagem sorrindo e fazendo sinal.

—É um prazer. –ela disse com um olhar sedutor.

—O prazer é inteiramente nosso! –disse a senhora Fabray, entrelaçando o braço no de Katerina. –Essa é minha filha, Lucy, ou melhor, Quinn. Espero que sejam grandes amigas. Tem a mesma idade.

—Estou certa de que será uma bela amizade. –ela falou sorrindo para Quinn.

Depois de contar a sua vida na Bulgária, Katerina e Quinn finalmente ficaram a sós, quando a Senhorita Fabray resolveu se retirar.

—E então? Como era a vida na Bulgária? –perguntou Quinn.

—Acho que já falei de mais sobre isso por hoje. Já contei todas as histórias divertidas. –disse Katerina com um sorriso. –Conte me, você! O que acha do meu tio?

—Ele é muito bonito, e creio que seja muito simpático. –disse Quinn.

—Ele é sim. E está a procura de uma esposa. Eu vi o seu olhar ao lhe ver, querida Quinn. Creio que esteja falando sobre o noivado agora mesmo com seu pai, no escritório. –disse Katerina.

—Mas não é precipitado? Não trocamos uma palavra ainda. –disse Quinn assustada.

—É comum. Na Europa, tem vezes que tu conheces a noiva no dia do casamento, só no altar! –falou Katerina surpresa.

—Então creio que eu seja uma menina de sorte. –suspirou Quinn.

—Creio que sim. –disse Katerina sorrindo. –Mas posso dar um jeito nisso, se me permitir.

—Mas como? Eu ouvi dizer que o senhor Saltzman nunca volta atrás! –comentou Quinn de olhos arregalados.

—E não volta mesmo. –concordou a morena. –Mas como eu havia dito... Se me permitir, posso impedir o casamento.

—Mas não disseste que eu era uma menina de sorte? –ela perguntou surpresa.

—Mas é! Uma menina de tremenda sorte, por me ter ao seu lado.

—Sendo assim... Acho que permito.

—Ótimo. –disse Katerina sorrindo.

Dois dias depois, o corpo de Alaric foi encontrado em seu quarto arrebentado por um ataque de animais. Quando Quinn e Katerina voltaram do enterro mais tarde, as duas se setaram na sala e começaram a conversar.

—Senhorita Petrova... –começou Quinn. –Foi uma fatalidade o que houve com seu tio, não? A senhorita não teria tido nenhuma participação, não é?

—Mas que acusação terrível! –disse Katerina sorrindo. –Meu pobre tio! Mas... Podemos afirmar que a fatalidade veio no momento certo, não? Uma boa herança ficou para mim e seremos irmãs por um tempo, até que eu ache um lugar para ficar. Assim posso lhe ajudar com o prefeito Lockwood, o que acha?

—O prefeito Lockwood? –perguntou Quinn com interesse.

—O que acha? É um homem bonito, e aposto que está a sua altura. Recebe bastante e é jovem e esbelto.

—Katerina, posso lhe pedir um favor?

—Tudo, minha querida nova irmã. –ela disse sorrindo.

—Guardaria um segredo? –ela perguntou mordendo os lábios.

—O levaria ao meu túmulo.

—Eu e o senhor Lockwood... Já nos conhecemos. –ela disse sorrindo. –Em um baile mês passado. Ele é encantador. Nós conversamos por horas e eu escrevi algumas cartas. Não enviei, é claro. Nenhuma moça direita enviaria cartas de amor antes de receber uma. Mas eu estou apaixonada! –ela suspirou. –A cada momento meu coração fica mais apertado quando penso nele e os meus sonhos com seu belo rosto estão cada vez mais frequentes!

—Isso é tão meigo! Prometo que lhe ajudarei nisso. Soube que terá um baile amanhã. Podemos dar um jeito nisso, o que acha?

—Eu adoraria. Muito obrigada, Katerina.

—Acho que vou adotar outro nome. Nunca gostei muito de Katerina. Acho muito bonito Quinn, de fato, melhor que Lucy. Muito inteligente de sua parte ter trocado.

—Obrigada. –ela suspirou. –Acho que o seu deveria ser Katherine.

—Katherine. –ela disse erguendo o rosto. –É um bom nome. Eu gostei.

...

Na noite seguinte, Katherine e Quinn estava no salão de dança sorrindo para os outros convidados do baile. Quinn estava de pé em um canto observando um menino alto e bonito, enquanto Katherine estava falando com o prefeito. Assim que a morena se aproximou, Quinn sorriu de alegria e curiosidade.

—E então? –perguntou Quinn ansiosa.

—Ele mandou reservar as primeiras duas danças. Quer que você seja seu par.

—Obrigada, Katherine! –ela disse a abraçando.

—E quem é aquele belo rapaz ali? –perguntou Katherine.

—Não tenho certeza, mas acho que é o melhor amigo do prefeito, Stefan Salvatore. Seu pai é um homem muito respeitado, melhor amigo do meu pai, porém nunca nos apresentamos.

—Entendo... –suspirou Katherine. –Agora, Quinn... Você me faria um favor? –ela perguntou franzindo as sobrancelhas.

—Claro.

—Existe um rapaz, Klaus, que está na cidade a minha procura. Se ele por acaso falar com você ou for te apresentado poderia negar a minha presença? Ele é um rapaz muito perigoso.

—Claro, Katherine. –ela disse com um sorriso meigo.

Nem tudo eram flores e borboletas como Quinn pensava. Naquela mesma semana, Klaus veio procurá-la e lhe alertou do perigo de Katerina Petrova e de como a mudança do nome era apenas um truque para fugir dos crimes cometidos na Bulgária. Klaus foi embora do continente por conta de problemas com o irmão, e Quinn, ao assimilar a chegada de Katerina com a morte de Alaric, mandou uma carta para Klaus dizendo onde ela estava. Mais tarde, Katherine descobriu da carta e a impediu de ser enviada, mas fez questão de se vingar de Quinn. Em uma noite do mês de outubro, matou o prefeito, o amor da vida dela. Em uma noite do mês de novembro, transformou Quinn em vampira, e sem explicar nada sobre a transição, se mudou para a casa dos Salvatore, a deixando com sede de sangue, sozinha em uma mansão com seus pais, que resultou em sangue.

...

4 de dezembro de 2014

Era o grande dia, estava tudo sendo arrumado. Katherine estava terminando de se maquiar, quando Quinn entrou em seu “camarim”.

—Me explica, Katherine. –ela disse séria. –Que brincadeirinha é essa?

—Eu é que pergunto. O que ta fazendo de cheerios? –ela perguntou rindo.

—Eu botei por engano na mala, mas foi a única roupa que sobreviveu depois de deixar a janela aberta naquela chuva. De qualquer forma, falta tempo pro casamento e ninguém ta com a roupa ainda. Estavam todos lá fora ajudando a organizar as cadeiras. Agora eles sentaram nula salinha ali do lado do salão, e estavam prestando atenção pras regras de segurança. Sabe quem estava sentado, Katherine?

—Quem? –ela perguntou revirando os olhos.

—Seu noivo. Ele me olhou e não me reconheceu. Mas eu reconheci, Katherine. É o prefeito, que você matou séculos atrás. –ela disse séria.

—Não é ele. Antes de morrer ele teve um caso com uma mulher e engravidou ela. Algumas gerações depois, estamos aqui. Ele não é o prefeito. É o Tyler Lockwood, descendente dele, meu noivo. –ela falou passando o rímel.

—Eu nunca me vinguei sabia? De tudo o que você fez comigo. –disse Quinn séria.

—Você tirou meus Salvatore. Estou tirando o seu prefeito. Aposto que nem lembra dele.

—Claro que lembro. Acontece que eu dou valou, Katherine. Pras pessoas que eu amo.

—Jura? Então porque você não está com o Finn agora? –perguntou Katherine levantando as sobrancelhas.

—Eu já vou pra lá. Mas antes eu preciso fazer uma coisinha. –ela disse saindo da suíte que Katherine estava e indo para a sala das regras de segurança, onde o noivo da morena se encontrava. –Tyler, preciso falar com você. –ela falou interrompendo discurso do proprietário daquele lugar sobre os alarmes de incêndio.

—Qual seria o assunto? –ele perguntou.

—O passado da sua noivinha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os Vampiros De Ohio" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.