Red Roses - CaptainSwan escrita por Dark Swan


Capítulo 22
She´s Back


Notas iniciais do capítulo

Hello! Capítulo Novo. Yeaaaay! Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/501566/chapter/22

–Emma... - Ela deu um passo à frente e me abraçou. Senti os meus músculos relaxarem e toda a tensão que eu estava sentindo pelas últimas 24 horas se convertendo em lágrimas.

Apertei-a em meus braços. Céus! Aquilo veio como bálsamo para mim. Por um momento eu pensei que fosse algum sonho ou alucinação, mas ela estava realmente ali. Viva e na porta da minha casa.

Ela se afastou e pude observar pela fraca luz da noite que seus olhos estavam marejados. O que teria acontecido? Voltei a abraçar, ciente que tinha deixado os livros caírem no chão.

–Lucy. Você está realmente aqui- falei afastando seus cabelos castanhos para trás do ombro.

–Sim. Acho que sim- ela tremia. O frio da noite em Storybrooke não podia ser contido por apenas uma regata e uma minissaia.

–Vem, vamos entrar- juntei os livros jogados no chão e puxei Lucy para dentro da minha casa. Não tinha soltado sua mão ainda, algum lugar da minha consciência falava que se eu a soltasse, ela não voltaria.

A casa estava visivelmente mais quente que a rua, mas minha prima continuou a tremer e passar as mãos pelos braços a fim de procurar alguma fonte de calor.

–Sente-se- apontei para o sofá perto de nós- Vou buscar um cobertor.

Libertei-me de suas mãos e subi a escada rapidamente. Tirei as botas e as encostei em algum canto do meu quarto. Corri até o meu closet e peguei uma manta cor-de-rosa que não usava há muito tempo.

Segui meu caminho pela escada e encontrei Lucy se encolhendo entre as pernas. Ela estava realmente congelando. Cobri-a com o coberto e me sentei ao seu lado no sofá.

–Obrigada- Ela disse quando percebeu o pano em sua volta. Passei as mãos pela sua costa gelada enquanto ela voltava a por os pés no chão.

–Então, você vai me contar o porquê de você sumir de repente e causar pânico em todo mundo que te conhece?- falei apreensiva com a possível resposta.

–Er... Er... Eu... - ela tentou montar uma linha de raciocínio, mas perceptível estava cansada demais para formular uma frase.

–Olha... - toquei em seus ombros dessa vez- Suba, tome um banho quente e eu preparo alguma coisa para você comer. Depois nós conversamos, tudo bem?

Ela balançou a cabeça e se levantou do sofá ainda com as pernas bambas.

–Segundo quarto à esquerda. Pode escolher o pijama que você quiser.

–Obrigada- ela subiu as escadas.

Me direcionei a cozinha para preparar alguma coisa. Abri a geladeira e encontrei um queijo fresco. Macarrão com queijo era a minha especialidade. Tinha que dar.

Coloquei café na cafeteira e liguei-a. O macarrão já estava na panela e eu misturava o queijo. O cheiro estava divino. Peguei os pratos no armário e coloquei-os sobre a mesa.

Ouvi os passos vindos da sala e um milésimo de segundo depois, Lucy aparece com um pijama de ursinhos, cabelo molhado e o rosto com um pouco mais de cor. Ela definitivamente estava revigorada.

–Emma, o cheiro está delicioso- ela se aproximou e sentou-se à mesa.

–É o meu famoso... - comecei a falar.

–Macarrão com queijo- ela terminou a minha frase com um sorriso travesso- A sua especialidade.

–Vamos comer, então?- sorri ao me voltar para ela com a frigideira.

–Sim, eu estou faminta- ela umedeceu os lábios enquanto eu depositava o macarrão em seu prato.

Comemos em silêncio. Lucy devorou seu prato em poucos minutos enquanto tomava pequenos goles de seu café quente.

–Então... - eu a encarei curiosa enquanto ela dava sua uma garfada- Você está pronta para falar?

–Sim... Eu acho que sim- ela limpou a boca com o guardanapo.

Deixamos as louças na pia e caminhamos até o sofá da sala.

–Então... - olhei para ela, que transparecia nervosismo.

–Emma, você sabe que você sempre foi minha confidente.

Concordei com a cabeça.

–Eu quero que você me prometa manter segredo, pelo menos por agora.

–Tudo bem... - falei temerosa, a tensão estava implantada na sala novamente.

–Eu fugi de casa, porque achei ser a melhor maneira de achar a meu namorado- ela disse com lágrimas em seus olhos.

–O que aconteceu?- me aproximei para abraça-la.

–Ele simplesmente desapareceu sem deixar nenhuma pista.

O pouco que eu havia ouvido sobre o namorado de minha prima era que ele era um verdadeiro cavalheiro, um homem educado e honrado, mas o que aconteceu para ele simplesmente abandonar Lucy? Maldito Louis ou Logan ou Lucas, tanto faz.

–Aí eu decidi te procurar- ela continuou.

–Por que você demorou tanto para fazer contato?- me afastei para olha-la melhor.

–Eu queria que você estivesse sozinha- ela deu uma pausa- E tem mais uma coisa... - Lucy me olhou com culpa. Eu conhecia aquele olhar. Ela tinha feito alguma coisa.

–O que?- falei nervosa.

–Eu demorei mais porque eu atropelei uma pessoa.

–Você fez o que?- levantei do sofá, totalmente irritada.

Ah não! Não era possível. O filme do que tinha acontecido algumas noites antes passou pela minha cabeça.

–Você atropelou o meu namorado?!- perguntei cética, mas já sabia a resposta. Comecei a andar rapidamente de um lado para o outro, passando as mãos pelos cabelos.

–Ele quase morreu, Lucy- falei com lágrimas nos olhos. Relembrar o fato me machucava ainda.

–Desculpe, Emma. Eu não fazia noção de quem era. Fui imprudente. Ultimamente eu só tenho trazido problemas pra todo mundo- ela enterrou o rosto nas mãos e começou a chorar.

Voltei a me sentar no sofá. Porém, dessa vez a minha perna balançava freneticamente em resposta ao meu nervosismo.

O Silêncio se instalou na sala.

–Se não fosse por você, eu não teria percebido coisas que estavam na minha frente o tempo todo- soltei uma risada ao lembrar do meu relacionamento com Killian antes do acidente.

–Então você não está tão chateada assim?- ela se permitiu levantar o rosto e me olhar.

–Claro que não- eu a abracei- E como Vice-Xerife da cidade, eu vou continuar pensando que foi um "motorista desconhecido" que provocou o acidente.

–Obrigada, senhorita Xerife. E... Desculpa novamente.

–Eu acho que já está tarde- falei ao bocejar.

–Antes de tudo, eu queria saber quem era o galã de novela com quem você estava aos amassos no Granny's.

–Você sabe onde é o Granny's?- falei ignorando o resto de sua sentença.

–Onde você acha que eu me hospedei e me alimentei nesses últimos dias?- ela falou e o seu típico humor tinha voltado- Enfim, você não respondeu minha pergunta. Da última vez que nos falamos, você estava namorando o Neal.

–Bem... - deu um longo suspiro- não deu certo- tentei ser o mais breve possível, não queria voltar a navegar em águas passadas

–Foi aí que você começou a namorar o bonitão- ela deu um sorriso malicioso.

–Sim, o bonitão que você quase matou, por sinal- falei dando um riso sarcástico.

–Foi por ele os sentimentos de "perceber o que está bem na minha frente"?- ela disse com a curiosidade queimando em seus olhos cor de mel.

–Sim, mas essa é uma longa história- falei deixando o cansaço me sobrecarregar.

–É melhor nós dormirmos- Lucy disse com os olhos tão pesados quanto os meus.

–Você pode ficar no quarto de hóspedes.

–Obrigada, Emma, de verdade- ela me abraçou e nós nos levantamos e seguimos escada a cima.

Quando Lucy estava quase fechando a porta, uma pergunta veio a minha mente.

–Vamos ligar para Tia Helen e dizer que você está bem?- falei esperançosa e notei-a trocando o peso de um pé para o outro.

–Emma, por favor, eu não sei se estou pronta para encarar a minha mãe. Eu ainda acredito no meu namoro e acho que tudo o que aconteceu tem um motivo.

–Então você quer ficar escondida?- perguntei incrédula- Com todo mundo te procurando que nem loucos. Lucy, essa é a coisa mais insensata que você já fez na sua vida.

–Mas Emma, eu o amo- ela começou a chorar novamente.

–Isso não te dá o direito de machucar todos em sua volta- gritei- Então, por favor, pense bem no que eu estou falando.

–Boa Noite- Ela limpou uma lágrima que ainda escorria pelo rosto e fechou a porta.

Tomara que ela pense um pouco sobre suas atitudes. Só de pensar que nessa hora, meus pais e Tia Helen estariam na porta de uma delegacia procurando por respostas, era frustrante. Eles não mereciam sofrer.

Deixei a água da banheira levar todos os meus problema enquanto eu desfrutava da sensação quente em meu corpo. A essência de rosas inundava o banheiro. Não queria estar em outro lugar nesse momento.

Saio do banho e visto calça de moletom e uma blusa larga. Deito-me na cama, me viro de um lado para o outro, mas não consigo dormir. Todos os meus pensamentos vão para os meus pais. Como eu queria ligar para eles.

Depois de muito tempo olhando para o teto, finalmente consigo dormir. Um sono profundo que pareceu ter durado cinco minutos. O som do despertador me chateou ao ponto de eu quase quebra-lo.

Levantei cambaleando e com os olhos pesados de sono. O que eu não daria por um dia em casa, mas o dever me chamava. Depois de um rápido banho e a troca de roupa coloquei, saí do quarto e me deparei com a casa completamente silenciosa. Lucy ainda não tinha acordado.

Peguei minha mochila, uma maçã na fruteira e saí. Entrei no meu fusquinha amarelo e dirigi todo o percurso até a universidade. Era um longo caminho, ótimo para fazer viagens reflexivas.

Cheguei ao estacionamento e notei alguém apoiado em um carro preto. Ele parecia tão quente essa manhã.

–Olá, Swan- Killian disse com um sorriso encantador no rosto.

–Oi- falei mais baixo do que o comum.

–Ei!- ele chamou a minha atenção ao pegar delicadamente no meu rosto- Está tudo bem?

–Sim- falei restrita.

–Seu vocabulário virou monossilábico agora?- ele disse contrariado- Definitivamente aconteceu alguma coisa com você. Foi por que eu não fiquei na sua casa ontem à noite?

–Não, Killian, não foi isso- falei grossa como nunca tinha sido antes- Eu só não estou bem...

–Por que você está se afastando de mim?- ele disse exasperado.

–Killian, por favor, me dê um tempo- saí dali deixando Killian sozinho.

Eu não queria fazer isso, mas a cada segundo que eu ficasse perto dele, era mais uma chance de eu falar sobre a minha prima e seus problemas. Eu precisava desabafar. Contudo, eu não tinha minha mãe, pai e não poderia falar um segredo sobre a minha prima com o meu namorado. Frustrante.

Tomei meu caminho até minha sala. Uma das coisas boas de ser a primeira a chegar, é encontrar a sala vazia. Sem vozes irritantes e risinhos perturbadores. Mas como tudo o que é bom dura pouco, as senhoritas patricinhas de Storybrooke chegaram e começaram a sussurrar coisas que eu preferi não ouvir.

As aulas passaram. Não tinha sido um dia muito produtivo para mim, qualquer coisa me distraía. Eu realmente estava afetada emocionalmente e isso poderia prejudicar meus estudos. Eu precisava esquecer meus problemas, mas de um jeito ou de outro eles sempre voltam para mim.

No final do dia, passei alguns minutos conversando com as meninas. Entre as conversas, eu dava rápidas olhadas para a parede do prédio, onde Killian estava apoiado, junto com outros meninos. Eu realmente não reveria ter trata-lo daquele jeito, fui rude e grosseira, eu não sou assim. Nesse exato momento Killian deve estar pensando como eu sou uma péssima namorada.

Me despedi das meninas e voltei ao meu carro. Dirigi pela noite iluminada pelas luzes das casas e postes de Storybrooke. O vento gélido batia em meu rosto e cabelos. Agradeci mentalmente por estar com a minha jaqueta de couro. Ela fazia um bom trabalho em me esquentar.

Quanto mais eu me aproximava de casa, mais a minha aflição aumentava. Lucy ainda estaria lá? Será que eu a tinha machucado. Refleti nas minhas próprias palavras "Você não tem direito de machucar as pessoas em sua volta" era exatamente isso que eu estava fazendo. Se Lucy ainda estivesse em minha casa, eu estava decidida a ter uma conversa amigável e carinhosa para que ela entendesse que deveria telefonar para os nossos pais.

Estacionei em frente de casa e caminhei confiante. Adentrei o local e encontrei Lucy perto da porta. Pequenos resquícios de lágrimas ainda estavam em seu rosto, mas um sorriso iluminava a sala. Ele segurou o telefone nas mãos e disse determinada:

–Vamos ligar para eles!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oi, de novo.
Primeiramente queria agradecer aos lindos comentários que vocês colocaram no capítulo anterior. Vocês são demais. Obrigada por todo o apoio contra os Haters.
Segundo, queria mandar um super hiper mega beijo para as meninas do grupo. Ha! Já disse que vocês são lindivosas? Pois é... As MINHAS lindivosas.
Obrigada, de novo.
Beijos,
Dag

P.S.: Eu não estou psicologicamente pronta para mais um episódio de 2 horas. Alguém me abraça. Se matarem o Hook, eu juro que cabeças vão rolar