Lei da Paixão escrita por Bia Flor Escritora


Capítulo 34
Passando o Tempo


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês e esse é dedicado a Tinkerbell. Aqui a ideia que você apresentou no grupo! Espero que goste!



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Suas roupas estavam apertadas. Muitas delas já não lhe serviam. De repente, saber da gravidez fez com que sua barriga crescesse como num passe de mágica. Sabia que não era isso. Sabia que o crescimento de seu ventre se devia aos seus filhos que cresciam ali. Já estava com três meses e sua barriga começava a aparecer. Muitas vezes se pegava pensando em como eles seriam. Qual seria a cor dos olhos e dos cabelos? Seriam parecidos com ela ou com Grissom? Seriam dois meninos? Duas meninas? Ou um menino e uma menina? Ainda levaria um tempo para descobrir. A única coisa que sabia era que estava amando a ideia de ser mãe. Ao mesmo tempo que desfrutava da ideia, isso a deixava temerosa. Ela seria uma boa mãe? Deixou esse pensamento de lado.

Além disso, começava a sentir outras mudanças em seu corpo. Sentia suas mamas maiores, mais volumosas. Seu corpo inteiro começava a se preparar para acomodar e depois receber as novas vidas que estavam a caminho. Para seu alívio, os enjoos diminuíram. O medicamento passado pela doutora Luciana, foi um santo remédio.

–o-

Eles estavam sentados juntinhos no sofá da sala de estar de sua casa. Estavam a vontade, pois desfrutavam de um tranquilo e merecido dia de folga. Grissom estava com o braço esquerdo envolto no ombro de Sara. Ele a aconchegou ainda mais em um abraço apertado para logo depois fazer-lhe uma suave carícia na mesma região. Ela encostou sua cabeça no peito masculino. Amava aquela posição, pois assim podia ouvir as batidas do coração dele. Com a mão direita, segurava um pequeno livro de palavras cruzadas e uma caneta. Estavam bem concentrados. Tentavam resolver uma do nível difícil.

Para essa árdua tarefa mental ele usava seus óculos para leitura que o deixava com mais ar de intelectual ainda, se é que isso era possível. Sara levantou o olhar para a linda face de seu marido e sorriu.

— Amo quando você usa óculos. Parece ainda mais intelectual do que já é – ela disse carinhosamente.

— Pois eu amo quando você faz palavras cruzadas comigo –ele respondeu sorrindo – Vamos começar?

Ele passou a cruzada para a mão esquerda, permitindo que Sara permanecesse com a cabeça em seu peito e mantendo a caneta em sua mão direita.

— Sim! – ela concordou animada – Vejamos a primeira – ela percorreu os olhos pela palavra cruzada procurando uma definição que julgasse um pouco difícil – Essa aqui – ela apontou - Berço grego da democracia, seis letras.

— Essa é muito fácil, querida. É Atenas.

Ele escreveu a resposta no local adequado.

— Então olha essa aqui – ela falou apontando outro local para ele – Navio a vela usado no transporte de cargas entre os séculos XVI e XVII, seis letras.

— Essa é um pouco melhor, mas também muito fácil. Galeão – ele respondeu oralmente enquanto escrevia a resposta.

— Olha! Essa é boa e é da sua área! – ela mostrou o lugar da definição.

— Inseto da ordem Hymenoptera, seis letras – ele leu e sorriu satisfeito.

— Abelha – responderam juntos, caindo na gargalhada. Grissom escreveu a resposta – Pois então, olhe essa, querida – ele apontou para a que mencionava – Sir Isaac (?): físico inglês.

— Realmente muito fácil. Newton.

— Essa cruzada está muito fácil. Acho que devemos mudar de nível – ele insinuou.

— Pode até estar fácil, mas terminaremos essa, senhor Grissom – ele o recriminou sorrindo.

— Tudo bem. Você é quem manda minha querida – ele concordou em tom brincalhão.

— Criador da teoria da Relatividade, oito letras.

— Einstein – novamente os dois responderam juntos.

— Aquele que faz justiça com as próprias mãos, plural, onze letras.

— Justiceiros.

— Profissionais do rádio, onze letras.

— Radialistas.

Continuaram nesse mesmo momento descontraído resolvendo as palavras cruzadas, até chegar na última. Sara leu em voz alta:

— Rei legendário espartano que teve sua esposa Helena, raptada. Sete letras.

— Foi Menelau.

A morena franziu o cenho, um pouco incomodada com aquela definição.

— Que triste isso, a esposa ser raptada!

Ele buscou os olhos dela com os seus.

— Não sei o que eu faria se isso acontecesse com você, minha querida! – ele comentou com a voz pesarosa.

— Não se preocupe Gil. Sei que você não deixará que nada de mal aconteça comigo e com nossos filhos – ela respondeu dando um beijo em sua bochecha e acariciando a barriga levemente volumosa.

Ela levantou um pouco a cabeça para olhá-lo nos olhos. Aqueles lindos olhos azuis a fascinavam. Torcia para que seus filhos fossem iguais ao pai. Uma lembrança a fez sorrir intimamente. Provavelmente ele não aceitaria o seu pedido, no entanto não custava nada tentar.

— Gil? – ela o chamou delicadamente.

— Sim, querida – ele respondeu.

— Seu aniversário está chegando... – ela começou a falar.

— O que tem meu aniversário? – ele perguntou sem saber onde ela queria chegar.

— O que você acha de fazermos uma festa para comemorar seu aniversário?

Ao ouvir a menção de festa, seu pensamento foi logo para o dia em que ele e Sara deram o almoço ali naquela casa para seus amigos. Não sabia o porquê de lembrar daquilo. Sabia apenas que havia sido maravilhoso.

— Festa? Sar, você sabe que eu não gosto de festa. Por que não passamos meu aniversário, somente eu e você?

Ela fez um biquinho que era típico toda vez que ficava contrariada.

— Ah, por favor! Vamos fazer a festa? Será para poucas pessoas, somente eu, você e nossos amigos do laboratório – ela tentava convencê-lo.

— Hummmm. Não sei...

— Considere isso como um desejo de grávida. Apenas uma festinha de aniversário Gil. Só uma!

—Tudo bem. Você venceu! Faremos conforme você deseja. O que você não me pede chorando que eu não faço sorrindo?

Sara comemorou sua vitória. Tinha um aniversário para planejar.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Estou indo bem? Já sabem que para sugestões basta mandar uma MP :)
Bjinhos da Bia e nos vemos no próximo capítulo!