Light of Dawn escrita por Kyo Takashi


Capítulo 9
Capítulo 8: Suspeitas


Notas iniciais do capítulo

Yo! Passei um tempão sem postar, porém há uma explicação para isso! Estive em período de provas, e etc, e por conta disso, não tive tempo nem muita criatividade para escrever. Mas, agora estou de férias, então os caps serão bem mais constantes :D



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Finn

Dois robôs surgiram: três metros de altura, de couraças reforçadas, movidos por rodas e equipados com punhos de aço. Um deles acelerou, vindo ao meu encontro. Movimentei o machado em um ataque vertical, e a lâmina ''afundou na mão dele, quando tentou se defender, porém ficou presa na metade do ante-braço, e ele aproveitou para me golpear no estômago com o outro braço, me arremessando longe.

Me levantei rapidamente, e corri até o mesmo robô, arrastando a lâmina pelo chão. O outro ser cibernético avançou e ficou em meu caminho, o bloqueando

– Sai da frente! - Gritei, saltando

Com o impulso que peguei, o robô não teve tempo para defender, e o machado perfurou a couraça blindado do tronco, em um ataque vertical, com facilidade.

O Julgador pesava bastante, e reduzia minha velocidade, porém o poder esmagador compensava, e se eu conseguisse usar seu poder de controlar o fogo, possuiria uma defesa absoluta; porém, mesmo que me focasse o máximo, não conseguiria criar pouco mais que uma pequena chama

Continuei à meu alvo original, que me desferiu um soco direto com o braço esquerdo; rapidamente abaixei-me, e em um único movimento, a lâmina do machado dilacerou a articulação do antebraço, que caíu e sumiu no brilho que um dos cubos fez.

Em instantes, o robô me atacou com o punho partido ao meio da mão direita, porém, com a lâmina da parte oposta do cabo, forcei contra o interior do punho, o que interrompeu o golpe quando ela encostou na extremidade do ante-braço... essa lâmina não era poderosa o suficiente para perfurar a couraça. Puxei o Julgador para mim, e desviei da continuação do soco, saltando para trás. O que não esperava, era que o robô fosse rápido o suficiente para me pegar desprevenido; meus olhos viam o punho de aço perfurado chegando à mim, e o peso do machado não me permitiria escapar.

Por reflexo, fiz algo que não entendi bem... O machado sumiu de minha mão, me dando mobilidade o suficiente para desviar do golpe com um giro para as costas do ser cibernético, e em instantes, lá estava o Julgador novamente em minha mão. Com força, perfurei o robô horizontalmente, partindo-o ao meio

Logo, apenas restava eu em meio a sala cinza...

– Uhuuuu! - Gritei

Uma voz saiu pelo interfone

– Como se sente Finn? - Perguntava Bonnibel

– Bem... eu acho, mas, eu to com uma sensação estranha... Ei, princesa, pode mandar mais robôs por enquanto?

– Ah... claro, por que não?

E assim fez, surgindo mais robôs para eu enfrentar. Isso se seguiu por certo período de tempo, e a cada um que vinha, eu concretizava cada vez mais meu pensamento. Sempre não conseguia... isso devia haver com meu braço, mas ele já estava com todas as feridas fechadas, então talvez fosse da marca... mas não poderia tirar qualquer conclusão precipitadamente. Minha sede por batalha, porém, não saciava nunca, o que me fazia sempre continuar me levantando, então, pude observar isso mais claramente. Após uma sessão de vários inimigos, decidi parar, e assim que o Julgador desapareceu, uma grande fadiga me afetou, e era como se aquele golpe inicial que o primeiro inimigo desferiu em meu estômago, só pudesse ter sido sentida agora, e tive dificuldades em me movimentar.

Ao pisar no último degrau da escada, quase caí de joelhos

– Finn! - A princesa veio à meu encalço, me ajudando a ficar de pé, e me guiou até a maca mais próxima

Não era dor que eu sentia, e sim cansaço ao extremo, como se minha força tivesse sido puxada de mim. A situação piorara apenas quando havia recolhido minha arma, então uma de minhas ambas suspeitas já estava concretizada

– Espere aí, eu vou...

– Pera aí, PB - Interrompi - Eu... mais ou menos... aprendi algumas coisas nessa luta...

Porém, minha voz falhava, e logo, eu estava semi-consciente, acordado apenas por minha força de vontade

– Certo, você as conta depois, agora fica quieto! Você pode sofrer danos sérios se continuar assim, só descanse, por favor - Pediu ela

E assim fiz, fechando meus olhos e repensando... pude me acalmar. Retirei dificilmente minha camisa, e a deixei de lado, ensopada. O suor continuava descendo sobre mim, porém não importava

Pensava nas hipoteses de diversas coisas, e me surpreendia em como minha mente estava a trabalhar rápido. Eu voltei a Ooo a partir de um buraco feito no céu, com estatura e aparência diferente, além de possuír roupas que nunca havia tido antes... carregava comigo um anel com símbolos estranhos e uma marca nas costas de minha mão direita. Minha força estava igual a de quando tinha 15 anos, porém minha velocidade, não estava nem a esse nível, e comprovei isso enquanto lutava.

O machado que peguei, foi descrito pela princesa como ancestral, e assim que recostei minha mão sobre o cabo, vários de seus segredos me foram iluminados, porém os esqueci assim que o soltei, e eles me voltaram quando lutei o usando. Analisando isso, dei-me a entender que, era como uma porta que se destrancava para passar, e trancava-se quando saía, ficando com tudo que o sujeito tentasse tirar de dentro dela.

A coisa mais intrigante era a marca, que mais parecia magia negra se alguém a olhasse em uma primeira vez... ao ficar muito tempo a encarando, sentia um ligeiro arrepio, como se ela fosse me sugar junto com tudo a minha volta. Em diversas vezes, durante o combate, eu sentia que poderia fazer algo, todos os meus instintos diziam que eu conseguiria, e eu sabia que poderia, porém durante a execução disso, era como se algo fizesse minhas forças recuarem. Isso batia muito bem com que o Jake havia estudado; sobre isso ser um selo de poder, contendo-me sem eu nem ao menos perceber. Se houvesse uma maneira de soltar esse suposto ''bloqueio'' da marca, poderia reganhar algum poder, e até recuperar minha memória talvez.

Após algum tempo de descanso, Bonnibel veio em direção à minha maca, e aplicou algum tipo de injeção em meu braço esquerdo; contei-a sobre o que pensava, cada detalhe não era poupado, porém em algumas coisas eu estava relutante, como a funcionalidade do anel, ou o motivo da dor ter se focado em meu punho quando meu braço direito inteiro queimava no dia anterior a esse, e essas coisas, não contei a ela. O porque de eu não ter contado, também me é incerto.

Ao terminar, manteve-se pensativa, me dizendo que era estranho o fato desse tal ''poder da marca'' contido, não estar em minha linha Neo Cortexal Mental, e quando me disse que talvez eu estivesse inventando isso, comecei a duvidar de mim mesmo

– Talvez você esteja certa... mas talvez não - Comentei

– Há essa possibilidade. Não estou sempre certa... só na maioria das vezes... ou quase sempre... - Respondeu - Talvez esse poder realmente esteja trancado por esta marca, mas se não está na linha NCM, pode estar em outra vasta gama de lugares que ainda não posso acessar

Me surpreendi novamente com o conhecimento da princesa. Ela poderia explicar tudo o que visse, e o que não podia, pesquisava até conseguir fazê-lo; pessoas com sua determinação eram raras. Afinal, ela possuía sua própria motivação, seu próprio reino, com pessoas que ela jurou proteger, e era por isso que eu fazia tarefas para ela. Relembrando tanto dos motivos, e tão repentinamente, foi até um tanto estranho para mim, pensar que eu adimirava mais a determinação de Bonnibel do que sua inteligência, e por isso me tornei seu ''herói''. Através dela também, me tornei ''famoso'' por Ooo como sou hoje, o ''herói bonzinho''...

– Você continua não acreditando em magia né princesa? - Perguntei

– Acreditar não é a palavra certa, eu tenho certeza que não. Assim como eu disse, a linha NCM é algo até superficial se pensar de certa forma, e há sistemas e lugares muito mais profundos que isso, cada vez ligando mais a mente e o corpo, a resposta está em algum deles

Recostei meu queixo sobre a palma de minha mão, encarando o nada por um tempo. Estava um pouco entediado, não por não poder fazer nada, mas por ter muitas perguntas sem resposta

– Já estou me me sentindo melhor, achou que vou pra casa...

Ouvi uma voz, vindo da entrada da sala, me chamando a atenção

– Quebrado desse jeito? Você nem deve conseguir andar - Caçoou Marceline, encostada no canto da porta, com Jake a seu lado

– Como sempre, achando que é melhor do que é de verdade irmãozinho? - Comentou ele

Deveria parecer alegre por vê-los, mas no momento, minhas feições estavam mais duvidosas

– Eu nunca me acho melhor do que sou... - Retruquei

A princesa se pôs a cruzar os braços, como se já esperasse algo vindo

– O que fazem aqui - Perguntou

– Estamos vindo salvar o Finn, ele é dos nossos, não gosta de ficar parado, principalmente com você esmagando todas as expectativas dele sobre magia - Respondeu a vampira, vindo em minha direção - E sim... ela existe

A rainha dos vampiros usava uma roupa diferente de mais cedo. Sua camisa de mangas longas, era listrada por vermelho de dois tons diferentes, um mais escuro que o outro, e suas calças terminavam em duas botas vermelhas

– Ainda tenho coisas a analisar, e ele não está em condições de se mover ainda, mesmo que seja com ajuda ele deve...

Marceline ignorava-a, e já me ajudava a levantar

– Marceline! - Reclamou

– Ela quis dizer que levaremos meu irmão embora de sua nobre presença - Complementou meu irmão

Chegava a ser engraçado observar, não via todos juntos a um tempo, e o único que faltava era aquele velho de gelo para descontrair ainda mais. Logo, Jake segurava minha camisa e me carregava em suas costas, enquanto ambas discutiam calmamente, pelo menos até a vampira parecer se cansar de argumentar e vir em minha direção, se aproximando demais, e com um movimento rápido de suas unhas, riscar um ''M" perto de meu ombro direito

– Agora que eu decido as coisas, fica mais fácil né? - Disse ela

A irritação de Bonnibel começava a ficar visível, mas ainda era serena o bastante para não cair na provocação da vampira

– Marceline, você não pode fazer isso! - Retrucou - Ele não é seu criado nem nada do tipo não é?

– Por que não posso? Afinal, Finn não é seu

As provocações surtiram um ligeiro efeito, e a princesa ruborizou

– Finn não é de ninguém! Não tente me provocar!

– Bem, ele passou uma noite inteira comigo, pode mesmo provar que eu não o possuo? - Disse em tom obsceno

A princesa nos encarou com outro olhar, surpresa

– Ei, isso é mentira - Respondi, e a vampira me lançou um olhar provocativo - Tá, nem tanto... mas é mentira!

– Vocês o que? - Berrou a princesa, com um ligeiro tom de incredulidade em sua voz

Meu irmão começou a caminhar lentamente desde o início da conversa, indo pouco a pouco mais rápido, e logo, apertava o passo até sairmos da sala

– Desculpa princesa, a gente esclarece tudo depois! Mas não é nada disso que você tá pensando hein! Sem obscenidade! - Eu dizia, alta, apressada e futilmente


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Notas finais do capítulo

Yo! O que acharam? Assim como eu disse, postarei com mais frequência os caps. Aqui, ocorreu o mesmo dos dois caps anteriores. Eu escrevi um cap muito grande, e a leitura dele ficaria cansativa se postado inteiro, então eu o dividirei em partes, blz?



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