Light of Dawn escrita por Kyo Takashi


Capítulo 8
Capítulo 7: A melhor noite


Notas iniciais do capítulo

I'm back! Cedo dessa vez :D. Espero que gostem



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Finn

Em instantes, pude sentir a mesa adrenalina que havia sentido de manhã, porém por um curto período, pois rapidamente, meu irmão se tornou uma asa delta, e me segurando nele, planamos por cima do reino doce, em direção ao sol que se punha no horizonte, onde se podia ver apenas campos e árvores. Ficamos ambos quietos observando o cenário lindo: A brisa batia em minha pele enquanto meus olhos se fixavam no sol se pondo abaixo das planícies de Ooo, e em seus efeitos causados no céu, o tornando alaranjado e avermelhado. Chegamos bem longe se for comparar com a primeira vez que fiz, em que caí em cima de uma casa do povo doce: dessa vez, caímos em terra firme, a poucos quilômetros do reino

– Foi mal ser tão assim do nada Jake, é que eu fiz isso hoje de manhã, e eu precisava fazer isso de novo - Disse, agora já caminhando normalmente

– Cara, só não me assusta assim de novo, que tá beleza - Respondeu ele - E também, foi muito fera esse por o sol

– Claro que foi parceiro, nunca erro nas minhas decisões

– Não aposte nisso - Terminou ele

E indo em direção a casa da rainha dos vampiros, em sua caverna, pudemos ver a noite engolir o dia, e as estrelas aparecerem nos céus como pontos brilhantes no azul escuro. Os animais se recolhiam para suas casa, e as plantas que recebiam força da luz, se fechavam; porém não nós, nós saíamos para ir rever uma velha companheira, uma antiga amiga de aventuras, essas nas quais comentávamos enquanto nos dirigiamos até lá. A rainha dos vampiros nunca fora formal, muito menos preocupada com seu posto se isso significasse trabalho, e mesmo começando como uma inimiga, acabou por se tornar uma poderosa aliada conforme o tempo passou, apesar de sempre me tratar como uma criança... O que será que ela pensará de mim agora que estou do jeito que estou? Não podia imaginar, nem esperar...

Já em frente à caverna, as luzes da casa da vampira estavam acessas, então não hesitamos em continuar. Seria bom me reencontrar com ela, ver como ela estava e etc... mas em nenhum momento, me perguntei se aconteceria com ela o que aconteceu com Bonnibel, de minha mente reagir a minha mudança drástica de idades... infelizmente

Assim que chegamos em frente à porta, me virei a Jake. Sua expressão estava normal, e ele mesmo devia estar se perguntando por que eu havia me virado, mas estava inseguro, e ansioso ao mesmo tempo, e assim mesmo, juntei forças para bater nela. Em alguns seguintes, pude ouvir a porta destrancar, e a porta ranger ao se abrir, e atrás dela, Marceline flutuava com sua camiseta cinza e suas calças jeans comuns. Um silêncio tomou conta por alguns momentos, o que deixou o momento um tanto estranho

– Eaí - Disse

– Finn? - Perguntou ela

– O próprio, o incrível, em carne e osso - Respondeu Jake

Ela me examinou de ponta a ponta, assim como os outros, e sorriu

– Entra aí gato - Disse ela, e instantaneamente entendi o que ela tentaria fazer, por isso, um sorriso sarcástico permaneceu em meu rosto - Você também... cão

A casa estava como sempre, porém o mesmo ar de nostalgia veio, junto com o cheiro de Marceline que estava na casa. Nada de novo havia lá, e quando iria pular no sofá, me lembrei de o quão duro ele era, e em como deveria mantes minha postura

– A casa tá com teu cheiro Marcy - Disse

Ela se aproximou de mim com um olhar pervertido, e com seu dedo, começou a roçar meu queixo

– Algum problema com isso? - Perguntou

– Nenhum. Esse cheiro é bom - Respondi, a retribuindo o olhar

Com uma curta risada, ela flutuou em direção a cozinha. Enquanto estava lá, eu e Jake nos acomodamos, e meu irmão se recostou perto de mim

– Ei Finn, por que tá agindo assim? - Cochichou ele

– Ela vai pregar uma peça em mim, me fazer de bobo, mas não vou dar essa oportunidade a ela - Respondi

– Isso daí... pode acabar dando ruim pra você... ou bom, se você pensar de certo jeito - Terminou ele, e voltou para seu canto

Da cozinha, Marcy trouxe algumas canecas e uma jarra, as colocou em uma pequena mesa em frente ao sofá, colocando o líquido dentro dentro de uma das canecas

– Esse braço aí teu... tá todo queimado né? - Perguntou ela

Ela estava sentado ao meu lado no sofá, e olhando-a de canto, tentei entender como ela havia percebido isso apenas de vê-lo enfaixado

– Como você...

– Eu consigo sentir uma energia muito estranha concentrada na sua mão, mas também, ela tá ligada profundamente ao teu corpo, e por isso, posso sentir a energia de seu corpo, e da pra sentir que ele ta carbonizado - Interrompeu ela, já me respondendo

– É... realmente, não lembro de você ser foda assim Marcy... - Disse, o que a me fez encarar com um curto sorriso

– Eu sempre fui foda, vocês que não foram dignos de verem minha fodice - Mencionou ela, após beber um gole da bebida

– Me passa um aí - Disse Jake, e assim foi feito, e ela passou uma caneca cheia pra ele

– Uma pra mim também - Pedi

Com um sorriso irônico, ela me passou a última caneca

– Já bebendo garoto - Provocou a vampira

– Tenho dezessete

– Só comecei a beber essas coisas com uns quinhentos anos - Disse ela

– Mentira, teu pai me disse uma vez que te deu uma dessas assim que virou uma demônio vampira completa, então era antes dos duzentos - Contei

– Mas dezessete é muito novo ainda, tem que ter no mínimo cem

– Eu sou um humano - Retruquei

– Vocês aí falando de quem bebeu mais cedo, eu bebi essas porcarias quando eu tinha cinco anos - Comentou Jake

– Esse sim é vida louca

– Um brinde a vida louquice do meu irmão? - Sugeri

– Um brinde a minha vida louquice - Concordou ele

E em um estalo de nossas canecas tilintando, demos nós três uma profunda golada de nossas bebidas, e agora o gosto já não me era mais estranho. Não sentia frio, não depois de ter sentido tanto calor enquanto segurava o machado, porém brisa nenhuma vinha para a caverna, e o lugar se tornava aconchegante apenas pela companhia que estava lá.

Conversas foram e vieram, o que me fez ficar feliz de ter vindo visitar Marceline, pois com ela podíamos descontrair do jeito que estávamos fazendo, reclamando das coisas e das pessoas sem nenhum ressentimento. Apesar disso, meu medo vinha aos poucos à tona. Os ''moles'' que a rainha dos vampiros dava, eram apenas para me fazer ficar envergonhado, e não poderia caír em nenhum deles se quisesse provar que havia vencido dela, porém passei a prestar atenção mais nela do que devia. Seus seios fartos eram bem maiores do que eu me lembrava, e me arrependi de não ter prestado atenção neles antes. Diferente de Phoebe ou Bonnibel, Marceline tinha um corpo sinuoso, esbelto e voluptuoso; só dela estar flertando comigo, já deixava-me inquieto, e creio que meu irmão percebera isso. Após bastante bebedeira, não conseguíamos imaginar o tempo, e meu irmão estava apagado em seu canto, na poltrona da sala

– Ei Jake, tá na hora - Mencionei

– Ele ta dormindo, e não tem como você leva-lo sozinho de volta agora... não com esse braço - Disse ela

– É, acho que sim...

A vampira recostou sua mão sobre a minha, e me puxou, me fazendo me levantar do sofá e segui-la pelas escadas

– Vem comigo

E ao quase cair das escadas enquanto subia, consegui chegar ao quarto. Poucas coisas haviam mudade de lugar, mas nenhuma tinha sido trocada. A cama, que parecia confortável e chamativa naquele momento, estava arrumada; sempre esteve, afinal, para que um ser que não se cansa, usaria uma cama?

Senti um ligeiro empurrão, mas não conseguiria me manter em pé nem se quisesse, então caí como uma pedra. E em cima de mim, estava a rainha dos vampiros, sentada acima de minha cintura; seus olhos vermelho-sangue, que pareciam brilhar mais que o normal, encaravam os meus com um olhar sedutor, e eu retribuía tal olhar

– Era para eu estar pronto pra isso? - Perguntei

– Ah garotinho... você ainda tem muito a aprender, ainda é muito ingênuo... - Respondeu ela, passando seus dedos por meu rosto

Com as unhas, Marceline arranhou o canto de meu pescoço, e deixou um pouco de sangue escorrer e o bebeu, fazendo com que um calor percorresse por meu corpo

– Você cresceu Finn... mudou bastante, já tem idade pra fazer isso comigo... tá ansioso pra aprender? - Provocou

– Do jeito que as coisas estão, você é que parece estar ansiosa para ensinar - Retruquei

– Acha que isso é uma brincadeira minha, não é?

– Brincadeira? - Passei minha mão pela nuca da vampira e aproximei seu rosto do meu - Eu to levando isso o mais sério que posso
E com uma risada de ambos, continuamos com nossas provocações e tentações, as deixando cada vez mais radicais...

...

Acordei vagarosamente, e meus olhos se abriram aos poucos. Estava escuro, porém uma luz ínfima vinha da janela, me indicando que o dia já vinha. Estava na cama de Marceline, recostado sobre a coberta e os travesseiros. Estava de calças, com a camisa emaranhada e sem o gorro, e assim que me virei, vi a vampira, deitada a meu lado, me encarando calmamente, e sorri

– Não me lembro do que aconteceu - Disse - Pode me dizer?

– Não sabe? Então ficará sem saber... - Respondeu

– Sério mesmo?

– Claro...

Uma curta risada me escapou. Me virei, calçei as botas, pûs meu gorro e ajeitei minha camisa

– Já vai é? - Perguntou ela - Passou uma noite comigo e vai embora direto?

– Marceline... eu sei que não aconteceu nada

– Você acha é? - Disse, provocativa

– Eu tenho certeza - Respondi, e ao ver seu sorriso, desci as escadas

Jake já não estava na casa, e apesar de estar tonto, consegui fazer meu caminho para fora da caverna. O brilho do sol, esquentava um pouco e indicava que ainda era cedo, e a caminhada fora tranquila, aproveitando tudo o que eu podia, vendo animais, flores e etc. Nada atrapalhava, e pelo caminho, fiquei a me concentrar o máximo que eu podia para tentar lembrar o que acontecera, porém nada vinha a minha cabeça, então logo deixei o assunto de lado, apesar de deixar uma certa curiosidade roendo meu cerne. Era estranho pensar que, de todas as três, a única que me mostrou mais afeto fora Marceline... não sabia por que, mas era estranho pensar daquele jeito para mim

Pensei também que, nunca havia lutado desde que voltei, não eu mesmo, com sã consciência, então, talvez a prática com Bonnibel fosse uma boa ideia, então me encaminhei diretamente para o reino doce. Tentei diversas vezes fazer o machado ''surgir'' em minha mão, mas não sabia exatamente o que fazer para isso acontecer; talvez fosse igual a quando fiz com a espada, porém também não sabia como eu havia feito aquilo, então só me restou esperar

Já em meio ao reino, recostada em uma janela do castelo, estava a princesa, com o cabelo preso e seus óculos, lendo algum livro científico. Ela parou, e passou a olhar a multidão, e ao me ver nela, sorriu e acenou. Continuei meu caminho até o castelo, e de seu hall, para a sala onde Bonnibel estava

– Oi Finn - Cumprimentou ela

– Oi PB, tudo certo? - Perguntei

– Estaria tudo certo, se você não estivesse corrido ontem, e deixado tudo num grande perigo! - Reclamou

– Ah, aquilo? He he... desculpa ae, mas nada aconteceu, meu braço continua normal, e nada de machado destruindo coisas

Em um suspiro, a princesa pareceu estar calma, mesmo com a ''besteira'' que eu havia feito

– Bem, já passou, então... é, o que nos resta é ir fazer o teste - Disse ela

– Certo... desculpa de novo... podia ter acontecido algo por conta do que fiz

– Não importa Finn... o bom é que você está bem, então eu posso ficar mais tranquila

Ruborizei um pouco, e fora até difícil voltar a me concentrar

Seguimos nosso caminho pelo castelo, e passando pelo corredor certo desta vez, chegamos a área de testes. A primeira vista, parecia apenas um pequeno quarto com computadores e sistemas flutuantes, porém além das vidraças, havia um grande espaço aberto, feito completamente de grandes cubos cinzas. No pequeno espaço dos computadores, havia algumas macas e algumas guarda-armaduras expostas com braços e pernas cibernéticos

– Vou ter que usar isso? - Perguntei

– Não Finn, seu corpo ta inteiro, eu só vou colocar alguns receptores em você - Respondeu, chegando perto de mim com algumas agulhas e fios

Após tirar sangue do braço esquerdo, ela se dirigiu à o meu direito, e hesitou

– Posso?

– Se for por conta da dor, não se preocupe, já tenho minha cota dela - Respondi, desenfaixando uma pequena parte do braço, mostrando-o carbonizado

E mesmo falando isso, quando a agulha perfurou minha pele, me conti para não soltar nem um mínimo resmungo da dor. Retirei minha camisa e meu gorro, e a princesa fixou os receptores, parecidos a parafusos virados ao contrário, à minha coluna por fios; dois em cada braço

Mexendo nos sistemas, um caminho seguido por escadas foi aberto no canto da sala, e seguindo por ele, fui deixado em meio a sala gigantesca de cubos

– E agora majestade?

– Eu mexo em algumas coisas e... você vai sentir um pequeno choque

Uma ligeira sensação me percorreu, assim como dito pela princesa. Porém, repentinamente, passei a me sentir estranho; olhando para meus braços, é como se visse linhas vermelhas os cruzando, e eu podia sentir meu sangue borbulhar, chamando por ação. Sentia também meu braço direito ferver, mas não como antes, quando queimava, mas sim ferver internamente, como se estivesse ''ansioso'' por algo. Percebendo o que acontecia, me foquei o máximo no machado, e chamei seu nome em minha mente diversas vezes, até finalmente vê-lo claramente, fincado ao solo, em meio as chamas, o machado com a caveira encravada antes da cabeça da lâmina, e com uma parte cortante na outra extremidade do cabo. Chamava seu nome o máximo que podia, até ouvir a voz uma voz em minha consciência

''Não me irrite jovem humano!''

E por uma última vez, o irritei, chamando por seu nome

– Julgador! - O chamei em voz alta

Meu braço direito começou a pegar fogo, porém este não queimava, e sim brilhava em um azul pulsante, e se moldando das chamas, o machado aparecia. Eu sentia minha visão se ampliando, e uma sede de combate vindo dele, como se estivéssemos literalmente conectados

– Ei, princesa, que tal testarmos o machado? - Perguntei

– Já estava fazendo isso - Respondeu

Um robô, humanoide, de alta estatura, com apenas um olho e segurando uma lâmina surgiu da luz que um dos cubos emitiu, e ao me localizar, a luz azul de seu olho tornou-se avermelhada, e ele veio para cima de mim

– Só isso?

Segurei firme o machado, e com um movimento giratório, assim que o robô iria pegar distância suficiente para me atacar, cortei seu corpo ao meio horizontalmente, e ele desapareceu, com suas partes desapareceram em meio à luz emitida nos cubos em que caíram.

Outros dois apareceram, partindo de extremidades diferente, vieram para cima de mim com tudo que podiam. Ataquei o que estava à minha direita com outro golpe horizontal, e mesmo defendendo, o impulso jogou o braço com a lâmina do robô para trás, segurando firmemente, o machado destruíu completamente a cabeça do ser cibernético ao acerta-lo. O robô atrás de mim me atacou com um golpe vertical; usando a lâmina da ponta oposta do cabo, me defendi, e com um giro, dilacerei o tronco de meu inimigo

– Ei, PB, agora que o aquecimento acabou, prefiro continuar testando a força dessa arma


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Notas finais do capítulo

Yo! O que acharam? Deem suas opiniões, isso sempre me ajuda a ficar mais animado a vencer a minha preguiça (minha maior rival) pra poder postar :D. Esse capítulo, ainda assim, foi morno, mas o próximo conterá mais ação. Ainda não é meia-noite, então eu cumpri o que disse



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