Little Hell escrita por Diana


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Mas gente! O.O
Tinha muito tempo que não atualizava Little Hell!
Nem vou arriscar pedir desculpas, porque sei que vocês não vão gostar muito kkkkkk

Então, peço (mais) paciência porque vou tentar responder os reviews que não respondi. E, claro, tentar atualizar com mais frequência.

Nesse capítulo, foquei o baile. Sim, o baile que Piper arrasta Reyna!
Espero que vocês gostem e, claro, me desculpem pela demora!

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/487331/chapter/9

Capítulo 9

Reyna tinha acabado de se arrumar. A garota se olhava no espelho, encarava o reflexo como quem encara um tribunal. Ela usava uma saia e uma jaqueta militar. Os cabelos estavam presos na típica trança.

A morena tentava afastar dos pensamentos as palavras de Jason mais cedo. Sobre ela estar linda e desfocar um pouco dos estudos. E que Piper seria uma boa ‘distração’.

Reyna não via desse jeito. Algo se agitou dentro dela quando ouviu as palavras do amigo. Piper não era só uma distração, era?

Reyna dirigiu pela cidade cheia e congestionada. O trajeto até a casa de Piper era relativamente tranquilo, mas, por conta dos engarrafamentos, a morena levou mais do que o necessário para chegar por lá.

Ao chegar no endereço indicado, Reyna franziu o cenho. O bairro era um dos melhores da cidade e a casa de Piper era gigantesca. Aquele cenário apenas contribuiu para a morena continuar considerando a outra uma patricinha mimada e a se perguntar, pela milésima vez, por que aceitara a ir naquele baile.

Suas mãos estavam suando frio. Parada à porta de Piper McLean, Reyna se sentia uma criança que jogou a bola no quintal do vizinho chato. Ela tocou a campainha e esperou, com os olhos fixos na rua. Era uma forma de tentar controlar seu nervosismo.

Aquilo era ridículo. Reyna Arellano não ficava nervosa por conta de bailes. E muito menos por conta de garotas adolescentes mimadas. Ela suspirou pesado. Piper estava demorando e ela odiava esperar.

Reyna já ia tocar a campainha novamente quando a porta se abriu e uma Piper McLean totalmente diferente saiu de lá. A garota usava um vestido vermelho, com um decote largo, deixando à mostra seu colo. Os cabelos estavam presos por uma pena, que dava um ar charmoso e leviano à garota. A maquiagem leve realçava o olhar caleidoscópico da outra.

Reyna se viu engolindo seco. E se viu com uma dificuldade imensa em parar de encarar Piper. Ela queria dizer que a garota estava linda, mas deixou as palavras presas na garganta.

– Vamos? – Piper quebra o silêncio pelas duas. Reyna apenas assente, ainda presa à beleza que a garota irradiava aquela noite.

– Claro. – Rapidamente, a garota tentou se recompor. Se Piper percebeu, não demonstrou e Reyna agradeceu por isso. Mas ela novamente sentiu seu corpo pegar fogo quando Piper lhe tomou o braço. – O quê está fazendo? – Reyna meio rosna, tentando ignorar o arrepio que percorreu-lhe.

– Você é minha companhia, certo? Então, aja como tal. – Piper grunhi – Até parece que você nunca foi a um baile antes.

– Pra sua informação, já fui em muitos. – Reyna mantém a discussão. Era a melhor forma de ignorar o corpo de Piper próximo ao seu e o perfume da garota.

– O ponto de ônibus é ali. – Piper aponta para o ponto na esquina.

– Não vamos de ônibus. Minha irmã me emprestou o carro. – Reyna diz, meio sem graça. Foi um custo conseguir o carro de Hylla emprestado.

Ela se virou para a direção contrária, onde havia estacionado o carro. Reyna se lembrou do trabalho que tivera para lavá-lo antes. Hylla o mantinha imundo. Era o jeito da irmã. A morena se dirigiu à porta do carona e a abriu para Piper, que lhe sorriu.

– Uau. Você sabe impressionar uma garota, Arellano. – Reyna viu o sorriso jocoso surgir nos lábios de Piper, e sentiu suas bochechas corarem. E se perguntou, pela milésima vez, o que lhe fez aceitar ir àquele baile.

–-------------------------------------------------------//------------------------------------------------

Fazia um bom tempo que Piper observava à cena com total desgosto e raiva. A adolescente havia acabado de buscar uma bebida quando percebeu que Reyna não estava no local que Piper havia a deixado.

Bastou uma olhada pelo salão da escola para Piper se dar conta de Reyna dançando com Drew. Aquelazinha! Ela não perderia a chance de se ver sozinha com a morena. Piper sentiu seu sangue ferver. Ela queria estapear Drew, queria gritar com Reyna e queria mais ainda se enforcar por claramente estar com ciúmes da outra.

Sem pensar duas vezes, Piper se dirige até as duas, abrindo caminho por entre a multidão de corpos através de pontapés e cotoveladas.

– Você é meu par, Arellano! – Piper sussurra perigosamente enquanto arrastava Reyna para longe de Drew e enlaçava a morena pelo pescoço.

– O que você está fazendo? – Reyna meio grunhi tentando libertar seu pulso do aperto firme da adolescente. A morena jamais imaginou que Piper teria tanta força.

– Você estava dançando com Drew! – Piper grita com Reyna, chamando a atenção de algumas pessoas no salão. Reyna sente o sangue ferver.

– Quer saber? Chega. – Reyna sai do salão a passos largos com uma Piper furiosa em seu encalço.

– Pra onde vai? – Piper pergunta, com a voz já falha, carregada por um início de choro.

– Embora. – Reyna diz, seca. – Você vem? Devo deixá-la em casa.

– Você é ridícula. – Piper cruza os braços e entra no carro. Um silêncio pesado e raivoso toma conta do local

Quando por fim estaciona em frente à casa de Piper, a morena se sente um pouco aliviada, mas também infantil. Aquele tipo de atitude não condizia com ela própria. Conviver com Piper estava deixando suas marcas em Reyna e a garota não sabia dizer se aquilo era algo bom ou ruim. Por fim, se sentindo mais calma, Reyna decide dar voz às duvidas que só a adolescente poderia responder.

– O que há com você? – Reyna pergunta incrédula. Aquela Piper quase passional estava começando a assustar-lhe. A morena encarou a outra. O olhar de Piper era indecifrável. Algo entre a raiva e a decepção pairava sob o rosto bonito.

– Nada. – Piper cruza os braços. Reyna havia estacionado o carro à frente de sua casa. – Poderia destrancar a porta?

– Não. – A morena foi categórica. – Não até você me dizer e... – As palavras de Reyna foram cortadas pelos lábios desajeitados de Piper sobre os seus e as mãos apressadas da outra percorrendo-lhe o corpo de maneira desesperada.

Reyna até tentou afastar a garota, mas ao sentir o calor de Piper, o cheiro suave do perfume e ao se lembrar de quantas vezes a proximidade do corpo da outra lhe causou arrepios durante a festa, ela desistiu.

Seguindo seus impulsos, a morena fez o que queria fazer desde o primeiro dia que conhecera Piper McLean: Beijar-lhe furiosamente.

– Agora você sabe o que há comigo? – Piper lhe pergunta com a respiração entrecortada. A morena apenas sorri, sentindo dificuldade para encontrar o ar também. Reyna traz Piper para mais perto até ter a testa encostada na da adolescente.

– Por que não me disse antes, idiota? Evitaria aquele ataque de ciúme hoje.

Piper estava cansada de palavras. Ela jogou novamente seus lábios sobre os de Reyna. Dessa vez, com mais fúria e êxtase. Ela sentia a língua da morena lhe massagear a boca de forma suave, tentando reduzir o ritmo do beijo. Ela sentia as mãos da morena passearem por seu corpo como uma brisa. E ela estava cansada de suavidade.

Ela puxa uma das mãos de Reyna para seu colo e a abriga em seu seio. A morena geme dentro da boca de Piper, levando a adolescente a se arrepiar e sorrir durante o beijo. Piper força Reyna a massagear-lhe o seio. Ela podia sentir a relutância da outra. E isso lhe dava mais vontade de tê-la aquela noite.

Tentando recuperar a razão, Reyna aparta o beijo e se afasta um pouco de Piper. Ela podia ver a luxúria enevoar os olhos caleidoscópicos da garota e aquilo ateava fogo em seu sangue.

– Acho que você deveria entrar. – Reyna sussurra com dificuldade. A boca ainda muito próxima da de Piper.

– Eu não quero te deixar aqui. – Piper responde, trazendo novamente as mãos de Reyna para perto de seu peito.

– Você deveria ir. – Reyna mantém os olhos fechados e repete as palavras. Ela sabia que era da boca pra fora. Piper sabia. Nenhuma das duas conseguiria passar aquela noite sozinha.

– Por que não entra comigo? – Reyna sabia que não deveria nem cogitar a possibilidade, mas ela não conseguiria negar. Toda aquela noite, ela sentiu Piper provocando-a. E quando a garota deu aquele ataque de ciúmes no meio do salão? Apenas aumentou o desejo da morena de saber onde aquilo tudo iria parar.

Por fim, ao entrar na casa, Piper convida Reyna para a cozinha. A adolescente coloca dois copos em cima da mesinha de vidro e pega uma garrafa de vinho da coleção do pai.

– Você não pode beber. – Reyna franze o cenho para Piper enquanto vê a adolescente enchendo os dois copos com a bebida.

– Eu não posso fazer um monte de coisas, mas faço. – Piper pisca para Reyna e sorve um gole do líquido com seus olhos fixos nos castanhos da morena. Diante de tamanho flerte, Reyna sentiu suas bochechas corarem e desviando os olhos dos caleidoscópicos de Piper, vê um pôster de um ator.

– Ei, Tristan McLean é seu pai? – Reyna perguntou assustada.

– Sim. Você não vai me pedir pra pegar um autógrafo, vai? – Piper brincou e Reyna fechou o cenho.

– Claro que não, sua idiota.

Vagarosamente, Piper se aproximou da mais velha e lhe retirou o copo das mãos. A garota fez questão de deixar seus olhos focalizados nos castanhos de Reyna. Piper enlaçou o pescoço da morena com uma das mãos e com a outra acariciou sua face. Em questão de segundos, ela uniu seus lábios ao da outra.

Reyna pôde distinguir o gosto de álcool nos lábios de Piper. A impaciência da menina no beijo era mais que evidente. Ela estava praticamente grudada em Reyna. O calor de seu corpo excitando a morena mais do que ela gostaria de admitir. Mas algo ali não estava certo. Ela não queria ser só mais um caso da adolescente. Ainda mais após descobrir que era filha de um ator famoso. Reunindo todas suas forças, ela afastou Piper, que não pareceu nem um pouco feliz em ser interrompida.

– Reyna, o que há com você? – A adolescente tentou se aproximar de novo. Dessa vez, ela plantava beijos suaves no pescoço de Reyna.

– Piper... Eu. – A morena tentou afastar Piper, mas se descobriu sem forças. – Nós.. não..

A cada palavra que a desagradasse Piper, ela depositava mais um beijo no pescoço alvo. Ela queria ver até quando Reyna resistiria.

– Por que não, Reyna? – Piper pressionou ainda mais seus quadris contra os de Reyna. A morena soltou um gemido longo.

– Porque... – Ao se descobrir capaz de encarar os olhos caleidoscópicos de Piper mais uma vez, Reyna viu que a outra estava se divertindo com a situação. “Dane-se”, ela pensou. E, mais uma vez, atacou os lábios da garota com uma fúria que ela desconhecia ter.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? O que estão achando?
Aguardo as opiniões de vocês!
Beijos!