Little Hell escrita por Diana


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Olá!!!

Mais uma vez, desculpem a demora. xD

Bom, quem sentiu falta de Clarisse e Annabeth nos últimos capítulos, vai matar a saudade nesse. Ele é todo voltado para elas!

Bem, vou falar mais não ou vou acabar estragando a surpresa.

Betado pela srta With!
Flor, brigadão!

No mais, boa leitura!



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Annabeth estava num canto do salão aproveitando o copo de refrigerante que Percy lhe oferecera. O garoto tinha ido ao banheiro e a loira suspirou. Ela comparecera ao baile apenas por obrigação. Até porque, mesmo que não quisesse admitir, lhe entristecia o fato de Clarisse ter chamado Silena e não a ela. Não que Percy não fosse uma boa companhia, mas...

Quando Annabeth olhava para as duas, ela se sentia uma bagunça. Silena usava um vestido preto, enquanto Clarisse usava um blazer todo vermelho por cima de uma camiseta branca e uma calça igualmente vermelha. Era incrível como aquela cor caía tão bem na morena.

Ainda há pouco, enquanto dançava com Percy, a loira captou algo sobre Silena convencer Clarisse a não ir de jeans e camiseta ao baile. A loira sorriu amarga ao ouvir aquilo. Silena conseguia lidar com Clarisse de tal forma que chegava a ser inacreditável. Algo que talvez Annabeth jamais conseguisse.

– Ei, onde está seu par? – Annabeth ouviu uma voz ao longe e se deu conta de que Silena estava falando com ela. De repente, a garota retirou suas sandálias e se sentou ao lado de Annabeth. – Não devia ter vindo com esses sapatos. Eles são horrorosos!

Annabeth apenas riu. Silena era tão adorável e meiga. Era impossível alguém não gostar dela. Era impossível Clarisse não gostar dela.

– Então... – Silena voltou a lhe chamar a atenção.

– Desculpe-me, Silena. O que disse? – Annabeth perguntou.

– Onde está Percy?

– Ele foi ao banheiro, mas ainda não voltou.

– Que ótimo. Assim você me faz um favor. – Silena a encarou com certa malícia no olhar. Aquilo não agradou Annabeth nem um pouco.

– Como? – A loira ousou perguntar, mesmo sabendo que não iria gostar da resposta.

– Devo uma dança a Clarisse, mas dado o estado dos meus pés, acho que não vou conseguir. Será que você poderia..

– Silena! – A voz rude de Clarisse assustou as outras duas garotas. – Estive te procurando.

– Olá, Clarisse. – Annabeth a cumprimentou ironicamente, dado que a outra nem se deu ao trabalho.

– Olá, Chase. – Clarisse engoliu seco ao ver Annabeth. Claro que ela havia percebido a garota lá junto com Silena, mas preferiu manter certa distância.

O vestido azul e longo, os cabelos loiros presos num coque e os brincos em formato de coruja... Todo o conjunto chamara a atenção da morena desde a hora em que Annabeth chegou à festa com aquele garoto do time de natação.

É claro que Clarisse se irritou, quis avançar pra cima de Percy, mas se conteve. Aparentemente, ela não tinha motivos para sair batendo no garoto, salvo, talvez, um incidente na piscina há um tempo.

– Então... – A morena se virou para Silena. – Por que tirou os sapatos? Você ainda me deve uma dança.

– Era justamente o que estava discutindo com Annabeth. Ela vai no meu lugar. – Silena disse num tom calmo, e piscou para a loira.

– O quê? – Annabeth quase cuspiu o gole de refrigerante que tinha acabado de levar aos lábios.

– Ora, Percy ainda não voltou do banheiro e daqui a pouco o baile vai se encerrar. Clarisse merece essa dança, não merece? – Silena se virou para Clarisse, se divertindo ao notar as bochechas da wrestler corarem.

– Está tudo bem, Silena. Você quer ir para casa então? – Clarisse perguntou.

Ela tentava, a todo custo, ignorar o olhar de Annabeth sobre si. Foi quando Percy chegou. Clarisse nunca achou que um dia se alegraria ao vê-lo, mas estava enganada.

– O que está acontecendo, meninas? – Percy as pergunta, lançando um olhar confuso para as três.

– Percy, você empresta Annabeth para Clarisse por um tempinho? – Silena perguntou. O tom de voz usado por ela era convincente demais, doce demais. Impossível de negar qualquer coisa que ela pedisse.

– Cl- Claro. – Percy gaguejou antes de responder e recebeu um olhar ameaçador de Annabeth.

– Está decidido então! – Silena disse alegre e tomou o copo da mão da loira. – Vá lá! Vamos esperá-las para irmos embora!

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A dança não estava, em absoluto, colaborando. Clarisse sabia que Silena conhecia o garoto responsável pela banda que estava tocando aquela noite. Foi só ela e Annabeth dividirem a pista com os outros estudantes que o ritmo da música passou de agitado para lento, obrigando as garotas a se aproximarem.

Meio sem jeito, e por ser um pouco mais alta, a morena pousou suas mãos na cintura de Annabeth. Os olhos cinzentos da loira lhe lançaram um aviso e Clarisse fez menção de se afastar quando sentiu os braços da loira ao redor do seu pescoço. Aquilo enviou ondas de eletricidade pelo corpo de Clarisse. Ela nunca tinha se sentido tão bem. Nem mesmo quando estava dançando com Silena.

Aos poucos, ela se permitiu repousar a cabeça no ombro da loira que não se intimidou com a proximidade. Os dedos de Annabeth faziam um carinho suave nos cabelos da morena.

O tecido fino do vestido da loira em contato com suas roupas, a leve carícia que Annabeth a oferecia, o perfume doce e suave, o calor. Tudo em Annabeth parecia lhe acalmar. Tanto que Clarisse sentia vontade de dormir e, se não fosse pelo leve balançar dos corpos em sincronia, talvez ela tivesse adormecido no ombro da loira.

Annabeth fez seu melhor para fingir que não estava, no mínimo, surpresa. Depois de alguns dias, Clarisse parecia ter deixado a loira de fora de sua meta de conquistas. Elas não estavam mais se estranhando tanto no laboratório de química ou algo do tipo.

Quando Clarisse pousou a cabeça em seu ombro, a loira sentiu seu corpo tremer levemente. Ela percebeu que, nem mesmo com Silena, Clarisse tinha ficado tão à vontade assim. Suavemente, Annabeth deixou uma mão traçar um carinho suave nos cabelos castanhos da morena.

Ela sentiu Clarisse a trazer mais dentro do abraço e reprimiu um sorriso por isso. Annabeth simplesmente não sabia o que estava acontecendo com ela naquela noite. Quer dizer, ela ficou chateada pela morena não tê-la chamado para ir ao baile como sua companhia.

A garota loira arriscou olhar para Clarisse e a encontrou de olhos fechados. A expressão tranquila era praticamente irreconhecível no rosto bonito. Sentindo-se compelida, Annabeth levou a outra mão ao rosto de Clarisse, que abriu os olhos.

Olhos castanhos que se encontram com os cinzentos. Até que não há quase mais distância nenhuma entre eles. Annabeth sentiu os lábios de Clarisse roçarem nos seus. Sentiu os músculos da outra se tensionarem ainda mais. Sentiu o perfume forte que vinha dela.

Ali, na pista de dança, seus pensamentos estavam embaralhados e, por mais que sua mente gritasse para ela se afastar, ela não conseguia. Ela deixou sua boca tocar a de Clarisse e ser atraída pelo gosto da morena.

A boca de Clarisse era quente, convidativa. A morena dominava o beijo e parecia querer fundir Annabeth dentro de si. O abraço que dividia com a loira ficando cada vez mais apertado.

Quando o beijo acabou, Annabeth sentiu suas bochechas esquentarem e mal conseguiu encarar Clarisse. O que havia acabado de acontecer? A loira escondeu seu rosto no ombro da wrestler. Ela, Annabeth Chase, havia beijado uma garota? Havia beijado Clarisse La Rue?

Clarisse percebeu que Annabeth ficou amuada após o beijo. Ela apertou os lábios para evitar uma discussão. De tudo, não fora uma noite tão ruim assim. Após alguns meses tentando, a lutadora finalmente conseguira provar dos lábios de Annabeth. Por ora, aquilo já a animava. Clarisse tinha vontade de arranjar briga com a escola inteira de tanta alegria que estava sentindo naquele momento.

Quando a música que dançavam terminou, Annabeth largou Clarisse de um modo desajeitado e saiu apressada para encontrar Percy. A morena percebeu que as bochechas da garota estavam mais vermelhas do que nunca.

Clarisse trincou o maxilar ao se perceber abandonada e, com o cenho franzido, se aproximou de onde Silena estava. A amiga tinha um sorriso divertido nos lábios.

– Eu vi tudo! A escola inteira viu tudo! – Silena lhe disse histericamente.

– É, a viram correndo atrás do garoto de água. – Clarrise resmungou e cruzou os braços, encarando Silena. – Vamos?

– Ah, mas não vou embora com você. – Silena lhe respondeu e Clarisse ainda tentava descobrir o que ela achava tão engraçado.

– Por quê?

– Porque você levará uma loira num belo vestido azul hoje para casa.

– Silena, você perdeu o juízo? Ela foi correndo atrás de Percy.

– É, e Percy acabou de ir embora. – Silena deu de ombros, como se a questão fosse bem simples.

– E quem lhe garante que a sabidinha vai me procurar para uma carona? Além do mais, prometi a seus pais que lhe deixaria em casa.

– Silena! – A voz de Annabeth era inconfundível. Ao ouvi-la, Clarisse gelou.

Silena lançou um olhar vitorioso à morena e voltou a encarar Annabeth. A loira parou do lado de Clarisse, que continuava sem ação.

– Onde está Percy? – Annabeth perguntou. – Não o encontro em lugar algum.

– Ele foi embora. Disse que estava passando mal. – Silena respondeu.

– Passando mal uma ova. – Clarisse grunhiu enquanto mudava seu peso de um pé para o outro.

– Aquele cabeça de alga! Ele disse que ia me levar em casa! – A loira parecia indignada.

– Ah, mas para isso temos a solução. – Silena disse e olhou para Clarisse. – Clarisse te salvará. – Silena piscou e deixou ambas as garotas envergonhadas.

– Mas Clarisse não ia te levar para casa? – Annabeth perguntou.

– Acabei de ligar para meu pai. – Silena disse simplesmente e deu por encerrada a questão. A morena tentou argumentar, mas sabia que seria impossível.

Quando finalmente o Sr Beauregard apareceu para buscar a filha, Clarisse e Annabeth se dirigiram para o estacionamento da escola. Durante o caminho, suas mãos se roçaram algumas vezes, mas ambas repeliram o contato.

Annabeth quase tropeçou em Clarisse quando percebeu que a garota havia parado em frente a uma moto. Não uma moto qualquer. Era uma Harley-Davidson prateada, belíssima. A loira lançou um olhar inquisidor à Clarisse que procurava no baú da moto pelos capacetes.

– Você tem uma moto? – Annabeth perguntou enquanto Clarisse lhe entregava um capacete e montava na moto. – Você tem licença? – Os olhos cinzentos encaravam a morena com incredulidade.

– Você vai ficar fazendo perguntas ou vai subir? – O tom de voz de Clarisse demonstrava seu aborrecimento.

– Custa me responder? – Annabeth cruzou os braços.

– Tenho licença. E a moto é do meu pai. – Clarisse respondeu secamente e, antes de Annabeth subir, lhe entregou sua jaqueta vermelha.

– O quê? – Annabeth já ia protestar quando a morena a calou.

– Você não trouxe agasalho. Vai passar frio na moto só com esse vestido. – A morena disse rapidamente, como se tivesse tendo um lapso de boa vontade e solidariedade. Annabeth aceitou a jaqueta antes que Clarisse mudasse de ideia.

– Obrigada. – A loira disse sem graça enquanto subia na moto e apoiava as mãos na cintura de Clarisse.

– Pronta? – A wrestler a perguntou. Era notório o desconforto em sua voz.

– Sim. – Annabeth respondeu envergonhada, apenas desejando chegar logo em casa.


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Notas finais do capítulo

Aguardando os reviews!
Beijos!



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