Chained escrita por Hillary McKarter


Capítulo 5
Capítulo 4 - When the masks fall - Parte 3


Notas iniciais do capítulo

Leia:
Ok. Quem quer me mataaar?
Desculpa gente. Nossa eu nem sei como começar pelas desculpas. Vamos dizer que eu tinha quase desistido da fic esse ano porque, como poucos sabem, estou no meu último ano de ensino médio e ninguém me falo o qual puxado seria heheh Eu sei que isso não é desculpa pra quem prometeu postar desde Janeiro, mas eu estudo integral então realmente precisei adiantar a matéria para tentar passar [Sem falar que também comecei com alguns projetos de filmes e série (por enquanto só no papel) para fazer uma série com o The sims 3 no Youtube (Quando publicar aviso vocês)].
Enfim, esse ano não postarei muito (Vou tentar escrever uns dois capítulos nas férias) e se vocês quiserem parar de me seguir eu entendo. MASSS... eu não desisti da fic. Sério gente eu passei meses pensando nessa história. Tenho tudo na cabeça sobre como vai ser e tudo mais. Só que eu demoro pra escrever porque gosto de colocar detalhes e deixar os leitores preguiçosos revoltado hehe.
Pois bem, vamos a fic novamente. Gostaria de agradecer às leitoras que me incentivaram a postá-la. Muito obrigada, lindas. Amo vocês S2



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Capitulo 5 – When the Masks fall - part 3

_Ai! – disse Hans quando sentiu os dedos de Anna baterem com força em seu nariz. Sua mão estava no local machucado e ele observava como a garota estava sem jeito com o ocorrido.

_Ai meu deus! Desculpa! Desculpa mesmo. Eu sou tão desastrada. Você está sendo tão legal comigo e eu estou aqui parecendo uma idiota agora.– riu Anna embaraçada. – Você está bem?

Hans sorriu encantadoramente como se aquele golpe que ela acabara de desferir em sua face sem querer não passasse de uma pequena brincadeira entre eles.

_Está tude bem. Foi só um acidente. Isso não é nada se comparado com a honra que sinto de poder simplesmente acompanhar uma garota tão bela como você, Anna. – disse Hans surpreso com aquela frase tão cliché que acabara de sair de sua boca. De onde viera aquilo?

No entanto, querendo ou não, Anna corou mais do que já estava com aquelas palvras e tentando disfarçar seu nervosismo disse gaguejando que iria pegar ponche para os dois enquanto a outra música não chegava. Hans sorriu e deixou que a garota se afastasse dele a tempo suficiente dele poder respirar um pouco antes de outra batalha com os saltos da menina começasse.

Quando Anna sumiu entre a multidão, o rapaz suspirou aliviado e relaxou os ombros. Seu corpo estava dolorido, principalmente seus pés. Ele nunca imaginara que uma garota alegre e fofa como Anna poderia ser tão desajeitada a ponto de a cada dois passos que dançavam ela pisasse em seus pés com a força de seu corpo. Além do mais, seus movimentos agitados já haviam o acertado umas duas vezes na face naquela noite e Hans não sabia como reagir a eles. Quase desistindo Hans já cogitara várias vezes procurar a outra filha de Filipe e tentar seduzi-la ao invés de Anna, mas Troy ainda estava procurando-a e enquanto não achasse Hans teria que tentar sobreviver aos golpes da filha mais nova do empresário.

Hans sentou-se em uma cadeira e voltou a observar as pessoas ao seu redor que continuavam a dançar descontraidamente enquanto esperavam o relógio aproximar-se das dez da noite. Hans havia perdido completamente Merida de vista e tampouco conseguia encontrar Anna ou Troy. Ele sentia-se entediado em meio a tantas conversas e risadas. Apesar de não ser um grande adorador de festas, havia algum tempo que Hans esperava por aquela ocasião e nunca imaginara que tal evento poderia ser tão monótono e irritante como estava sendo.

O rapaz estava quase desistindo de ficar naquele salão quando seus olhos encontraram um vestido vermelho vibrante aparecer entre as pessoas que saboreavam o jantar já servido a meia hora atrás. Não demorou muito para que a face daquela garota misteriosa que Hans esbarrara mais cedo aparecer séria e levemente distante de tudo e todos ao seu redor. Sua pele era clara como seu cabelo que transmitia um ar misterioso de seu ser. Se o rapaz não tivesse tocado em sua pele fria mais cedo Hans poderia pensar que era apenas sua imaginação brincando com ele ao criar uma ilusão tão bonita quanto aquela garota. A vontade de se aproximar dela surgiu e rapidamente foi espantada de sua cabeça. Ele estava naquela festa com um objetivo e até que o cumprisse não teria tempo para se divertir. “Você está com medo?” ouviu o jovem de sua própria mente e irritou-se com aquela ideia. Desde quando ele tinha medo de falar com uma garota? Era tão infantil esse pensamento que Hans logo tratou de afastá-lo. No entanto, um certo nervosismo surgiu em seu peito assim como uma imensa vontade de conversar com aquela moça, de irritá-la e de convidá-la para dançar. “Você está com medo” ouviu novamente de sua cabeça a frase agora transmitida com certo sarcasmo e ironia.

Irritado, Hans se levantou e se dirigiu até a garota com confiança. No entanto, foi apenas ele tocar em seu ombro e encontrar os olhos dela assustados e surpresos que toda a sua coragem sumiu e, diante do nervosismo que surgiu em seu peito, formou um sorriso infantil em seus lábios.

_Achei que não nos encontráriamos novamente, senhorita.

_O que eu foi que eu te falei mais cedo? – disse a moça aparentemente irritada por ele ter ignorado suas ordens.

_Hum... – fez Hans fingindo não se lembrar de suas palavras. – “Guarde uma dança para mim”? – Sorriu ele.

A garota revirou os olhos e quando fez menção de se afastar teve suas mãos tocadas pelas de Hans. Ela o observou séria, mas o rapaz ignorou.

_Apenas uma dança e eu prometo que você não me verá mais esta noite. – disse Hans sem pensar. Era claro que ele queria continuar irritando-a pelo resto da noite, mas a ideia de ser rejeitado por aquela moça tão misteriosa estava fora de cogitação. – Qual é o seu nome?

A moça pareceu hesitar por algum tempo, mas depois segurou a mão de Hans e abriu um pequeno sorriso quase invisivel antes de voltar a expressão séria que mantinha.

_Elsa e só uma dança, está bem?

Hans impressionou-se com aquele nome, pois já o tinha ouvido em algum lugar, mas pouco se preocupou com aquilo. Ele sorriu e segurando na mão de Elsa levou-a até a pista de dança. A moça pareceu meio insegura quando chegou ao meio de tantas pessoas e Hans teve medo de espantá-la quando tocou suas costas, mas ao invés de lhe dar calafrios causou uma sensação boa para ambos parceiros que não deixaram de sorrir levemente quando seus olhos se encontraram. Uma das mãos de Elsa foi para o ombro de Hans e outra tocou na luva que cobria a mão do rapaz. Aos poucos eles foram se movimentando de acordo com a música desviando-se de outros casais que apareciam em sua frente. Hans procurava com bastante atenção não pisar no pé de Elsa e acabar com toda aquele clima que ambos sentiam, mas por mais que tentasse olhar para seus pés sua atenção sempre era atraída pelos olhos azuis-claro escondidos por trás da máscara de sua parceira. Ele havia se esquecido completamente de Anna, Troy ou Merida enquanto Elsa havia se esquecido completamente de suas regras. Ela se sentia novamente livre e se Hans não a segurasse era capaz dela poder voar a qualquer instante. Não havia mais inimigos, mais perigo, mais medo. A garota até se atreveu a sorrir mais um pouco o que deixou Hans levemente nervoso e corado.

_Devo dizer que você dança até bem para um perseguidor de mulheres. – riu Elsa.

_É assim que você me olha? Nossa, estou completamente ofendido agora. – disse Hans causando mais risos da moça.

O rapaz rodopiou sua companheira que riu mais ainda. Hans nunca imaginou que se sentiria tão alegre apenas por observar as risadas de alguém. Mesmo quando estava com Merida, a sensação nunca chegaram àquela altura. Aquela atração que ele tinha por Elsa. O rapaz desejava poder aproximar seu corpo mais ainda do dela, mas temia que isso não a agradesse e consequentemente a levasse a parar de acompanhá-lo antes mesmo que a música chegasse ao fim. Por isso, mantinha uma distancia pequena, mas segura ainda. Elsa sorria e aquilo já bastava.

No entanto, logo a música foi abaixando o som até finalmente parar. Os dançarinos afastaram-se de seus parceiros e aplaudiam uns aos outros. Hans e Elsa, no entanto, ainda estavam na posição que começaram a dançar e miravam um ao outro com certa tristeza no olhar. Elsa foi a primeira a fazer menção de se afastar. Suas mãos soltaram-se das de Hans e o rapaz observou, sem poder fazer nada, ela andar para trás.

_Bem... – disse Elsa com um pequeno sorriso sem graça. – Tenha uma boa noite, Hans.

De repente, um homem gordo que estava atrás de Elsa fez uma menção para uma parceira de forma tão desajeitada que acabou esbarrando em Elsa fazendo-a desequilibrar-se e quase cair no chão. Quase.

Num rápido movimento, Hans a pegou e seus olhares tão logo se encontraram que ambos corpos foram atingidos por um calor surpreendente. As mãos de Elsa tocavam no peito de Hans e seu rosto estava tão próximo do dele que ambos sentiam a respiração abafada do outro. Já Hans sentia, mesmo por baixo de suas luvas, as costas nu de Elsa por trás da blusa de frio que ela usava. Seu rosto rapidamente ruboreceu assim como o de Elsa. No entanto, quando a garota sentiu as mãos do rapaz próximas a sua cicatriz, os gritos de pavor de Anna quando pequena novamente surgiram em sua mente levando-a a se afastar o mais rápido de Hans e olha-lo nervosa e brava.

_Eu... Eu tenho que ir. – disse e com passos rápidos fugiu para fora da pista de dança antes que Hans a alcançasse.

Ela andou entre as pessoas apressadas e se assustou quando sentiu os braços de alguém envolve-la. Elsa olhou para cima e encontrou Filipe aliviado.

_Filha, meu deus, que bom vê-la a salvo.

_Pai... – disse Elsa retribuindo a afeição.

_Que bom que te encontrei. Estava prestes a fazer o anúncio e queria que minhas filhas estivessem comigo.

_Você viu a Anna?

Antes que Filipe pudesse respondê-la, Anna surgiu perto de dois guardas segurando dois ponches claramente inconformada por eles não deixarem ela ir para sabe lá onde queria.

_Anna... – disse Elsa feliz por ter finalmente encontrado sua irmãzinha.

Assim que Elsa se aproximou de Anna, a caçula voltou seu olhar para sua direção e ambas assustaram-se com a proximidade que se encontravam. Era maior do que em todas as vezes que tinham se esbarrado e isso acabou trazendo um nervosismo inexplicável nas irmãs Mendes. Anna ruborizou levemente e abaixou a cabeça embaraçada, já Elsa abriu um pequeno sorriso e tomando uma postura confiante, mas ainda sim fina disse baixinho.

_Você está muito bonita.

Os olhos de Anna se arregalaram, como se surpresos por sua irmã ter conversado com ela depois de tantas semanas quieta. Ela olhou para Elsa vibrante e disse alegre e um pouco nervosa.

_Obrigada! Você também está muito linda, Elsa. Não que em outros dias você não esteja, mas... bem... hoje você continua bonita como sempre. – Riu a menina atrapalhada.

Elsa sorriu levemente, feliz simplesmente por terem trocado aquelas palavras. Ela gostava de como Anna sempre estava alegre e animada divertindo todos que a conhecessem. As vezes, a Rainha de Gelo tinha um desejo incontrolável de juntar-se a irmã e juntas brincarem na neve como quando pequenas, mas, devido ao passado que fora esquecido por Anna, a primogênita sabia que nunca mais poderia se aproximar muito da caçula. E isso a amaldiçoava constantemente.

Antes que irmãs Mendes pudessem conversar mais, Filipe tratou logo de levá-las perto de um pequeno palco que havia mandado construir apenas para aquela noite. Ele subiu chamando atenção de todos enquanto Anna e Elsa esperavam seu sinal para também aparecerem diante da plateia.

_Meus amigos e parentes. – começou Filipe. – É com grande orgulho e alegria que vejo vocês aqui esta noite para festejar comigo e minhas filhas um evento muito especial para mim. Como todos já devem saber ou, pelo menos desconfiar, eu decidi casar-me de novo com uma mulher tão especial para mim agora como Katie foi durante todos esses anos e ainda é.

Elsa ouviu vários gritos e aplausos diante das palavras de seu pai. Ela olhou para baixo e cruzou os braços tentando esconder e disfarçar seu inconformismo. Sua postura estava perfeita e ela olhava um ponto fixo entre a multidão que se aglomerara perto do palco. Ao seu lado, Anna com as mãos não mais segurando as taças, olhava ao redor animada, pronta para encontrar sua madrasta e abraça-la carinhosamente.

Filipe era carismático e discursava sobre como aquela decisão lhe fora difícil contando com poucos detalhes como havia conhecido sua noiva e quando havia se apaixonado por ela. Ele parecia feliz e Elsa percebeu um certo brilho em seus olhos que ela não via fazia algum tempo. Quando parecia que seu discurso estava prestes a acabar Filipe pediu que suas filhas subissem no palco o que ambas fizeram com certo nervosismo e ansiedade. Depois, do outro lado da plataforma, onde havia outra escada, uma mulher ruiva subiu recebida por aplausos e assovios. Filipe a abraçou e virou-se para a plateia.

_Amigos, colegas, funcionários... – disse para a multidão e depois virando para suas filhas falou com mais carinho. – Anna, Elsa... Conheçam Judith.

A mulher misteriosa retirou sua máscara lentamente de forma a não desajeitar o cabelo. Assim que seu rosto apareceu inteiro ela abriu seus olhos verdes esmeraldas e os piscou duas vezes antes de sorrir para suas novas filhas. Seus braços finos estenderam-se e ela rapidamente se aproximou das duas abraçando ambas ao mesmo tempo. Anna num só instante já retribuiu aquele gesto, enquanto Elsa permaneceu surpresa por algum tempo até finalmente esticar um de seus braços. Elas ficaram ali por alguns instantes e quando se afastaram Judith continuava sorrindo com carinho enquanto acariacava a mão de cada uma.

_Estou muito feliz em finalmente conhecê-las, queridas. Filipe não parava de falar sobre vocês e eu já não aguentava mais imaginar como vocês seriam. Aposto que são mais bonitas ainda por trás dessas máscaras, não é mesmo?

Anna, no mesmo segundo, retirou sua máscara e sorriu calorosamente como sempre e Elsa hesitou um pouco antes de tirar a sua, mas o fez sem demora também. Judith as abraçou novamente e assim que se afastou disse voltada para a plateia:

_É com muito carinho que me junto a essa família já tão linda e encantadora. Agora se vocês não se importam gostaria de apresentar meus queridos filhos.

Duas figuras subiram ao palco e Elsa surpreendeu-se ao ver uma silhueta conhecida observá-la atentamente. A primeira a retirar a máscara foi uma garota ruiva assim como a mãe que observou a todos com o maior tédio em seu olhar enquanto cruzava seus braços sem nenhuma classe. Judith, ignorando aquele gesto mal educado, se aproximou dela e colocou as mãos em seu ombro ainda com um sorriso no rosto.

_Esta linda menina é minha filha, Merida, de 16 anos. Já este rapaz aqui... – disse pedindo para o jovem retirar a máscara. – É Hans, o príncipe da minha vida, de 18 anos.

Quando Hans desfez-se do enfeite que escondia parte de seu rosto, seus olhos passaram a mirar Elsa com um sentimento indecifrável tanto por parte dele como por parte dela. A Rainha de Gelo estava surpresa e isso aparentava bem em seu rosto pálido e até então sério e distante. Elsa pensou por alguns segundos que Hans iria logo sorrir para ela e dizer algo irritante como “É um prazer conhecê-la, maninha”, mas tudo o que percebeu no rosto de seu novo irmão foi a cor de seus olhos mudarem de verde escuro para um tom avermelhado quase negro. Em pouco tempo, Elsa teve uma sensação estranha e um calor misterioso invadiu seu corpo, mas não no bom sentido. Era algo desconfortável e perigoso. A mesma sensação que Hans emanava naquela hora. Enquanto Judith e Filipe discursavam, os olhos frios de Elsa colidiam com os olhos quentes de Hans. E só quando o rapaz abriu um sorriso sarcástico em sua face foi que Elsa viu o ódio surgir nos olhos do rapaz como uma chama prestes a incendiar não apenas sua vida, mas de todos ao seu redor. E aquilo – Elsa mal desconfiava - era apenas o começo.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? Desculpa o tamanho, mas essa é minha parte preferida por enquanto, por isso queria colocar detalhes. Muito obrigada a todos que estão acompanhando sejam leitores fantasmas ou não. É muito importante pra mim saber que estou fazendo algo que bastante gente esteja gostando. Adoro vocês ^.^

Nome do Próximo Capítulo: Hateful Brother