Chained escrita por Hillary McKarter


Capítulo 2
Capitulo 1 - The Beautiful Ice Queen


Notas iniciais do capítulo

Genteeeee, oi de novo! Desculpe o atrasão com vocês na fic.
Eu estava tendo um mês meio corrido cheio de provas (e ainda terei mais uma semana) e não consegui postar. Tive também só para melhorar um bloqueio criativo. Sabe quando você sabe o que escrever, mas não como escrever? Então, eu fiquei com isso uma semana e só agora me veio o tempo e a criatividade para escrever.
Eu queria muito agradecer as novas leitoras, não esperava ter tantas já no prólogo e fiquei muito feliz por conhecer mais Iceburns shippers kkkkk Muito obrigada a Lovepopcorn, DanyellaRomanoff e Snowflake que deixaram comentários lindos (que eu nem soube direito como responder) e que me inspiraram a escrever cada vez melhor. Esse capitulo é para vocês. ^.^


Enfim, espero que gostem. Nos vemos lá embaixo.



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15 anos depois…

Arendelle amanhecera mais linda do que qualquer outro dia naquele ano. O frio do início de inverno invadia as casas com suas ainda leves rajadas de ventos que faziam homens, mulheres e crianças se curvarem em suas camas geladas procurando preguiçosamente o confortável e familiar calor do cobertor. Os primeiros raios de Sol já podiam ser vistos conforme a grande estrela se levantava demoradamente assim como os moradores daquela linda cidade do Colorado. Era uma manhã de sábado fresca, onde as ruas ainda marcavam as últimas gotas de chuva da noite passada e o frio entrava pelas janelas e portas entreabertas. Era o início de um típico dia em Arendelle.

No bairro Pascoal, no entanto, algo estranho começara a ocorrer na mansão de Filipe Mendes, o mais famoso empresário de imóveis do Estado. Por volta das 8 horas da manhã, as portas e janelas antes tão fechadas e trancafiadas durante anos começaram, sem nenhuma explicação, a se abrir. Criados e jardineiros, antes fantasmas para a maioria da vizinhança, passaram a aparecer no portão frontal carregando e descarregando itens decorativos enquanto acenavam para qualquer um que passasse na frente da mansão. Carros começaram a estacionar na larga rua do bairro e vários homens e mulheres surgiam transitando de um lado para o outro pela imensa casa tão silenciosa a um dia atrás.

Os vizinhos estranharam. Nunca Filipe Mendes havia deixado sua casa tão aberta e iluminada para o povo. Nunca suas filhas haviam saído de lá sem ser de carro ou acompanhadas por vários seguranças ao redor. Nunca havia existido tantas pessoas nos portões e jardins de seu castelo particular. Então, por que hoje, entre tantos dias, ele tinha aberto seus portões?

Boatos propagaram. O que estava havendo? Um enterro? Filipe Mendes teria ficado louco? Carente? E Elsa e Anna? Elas sabiam disso? Elas tinham convencido o pai?

Ninguém sabia direito no que acreditar. As horas passavam e só por volta do meio dia um vizinho veio anunciar que conversara com um dos criados da mansão para descobrir o misterioso motivo daquela mudança inesperada.

“Ele vai casar!” gritou “Filipe Mendes vai casar!” O povo foi a loucura. Idosas cochichavam, mulheres choravam e homens gritavam em comemoração. Filipe Mendes, o tão inalcançável milionário charmoso que nunca se interessara por qualquer tipo de cantada, encontrara finalmente alguém com quem dividir uma segunda aliança desde a morte de Katie. Nunca uma notícia gemera tanto com uma cidade quanto essa. Pelas três horas da tarde, a novidade já tinha se estendido até o centro da cidade e todos comemoravam alegres e tristes. No entanto, uma pergunta soava e nunca era respondida por ninguém, nem mesmo os próprios empregados sabiam. Filipe iria finalmente se casar, mas… quem seria a noiva?

–--*---

_Ahhhhhhhhh!- Um alto berro soou pelos compridos corredores da mansão. – É hoje!

Uma porta, de repente, foi aberta com força e uma jovem garota saiu correndo enquanto aprontava o cabelo ruivo às pressas e desamassava o lindo vestido verde que tinha no corpo pálido e magro. “É hoje! É hoje!” Pensava animada. Ela passou por uma das empregadas em seu caminho e quase a derrubou enquanto lhe dava um abraço apertado e breve. “É hoje!” Ela não parava de dizer. Desgrudando-se rapidamente da empregada, Anna continuou a correr enquanto cantarolava uma música que ela mesma acabara de compor na cabeça. Ela estava tão ansiosa, tão animada, tão… tão… viva! Nunca a garota se sentira tão empolgada dentro daquela mansão quieta e sufocante na qual nunca conseguira conversar com alguém que não estivesse pendurado nas paredes. Sua adrenalina era inquietante e sua voz podia ser ouvida pelos quatro cantos da mansão. Nada naquele dia poderia arruinar o que aquela menina tão pacientemente esperara por anos.

_Por uma vez na eternidade…– cantou alegre enquanto descia pelo corrimão da escada. – Essas luzes vão brilhar! Por uma vez na eternidade…A noite inteira vou dançar!!

Assim que chegou ao chão, Anna correu para a janela mais próxima enquanto continuava a compor improvisadamente àquela melodia tão encantadora para seu ouvidos. Sem notar, acabou se aproximando perigosamente da porta que a tantos anos não se abria para ela fazendo com que sua voz atravessasse a gasta e tingida madeira e repercutisse meio abafada pelo frio e silencioso quarto da Rainha do Gelo da mansão.

“Anna?” pensou Elsa surpresa do outro lado da porta.

A primôgenita assim que ouviu a irmã virou-se num movimento súbito causando susto e pasmo em todas as empregadas encarregadas de aprontá-la para a grande festa daquela noite. Carmen, a mais jovem de todas, foi a que mais se espantou com o movimento tão vulgar daquela garota tão refinada e, acidentalmente, puxou com demasiada força na escova os delicados fios loiro-claro da “princesa”.

_Ai! – disse Elsa acordando de seus pensamentos.

Carmen prendeu a respiração ao notar o que fizera. Droga. A filha do patrão provavelmente a mataria por aquilo. Todas as colegas miraram a cena presas na reação de Elsa. O que ela faria? O que ela falaria? A amiga estava tão ferrada. Elsa provavelmente a expulsaria do quarto se não fizesse pior. Com muita ousadia, Carmen se posicionou na frente da menina e quase chegou a se ajoelhar.

_Perdão, senhorita! – disse a empregada prontamente com receio. – Perdão!

Elsa a mirou por alguns instantes curiosamente e logo em seguida suspirou um pouco desanimada voltando à sua postura inicial e mirando o próprio reflexo na penteadeira. “Só tome mais cuidado de agora em diante” Disse com um tom indiferente a Carmen e novamente todo o quarto ficou em silêncio enquanto as criadas trabalhavam na preparação daquela menina tão linda, mas tão fria ao mesmo tempo.

Ninguém se atrevia a falar, nem mesmo as mais fofoqueiras do grupo, na presença de Elsa e muito menos levantar sua voz diante da Rainha de Gelo. Elsa fitava o espelho inexpressivamente como sempre enquanto ouvia a doce música clássica batalhar contra os altos gritos que soavam do outro lado de sua janela. A menina podia se ouvir sussurrar as mesmas palavras de sempre enquanto via Carmen e as outras empenhando-se completamente concentradas no trabalho que faziam.

“Não deixe-os vir, não deixe-os ver…”

Elsa mirou fixamente no pequeno convite que tinha sobre sua mesa enquanto sentia suas mãos se juntarem próximas ao seu peito em um ato inconsciente de nervosismo. Ela lia e relia o bilhete tentando de alguma maneira se enganar do que estava acontecendo, mas era impóssivel tal façanha. O convite claramente dizia:

“Baile de Máscaras de Filipe Mendes – Uma grande revelação no final da festa”.

Qualquer um saberia que essa grande revelação seria a futura mulher de seu pai, mas Elsa de alguma forma não queria acreditar naquilo. Ela não queria conhecer sua nova mã…madrasta, não queria conhecer os seus novos irmãos, não queria conhecer sua nova vida.

Elsa gostava do comum, da rotina. Era uma forma organizada de seguir a vida. Sem surpresas, sem mistérios, tudo escrito no papel e mentalizado. Ela odiava surpresas e simplesmente odiou quando seu pai disse que iria se casar novamente. A vontade de Elsa era de gritar e obrigá-lo a repensar, mas ela não conseguiu. Quando Filipe perguntou a ela e a Anna o que achavam, Anna pulou de felicidade e Elsa se calou. Porque novamente ela era regida por aquelas regras que ela mesma estabelecera para si.

“Sempre boa menina deve ser.”

A garota sentiu as mãos de Carmen se afastarem de seu cabelo e as outras empregadas que faziam sua maquiagem e suas unhas sorriram com o trabalho bem feito.

_Está pronta, senhorita! – disse uma das empregadas.

Elsa olhou para o relógio e viu que já eram cinco e meia. Restavam ainda uma hora para o baile começar. A garota se levantou da cadeira e agradeceu educadamente a suas empregadas que começaram a se retirar aliviadamente. Assim que a porta bateu atrás da última delas, Elsa suspirou – finalmente - com vontade e pôde, por algum tempo, relaxar os ombros tão perfeitamente eretos a um segundo atrás. Agora ela estava sozinha e não precisava mais atuar. Não precisa mais conter a frustação de seu rosto e tampouco a tristeza em seus olhos. Agora ela podia ser simplesmente ela, mesmo que por uma hora apenas.

A garota se dirigiu até o ármario calmamente enquanto ouvia os próprios passos na madeira fria de seu quarto. Assim que abriu as portas encontrou logo de prontidão um vestido longo vermelho sangue com algumas linhas douradas bordadas delicadamente sobre este. Elsa retirou-o do gabite e colocou-o em cima de sua cama satisfeita. Ela sempre quisera trajar aquele vestido, pois fora exatamente com ele que sua mãe havia sido pedida em casamento por Filipe.

Podia ser um pouco irônico em parte usá-lo em uma cerimônia de anunciação do casamento de seu pai com outra mulher, mas Elsa sentia que precisaria, de alguma forma, da proteção da mãe e nada melhor do que o próprio vestido que ela usara para ajudar.

De repente a porta se bateu e Elsa inconscientemente já posicionou suas costas e fixou sua expressão. Um empregado apareceu em seu quarto dizendo que o patrão requeria sua presença às dez horas da noite no salão principal para a grande revelação. Elsa concordou silenciosamente com a cabeça enquanto mirava em seu relógio fixamente. Assim que o empregado saiu, a moça quis, porém não relaxou os ombros. Ela tinha se lembrado de suas regras. Suas regras que eram tão importantes e essenciais que permitam a Rainha de Gelo proteger todos aqueles que amava, mesmo que isso também significasse se afastar deles.

A garota suspirou e mirou o vestido enquanto pronunciava os últimos trechos de suas leis de convivência.

_Encobrir, não sentir, encenação… Um gesto em falso e todos saberão!

E com isso, a Rainha trancou seu sentimentos… novamente.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? Odiaram? Vou tentar escrever o próximo capitulo semana que vem (ou antes se eu conseguir). Enfim, comentem e favoritem se quiserem.
Próximo capitulo já vai ter o Hans, esse daqui eu mais queria apresentar a cidade, o Filipe e a Elsa e a Anna. Sim, eu copiei um pouco do filme só para assemelhar, mas vou procurar fazer algumas alterações durante a história ok? ;)
Beijos gente, até semana que vem (ou antes).