Immensity escrita por miojo


Capítulo 7
Pecado parte - 2




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POV seth

 

“droga!” eu soquei minha própria cabeça. Doeu.

 

Como eu pude ser tão imbecil! Ela nunca mais vai querer olhar na minha cara. E eu não vou poder dizer uma palavra. Eu fui o covarde insensível! Droga! Chutei algumas folhas no chão e me explodi no lobo. Comecei a correr sem ter rumo algum. Eu só não queria ter que olhar ela me desprezando.

 

Na medida em que eu corria, cada vez mais rápido e pesadamente. A vontade de gritar e chorar me consumia. Eu a amava. e isso estava me deixando louco, eu daria minha vida por ela.

 

Seth!

 

A voz do Embry na minha cabeça me fez revirar os olhos.

 

Seu idiota  como você deixa a garota sozinha na floresta?

 

O que você queria que eu fizesse? Ela correu e eu respeite.

 

O Embry estava pensando em muitas coisas diferentes ao mesmo tempo, o que estava me confundindo.meus proprios pensamentos estavam me confundindo. Entre um pensamente o outro vinha a imagem da Lisa chorando na cama. Aquilo cortava meu peito.

 

O que aconteceu?

 

 O embry não sabia que eu a tinha beijado. Respirei fundo, nesse momento ele estava vendo tudo  que eu estava pensando e já sabia o tamanho da minha felicidade durante o beijo, e o tamanho da minha queda logo após.

 

Ela não esta chateada, ela chegou la sozinha e ensopada, tremendo de frio. A Leah perguntou por você e ela disse que tinha ficado na floresta. A essa hora ela deve estar contando tudo para a Leah.

 

Como assim ela não contou? Era para ela estar gritando de raiva. E não escondendo meu erro. Minha paixão por ela só aumentou. Ela era completamente pura e doce.  E eu um canalha por ousar amar tanto ela.

 

Vamos, esta todo mundo te esperando.

 

Com que cara eu vou olhara para ela?

 

Para de fazer drama.

 

Drama? O que você sabe sobre isso?

 

Sei que você a ama.

 

As palavras me chicotearam. A face dela não saia da minha mente. Quando ela tinha se tornado tão importante para mim? Minha cabeça rodava e eu não sabia o que fazer. Eu queria ficar junto dela, mas não posso machuca-la.

 

Eu queria poder acabar com esse sentimento. Eu queria poder matar esse amor que é tão puro e forte, perdendo somente para um imprint.  Como eu queria conseguir fingir que nada esta acontecendo, mas eu não consigo. Droga.

 

 

Lisa.

 

“Isso já era de se esperar.” A Kin me olhava sorrindo.

 

“Como assim?” eu não estava entendendo.

 

“Vocês passam muito tempo juntos.” Leah respondeu pela Kin, que ficou me olhando com a expressão vazia.

 

Eu estava enrolada em uma toalha, ainda com frio. A Leah me abraçava para me aquecer, mas o frio não queria passar. Era como se eu precisasse do Seth para me aquecer, e eu realmente precisava.

 

“Leah pegue uma roupa para ela, ela tem que tirar as roupas molhadas.” A kin pediu.

 

“Já volto.” Leah se levantou.

 

“Não sei o que você fez, mais conseguiu criar uma nova Leah.” Kin sorria.

 

“Como assim?” meu queixo tremia.

 

“Ela era seca e amargurada, mas quando você chegou ela renasceu.” Kin sorria abertamente. E então Leah apareceu com uma calça de moletom e um camiseta.

 

“tome um banho quente.” Ela me ofereceu, e eu aceitei.

 

A água quente queimava minha pela fria. Mas era bom. Era bom sentir outra dor além da dor do abandono. Meus pensamentos vagavam por varias pessoas, vários lugares mas sempre chegavam ao Seth, naquela floresta. Não sei bem ao certo o motivo.

 

Meu coração estava apertado e ao mesmo tempo completo. Era difícil definir o que era felicidade do que era medo, os dois formavam um labirinto. Só que no meio de tantas linhas traçadas havia um rosto que ainda me causava dor. O Steven.

 

Assim que acabei de tomar meu banho coloquei a calça que ficou cumprida, mas estava quente. A camiseta serviu bem, o cheiro da Leah era tão presente em mim agora. O banheiro estava repleto de vapor, o que dificultou a minha vista no espelho.

 

Jared, Kin e Leah estavam comendo pipoca e assistindo aos trailers. Leah me olhou e gargalhou, talvez eu devesse ter me esforçado mais um pouco para olhar meu reflexo.

Ambos estavam em um sofá, então me sentei no outro, erguendo minhas pernas para cima e as abraçando.

 

Leah se levantou e sentou ao meu lado, me abraçando. O frio estava voltando.

 

“Talvez ela esteja com febre.” Kin se levantou e colocou a mão na minha testa.

 

“Normal.” Ela deu os ombros.

 

“Leah você não consegue nem esquentar uma humana desse tamanho?” Jared se levantou e sentou ao meu lado me abraçando.

 

Seu corpo quente e volumoso me acalmou completamente. Senti meus arrepios se extinguirem, depois as pálpebras pesarem. Ainda estávamos na metade do filme quando minha cabeça tombou sobre o ombro do Jared.

 

A risada do Embry me acordou. Assustada eu me sentei rapidamente. Na minha frente estava o Embry e a Leah, sentados juntos.

 

“Seu idiota acordou a Lisa.” a Leah rosnou.

 

“Me beija que eu calo a boca,” ele pediu, mas a Leah o socou ao invés de beijá-lo.

 

Ainda sentia meu corpo apoiado no corpo em algo quente. Me virei para agradecer ao Jared, então veio a surpresa. Soltei um pequeno gritinho de espanto, o que o Seth fazia aqui?

 

“Cadê o Jared?” perguntei me endireitando no sofá.

 

“Já foram.” O Seth olhava para o longe.

 

“Quando você chegou?” perguntei assustada, não tinha sentindo eles trocarem de posição.

 

“deve fazer uns vinte minutos.” Ele ainda não me encarava.

 

“Desculpa.” Ele cochichou.

 

“Não foi culpa sua.” Arrumei meu cabelo.

 

“Vamos continuar vendo o filme ou não?’ Embry perguntou.

 

“Claro.” Abaixei minha cabeça.

 

Já estávamos no segundo filme, eu assisti tudo em silencio. No filme a Ellen, se apaixonava por um garoto, e depois ia passar as férias na praia,  chegando la conhecia outro garoto. Ela logo se viu indecisa, mas logo percebeu que um dia teria que partir e deixa-lo para trás.

 

Essa situação me fez refletir. Eu gostava do Seth, isso era fato. Mas não era do mesmo jeito que eu gostava do Steven, era diferente, ainda não sei qual é a diferença, mais ela existe. Eu quero ficar ao lado do Seth, quero sentir seu calor. Mas sem ter que sentir essa dor novamente.

 

falta um mês para minha estadia em La Push terminar. É pouco tempo comparado ao tempo que eu levei para me apaixonar pelo Steven. Talvez em vez de fugir eu devo aceitar, conviver com esse sentimento para poder assim, ficar ao lado do Seth. Mas sem deixar isso se transformar em algo concreto.

 

Fitei o perfil do Seth, ele estava com o cotovelo apoiado no braço do sofá, apoiando a cabeça sobre a mão, tão sereno, tão lindo.  Senti meus lábios se contorcerem em um sorriso. Sem temer a reação do Seth me aproximei dele, ele se espantou, se endireitando no sofá. Os olhos negros me fitando.

 

“estou com frio.” Eu sorri.

 

Ele não sorriu, mas estendeu o braço, me dando espaço para me aproximar. A face imóvel dele, me fez recuar, se ele não me queria mais por perto eu não o forçaria. Eu não tinha intenção de corresponder o que ele sentia, então não tenho direito de força-lo a me aceitar como amiga.

 

“Vem.” Ele me puxou.

 

O abraço não teve a mesma magia que tinha nas outras vezes, foi forçado, sem vontade. Mordi meus lábios para prender o choro, e consegui. Não deixei derramar uma lagrima. Não queria parecer ainda mais covarde do que eu sou.

 

Assim que o filme acabou eu me levantei. Queria ir embora, ficar sozinha. Noite passada eu não havia chorado, a primeira de muitas. Talvez pelo Seth ter estado ao meu lado, mas nessa eu tinha a a certeza que iria chorar, afinal eu estava desabando.

 

“Já?” Embry me perguntou.

 

“è ta na hora.” Eu sorri o abraçando.

 

“eu vou com você.” Seth se pronunciou. “Deixa só eu pegar algumas roupas para levar para a minha nova casa.” Ele correu para o quarto.

 

“Um carona é bom.” Eu sorri.

 

“Porque você não compra um carro?” Embry enchia  a mão com mais pipoca.

 

“É talvez eu compre.” Eu ri, não tinha vontade de ter um carro.

 

“Pronta?” Seth apareceu com uma mochila abarrotada de coisas.

 

“Ate amanha Leah.” Eu a abracei.

 

“Se cuida.”

 

Sai um pouco atrás do Seth, ele jogou a mochila no banco de trás e ligou o radio. Ficamos o caminho inteiro em silencio, eu já estava prestes a chorar. Não queria perder meu amigo, não dessa forma.

 

“Vai chover.” A voz do Seth saiu baixa.

 

“Novidade?” tentei engolir o nó que estava se formando dentro da minha garganta.

 

“Tempestade.” Ele me olhou, ainda serio.

 

“Não.” Me encolhi no banco.

 

“O que foi?” ele se mostrou preocupado.

 

“Tenho medo.” Me senti uma criança assumindo isso, esse medo me persegue desde que meus pais morreram.

 

“Medo?” ele ergueu uma sobrancelha.

 

“Meus pais morreram assim...” não consegui conter o medo que saiu em minha voz.

 

“Não se preocupe, vou ficar do lado de fora de sua casa.” Ele sorriu pela primeira vez depois do ocorrido.

 

“Não precisa.” Eu me endireitei no banco, já havíamos chegado.

 

“Eu vou estar de ronda, não custa nada.” Ele parou em frente a minha casa.

 

“Tome cuidado.” Meu peito apertou com a ideia dele estar na floresta na hora da tempestade.

 

“Não se preocupe.” Ele beijou minha testa e eu sai do carro.

 

Cheguei em casa indo direto para minha cama, antes de atingir os lençóis ouve o primeiro estrondo, trovoes. Soltei um grito de pânico. Cobri minha cabeça e abracei os joelhos. As lagrimas escoriam com velocidade, algumas pelo Seth, outras pelos meus pais, outras por mim. Eu tentava esconder os gritos com o travesseiro, mas era impossível eu só conseguia abafá-los. Não sei ao certo quando adormeci.

 

Um estrondo me fez saltar na cama. Logo após o trovão veio o clarão, que invadi meu quarto. Um grito escapou da minha garganta quando vi a  sombra de um homem na minha janela.

 

Me levantei da cama as pressas, correndo para a cozinha, a luz estava apagada o que me fez tropeçar e cair, tudo se apagou.

 

Acordei pela manha com uma pontada na cabeça. Me sentei no chão ainda sem entender o que estava acontecendo. Minha cabeça latejou, então me lembrei de tudo. Um gemido me escapou.

 

“Foi só um sonho.” Falei comigo mesma, me levantando em seguida..

 

Depois de tomar um banho e me vesti fui ate a cozinha, ainda tinha ingredientes para fazer uma panela de brigadeiro, não resisti. Assim que ficou pronto decidi levar ate o Seth. Ele tinha sido tão doce comigo ontem. E ele deve estar com fome.

 

Peguei a panela e caminhei ate a casa dele. Bati na porta e ele não me atendeu, então girei a maçaneta e para minha surpresa estava aberta. Entrei devagar, se ele ainda estivesse dormindo não queria incomodar. Depositei a panela sobre a bancada da cozinha e caminhei pelo corredor, então ouvi o barulho do chuveiro.

 

Voltei e peguei duas colheres, ia esperar ele sair do banho. Sentei na bancada e destampei a panela. Enchi minha colher e comecei a comer. Estava distraída reparando no desenho de pequenas vaquinhas que tinha na cortina da cozinha, quando ele surgiu.

 

O cabelo molhado, o corpo perfeitamente definido dentro apenas de uma larga bermuda. Ele me olhou assustado. Mas logo sorriu, o enorme sorriso que eu tanto amava.

 

“Brigadeiro?” ofereci.

 

“A essa hora?” ele pegou a colher que e tinha deixado sobre a mesa.

 

“não tinha ovos.” Eu brinquei.

 

Ele começou a comer apoiado na geladeira, seus olhos fitando os meus. Como era arriscado o que eu estava fazendo, eu não posso deixar uma coisa dessas acontecer. Eu não posso me apaixonar.

 

“Desculpa.” Ele pediu tímido.

 

“Não se preocupe.” Eu estava aliviada.

 

“Não quero ficar longe de você.” Ele se desencostou, se aproximando de mim.

 

“Eu também não.” Assumi.

 

Ele deixou a colher ainda com brigadeiro sobre a pia, e se aproximou ainda mais. Em reflexo a aproximação dele, afastei os joelhos levemente. Meu coração já estava acelerado.

 

“Não quero te machucar.” Ele confessou, tocando meu rosto com uma das mãos.

 

“Não quero te enganar.” Fechei os olhos, mas os abri em seguida.

 

“Podemos ser só amigos.” As palavras já não chegavam aos meus ouvidos com muita clareza.

 

Ele se aproximou ainda mais, segurando minha cintura. Sem me dar conta lancei meus braços em torno de seu pescoço e minhas pernas em torno de sua cintura. A respiração acelerada dele tocava meus rosto.

 

“Não me beije nunca mais.” Eu implorei.

 

“Tudo bem.” Ele afirmou tocando os lábios nos meus logo em seguida.

 


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Notas finais do capítulo

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