Lovesick escrita por Mary Anne Snow


Capítulo 24
I Do


Notas iniciais do capítulo

O tão aguardado capítulo do casamento. Espero que gostem e aconselho a ouvirem a música: Wonderful Tonight - Michael Bublé e Ivan Lis (o link está no capítulo, basta clicarem no nome da música).
Espero que gostem!



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3 semanas depois

Encontrava-me a caminho da casa de campo dos pais de Damon que após estes anos todos finalmente aceitaram a nossa relação e perceberam que não queria o dinheiro deles para nada, uma vez que também a minha família era tão rica quanto eles. Os meus pais esses estavam melhor que nunca, chegariam por volta da hora do jantar juntamente com alguns familiares mais próximos, visto que Elena e Ryan vinham no carro atrás do nosso.

– Chegamos. – ouvi Damon dizer enquanto parava o carro em frente a uma casa em pedra com um relvado em volta.

Notava-se que era antiga por fora mas assim que entramos para o seu interior nota-se que foi recuperada e tem tudo do bom e do melhor.

– Uau, nem acredito que vinhas para aqui em criança. – sussurrei.

– Eu adorava correr por aí, digamos que a minha mãe passava grandes sustos comigo quando para aqui vínhamos. – informou. – Mãe? – chamou e logo ouvimos passos no corredor que dava acesso a um salão.

– Já chegaram Robert. – avisou. – Como é que está o meu netinho? – questionou-me após me abraçar e afagar a barriga.

– Muito bem. – disse sorrindo. – Mrs. Hall estes são os meus melhores amigos de New York, Elena e Ryan.

– Muito prazer em conhecê-los. – afirmou cumprimentando de seguida cada um deles.

– Igualmente - ambos responderam.

– Querido, acompanha os vossos amigos e mostra onde vão passar a noite. Eu e Rachel vamos ver o quarto dela. – sorriu.

– Ok, vamos lá. – disse levando com ele algumas malas e os amigos.

Subi as escadas junto de Mrs. Hall, que me indicou o caminho até uma suite, deduzi ser a principal com vista para o jardim de trás, que era enorme e onde se encontrava o celeiro com alguns empregados a preparar tudo para o dia de amanhã.

– Espero que não te importes de ficar aqui hoje, mas achei que era melhor para depois te vestires à vontade longe da confusão. – sorriu. – E também queria dar-te o meu presente e gostava que utilizasses amanhã. – informou entregando-me uma caixa quadrada de veludo.

– Oh é lindo. – exclamei após ver que era um colar perfeito para o meu vestido parecia feito do mesmo conjunto da tiara que teria no meu cabelo. – Obrigada Mrs. Hall. – sorri e abracei-a.

– De nada querida. E já somos praticamente família por isso chama-me Beth. – pediu.

– Ok, Beth. – assenti.

*

Encontrava-me em frente do espelho observava o meu reflexo, o vestido assentava-me na perfeição, sendo que a barriga parecia querer espreitar, o colar tal como eu previra ficava perfeito com a tiara. Quando dei por mim pequenas lágrimas escorriam no rosto apesar da felicidade estampada no grande sorriso que tinha no rosto.

– Ei nada de borratar a maquilhagem Peaches. – afirmou Elena que me ajeitava o cabelo.

– Desculpa, hormonas de grávida. – expliquei sorrindo.

– Vá, agora sim estás linda. – disse após limpar-me as lágrimas.

– Noc noc. – ouvi Danielle. – Uau, tu estás tão perfeita amiga. – afirmou colocando-se a meu lado e aparecendo junto do meu reflexo no espelho. Ambas as minhas amigas vestiam vestidos simples com um tom verde àgua apenas os seus penteados se diferenciavam.

– O teu noivo já está no celeiro, vais deixa-lo à espera mais uns minutos? – questionou-me Danielle.

– Ahm, mais uns minutos. Prometi que não demorava muito. – sorri caminhando em direcção à porta do quarto. – Mas podes chamar o meu pai.

– Ok, vou avisá-lo então. – e saiu do quarto.

Começava a ganhar um nervosinho miúdo e sentia uma espécie de borboletas no estômago afinal era hoje que passava de simples namorada a mulher de Damon, coisa que planeava ser durante muito tempo.

– Então babygirl, estás pronta? – ouvi meu pai perguntar-me ainda a abrir a porta da suite onde me encontrava.

– Sim, vamos. – afirmei.

– Aqui tens o teu bouquet. – disse-me Elena entregando-me um raminho de peonias rosa bebé.

Apoiei a minha mão no braço do meu pai que logo me encaminhou até ao pequeno caminho que nos levava até ao altar onde já podia ver os bancos com todos os convidados, que tal como combinara com Damon eram poucos. Pude ver Dr.Edwards e a sua família que me sorriam e acenavam, assim como Donna que já tinha algumas lágrimas nos olhos. Assim que me posicionei em frente ao pequeno corredor que me levava até ao altar, levantei o olhar até Damon. Este mal cruzou o seu olhar comigo abriu o sorriso pelo qual eu havia pedido no casamento de Elena. Naquele momento nada mais me importava, apenas via o olhar de Damon e o seu sorriso.

– Cuida bem da minha babygirl. – ouvi o meu pai dizer a Damon antes de sentir o toque da sua mão no meu braço.

– Estás linda, love. – disse sorrindo ainda mais, se é que era possível.

Logo o padre começou o sermão e ambos trocamos os votos que optamos por serem os mais banais. Depois Jamie, que eu tinha escolhido para menino das alianças encarregou-se de entrega-las a Damon, que com as mãos a tremer ligeiramente me colocou no dedo, de seguida eu fiz-lhe o mesmo.

– Pode beijar a noiva. – informou o padre e logo senti os lábios do meu marido se encostarem aos meus numa breve dança harmoniosa, entre sorrisos e aplausos ambos nos viramos para os convidados e sorrimos. Fomos abordados por todos os nossos amigos e familiares que nos queriam felicitar, depois tiramos algumas fotografias para mais tarde recordar e por fim seguimos para o celeiro onde se daria o copo-de-água. A decoração estava perfeita, as cadeiras brancas em madeira, as toalhas brancas, pequenas luzes enroladas nos pilares que iam do chão até ao tecto, já para não falar dos pequeno candeeiros que ficavam sob as mesas. O pôr-do-sol dava um toque mais romântico e entrava por entre a madeira da porta e das janelas. Sentei-me na cadeira onde dizia Mrs. Hall e Damon na que dizia Mr. Hall uma pequena brincadeira que Ryan idealizou num jantar em nossa casa. A banda começou a tocar uma música ligeira ideal para o lanche ajantarado que se iria seguir.

– Como é que estás, love? – perguntou-me o meu marido.

– Melhor não podia estar. – afirmei sorrindo.

As conversas começaram assim que foram servidas as pessoas, os meus sogros e os meus pais tagarelavam por tudo e por nada, parecia que se conheciam desde sempre e eram os melhores amigos. Já Elena e Danielle contemplavam o seu trabalho e perguntavam-me se precisava de alguma coisa, ao qual respondia na maioria das vezes que estava tudo bem. As horas foram passando e quando dei por mim já eram dez da noite, calcei umas vans brancas para estar mais confortável visto que ultimamente os sapatos de tacão começavam a não ser práticos devido à minha condição.

–Concede-me esta dança? – perguntou Damon.

– Claro. – pousei a minha mão na dele e encaminhamo-nos para a pista desviando a atenção de todos os presentes para nós. A música mudou e começou a tocar um slow que eu adorava imensoWonderful Tonight cantado por Michael Bublé, Damon pousou a sua mão na minha cintura e com a outra agarrou a minha mão e ambos começamos a dançar lentamente. Observava o seu olhar que tinha um brilho especial e sorria. Era o quadro perfeito para um dia também ele perfeito. Logo começaram a juntar-se a nós outros convidados, sendoroubada do meu marido algumas vezes por Ryan, pelo meupai e pelo meu sogro Robert. A música tornou-se mais animada e como já não aguentava mais e tinha ainda alguma fome resolvi sentar-me na minha cadeira após servir-me de mousse de chocolate.

– Posso sentar aqui? – ouvi Jamie perguntar.

– Claro querido. – respondi e vi-o sentar-se na cadeira a meu lado.– Queres um bocadinho?

– Não, bigado mas já papei demasiado. – afirmou sorrindo. – Como está o Noah?

– Neste momento, está a dar pontapés.

– Também está a dançar. – disse como se fosse a coisa mais lógica do mundo, fazendo-me rir. – Posso dizer olá? – pediu.

– Sim. – disse afastando um bocado a cadeira de maneira a Jamie conseguir tocar-me na barriga.

– Opa, ele tem força. – riu após sentir um chuto de Noah, logo encostou a cabeça para poder ouvi-lo. – Olá Noah, sou eu o Jamie. Porta-te bem. – ia dizendo, o que me fez sorrir.

– Jamie anda dançar. – convidou uma miudinha de seis anos familiar de Beth.

– Até já. – despediu-se Jamie indo a correr no seu smoking miniatura até à rapariga de cabelos ruivos.

Voltei a minha atenção para a mousse de novo, isto de ser noiva dava muito trabalho, quase sempre era interrompida por alguma coisa e quando ia para comer já não havia ou já estava frio.

– Gulosa. – sussurrou-me ao ouvido Damon.

– A culpa é do Noah. – defendi-me.

– Ele ainda nem nasceu e já o culpas? – provocou num tom brincalhão.

– Tonto. – sorri afagando a face de Damon com a mão esquerda, que ele assim que pode beijou delicadamente.

– Estás gelada. – afirmou. – Toma o meu casaco. – e colocou sobre os meus ombros.

– Obrigada, as noites aqui são mais frescas. – sorri enquanto vestia o casaco.

– Sorte a nossa que vamos para o México daqui a umas horas enquanto eles congelam aqui. – disse fazendo um sotaque de um personagem maquiavélico.

– Mal posso esperar. – afirmei.

Fomos interrompidos por Robert que queria fazer um brinde, como tal todos os convidados que se encontravam na pista deslocaram-se para os seus lugares. O meu sogro para minha surpresa encontrava-se emocionado e fez um discurso digno de um filme de Hollywood, a ele seguiram-se os meus pais e depois os meus melhores amigos que nos cantaram uma canção que significa algo para todos. Assim que pude Damon e eu abrimos o bolo e agradecemos a presença de todos e partilhamos a primeira fatia e um bocadinho de champanhe que no meu caso se substituiu por sumo. O ambiente dentro daquele pequeno celeiro estava óptimo e tudo tinha corrido às mil maravilhas, não podia ter imaginado dia mais perfeito do que este. De uma coisa tinha certeza, hoje seria um dia que ninguém se iria esquecer durante os próximos dias e eu fazia questão de relembrá-lo nos anos que se iriam seguir. Fui interrompida dos meus pensamentos pelo som de uns sinos de uma igreja das redondezas que dava a meia-noite e tal e qual Cinderela dirigi-me à suite e troquei de roupa, optei por um vestido mais casual e calcei uma sabrinas aproveitei e coloquei um blazer.

– Love, já estás pronta? – perguntou-me Damon encostado na porta.

– Sim, vamos despedir-nos e podemos ir para o aeroporto. – sorri entregando-lhe a minha mala enquanto puxava o trolley. A maioria dos convidados encontrava-se agora no jardim da frente onde se encontrava o carro de Damon com o típico Just Married escrito no vidro de trás. Assim que nos despedimos encaminhamo-nos para o carro e seguimos viagem até ao aeroporto, onde fizemos o check-in e esperamos pelo voo na sala de embarque.

– Bem, mas que dia. – afirmei quebrando o silêncio.

– Pensava que nunca mais chegava a hora de te ver vestida de noiva, estavas tão perfeita, love.

– E olha que eu não te fiz sofrer muito. – sorri. – Tu também estavas deveras sexy. – provoquei.

– Obrigado. – disse orgulhoso.

– Amo-te Mr. Hall. – afirmei perdendo-me naquele olhar azul profundo.

– Também te amo Mrs. Hall. – disse antes de me beijar delicadamente até ser interrompido pelo som do altifalante que informava que já podíamos embarcar. Assim que encontramos os nossos lugares Damon pousou a sua mão sobre a minha cruzando os nosso dedos e afagando-os carinhosamente. Sem que eu desse por ela já nós nos encontrávamos no ar e encostados um ao outro mortos de cansaço. Acabei por adormecer sentindo o perfume do meu marido e a sua respiração relaxada enquanto este via um filme no pequeno ecrã à sua frente.


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Notas finais do capítulo

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