Lovesick escrita por Mary Anne Snow


Capítulo 19
Just The Way You Are


Notas iniciais do capítulo

Olá Olá!
Espero que gostem do romance e da música!
Enjoy!



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Havia passado uma a semana desde o casamento de Elena que ainda continuava em lua-de-mel, encontrava-me no meu gabinete a vestir a farda e a bata, pois o meu turno começaria daqui a nada, quando ouço um leve bater na porta.

– Entre. – afirmei colocando o estetoscópio ao pescoço enquanto via Dr. Edwards entrar.

– Bom dia Dr. Rachel, vim apenas informar que tens duas cirurgias hoje comigo ao comando. – informou.

– Wow, prometo que vou tentar aprender o mais possível. – afirmei sorrindo.

– Óptimo, encontramo-nos no bloco às duas da tarde. – e voltou a sair.

Hoje iria ser um dia recheado de trabalho sem dúvida, por isso optei por começar com as rondas dos meus pacientes do dia anterior enquanto não tinha urgências às quais dar assistência.

– Danielle psst. – chamei a atenção da minha amiga que passava com um carrinho de medicamentos.

– Até que enfim que te vejo! – exclamou ainda que de forma subtil para não perturbar os doentes. – Pensei que nunca mais nos íamos encontrar, estas mudanças de turno constantes estão a matar-me. – desabafou.

– É, mas para compensar hoje vais aturar-me durante um bocado. Que me dizes a um café mais logo à tarde?

– Óptima ideia, temos muito que falar. Tenho novidades. – disse cantarolando enquanto se afastava, indo assim cada uma ao seu destino.

Após a minha ronda, ter dado alta a alguns pacientes e consultas encaminhei-me para o refeitório com um livro de medicina onde lia alguns pormenores que se iriam passar na primeira cirurgia da tarde.

– Hey love. – ouvi Damon dizer antes de me beijar levemente a minha bochecha.

– Hi, que fazes por aqui? – questionei.

– Vim chatear o Zack. – gargalhou. – Ele ligou-me a pedir ajuda com um paciente que ele achou que fosse mais adequado para a minha especialidade, nada demais. E como está a correr o teu dia? – perguntou roubando-me um pedaço de cenoura do meu prato.

– Calmo por enquanto, daqui a pouco vou participar com Dr. Edwards numa cirurgia e mais logo noutra, por isso estou a ver se aprendo mais alguma coisa com este livro. – disse a sorrir.

– Uau, tens a noção que isso é óptimo? – perguntou retoricamente. – E isto, deita fora. – disse pegando no livro e fechando-o. – Tudo o que tens de saber está na cabeça do Edwards e ele vai ensinar-te.

– Eu sei, sinto-me mesmo concretizada. – sorri antes de ser interrompida pelo meu bipper. – Tenho de ir, devo chegar a casa à hora do jantar. Amo-te.

– Ok, não te preocupes. Amo-te. – afirmou antes de eu me levantar da mesa.

Corri até ao bloco de operações e entrei na sala de esterilização onde se encontrava o meu patrão barra professor a lavar as mãos.

– Tivemos que antecipar a cirurgia o paciente entrou em crise. – informou. – Prepara-te e depois vem lá para dentro.

– Ok. – acenei e comecei a lavar as mãos e a colocar a touca para puder participar.

Assim que entrei vi oito pessoas a rodearem a mesa onde se encontrava um homem com os seus cinquenta anos, Edwards passou o betadine na pele e abriu com o bisturi o tórax, visto que iríamos colocar um novo bipass ao paciente.

– Rachel, vais retirar este antigo bipass. – informou-me o meu mentor.

– Ok. – peguei na ferramenta que Edwards me entregara e comecei a retirar o aparelho que estava completamente destruído. Logo a seguir estanquei uma hemorragia e Edwards ensinou-me como colocar o novo aparelho, que era um pouco mais moderno que o anterior, depois deixou-me suturar o rasgão e assim concluímos a cirurgia em pouco mais do que duas horas.

–Bom trabalho, a aprender assim ainda vais longe neste ramo. – congratulou-me Dr. Edwards à saída do bloco antes de ir informar a família.

– Agradeço por esta oportunidade, sem dúvida que começo a ganhar o bichinho das cirurgias.

– Bom saber. – e ambos seguimos direcções diferentes.
*

Eram seis da tarde quando me encontrava à espera de Danielle na entrada do hospital para irmos tomar um café. Observei o pôr do sol que começava a desaparecer atrás de um dos muitos prédios que por ali se instalavam.

– Hey, desculpa a demora. Tive que me ir trocar. – disse a minha amiga enquanto colocava a carteira ao ombro.

– Não há problema, vamos? – perguntei.

– Vamos. – sorriu e caminhamos lado a lado até ao starbucks mais próximo, onde fizemos os nossos pedidos que levamos connosco até à escadaria de um museu onde nos sentamos para conversar.

– Então quais são as tuas novidades? – questionei.

– Eu e o Michael finalmente temos uma relação. Estou mesmo apaixonada por ele. – disse com um brilho nos olhos.

– Oh my god, estava a ver que não! – exclamei. – Vocês são tão fofos juntos e como está o pequeno Jamie?

– Está óptimo, por vezes vou buscá-lo à escola e assim. É um amor de miúdo. – disse quase suspirando.

– Fico tão contente por ti.

– Obrigada, então e tu? Como foi o casamento de Elena?

– Lindo, devias ter ido. Estava mesmo perfeito, depois mostro-te as fotos quando me fores visitar à minha nova casa.

– Nova casa? – perguntou confusa.

– Eu e o Damon estamos a viver juntos, é tão bom poder estar com ele nem que seja apenas umas horas durante a noite. – disse enquanto bebericava o café e olhava em volta as pessoas.

– Uau, e só agora é que sei disso?! – disse brincando. – Vocês estão mesmo em sintonia, saiu-te a sorte grande amiga.

– Ele estava tão lindo no casamento e o sorriso que ele me enviou quando eu estava a caminho do altar derreteu-me completamente e fez-me pensar que um dia gostava de o ver no meu dia de casamento. – desabafei.

– Aww, o amor está mesmo no ar. – brincou dando-me um leve encontrão no ombro fazendo-me rir.

Ficamos a conversar durante mais uns largos minutos até que nos despedimos e seguimos os nossos caminhos até casa. Apanhei o autocarro até ao meu prédio e olhei o relógio de pulso reparando que já eram quase sete e meia, ainda chegava a tempo do jantar.

– Damon cheguei. – exclamei fechando a porta atrás de mim e reparando numa leve melodia que vinha da sala assim como em velas colocadas na mesa. Caminhei até à sala e pude ver Damon de costas na cozinha a retirar a travessa do forno e pousar na mesa antes de me ver.

– Chegaste mesmo a tempo. – sorriu caminhando na minha direcção para me beijar levemente.

– Planeaste um jantar romântico surpresa. – disse ainda admirada.

– Hum hum. – disse analisando cada expressão que eu fazia. – Não gostaste?

– Damon eu adorei. – sorri. – Porque é que não te encontrei mais cedo?

– Amo-te, mas agora vamos jantar. – afirmou pegando na minha mão enquanto me levava até à mesa, onde saboreamos a refeição ao som de Barry White e com os candeeiros a luz média, dando assim um toque mais sensual e romântico à nossa noite.

Assim que finalizamos o jantar, ambos arrumamos e lavamos a louça entre brincadeiras, típicas de alguém completamente apaixonado, tal como eu me sentia a cada segundo que passava quando estava junto do meu namorado.

– Vou ter a minha vingança! – exclamou Damon fazendo-me rir após lhe encharcar a camisola sem querer.

– Foi sem querer. – tentei desculpar-me mas Damon foi mais rápido e logo me fez algumas cócegas que logo passaram a dar vez a beijos que iam aumentando de intensidade. Senti as mãos de Damon passarem levemente para as minhas coxas e ser levantada do chão, ficando sentada no balcão. Rodeei o seu pescoço com as minhas mãos aproximando-o de mim enquanto o beijava lentamente. Damon retirou a sua camisola completamente encharcada e deixou-a cair no chão ao nosso lado, para depois voltar a preencher os meus lábios com os dele fazendo-me soltar um pequeno riso quando voltou a sua atenção para o meu pescoço.

Com o desejo pela proximidade a aumentar logo nos encaminhamos para o quarto, onde Damon me deitou levemente na cama sem nunca deixar de me beijar. Nenhuma palavra era dita, todos os toques e olhares diziam tudo aquilo que sentíamos naquele momento.

Ao fim de alguns minutos encontrávamo-nos enroscados nos lençóis, Damon acariciava-me levemente as costas despidas enquanto eu repousava a cabeça no seu peito.

– Em que pensas? – questionou-me.

– Que esta foi uma das melhores vinganças que alguma vez me fizeram. – afirmei fazendo-o gargalhar.

– Então temos que repetir um dia destes. – afirmou beijando-me de seguida. – És tão linda. – disse olhando-me nos olhos, aquele olhar penetrante que só ele sabia fazer.

– I love you just the way you are. – citei a música de Barry White que havia tocado aquando o nosso jantar entregando-me a mais um beijo cheio de paixão antes de voltar a repousar a cabeça no seu peito adormecendo com um sorriso nos lábios e nos braços do homem da minha vida.


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