Quando entrei no Salão principal havia uma multidão na mesa da Grifinória, não entendi muito bem até ver Lily sentada lá, ela saiu da enfermaria!

—Lily!—passei pela multidão e me sentei de frente pra Lily—você voltou.

—sim!—ela sorriu

—você está bem?—perguntei

—sim—ela fez uma pausa—infelizmente eu não lembro de nada no dia do ataque!

—você vai lembrar—Marlene a abraçou—você voltou!

Lily fez uma cara estranha.

—eu tenho que conversar com os professores, eu devo ter perdido tanta coisa, vou ficar atrasada...

—foram só 3 dias Ruiva!—James falou

—ninguém falou com você Potter!—Lily se levantou—vou falar com McGonagall

Ela se levantou e saiu do salão, pelo canto do olho vi Sam sentado na mesa da Lufa-lufa, senti minhas bochechas queimarem.

—eu tô indo!

Fui pra minha mesa e me sentei do lado de Sam, ele sorriu quando me viu.

—acho que precisamos conversar.—ele falou

—talvez!—sorri de lado

—não, serio! Eu fui um idiota com você!

—então peça desculpas e seguiremos em frente e se você quiser...—baixei a voz—eu esqueço do beijo.

—seria melhor!— ele falou sem graça—e me desculpe!

—esta bom!—dei um beijo em sua bochecha

Eu ia me levantar quando Sam me fez sentar novamente.

—que foi?

—hoje é o teste para quadribol—Sam sorriu—você sabe que eu sou o capitão e eu adoraria ter você no meu time, faça o teste para apanhadora!

—não!— falei resoluta—sem chance!

— por favor, Lyn! Eu já te vi jogar e se temos uma chance de ao menos não ficar em ultimo lugar, essa chance é você!

Suspirei. No verão do meu quarto ano eu fui visitar Sam e nós jogamos Quadribol, a mãe dele enfeitiçou algumas laranjas para agir como pomos e eu apanhei todas, desde então Sam tem me infernizado para que eu fizesse os testes para apanhadora.

—pela Lufa-lufa!—ele replicou—pela sua casa!

—ta, ta bom! Mas eu não quero que você me favoreça só porque sou sua amiga!—falei— que horas é o teste?

—depois do almoço!

Respirei fundo e bebi um pouco de suco que Sam colocara no meu copo.

(...)

Depois do almoço, segui Sam para o campo de quadribol, onde seria o teste, eu tinha uma vassoura, apesar de não jogar, papai comprou uma vassoura pra cada filho quando entramos no segundo ano.

—esse ano venho bastante gente!--Sam sorriu

Olhei para o campo, havia muita gente ali, mas não pude deixar de notar que a maioria eram garotas.

—é bastante!—concordei— sua beleza faz com que todos de repente saibam jogar quadribol!

—ah, não, você não ta com ciúmes!?

—vamos começar?—Fui me juntar ao grupo.

—certo, por favor, se separem em grupos—Sam falou—goleiros aqui, artilheiros ali, batedores podem ficar ai mesmo a apanhadores serão os últimos então podem sentar se quiser!

Os grupos se separaram, só havia 3 apanhadores contando comigo: Katie, (uma garota baixinha do sétimo ano, ela jogou como apanhadora por um tempo, mas então ela quebrou o tornozelo e decidiu se afastar do QUadribol) e Dave, ele é amigo de Sam e fazia parte do time ano passado.

Os testes foram feitos, e logo chegou a vez dos apanhadores.

—certo, eu vou soltar o pomo e quem pegar primeiro é o apanhador!—Sam explicou— boa sorte!

Montamos nas vassouras e subimos no ar, Sam soltou o pomo, o segui com os olhos, mas ele logo sumiu.

Subi um pouco pra tentar acha-lo.

Ele estava perto de Katie, se eu mostrasse que o vi ela o pegaria primeiro.

Desci devagar e voei para perto das balizas, Dave me seguiu e Katie seguiu Dave.

Me virei bruscamente e avancei, o pomo estava tão perto agora, tão perto...

—parabéns, Lynx!

Sam correu ao meu encontro quando eu desci, o abracei quando ele se aproximou mais.

—vocês foram ótimos!—falei pra Katie e Dave quando me afastei de Sam.

—mas você foi melhor!—Katie falou—parabéns!

—obrigada!

—é melhor voltarmos pro castelo, já tá escurecendo!--Sam olhou pro céu--você vem Lynx?

—-não, eu tenho que ir no corujal!—falei—te vejo depois!

Acenei pra eles e corri para o corujal, no meio do caminho alguém segurou meu braço por trás de mim, me virei e vi quem era.

—Ed!—me soltei dele, tirei a varinha do bolso da capa e apontei pra ele—fica longe de mim!

—hey, calma!—Ed rendeu a mão em sinal de rendição—eu só quero conversar!

—sobre o que?—continuei com a varinha apontada pra ele

—sobre o que? Nós vamos casar!

—não, não vamos!—falei brava—se acha que eu vou aceitar esse casamento arranjado, você ta bem enganado!

— você gosta de mim, posso ver no seu olhar!

Desviei o olhar dele.

—eu tenho que ir!—Ed sorriu, virou de costas pra mim e voltou pro castelo.

Guardei a varinha e fui pro corujal.

Logo na porta percebi que havia algo errado, as corujas estavam agitadas e piavam assustadas, quando entrei no corujal, uma coruja assustada saiu voando e bateu na minha testa, senti o sangue escorrer pelo meu rosto, mas não liguei, porque logo depois vi o que causara aquele estardalhaço: tinha alguém caído no chão, paralisei ao ver quem era:

— Liv!

Ela estava inconsciente, sua testa sangrava e havia sangue por toda sua roupa.