Just a Hufflepuff escrita por Ella


Capítulo 10
Capitulo 10


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas pra compensar o capitulo ficou grade, acho que é o maior que escrevi até agora.
Boa litura.
ps: a parte em itálico é uma lembrança.



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5 anos antes...

–oi, posso sentar aqui?

A garota de cabelos azuis apontou para o banco vazio, o trem já sairá da estação, eu estava nervosa, era meu primeiro ano.

–pode!

Ela já vestia o uniforme, se sentou no banco de pernas cruzadas e tirou alguma coisa do bolso.

–quer?

Ela me estendeu um saquinho colorido.

–que isso?

– MeM's, pega, é bom!

Peguei alguns, aquilo parecia feijãozinhos de todos os sabores, mas o gosto era melhor, coisa de trouxas, com certeza.

–é bom!

Ela sorriu e jogou alguns na boca.

– sou Olivia, Liv e você?

– Lynx Black, é nascida trouxa?

– sou, e você?

Mamãe disse que eu não deveria falar com trouxas, mas Sirius disse que eu não deveria escutar minha mãe.

–sou, mas isso não importa, já comeu sapos de chocolate?

–não. - ela sorriu como se aquilo fosse engraçado.

– você tem que experimentar, é muito bom!

– eu vou, me fale sobre as casas, pra qual você quer ir?

–minha família inteira foi pra Sonserina, quer dizer meu irmão foi pra Grifinória, mas eu acho que vou pra Sonserina.

–é isso o que você quer?

–acho que não.

Ela descruzou as pernas e se sentou direito, suas pernas eram curtas e quase não tocavam o chão.

–nós podemos ser amigas, B?

–B?

– de Black. Eu nunca tive muitos amigos então mamãe deixou que eu pintasse meu cabelo pra me sentir mais segura. Podemos ser amigas?

–acho que sim.

–Liv!

Ajoelhei-me ao lado dela, eu estava tonta, havia sangue por todo lado, e Liv respirava fraco, eu não posso perdê-la!

Vamos, Lynx, mexa-se!

A bolsa de Liv estava ao seu lado, tirei de lá um pergaminho e uma pena, depois de riscar um rápido bilhete para McGonagall dizendo que havia uma aluna machucada no corujal e mandar uma coruja entregar, voltei minha atenção pra Liv.

Tirei a varinha do bolso, eu nunca fui muito boa em feitiço, apesar de Sam sempre dizer que o único problema que eu tinha era não confiar em mim mesma.

–oh, querida!

Srta. Darky entrou correndo no corujal, seguida de McGonagall.

McGonagall conjurou uma maca e colocou Liv em cima, ela saiu do corujal tão rápido quanto entrou.

Agora eu chorava.

– ela vai ficar bem!

Aurora mexeu as mãos nervosas.

–venha, vamos para a minha sala.

Eu continuava ajoelhada no chão, meus olhos pousaram em algo brilhante no chão, perto de onde Liv estava.

Era um anel, o peguei e o coloquei no bolso, me levantei e peguei a bolsa de Liv.

–eu preciso vê-la!

– Srta. Black você está sangrando!

Levei a mão à testa, no lugar onde a coruja me atingira quando eu entrei, senti o sangue quente e o corte.

–eu preciso vê-la!

–não querida, você precisa de...

Surpreendentemente ela me abraçou.

– tá tudo bem agora.—ela sussurrava.

(...)

Os cochichos me seguiam onde quer que eu ia, já fazia 6 dias que Liv fora pra enfermaria, e eu ainda não pude vê-la.

Eu ainda não escrevera pra minha mãe, mas Ed pareceu perceber o quanto eu ficara abalada por Liv e parou de me importunar.

De qualquer forma, na sexta, a véspera do meu primeiro de Quadribol, contra a Corvinal, Regulus veio falar comigo depois das aulas.

– posso sentar?

Eu estava sentada perto do lago, fazia um sol morno e observava James e Lily conversando normalmente do outro lado do lago, isso era um feito raro.

– claro!

Sirius estava encostado em uma árvore perto de mim, ele ficou bastante preocupado depois do ataque de Liv.

– eu soube de sua amiga, sinto muito!

Ele não parecia sentir.

– aposto que seus amigos da Sonserina estão pulando de felicidade!

– acha que foi um de nós?- ele não parecia surpreso- porque eu também acho.

Sorri ao lembrar uma brincadeira que fazíamos na infância, todos nós até mesmo Bellatrix e Narcisa. Em que alguém era escolhido pra ser o assassino e os outros tinham que acertar quem era não era uma brincadeira para crianças.

– está lembrando-se de Assassino?- Regulus sorriu frio, era assim que chamávamos.

–sim, nunca adivinhávamos quando você era o assassino.

– em compensação Sirius...

– ah, sim, ele começava a rir e fazer caretas, era fácil de adivinhar.

– mas você sempre adivinhava primeiro.

Rimos juntos, até que me lembrei de que nós não conversávamos.

– Regulus, você tem algo pra me dizer?- cutuquei a grama com a ponta do tênis.

– mamãe quer que você passe o natal em casa!- ele olhava pro lago.

– sem chance, vou ficar em Hogwarts, com Liv.

– Lynx, ela quer falar com você, sobre o casamento.

– eu não vou...

– eu sei, mas você tem que falar com ela, cara a cara!

Pensei um pouco.

– Regulus, desculpa, mas a mamãe é louca, quando eu disser a ela o que eu tenho que dizer, ela vai me matar e me enterrar no quintal!

Ele riu.

– não, ela vai pedir pro Monstro fazer isso!

Concordei com a cabeça.

– você vai? Não se preocupe, eu não vou deixar que ela faça nada com você!

Olhei pra ele, ele parecia falar sério.

–eu não sei...

– por favor, mamãe não vai parar de falar se você não for!- ele se levantava- eu tenho que ir, pensa um pouco, tá?

Ele já se afastava quando eu gritei:

– Regulus!- ele me olhou- eu vou.

Ele acenou com a cabeça.

(...)

– me deixa vê-la, por favor!

– não, ela precisa descansar!

Madame Pomfrey me olhou carrancuda, fazia cerca de 10 minutos que eu tentava fazer com que ela me deixasse entrar.

– eu não vou sair daqui, então!

–ora, eu vou chamar um monitor!

– eu sou amiga de todos os monitores e monitores chefes-dei de ombros.

Ela olhou pra trás de mim e sorriu.

– Remus, querido, que bom que está aqui!

Olhei pra trás de mim, Remus sorriu, ele parou do meu lado.

– oi Lynx, oi Madame. Algum problema?

Remus e Madame Pomfrey eram amigos, claro, Remus vivia na ala hospitalar, segundo Sirius ele tinha uma saúde muito frágil.

– Remus, oi!- sorri- eu queria ver Liv, mas...

– Olivia está descansando!

– ah, vamos Madame, 5 minutinhos, elas são melhores amigas, e além do mais, Lynx que encontrou Liv.

Ela suspirou e abriu a porta da enfermaria.

–5 minutos enquanto converso com Remus!

Lancei um olhar agradecido a Remus antes de entrar na ala hospitalar e a pesada porta se fechar as minhas costas.

Andei pelas camas a procura de Liv, não havia muita gente, logo avistei seu cabelo azul, ela estava acordada, mas parecia meio dopada.

– Liv, oi!- eu não sabia onde por as mãos, então enfiei a mão nos bolsos. - como você está?

–dopada!- ela tentou sorrir- eu tomo 6 poções diárias, 3 pra dores e 3 pra ajudar a cicatrizar uns machucados que não fecham.

– e elas têm gosto ruim?- fiz uma careta.

– o gosto, o cheiro e até a cor!-ela riu fraco- obrigada por me salvar!

Dei de ombros.

– uma hora eu tinha que bancar a heroína!

Liv fechava os olhos à medida que eu falava.

– é melhor você dormir.

– eu vou.

Ela fechou os olhos e logo dormia, reparei que ela tinha muitos machucados ainda.

Suspirei e voltei pro corredor, quando eu ia abrir a porta ouvi as vozes de Madame Pomfrey e Remus.

Isso é errado, eu sei.

– está pior que antes, eu tenho tido muita dor de cabeça.

– isso é normal, você está crescendo.

– tem certeza que não há nenhuma poção? Ao menos pra dor de cabeça?

– sinto muito, Remus, mas isso não é uma dor de cabeça normal, é do lobisomem que há em você.

Estanquei no mesmo lugar em que eu estava eu deveria voltar pro lado de Liv antes que alguém abrisse a porta e visse que eu ouvira a conversa. Mas...

Remus era um monstro.


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