Just a Hufflepuff escrita por Ella


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, esse capítulo já estava escrito faz um tempo no celular, mas eu não tive tempo de passar pro computador.
Boa leitura



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Sabe-se lá como, voltei para o lado de Liv, havia um espelho na mesinha ao lado de sua cama, pude ver como eu estava mais branca que o normal.

A porta da enfermaria abriu e, antes que Madame Pomfrey dissesse alguma coisa, sai correndo, por sorte Remus já não estava mais lá.

Enquanto andava pelos corredores, tentei lembrar tudo o que eu sabia sobre eles.

Eu estudei sobre isso no terceiro ano, e Sam era fascinado por eles, então ele só falava sobre lobisomens no quarto ano.

Mas ainda assim, eu não conseguia acreditar que Remus poderia ser ruim, ele era sempre tão gentil e educado, isso não tem nada a ver com as imagens de lobisomens que eu já vi.

Será que Dumbledore sabia? Será que Sirius sabia?

— Lyn?

Parei ao ouvir meu nome, era Sirius, passei por ele no corredor e nem notei.

— oi!— falei vagamente

— não vai a Hogsmeade?

—não.

—você tá bem? Tá meio branca.

Passei a mão no rosto.

— eu tô bem. — mas algo na minha expressão me entregava.

—certeza?— Sirius se aproximou mais e tentou tocar meu rosto.— tá com febre?

— eu só... — me afastei de sua mão— eu acabei de ver Liv, só isso.

— ah, como ela tá?

— meio grogue. — só então eu percebi que ele estava arrumado demais. — você tem um encontro?

— quando é que eu não tenho um encontro?— ele sorriu convencido

—quando tá em detenção?

—você que pensa maninha, você que... Lyn?

—hãn?

Eu voltara a pensar em Remus sem perceber, como eu não havia notado que ele é um lobisomem antes? Ele tem cicatriz pro todo rosto, fica meio fraco perto da lua cheia...

— Lyn, você tá bem mesmo?

— Tô, é que tem acontecido tanta coisa, tem Liv, e mamãe pediu pra eu passar o natal em casa, e tem o jogo de amanhã...— e tem Remus também

— Liv vai ficar bem, e se isso ajuda a Grifinória toda vai torcer pela Lufa-Lufa e você não precisa ir pra casa ano natal, fica aqui, eu vou ficar também.

—obrigada, Sirius, mas eu tenho que ir e você tem um encontro.

— se você quiser eu fico.

— eu tô bem, é sério, eu tenho lição pra fazer, vou ficar ocupada atarde toda.

— ok, até mais então...

Ele seguiu seu caminho, olhava pra trás pra me ver de vez em quando, Sirius sabia que eu não estava bem, ele sempre sabia.

(...)
O dia do jogo chegara, e posso dizer que não foi assim que eu imaginei minha estreia no Quadribol.

Claro que não esperava luzes e o Profeta diário me aguardando, mas também não esperava jogar meu primeiro jogo com minha melhor amiga no hospital, um casamento nas costas e um amigo monstro.

Bem, eu não deveria chama-lo de monstro, mas não é isso que os lobisomens são não é?

— tá pronta?— Sam me chamou, eu estava com o estomago embrulhado, mas seu sorriso me reconfortou, ao menos ele estava aqui.

— estou.

Ele me abraçou rápido antes que pegasse sua vassoura e entrasse no campo, fiz o mesmo, seguida pelo resto do time.

Olhei pra plateia, Sirius estava lá, torcendo pro mim e ao seu lado Remus.

Olhei para o time da Corvinal, a casa De Liv.

Respirei fundo.

O apanhador da Corvinal era River Vern, um garoto baixinho e magro demais pro sétimo ano, seu cabelo preto era enorme, mas ele o prendera, deixando a mostra seu rosto espinhento.

Merlin, tem algo acontecendo na minha barriga.

Ouvi um apito vindo de algum lugar.

O jogo começou.

Subi no ar a procura do pomo, subi tão alto, (como Sam falara para fazer) que mal ouvia o narrador lá embaixo.)

EM cinco minutos de jogo a Lufa-lufa marcara 30 pontos e a Corvinal 20, River me seguia de perto, onde quer que eu fosse ele vinha atrás.

Então eu o vi.

O pomo.

Ele estava a alguns metros abaixo, olhei pra River, ele olhava para o placar, avancei.

Eu estava cada vez mais perto, estiquei meu braço para pegá-lo e...

A torcida da Lufa-lufa explodiu em vivas, eu pegara!

(...)

O salão comunal da Lufa-lufa virou um salão de festa. Alguns garotos encheram caixas com a comida que pegarão na cozinha, alguém encheu balões pertos e amarelos, um cartaz colado em cima da lareira dizia: “Vai, vai Lufa-lufa” e até mesmo a Professora Sprout apareceu.

— parabéns a todos!— ela sorriu— é bom ganhar vez ou outra.

— Com Lyn no time vamos ganhar sempre!— Sam não parava de me abraçar.

A festa estava ótima, mas eu não estava no clima.

Quando Sam foi pegar algo pra comer, aproveitei que ninguém olhava e sai e fui para uma das torres mais altas, quase ninguém ia lá, era bom pra ficar sozinha.

Apoiei-me no peitoril da janela e fechei os olhos ao sentir o vento de fim de tarde batendo no meu rosto.

—oi!—Paralisei a ouvir a voz de Remus

— oi!— falei sem encará-lo.

—parabéns pela vitória!— ele se apoiou no peitoril também, bem perto de mim, perto de mais.

— eu vi você na plateia. —olhei para minha mão— eu pensei que ninguém viesse aqui.

— eu venho aqui quando quero ficar sozinho, ou quando James e Sirius estão fazendo muito barulho.

Assenti e olhei para o céu, já escurecia e fazia frio, eu só usava uma blusa fina e tremi um pouco.

—está com frio?

— não, eu tô bem!— mas antes que eu terminasse de falar Remus colocou seu casaco sob meus ombros. — obrigada.

— eu não sinto frio. — ele deu de ombros— está uma noite inda.

Enquanto eu observava o céu com Remus ao meu lado, nossas mãos se tocaram e eu soube naquele momento que Remus não era um monstro, afinal.


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