Harry Potter e a Clóris Perdida escrita por GiMarcolin


Capítulo 10
Retorno a Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

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Harry caminhava na estação, puxando pelo carrinho onde estavam suas coisas, estava atrasado, talvez nem conseguisse pegar o trem, e já estava imaginado outro jeito de chegar à escola. Passou rapidamente pela plataforma 3/4, a mesma que em todos os anos ele costumara a passar para ir a Hogwarts. Não havia mais pessoas para subir no trem, ele era claramente o último a estar do lado de fora, correu conseguindo colocar a mão na porta, que já ia se fechando e entrou no último segundo antes que ela se fechasse. Ia calmamente andando pelo corredor e todos se voltavam para olhá-lo quando passava, e podia ouvir os cochichos as suas costas, uma porta se abriu quase batendo em seu rosto.

– Oi Harry! Disse Neville

– Oi Neville, como está?

– Estou bem, achei que não viesse à escola?

– Por que eu não viria?

– Sei lá, você não tem ninguém que te obrigue a vir, como eu.

– Na verdade eu tenho. Neville olhou pensativo.

– Ah Claro, imagino que Gina tenha alguma coisa a ver com isso.

– Na verdade tudo.

– Ela estava um pouco brava Harry, ela o Rony e a Hermione, estão na ultima cabine.

– Obrigado Neville, nos vemos depois.

Harry seguiu pelo corredor, andando até a ultima cabine, olhou pela porta e viu Rony e Hermione abraçados, e Gina em frente aos dois com os braços cruzados. Abriu a porta e entrou, logo sentando ao lado da namorada.

– Achei que não fosse conseguir pegar o trem!

– É Sr. Potter eu também achei! Disse Gina visivelmente alterada, com as bochechas na mesma tom do cabelo.

– Você está brava, amor?

– Estou!

– Por quê?

– Talvez por que ela tenha pensado Harry, que você tinha mudado de ideia e não iria mais a escola. Disse Hermione.

– Eu? Eu só me atrasei, perdi a hora. Disse o rapaz abraçando a moça que continuava de braços cruzados.

– Você me deixou nervosa! Achei que não fosse vir!

– Gi, como eu poderia perder a chance de passar um ano inteiro em Hogwarts com você? Só se eu fosse muito burro mesmo né? Disse ele sorrindo para a moça, que descruzava os braços.

– Hum, quase me convenceu!

– Te amo! Disse o rapaz enquanto se aproximava dos lábios da moça, os beijando delicadamente, e foi surpreendido por ela que se apoiou em seu corpo o fazendo inclinar para trás, e o beijo da namorada era carregado de desejo, como se não tivessem se beijado a algumas horas atrás. Ele rapidamente se ajeitou no banco, acalmando o beijo e parando vagarosamente de beijar a ruiva.

– Achei que ia ter que intervir. Disse Rony.

– Não precisa Rony! Harry intervém toda hora!

– Oque você quer dizer com isso?

– Que não precisa se preocupar até o meu casamento, que por um acaso é daqui uns dois anos!

– Hãm? Harry pediu você em casamento?

– Não. Hermione te explica! Por que ela certamente entendeu!

Hermione riu, ao olhar para Rony que parecia não ter entendido oque havia acontecido, Harry olhava para a namorada que parecia não estar muito feliz. Então se aproximou do ouvido da moça.

– Talvez eu te peça em casamento antes, só pra te fazer a mulher mais feliz do mundo! Ele disse baixinho.

– Você sabe que não precisamos nos casar para isso, pois eu sou quase a mulher mais feliz do mundo.

– Então, o que me preocupa é o quase, isso é pouco pra você!

– Você sabe que é fácil resolver isso.

– Eu sei, mas não posso meu amor, você sabe.

– Melhor é eu não entender mesmo do que vocês dois estão falando! Disse Rony

– Recebi uma carta do George hoje pela manhã Harry! Disse Gina

– E oque ele disse?

– Está aqui a carta, eu trouxe pra você ler, por que... Ele parece tão feliz Harry, quando li, quase consegui ver ele sorrindo.

Harry pegou a carta que a namorada tirou do bolso da calça, dobrada várias vezes.

Querida Irmã

“Ao escrever pra você, escrevo também para Harry, pois sei que estão sempre juntos agora, e desejo sinceramente que continue assim. Chegamos ao Brasil, aqui é mais bonito do que eu esperava, e já me sinto inspirado pra criar alguns produtos novos, coisa que não acontece desde Fred. Pra ser sincero, nunca pensei que pudesse criar alguma coisa sozinho, mas agora já sinto que sou capaz. Os pais da Sophia me receberam muito bem, estou hospedado na casa dela, queria que pudessem ver a casa, está no meio da floresta Amazônica, o ar é tão puro e a beleza é indescritível, eles me deram um quarto, com uma janela enorme, deitado da minha cama posso ver o verde da floresta, e ouvir o som de uma cachoeira á algumas dezenas de metros da casa. Passar um tempo aqui, foi a minha melhor decisão, estou aprendendo algumas coisas com os pais da Sophia, que são muito atenciosos, mesmo sabendo que meu interesse é mais comercial do que outra coisa. Sophia foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida, me sinto confortável pra dizer isso pra você irmã, sei que entenderá, provavelmente sente isso pelo Harry, da mesma forma que sei que ele sente por você. No final da tarde, eu e Sophi, vamos para cachoeira, que afinal é o único lugar e o único momento do dia, em que temos um pouco de privacidade, os pais dela são tradicionais, então meu quarto fica do outro lado da casa, longe o suficiente do dela! E se aquela cachoeira falasse, ainda bem que não fala! Eu sei que parece precipitado, mas realmente amo essa mulher, e é com ela que quero passar o resto dos meus dias, mesmo estando na mesma casa, ainda parece não ser suficientemente perto e eu não poderia mais ficar longe dela, por isso só volto se ela voltar comigo. Dou notícias, sempre que puder, tenham um bom ano em Hogwarts, abraços George”

– Fico feliz em ler isso Gi.

– Eu sei, e também sei que você se sente um pouco culpado pelo Fred.

– No fundo eu sei que não é minha culpa, mas ele era como um irmão pra mim.

– Eu sei Harry, acho que George também sabe, por isso escreveu a carta pra você também, pra que você visse que ele está bem.

– Estou tão feliz que vamos ter um ano normal em Hogwarts! Disse Hermione

– Achei que isso nunca aconteceria Mione, melhor nem pensarmos muito nisso! Riu Harry

– E o Melhor de tudo é que não veremos o Malfoy! Disse Rony rindo, enquanto todos olhavam silenciosamente pra ele.

– O que foi? Ele está preso não está?

– Não Ron, nem ele, nem a família dele.

– Como isso é possível?

– Alegaram novamente que foram obrigados a obedecer Voldemort, além do mais a mãe dele “meio” que salvou o Harry no fim das contas. Disse Hermione.

– Será que ele vai estar na escola? Disse Rony

– Acho difícil, duvido que ele apareça, ele nunca realmente gostou da escola.

– Bom, ele não está preso, mas pelo menos não dará o desprazer da sua presença na escola!

– Ainda bem, eu não suportaria a presença dele, depois de tudo oque ele fez!

– Não vamos pensar mais nisso gente, acho que estamos chegando!

O trem foi diminuindo a velocidade, até parar completamente. O mesmo meio de transporte os aguardava, mas agora todos podiam ver os animais que conduziam a carruagem, antes só Harry os via, junto com Luna, mas dessa vez todos tinham visto alguém morrer. Foram em direção à escola e acenaram para Hagrid, que estava com os alunos do primeiro ano, entraram em Hogwarts e tudo estava impecável, como se nunca tivesse acontecido uma batalha ali, tudo estava igual ao que ele se lembrava, Harry se sentia tão feliz, não havia lugar no mundo onde ele mais gostasse de estar, todos olhavam para ele e depois para sua mão que segurava a de Gina. Hermione ia mais a frente com Rony, também estavam de mãos dadas e logo entraram na escola, mesmo que as paredes e todos os objetos estivessem iguais, Harry ainda guardava em sua cabeça a lembrança de uma escola completamente destruída e com vários inocentes machucados e mortos pelo chão, talvez a imagem nunca sairia de sua cabeça, mas amenizava o fato de terem reconstruído a escola e a deixado como ela era antes de tudo acontecer. Gina apertava sua mão, a ruiva sempre sabia quando algo o incomodava ou quando alguma coisa não estava bem, tinha o dom de sempre fazer o certo na hora certa. Sentaram-se na longa mesa da Grifinória, e esperaram oque pareceram ser longos minutos, quando finalmente a diretora Minerva começou a falar, o chapéu seletor fazia o seu trabalho, selecionando os novos alunos para suas casas, vários professores eram novos, e a surpresa ao ser a apresentada a Professora de Defesa contra as artes das trevas, sim uma Parkinson, Rosalie, provavelmente parente de Pansy, desde Lupin, nenhum professor foi bom o suficiente para que Harry gostasse da matéria e agora dificilmente ele gostaria. Pelo menos Malfoy não tinha aparecido, como previsto por Hermione, oque era um alívio, pois eles jamais poderiam conviver bem. Outro alívio é que ele e a ruiva não teriam muitos momentos de privacidade, oque era bom, pois ele não sabia quanto tempo aguentaria, ela estando tão perto.

Várias coisas passavam pela sua cabeça, a Diretora falava sobre o ano anterior e sobre todas as baixas que tiveram, agradeceu a todos que ajudaram a reconstruir a escola, e ele não conseguia parar de pensar em como seria bom esse ano, como seria dormir e sentir que todos estão seguros, finalmente um ano em que a maior preocupação seriam mesmo só os estudos.


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Notas finais do capítulo

Será que será mesmo um ano tranquilo? Próximo capítulo, terá uma aula de Herbologia, não percam!