Harry Potter e a Clóris Perdida escrita por GiMarcolin


Capítulo 11
A Flor de Clóris


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem



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“Algum tempo atrás, não poderia nem imaginar oque aconteceu hoje, um momento que jamais vou esquecer, o cheiro dele não saia da minha cabeça, passei a dormir com o cachecol dele perto das minhas narinas, tentando sugar ao máximo aquele cheiro tão agradável, eu não admitia, mas algo muito bom estava crescendo dentro do meu coração, meus olhos já não me obedeciam, sempre que ele aparecia em minha frente, meus olhos insistiam em olhar os dele, como se existisse alguma coisa ligando nossos olhares e nos impedindo de olhar em outra direção, meu estomago parecia se dobrar em vários dentro de mim, quando ouvia o som da voz dele a me cumprimentar, e passei a desejar, ou melhor a sonhar com o seu convite para um encontro, oque eu estava convicta em aceitar dessa vez, não podia negar que meu ser desejava com todas as forças esse encontro, mas o convite não vinha, pensei que ele tivesse desistido depois de tantos nãos que disse. Mas então veio o convite, Black o empurrou pra cima de mim, ele quase me derrubou, e suas bochechas coraram quando ficamos a meio metro de distância, ele pediu desculpa e eu acenei com a cabeça, minha voz não saiu da minha boca quando pensei em responder que estava tudo bem, ele segurou minhas mãos delicadamente, o suficiente para abalar a minha estrutura, seu cheiro invadiu o meu cérebro me fazendo tontear, eu não podia mais negar que a presença dele passou a ser agradável para mim e se posso arriscar dizer, tornou-se até indispensável no meu dia. Ele falou calmamente, que gostaria muito de um encontro comigo, mesmo que fosse só para sermos amigos e eu não pensei, as palavras escaparam da minha boca, dizendo um sonoro sim, Tiago abriu um sorriso em seus lábios e eu provavelmente corei, por que senti meu rosto arder, ele segurou meu rosto em suas mãos e disse que me encontraria ao entardecer, no lago, me deu um beijo no rosto, fazendo minha face formigar onde seus lábios haviam tocado, como eu poderia esperar até o entardecer? Seria uma eternidade, e foi, o dia passou de forma tão lenta, os minutos pareciam horas e eu nem consegui comer na hora do almoço, ainda mais quando percebi seu olhar sobre mim a algumas pessoas de distância, Black o cutucou, o fazendo voltar ao assunto que estavam tendo. Quando o entardecer finalmente chegou, caminhei em direção ao lago, e lá estava ele sentado em baixo de uma árvore, onde estava estendida uma toalha com um piquenique, tentei não fazer barulho e decidi surpreende-lo colocando minhas mãos sobre os seus olhos, ele rapidamente segurou minhas mãos nas dele, transmitindo o calor delas para as minhas, desejei não ter feito a brincadeira, pois ele disse que sabia quem era e que era a pessoa que ele mais deseja ver, e também a dona dos olhos mais lindos que ele já viu na vida, foi tão doce e ao mesmo tempo tão devastador, ele puxou a minha mão para sentar, e eu só consegui dizer oi, não consegui dizer mais nada, comi os doces que ele trouxe e ele foi muito agradável, muito diferente do que ele era antes, ele foi tão engraçado, e atencioso comigo, fez eu me sentir especial a cada segundo que passamos sentados naquela toalha, estava escurecendo e estava esfriando, ele me aconchegou em seu peito me esquentando, e esquentou mesmo cada pedaço meu, suas mãos passeavam pelos meus cabelos e em nenhum momento tentei evitar nosso contado, pelo contrário em desejava mais. Olhei para um Tiago do meu lado, olhando fixamente para o céu, quando ele olhou para mim, estávamos com os nossos rostos tão próximos que eu podia sentir seu hálito de hortelã, entrar pelas minhas narinas, causando uma pequena ardência, estávamos perto, mas não parecia suficiente pra mim, encurtei a distância sem querer e nossos lábios se tocaram, e tudo desabou em minha volta, parecia que estava em um mundo em que só nós dois existíamos, era como se uma orquestra tocasse em meu ouvido e eu não ouvisse, como se um terremoto estivesse acontecendo ali mesmo, mas nada disso era mais do que continuar aquele beijo, nós parecíamos dois imãs de polos opostos, grudados por uma força magnética, e parecia mesmo que muita força seria necessária para nos separar naquele momento, não sei quanto tempo se passou, se foram horas ou alguns minutos, mas não me importava, podia passar a noite assim naquele beijo, aquele cheiro me envolvendo e me fazendo não querer soltá-lo por nada, ele parecia sentir o mesmo, pois me abraçava com tanta força que parecia querer nos transformar em um único ser, parei de beijá-lo relutante, mas só por que achei que fosse ficar sem ar, tinha até esquecido de respirar. Não saiam palavras de nossas bocas, só os olhares já falavam oque o coração sentia naquele momento, meu primeiro beijo havia sido perfeito, não sei se essa palavra cabia naquele beijo, por que não existem palavras que eu posso escrever aqui, que descrevam o que sinto agora diário, sinto que nunca mais posso viver sem ele, é como se fossemos feitos pra ficar juntos, nos despedimos na porta desse quarto, talvez eu não durma hoje só lembrando desse momento, o mais lindo que já vivi.”

Harry suspirou em sua cama, fechando o diário de Lílian e o guardando em baixo do travesseiro, tinha aula de Herbologia em poucos minutos e teria que correr para chegar a tempo até a estufa, pegou suas coisas e desceu pelas escadas apressado, entrando na estufa no mesmo momento que a professora.

– Bom dia alunos, bem vindos!

Harry se aproximou dos amigos que conversavam sem perceber sua aproximação, a professora olhou para Rony e Hermione querendo atenção para começar a aula e os dois pararam com a conversa olhando para a professora envergonhados.

– Hoje falaremos sobre flores! Ouviu-se risinhos de Pansy Parkinson e alguns alunos da Sonserina. – Srta. Parkinson, deveria saber que flores podem ser muito perigosas, devemos ter cautela com algumas, vocês vão aprender isso hoje!

– Vejam, essa é a Aechmea, típica da Amazônia. Se via uma dúzia de flores cor-de-rosa, parecidas com bromélias. – Essa flor é muito utilizada em poções do amor, as mais fortes são feitas com ela, porém é também venenosa, seus espinhos tem um veneno forte, capaz de causar até mesmo a morte.

Ao lado viam-se delicadas flores brancas, dessas haviam muitos vasos, mas todas as flores estavam fechadas.

– Alguém sabe me dizer que flor é essa? Hermione levantou a mão rapidamente. – Srta. Granger.

– Essa é a Flor da meia noite, ela abre na primeira lua cheia do ciclo, somente a meia noite, e permanece assim apenas por alguns minutos. Alguns acreditam que nela pode se encontrar a cura para os lobisomens.

– Excelente! Também, vale a pena lembrar que não se sabe ao certo que parte da flor usar, e é muito difícil coletar qualquer parte, visto que são só alguns minutos no mês que ela se abre.

– Nós não poderíamos simplesmente abri-la?

– Ou não queira tentar, Sr. Weasley, ela pode enganar por sua beleza.

Mais a frente Harry via uma longa flor negra, parecida com um copo de leite, era tão alta quando a professora, que estava ao lado da flor.

– Essa é a flor fedida! Vocês já devem imaginar por quê ela se chama assim, o menor toque libera um odor característico, nada agradável se posso dizer, serve para poção Trocapés e é a única razão de eu tela aqui em minha estufa, mesmo contra minha vontade, tomem cuidado para não tocá-la!

Na estufa a frente, haviam vasos suficientes para cada aluno da turma, e neles uma flor gigantesca, com seis pétalas e seu centro parecia mais um caldeirão, sua cor era vermelha, e ela se movia vez ou outra.

– Hoje nós vamos coletar a gosma dessa flor. A professora segurava um instrumento prateado longo, em sua ponta parecia haver uma colher, porém muito maior. – Essa é a Flor Monstro, no fundo do miolo está a gosma, serve para muitas coisas e é ingrediente indispensável para Veritaserum. – Vocês devem pegar a pá coletora, e deslizar levemente pelo miolo da flor, mas não encostem dos lados ou ela se fechará, e será muito difícil recuperar a pá. – Vamos cada um pegue uma pá coletora e escolha um vaso para coletar a gosma. –Ia me esquecendo, tem mais uma flor, essa em questão não temos em Hogwarts, é rara, dizem que só existe uma, e que ela é a mãe de todas as flores, é regada de lendas e mistérios e dizem que só um rapaz que deseja presentear a amada, consegue encontrar a flor. Segundo a lenda, a flor pode curar qualquer coisa, feitiço, poção ou doença da pessoa em que recebe-la como presente. Ela absorve seu mal pela raiz, essa flor tão procurada se chama Flor de Clóris, e em livros da História da magia, dizem que passou por várias famílias de bruxos, porém não se sabe onde ela se encontra atualmente.

A professora falava e todos já tentavam coletar a gosma da Flor Monstro, um aluno da Sonserina prendeu a pá dentro da Flor, que deixou todos assustados ao engolir a pá completamente, fazendo-a sumir em meio ao caldeirão.

– Ei, Neville, pra quem você envia cartas todas as manhãs?

– E..Eu? N...Não! Disse Neville assustado, dando passos pra trás, encostando numa grande flor as suas costas. Logo um fedor de ovo podre invadiu toda estufa, Neville encostou justo na flor fedida, fazendo todos saírem correndo, acabando a aula sem terminar a tarefa, deixando a professora visivelmente irritada. Harry, Rony e Hermione saíram rindo pra fora, consolando o amigo, que ficou chateado de acabar com a aula que ele mais gostava. Tudo estava normal em Hogwarts, finalmente tudo estava normal na vida de Harry.


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Notas finais do capítulo

Comentem ;)