Harry Potter e a Clóris Perdida escrita por GiMarcolin


Capítulo 9
O Melhor Aniversário de Todos os Tempos.


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, nos próximos não será tão demorado.



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Gina entrou silenciosamente no quarto que estava escuro, não haviam mais teias nas paredes, mas os pôsteres de Sírius ainda estavam lá, Harry estava deitado em sua cama, sem camisa e um cobertor xadrez o cobria até a cintura, estava de lado e aparentemente dormia. A moça ergueu com cuidado as cobertas e foi deitando vagarosamente ao lado do rapaz se aconchegando perto de seu corpo.

– Bom dia amor! Disse ela baixinho.

– Bom dia! Eu podia acordar assim todos os dias. Falou Harry abrindo os olhos, ainda sonolento.

– Queria ser a primeira a te desejar Feliz Aniversário!

– Esse de longe, é o melhor parabéns que eu já recebi!

– O presente você vai ganhar depois!

– Meu presente está aqui na minha frente, quer presente melhor do que esse? Você aqui comigo?

– Na verdade teria como melhorar muito esse presente, mas hoje é seu aniversário e eu não quero brigar com você!

– Ei! Ele disse segurando o rosto da moça em suas mãos, olhando diretamente dentro de seus olhos. - Mas um beijo, eu aceitaria sabe?

Ela o beijou delicadamente, e o abraçava com todo amor, Harry segurava os cabelos ruivos com as mãos e ela brincava com os dedos no pescoço do rapaz, estavam tão próximos, que o calor dos dois corpos se misturavam entre as cobertas, Gina o enlaçava com uma das pernas, agora só as roupas separavam o contato que a moça desejava, pois seus corpos se encaixavam como duas peças de quebra cabeça. Ela sentia que havia um volume se encaixando entre as suas pernas, e a mão do namorado deslizava por sua cocha. Harry sentia, as mãos da ruiva passearem por seu abdômen, o fazendo contrair os músculos por onde passava, o beijo não era mais tão delicado e a respiração estava mais rápida, quando a moça alcançou a cueca do rapaz com uma das mãos, ele parou de beijá-la, ofegante.

– Eu disse que não ia facilitar as coisas pra você!

– E não está facilitando!

– Eu queria te dar um presente especial hoje!

– Amor você tem que colaborar comigo, não podemos, você sabe que não podemos!

– Podemos sim, eu quero, você quer, eu te amo, você me ama, posso ver claramente que você deseja isso e muito, qual o problema? Isso não é nenhum pecado!

– Você disse que não brigaria comigo hoje!

– Desculpa amor, não se fala mais nisso, mas só por que é seu aniversário!

– Vamos tomar café da manhã.

– Quando cheguei vi que Monstro preparou um belo café da manhã, tem até bolo!

– Monstro tem sido muito bom comigo e não reclama mais de ser livre.

– Liberdade é uma coisa que não é tão difícil de se acostumar!

– Eu até o vi usando roupas, fiz um esforço para não rir na frente dele, digamos que elfos não entendem muito de moda!

Disse Harry baixinho, enquanto descia as escadas, caminhando em direção à cozinha. Ao entrar, viu que a mesa estava cheia, todas as coisas que ele gostava de comer e no centro havia um bolo confeitado com pequenas balinhas amarelas e vermelhas.

– Bom dia Sr. Harry Potter! Monstro deseja Feliz aniversário para o Senhor!

– Obrigado Monstro! Não precisava fazer todas essas coisas, quem vai comer tudo isso?

– Monstro passou a noite trabalhando senhor, para que todos os pratos que meu senhor gosta estivessem prontos!

– Muito obrigado Monstro, mas só o bolo seria o suficiente!

– Vamos comer Harry! Parece que tudo está delicioso!

– Com certeza está Gi, Monstro cozinha muito bem!

– Senhor Harry Potter, já chegaram uma dezena de cartas para o Senhor.

– Desde quando eu recebo tantas cartas em meu aniversário?

– Talvez desde que você se tornou o bruxo mais famoso em séculos, aquele que derrotou Voldemort! Talvez seja isso amor. Disse Gina rindo.

– Eu não derrotei ele sozinho, tive ajuda de muitas pessoas, não é justo que só eu receba o mérito.

– Amor, você não entende mesmo, veja de quem são as cartas, estou curiosa!

Harry pegou o maço de cartas sobre a mesa e começou a ler de quem eram.

– Essa é do Ministro, essa é da Professora Minerva, essa é, é do Profeta Diário! Era só oque me faltava! Essa é, eu nem conheço essa pessoa!

Passou rapidamente todas as cartas pela sua mão, procurando um nome familiar e não encontrou. Ficou triste ao perceber que as pessoas com quem ele mais se importava, não tinham lhe enviado cartas. Nem Ron, nem Mione, nem Hagrid, as cartas que ele sempre costumava receber e que eram o ponto alto do seu aniversário, não haviam chegado dessa vez. Como eles poderiam ter esquecido? Quando várias pessoas que ele nem conhecia, haviam enviado cartas e até presentes, ele via alguns no canto da cozinha, mas que nem teve o trabalho de levantar pra ver o que eram. Não seria mais o melhor aniversário, como até agora estava sendo, não sem os seus amigos, que sempre estiveram com ele, mesmo quando ninguém estava.

– O que foi Harry? Você ficou triste de repente.

– Está tudo bem Gi, vamos comer. Disse ele mentindo sobre estar bem, tentando não deixar triste a namorada.

Gina, comeu um pouco de cada prato, e Harry beliscava um prato ou outro, não conseguia parar de pensar em como seus amigos tinham esquecido de seu aniversário, talvez estivessem muito ocupados, mas eles nunca esqueceram, desde que se conhecem. Harry achava que era melhor não pensar mais nisso, talvez as cartas ainda chegassem e não queria que a namorada pensasse que estava triste.

– Ei, vamos ao Beco Diagonal, buscar o seu presente!

– Eu disse que não precisava de presente amor!

– Claro que precisa e o presente não é só meu, é da minha família também!

– Não quero que gastem comigo!

– Ah Harry! Papai está ganhando mais galeões agora que foi promovido, o suficiente para lhe comprar um bom presente!

–Mesmo assim, não é necessário!

– Para de discutir comigo Harry Potter! Você vai ganhar um presente e ponto final!

– Ok! Ginevra Molly Weasley! Você sempre me ganha!

– Eu sei. É tão fácil ganhar de você amor! Disse ela rindo de Harry.

– Tá, então vamos buscar o tal do presente!

Harry andava pelo Beco diagonal puxado por Gina, que parava em cada vitrine para olhar sabe lá oque, ela não costuma fazer isso, mas hoje parecia se interessar até pelas vestes de segunda mão, aquilo entediava Harry, que não ousou reclamar, pois a companhia da moça, mesmo nessas circunstâncias era muito agradável, apenas a acompanhou. Passaram pela loja de George, mas Gina não quis entrar, dizendo que George não estava, que estava se preparando para a viajem, mas era estranho, talvez ela tivesse brigado com irmão e não queria velo, mas Harry não insistiu no assunto, sabia que ela o convenceria de qualquer coisa que quisesse. Entraram na Floreios e Borrões e todos os livros pareciam interessantes para a namorada, até mesmo, livros de culinária! Após olhar todas as estantes de livros, saíram da loja sem comprar nada. Depois de um bom tempo caminhando, entraram no Empório das corujas.

– Bom dia Srta. Weasley, veio buscar sua encomenda?

– Sim Sr. Willians.

– Um momento e já lhe trago.

– Obrigada!

Haviam diversas corujas na loja, de todos os tamanhos e todas as cores que corujas poderiam ter, haviam também gaiolas e comida para corujas, Harry olhava com curiosidade todos aqueles animais e ficou um pouco triste ao lembrar da companheira Edwiges, sentia falta daquela coruja teimosa, sentia um carinho e uma amizade pelo animal que o acompanhou desde seu primeiro ano na escola. O Sr. Willians vinha em direção a Harry e Gina com uma gaiola, nela havia um coruja inquieta um pouco menor do que Edwiges era, as cores eram diferentes, tinha pintinhas brancas e era marrom.

– Aqui está sua encomenda!

– E aqui está o seu presente Harry!

– É pra mim? A coruja?

– Sim amor, é o seu presente de aniversário, espero que goste! E a propósito é um macho!

– Obrigado, eu precisava mesmo de uma coruja, mas não tive coragem de comprar.

– Eu sei, mas tentei escolher uma bem diferente da Edwiges sabe.

– Fez bem Gi, e ela é, ele é muito bonito.

– Que bom que gostou! Já sabe que nome vai dar?

– Estou pensando em chamar de Caramelo, oque acha?

– Não acho muito legal na verdade, que tal Brown?

– É acho que é melhor, então vai ser Brown!

– Vamos tomar um sorvete?

– Tem certeza? Acho que comi o suficiente de doces por hoje!

– Mentiroso! Eu vi que você só estava beliscando, nem comeu direito, aliás, oque está te deixando triste?

– Nada amor!

– Até parece que eu não te conheço Harry Potter, pode ir falando oque está acontecendo!

– Ah Gi, só você lembrou do meu aniversário.

– Claro que não! E o Monstro? E todas aquelas cartas?

– Tem o Monstro, mas aquelas cartas, várias são de pessoas que eu nem conheço! E Ron e Mione e Hagrid? Eles nunca esqueceram, desde que me conhecem!

– Harry, talvez as cartas ainda cheguem, só se passou metade do dia!

– Talvez, me desculpe amor, por ficar triste.

– Eu vou estar sempre com você, não se desculpe.

– Aii!! A coruja bicava os dedos de Harry.

– Acho que o Brown quer sair da gaiola!

– Eu tenho certeza que ele quer!

– Vou passar meu dia todo com você! Não fique triste. Disse Gina o abraçando carinhosamente.

– Só você mesmo, pra me deixar feliz!

– George vai embora amanhã, hoje vai ter a despedida e você vai comigo!

Eles caminharam pela rua estreita, Harry segurava a mão de Gina e com a outra mão levava a gaiola, a moça encostava sua cabeça levemente em seu ombro, em seu rosto não se notava nenhuma diferença, não demonstrava estar triste, mas por dentro o esquecimento dos amigos o incomodava, mas a presença da ruiva era suficiente por agora, sentir o calor de sua mão de encontro com a dela, era como uma espécie de poção para acalmar e o deixar feliz só por estarem juntos, e era estranho que mesmo agora, depois de tantos beijos, que já tiveram a chance de dar, ele ainda sentia como se borboletas voassem dentro do seu estomago, cada vez que os dois lábios se tocavam, e cada vez que ficavam longe, seu pensamento era preenchido quase que sem querer o tempo todo por ela. Talvez não seja estranho, talvez seja isso, oque falam que é amor.

Chegando em casa, Harry soltou o novo companheiro da gaiola, que pareceu aliviado e voou pela janela a toda velocidade, Monstro como sempre o recebia entusiasmado e segurava nas mãos, mais uma dúzia de cartas, que Harry pegou com pressa, desanimando logo que percebeu que nenhuma delas era de seus amigos, a namorada o consolava e o beijava, e pela primeira vez em semanas, as palavras dela não pareciam suficientes, sentaram no sofá da sala e ele deitou sua cabeça no colo da moça que acariciava seus cabelos, acabou adormecendo ali mesmo, e quando acordou, a moça estava com os olhos fechados, parecia estar dormindo sentada, ele se levantou vagarosamente, sentando ao lado dela, tentando não acordá-la, mas a moça abriu os olhos assim que Harry terminou de se ajeitar no sofá.

– Nossa, você dormiu a tarde toda.

– Por que você não deitou também?

– Eu não queria acordar você.

– E ficou ai dormindo sentada?

– Por pouco tempo, e já está na hora de irmos amor.

– Onde?

– Na despedida! Do George!

– Ah é mesmo!

Seguiram em direção a Toca e ao chegarem Harry estranhou que tudo estava tão escuro, a porta estava aberta como se alguém a tivesse esquecido assim, Gina olhou para Harry com certa inquietação, entraram pela porta e o espanto, tudo estava revirado e quebrado, como se ali fosse o local de uma batalha, não era possível, ele não conseguia acreditar que algo tivesse acontecido, desde a batalha final, não havia mais nenhum perigo, não até agora. Passaram pela cozinha e caminharam em direção a sala e então as luzes se acenderam.

– SURPRESAAA!

Quando a luz se acendeu, Harry viu que haviam muitas pessoas, os Weasley estavam todos presentes, Hermione e Luna, Neville e os amigos da Grifinória, Hagrid também ocupava um dos cantos da sala, a Sra. Tonks, com o pequeno Ted, que sempre tinha uma cor de cabelo diferente, dessa vez estavam num tom amadeirado. Todas as pessoas que não haviam enviado cartas, estavam lá, e uma felicidade enorme invadiu o seu coração, e todos os pensamentos de que tinham esquecido o seu aniversário se foram, um sorriso enorme se formou no seu rosto, a namorada se explicando, cúmplice, que o distraiu durante um dia inteiro para que os amigos preparassem a festa, aliás a primeira festa de aniversário de sua vida, George preparou a cena trágica na cozinha, só podia ser ele mesmo, Harry pensou. Fizeram uma fila, para abraça-lo e ele se sentiu especial, como nunca havia se sentido, nem quando diziam que ele era o garoto que sobreviveu, ele nunca havia se sentido especial, mas naquele momento se sentia assim, e sentia que não precisava de mais nada pra ser feliz.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler!