Tudo por Nico di Angelo escrita por Mariana Pimenta


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Eu voltei, queridos! Achei que fosse demorar mais, mas consegui um tempo. Obrigada por responderem as perguntas que eu faço, dizerem suas opiniões, cada comentário é muito importante.
Espero que gostem. Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/469973/chapter/7

Quando todos voltaram para o chalé, só me viram lendo meu caderno. Então todos foram dormir. Mas, como sempre, sonhos de semideuses são horríveis.

Eu me vi na sala da minha casa: as paredes de um amarelo bem claro, os sofás, a escada branca no canto, a janela, a porta. Tudo igual. Exceto que a mesa de centro estava quase encostando no pé da escada, e onde ela deveria estar, estava meu pai, bem mais novo pelo jeito, e uma menina de mais ou menos um ano. Ela usava um macacão azul marinho e o cabelo escuro chegava apenas até as pontas das orelhas.

Em uma de suas mãos tinha uma boneca com um vestido roxo e lilás. E uma boneca Barbie caída no tapete com um vestido rosa que ia na metade da coxa da boneca, salto alto rosa bebê, e um penteado com o cabelo loiro. Ah, é. A segunda boneca foi decapitada e a cabeça estava a alguns centímetros de distância do corpo.

É. Eu era muito sanguinária.

– E ela encontra a inimiga morta. – eu disse com minha voz fina e ri. Meu pai ficou olhando preocupado – E vai feliz para casa. Fim.

– Bela história. – ele disse, encarando a boneca sem cabeça.

Bigada.

– É “Obrigada”.

Obigada.

– Melhor.

Nós dois rimos, mas paramos quando ouvimos a campainha tocar. Meu pai levantou e abriu a porta.

– A-A-Atena? – gaguejou. Sim, na entrada da minha casa estava minha mãe, Atena, a deusa da sabedoria, da guerra e das estratégias em batalhas. Ela usava uma blusa cinza com uma coruja branca estampada, jeans e botas marrons. E parecia a ponto de se desesperar.

– Heitor, eu não tenho o dia inteiro, mas eu precisava vir aqui. Há... boatos correndo no Olimpo, e eu consegui vir aqui bem rápido.

– O que foi?

– O que aconteceu com a minha filha? – ela sussurrou.

Meu pai saiu da frente da porta e deixou Atena me ver brincando no chão com as bonecas. Levantei a cabeça e acenei animadamente.

– Oi.

– Olá. Qual é o seu nome? – perguntou a deusa.

– Meu nome é Mariana. – falei cada sílaba quase pausadamente – Quem é você?

– Meu nome é Atena. Sou... uma velha amiga do seu pai. Será que eu poderia conversar com ele em particular por alguns minutos?

– Claro. – me levantei, mas meu pai interrompeu.

– Não, não. Atena, vamos para a cozinha. Pode continuar com as bonecas.

Então, eu, óbvia e sabiamente, fiquei brincando e meus pais foram para a cozinha.

Acho que é a primeira vez na minha vida que digo “meus pais”.

Eu, a Mariana do presente, os segui. Não ia ficar perto da minha miniatura, que naquele exato momento estava rindo diabolicamente para a boneca descabeçada.

Atena estava encostada na bancada da pia e meu pai na sua frente.

– O que aconteceu com ela? Eu te ajudei a cuidar dela nos primeiros dias, mas eu tive que voltar para o Olimpo. Ela estava como qualquer outra das minhas filhas, com o cabelo loiro e os olhos acinzentados.

– Tivemos um problema. – ele respondeu – Não se sabe o motivo, mas alguns dias depois que você foi embora, ela teve alguns problemas e ficou muito doente. As chances de ela morrer em enormes.

– Pelo que me disseram, você procurou Hades.

– Sim. Eu pedi para que ele impedisse a morte dela, e ele deu uma outra opção.

– Que outra opção?

Então, meu pai explicou tudo sobre a benção. Ele disse que mudou as minhas características físicas durante o processo. Ela só ficou escutando. Até que ele chegou na parte do acordo.

– Como assim morrer? Você não pode morrer, não assim.

– Mariana tem que ir para o acampamento. Como ela vai deixar tudo para trás se eu ficar vivo?

– Você vai cuidar dela sozinho por mais onze anos e depois vai simplesmente deixá-la? Deixe-me ajudá-lo nisso.

– Sobre isso... – ele coçou a parte de trás da cabeça – É um pouco difícil de explicar.

– Não existe explicação racional que eu não entenda. Conte-me.

– Não vou criar Mariana sozinho. Vou ter que me casar.

– Não entendo o que tem de complicado nisso.

– Eu vou ter que me casar com alguém que eu tenho certeza de que vai odiar nossa filha. Veja bem, do que vai adiantar eu morrer se Mariana tiver uma madrasta agradável? Não vai conseguir se desprender da vida. E se eu a criar sozinho, vou ser obrigado a deixar tudo para ela. E não tem como levar tudo isso para o acampamento ou vender tudo. Claro que vou deixar algo para Mariana, mas vai ter que ser assim.

– Eu posso tentar falar com Hades e cancelar esse acordo.

– Se isso acontecer ele vai tentar tirar a benção dela. Se conseguir ela morre; se não, vai continuar tentando até conseguir, e vai matá-la no processo. Não tem saída.

– Tem que ter uma saída.

– Não tem. Atena, vai ser assim mesmo. O acordo já está fechado. Não há como mudar os termos agora. Mesmo que você consiga pensar em alguma coisa, e tenho certeza que conseguiria, Hades não vai aceitar.

Atena franziu a testa, pensando, mas meu pai apenas balançou a cabeça.

– Sinto muito.

– Só prometa que vai cuidar bem dela. – ela sussurrou.

– O melhor que eu conseguir.

Então eles se abraçaram. Que cena comovente. Pensei.

– Você tem que voltar para o Olimpo. – ele disse e a segurou pelos ombros – Vamos ficar bem.

– Vou estar observando.

Os dois voltaram para a sala, onde eu permanecia brincando. Olhei para trás.

– Amiga do papai. – chamei-a. Ela se virou para mim – O seu nome é “Atena” igual à deusa da sabedoria da mitologia grega?

Sim. Com um ano eu sabia pronunciar “mitologia grega”, mas não sabia pronunciar “obrigada”.

– Sim, é. Você conhece as histórias?

– Aham. O papai está me ensinando. Foi o primeiro nome que ele me ensinou. Você conhece as histórias?

Atena sorriu.

– Cada uma delas.

E então, nós duas sorrimos.

.......

Abri os olhos, mas não levantei de imediato. Ergui o corpo lentamente e me sentei na cama. Olhei o relógio no pulso caído de um dos meus irmãos e vi que eram duas da manhã. Resolvi dormir de novo. Depois eu resolvia isso.

No dia seguinte, eu fiquei planejando a minha fuga. Fiquei coletando todas as informações possíveis e fui anotando no meu caderno. Assim como na minha casa em Denvan, não sabia se voltaria, então os procedimentos de fuga seriam os mesmo.

Quando era lá pelas três horas da tarde, um dos meus irmãos entrou no chalé, com cara de desconfiado e o punho fechado. Ele se aproximou do meu beliche e abriu a mão. Eram os dez dracmas que estavam me devendo.

Abri a mão ele soltou as moedas douradas na minha palma. Até que eu percebi que era aquele mesmo garoto que tinha me chamado de espiã de Gaia na noite anterior. Então, por pura vontade de provocar, eu disse:

– Foi bom fazer negócios com vocês.

Ele me lançou um olhar de desprezo e saiu do chalé.

Continuei com minhas pesquisas. O que acontecera na noite passada não me afetou tanto quanto eu achei que acabaria afetando. Estava ali o motivo que levou o meu pai a se casar com Madrasta. E era um bom motivo, na verdade era o motivo de sempre: eu. Tudo o que meu pai fazia era por mim.

No café da manhã e no almoço, peguei garrafas de água e pacotes de salgadinho escondido. Uma ou duas pessoas perceberam. E, felizmente, ninguém me chamou para treinar de novo.

Em algum momento daquele dia, eu estava em uma das mesas remexendo em pergaminhos. De repente, alguém olhou para o chão e gritou. Muito alto.

Aranha!

Tudo se tornou um caos. Papeis e livros voaram e todos foram para os fundos do chalé. Só eu que fiquei sentada e calma, encarando o pedaço preto de borracha no piso. Na verdade, era um brinquedo muito bem feito, mas não enganava alguém que passou anos vendo isso caindo na cabeça na tentativa de susto. Levantei e peguei a aranha por uma das patas, com o polegar e o indicador da mão direita. Olhei para os meus irmãos pelo canto do olho.

– É de borracha. – me virei de frente para eles – É um brinquedo de borracha. Alguém do chalé de Hermes deve ter jogado aqui dentro pela janela.

Atravessei a porta e joguei aquilo longe. Caiu perto do chalé de Hermes.

– Pronto. Acabou.

– Como você pode dizer que é uma Filha de Atena se não tem medo de aranhas? – alguém perguntou.

– Não tenho medo de brinquedos de borracha. Achei que vocês tivessem medo apenas de aranhas de verdade.

No final da tarde, Annabeth, Jason, Leo e Piper foram fazer os reparos no Argo II ou alguma coisa assim e todos os outros semideuses estava falando sobre uma tal de Caça à Bandeira.

– O que é isso? – perguntei para um dos meus irmãos próximos.

– É um jogo em que existem dois times e os dois tem bandeiras escondidas. Os campistas têm que lutar entre si e o time que conseguir levar a bandeira do inimigo para o seu lado do campo vence.

– Já joguei um jogo parecido com esse na escola muitas vezes. Aqui no acampamento deve ser bem mais divertido.

– Com certeza é. Ajuda muito na luta em grupo e em estratégias. Dizemos que é obrigatório participar, mas nunca precisamos. Todo mundo sempre quer ver como é.

– Que pena, vou quebrar essa tradição hoje mesmo.

Todos do chalé se viraram para mim.

– O que você que dizer com isso? – perguntou um garoto perto da porta.

– Que eu não vou participar, óbvio. Não precisa ser um filho de Atena para perceber isso.

– Mas você tem que ir. É uma das atividades do acampamento.

– Eu não tenho que ir. É engraçado como as pessoas aqui no acampamento estão tão acostumadas com esses padrões e costumes. Eu não vou. E eu até achei que vocês iam ficar felizes com isso, eu ficar sem treinamento. Aí no primeiro ataque com monstros realmente grandes eu morria, porque pelo jeito como vocês me tratam, parece que querem e sentiriam prazer em me ver morta. Estou errada?

Ninguém se manifestou.

– Vão lá capturar a bandeira, e tentar trazer um pouco mais de dignidade para o chalé de Atena.

Assim, todos foram saindo aos poucos. Até que fiquei sozinha. Olhei em todos os cantos e revistei minha mochila. Não estava esquecendo nada. Por fim, saí silenciosamente do chalé.

Fui andando em direção a Colina Meio-Sangue, mas parei quando ouvi vozes. Outros semideuses estavam indo em direção a floresta, onde seria a Caça à Bandeira. Mas não parei porque eles estavam se aproximando e eu precisava me esconder; parei porque ouvi o meu nome.

Me escondi atrás de alguma construção e fiquei escutando.

– Aquela garota me dá arrepios. – era um grupo de três garotos, talvez um ou outro fosse irmãos.

– Pelo jeito como ela lutou ontem, nem deve ser uma semideusa, deve ser um monstro disfarçado.

Eles soltaram risadas curtas.

– Cara, se eu fosse ela, desistiria de tentar enganar as pessoas com aquele papo furado.

Encostei as costas e um dos pés na parede da construção, cruzei os braços e disse:

– E se eu fosse vocês, não falaria de algo do qual não sei nada sobre.

Os três se viraram simultaneamente.

– Só tenho uma coisinha para falar com vocês antes de eu sair, e eu acharia interessante se contassem isso para os meus irmãos. – desencostei da parede – Se eu fosse uma espiã de Gaia, não seria burra a ponto de dizer que sou uma filha da Atena, pois eu já saberia esses seus padrões. E se eu fosse idiota assim, tenho certeza que Gaia mandaria outra pessoa. E não teria como eu ser um monstro sem vocês perceberem, porque eu não passaria pelas fronteiras mágicas, os sátiros sentiriam o cheiro, e quase todo mundo veria através da Névoa. Fica a dica.

Dito isso, virei as costas e realmente fui em direção a colina, sem interrupções.

Já estava no limite da fronteira, quando ouço uma voz.

– Tem certeza do que está fazendo? Ainda tem como mudar de ideia.

Me virei para encarar minha irmã favorita.

– Não posso. Este acampamento não é para mim.

Ela sorriu.

– Percy me disse que Nico di Angelo disse para ele exatamente isso quando fugiu do acampamento depois que lutamos na Batalha do Labirinto. Vocês dois são parecidos demais. Você e Nico.

– Sou parecida com os dois di Angelo em algum aspecto. Você me falou muito sobre Bianca, mas pouco sobre Nico, apenas sobre as batalhas em que vocês lutaram. O que pode me dizer sobre ele?

Annabeth pensou um pouco.

– Em termos de identificação, ele é um pouco mais alto do que você, mais pálido, também se veste de preto, cabelos e olhos escuros, e sempre carrega como arma uma espada de ferro estígio. Vai ajudar muito se vocês se esbarrarem por aí.

– É um pouco improvável, mas valeu.

– Para onde vai agora? Eu sei que não vai voltar para casa.

– Vou procurar a entrada para o Mundo Inferior. Preciso falar com Hades sobre a bênção.

– Odeio estragar seus planos, mas a entrada mais fácil de passar fica em Los Angeles.

– Los Angeles? Tipo, do outro lado do país?

– Isso mesmo. E eu sei que está programando ir a pé.

– Parece que vai ser uma longa jornada. Bem, a gente se vê.

Enquanto caminhava novamente para a mata escura, ela me chamou de novo.

– Mariana. – parei – Se nos vermos de novo, saiba que eu vou ficar do seu lado. Sabe que não confio totalmente em você, mas sei que está do nosso lado.

– Sábia decisão. É a primeira filha de Atena que conheço no acampamento.

Continuei andando, e sabia que ela estava me acompanhando com os olhos.

Bom, basicamente, o que aconteceu foi que eu repeti o percurso que havia feito desde Nova York. Não fiquei pensando na vida, nem nada do gênero. Você, que está lendo isso agora, iria se chatear se eu ficasse inventando o que falar só para não pular direto para a próxima parte. Então, vou explicar algumas coisas que eu deixei a explicação para depois.

Por que os meus óculos são roxos, e não pretos? Simples: eu queria preto, mas o meu pai disse que não combinava muito com o meu rosto, e se eu tivesse pelo menos uma característica relacionada com roupas que não fosse preto, talvez as pessoas não me achariam tão estranha.

Por que eu fui até o acampamento à pé? Sinto que os deuses estão me testando. Não iria dar esse gostinho para eles, deixando tudo mais fácil para mim. Fora que não teria nenhuma graça ir de avião. Aprendi muita coisa durante o trajeto, e descobri sobre a benção.

Como da última vez, levei várias horas para chegar a Nova York, e uma garrafa e meia de água. Lógico que eu não iria simplesmente continuar pela estrada, pois não conhecia o caminho. Eu teria que pedir informação, mas eu não podia perguntar para que lado fica Los Angeles, ou para que lado fica a Califórnia. Ou para que lado fica uma cidade, que leva a outra, e a outra e assim por diante até chegar aonde eu quero, porque por mais que eu seja inteligente e etc, não conhecia o nome de todas as cidades dos Estados Unidos.

Não queria chatear os mortais e eles não seriam muito eficientes. Então só me restou uma opção: invocar os mortos e pedir informações. Eu sei que parece muito idiota, mas era meu único recurso. Provavelmente eles diriam que eu tenho que morrer para chegar lá, mas eu vou continuar tentando até conseguir o que quero.

Annabeth havia me dito que Nico invocava os mortos com oferendas, como comida – quando ela falou do Mclanche Feliz, achei estranho, mas não falei nada. Eu passei aquela tarde toda no acampamento fazendo um pequeno texto em grego antigo para invocá-los, já que eu não posso ficar gastando comida assim.

Entrei em um cemitério, pois, de acordo com a lógica, lá é onde teriam mais mortos.

Naquele momento, eu não sabia o quanto isso mudaria a minha vida.

Eu escolhi um túmulo qualquer, sem flores ou decorações em cima. Deviam ser umas duas ou três da tarde. Peguei meu caderno e li o texto de novo. Fiquei ali por alguns minutos e ver se conseguia decorar alguma coisa.

Estava escuro para a hora e não havia muitas pessoas. Eu vi um vulto do meu lado, a alguns metros de distância. Quando eu realmente olhei, não havia nada.

Ajoelhei no túmulo e comecei a falar a primeira frase. Eu vi um vulto novamente, se aproximando. Usando a visão periférica, eu vi que era alguém. Um garoto.

Antes ele parecia só um vulto, pois estava todo vestido de preto. Eu iria ignorá-lo, mas então eu vi uma espada na mão dele, que por algum motivo era escura.

Olhei pelo canto do olho, e ele estava me encarando. Em uma velocidade que até eu fiquei um pouco surpresa, levantei e ergui o meu facão. Ele recuou um pouco enquanto eu o fuzilava com um olhar.

– Mandaram você do acampamento para me buscar? – lógico que ele era um semideus e sabia muito bem disso. O que mais explicaria aquela espada?

Espera. A espada dele é escura, ou seja, não é de bronze celestial. Do que é feita a arma dele?

– O que? – ele perguntou – Claro que não. Só queria saber o que você estava fazendo e... – ele parou, provavelmente porque eu o olhava espantada.

... ele é um pouco mais alto do que você, mais pálido, também se veste de preto, cabelos e olhos escuros, e sempre carrega como arma uma espada de ferro estígio.” Seria possível que eu fosse tão sortuda? Depois de tudo o que havia acontecido, finalmente o destino (lê-se Parcas) estava do meu lado?

– Uma espada de ferro estígio. – murmurei. Ele não negou, só continuou me encarando – O filho de Hades. Nico di Angelo.

Ele me olhou desconfiado.

– Como você me conhece?

– Você é bem famoso no acampamento. Começaram a falar mais de você quando eu cheguei lá.

– É mesmo? Por quê?

– Não conseguiu ver ainda?

– Você é bem familiar. Nós nos... – ele arregalou os olhos e deu um passo para trás – Não. É impossível.

– Se você me chamar de Bianca, vou pensar se enfio esse facão em você ou não.

Nico parou e pensou um pouco, talvez se perguntando se deveria sair correndo dali ou ouvir o que eu tinha para dizer.

– Quem é você?

– Mariana. Eu estou com problemas, e acho que você é a única pessoa que pode me ajudar.

– E por que pensa isso?

– Minha irmã disse que você deveria saber o que fazer.

– Sua irmã?

– Annabeth.

Ele ergueu uma sobrancelha.

– Você é uma filha de Atena?

– Sou.

– Não parece.

– Esse é o problema.

Nico suspirou. Depois de alguns segundos, perguntou:

– Ta. Mas dava para você me explicar melhor qual é o problema?

O canto da minha boca se ergueu minimamente.

– Você já ouviu falar das bênçãos?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
Só para já deixar avisado, se eu acabar esquecendo, no próximo capítulo é que vai começar os spoilers. Se você ainda não leu A Marca de Atena ou A Casa de Hades e não quer spoiler, sinto lhe informar que vai ter que ler depois. O spoiler do próximo capítulo é uma coisa que quase todo mundo sabe que aconteceu. Então, não é grande coisa. Depois é que eu vou estar escrevendo com o livro do meu lado.
Comentem, pode ser qualquer coisa!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Tudo por Nico di Angelo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.