Tudo por Nico di Angelo escrita por Mariana Pimenta


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Olá, leitores!! Demorei de novo, como sempre. Bloqueio criativo, semanas de provas, as mesma desculpas de sempre. Sorry.
Gente, esse capítulo é muito especial, muito importante. Foi um dos primeiros que eu fiz, só que estava tudo na minha cabeça apenas. Não ficou exatamente do jeito que eu havia planejado no início, mas depois você vão entender por que.
Uma dica: abram outra aba da fic e abram no capítulo 12. Deem uma olhada no que tem nele. É exatamente o que você está pensando.
Enfim, boa leitura! :D



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Quando voltava para o meu quarto, uma coisa me chamou a atenção: uma luz acesa, lá dentro. Parecia ser a luz da minha luminária, na escrivaninha. A única pessoa que poderia ter entrado lá seria Madrasta. Mas o que ela iria querer falar comigo a essa hora?

Desconfiada, fiquei de cabeça para baixo, como um morcego, meus pés se segurando no telhado, minhas mãos agarradas à moldura da janela. De fato, a luminária estava acesa, e de fato, havia uma pessoa no meu quarto. Mas nunca poderia ser Madrasta. Quando meus olhos de ajustaram a escuridão, vi que era um garoto, adolescente como eu, usando roupas escuras, o cabelo preto tampando o rosto de lado. Uma espada brilhava na bainha da cintura. Ele parecia ler atentamente a algo na escrivaninha, tão atentamente que nem percebeu que eu estava olhando.

Precisei de meio segundo para ver quem era.

— Nico? – perguntei, mais para ter total certeza. Era óbvio que era ele.

O filho de Hades olhou para mim. Parte da luz da luminária me deixava ver seu rosto. Por meio segundo, sua expressão era de surpresa e felicidade, mas depois mudou para algo parecido com preocupação.

— Ah, oi. – seu tom era vazio, mas fazia esforço para parecer casual – Você deveria fechar a janela. Qualquer um pode entrar aqui.

Estamos no segundo andar. Não é qualquer um que pode entrar. Pensei. Mas minha pergunta foi mais automática:

— O que você está fazendo aqui? E como encontrou minha casa?

Nico parou de se debruçar sobre a escrivaninha e me encarou totalmente de frente.

— Você poderia parar de fingir que é o Batman e... bem... entrar no seu próprio quarto?

Fiquei três segundos parada, sem reação. Não era assim que eu imaginava meu reencontro com Nico. Ele estava sério, sério demais até para ele. Só faltava me dizer que outra guerra estourou no mundo e que precisávamos intervir.

Desci do telhado, me jogando pela janela, e ajeitei meu cabelo. Nico me examinou da cabeça aos pés.

— O que foi? – perguntei.

— Nada. É que... é a primeira vez que eu vejo você com outra roupa. – ele disse, meio sem-graça – Você fica bem de short.

Olhei para mim mesma. Usava um short jeans e uma camisa preta com o desenho de uma boneca nerd em branco. Estava descalça. Realmente, deve ser um choque para quem estava acostumado a me ver de casaco, legging e tênis o tempo todo. Pensei, com ironia.

— Hã, ok, certo. – balancei a cabeça, tentando organizar meus pensamentos – Agora, você poderia me dizer o que... – minha voz travou.

Finalmente olhei a escrivaninha. Nem havia prestado atenção para ver o que Nico estava lendo. Era um caderno fino.

O meu caderno. E estava aberto na última página.

Nico abaixou a cabeça, envergonhado. Eu com certeza fiquei totalmente vermelha na hora. Ele estava lendo a carta que eu havia escrito para ele. A carta que dizia que eu estava apaixonada por ele.

O choque e o pânico me invadiram. Agora ele sabia o que eu sentia por ele. Como será que ele reagiu? Era por isso que estava tão calado, tão reservado.

Engoli em seco. Tentei falar algo, mas minha voz não saía.

— Nico... – comecei, finalmente, devagar – esse... esse é o meu caderno? O caderno que eu levei para o acampamento?

Ele assentiu, ainda sem me encarar.

— É.

— Você leu? – minha voz tremia. Aparentemente, nenhum de nós sabia se eu estava falando do caderno todo ou só da última página.

— Li. – disse depois de assentir novamente.

— Tudo? – estava bem na minha cara, mas eu precisava ouvir para digerir a informação toda.

— Tudo.

Ficamos um tempo em silêncio. Eu não sabia o que dizer. “Desculpa”? Não. “Não era para ser assim”? Bem, é óbvio que não era para ser assim.

— Nico... – tentei começar, mas ele ergueu a mão, e me calei.

— Primeiro, eu vou dizer o que eu vim dizer. Depois nós discutimos isso. Pode ser?

Assenti, respirando fundo para me acalmar.

— Só me responda uma coisa antes: como você sabia que essa era a minha casa?

— Sabe, não são muitas casas em Denvan que tem uma menina sentada no telhado olhando para o céu.

— Ah, sim.

— Melhor você sentar.

Sentei-me na beira da cama, de frente para ele.

— Você quer que eu ligue a luz ou...

— Não, deixe assim mesmo.

— Ok.

Ele respirou fundo, sentou-se na cadeira da escrivaninha e esfregou as mãos. Finalmente, olhou para mim.

— Bom, hã... eu... eu conversei com meu pai sobre você.

— Oh. – fiquei surpresa e por um momento não sabia o que falar – E o que ele disse? O que vocês conversaram?

— Ele me falou sobre o trato que havia feito com seu pai, sobre como ele não sabia o que aconteceria se te abençoasse e... sua semelhança com Bianca.

Meus olhos se arregalaram. Nem me lembrava mais desse detalhe. O fato de eu ter o rosto da irmã falecida de Nico tinha sido o menor dos meus problemas até agora.

— Ele sabe alguma coisa sobre isso?

— É, ele sabe bastante sobre isso. Por isso, ele disse que é melhor você falar com ele.

— Hades me convidou a ir ao palácio dele?

— Sim. É só avisar antes. Vocês têm muito que conversar.

— Mas você não pode me dizer mais ou menos o que é? Duvido que você não tenha perguntado.

— Perguntei, sim, mas é melhor ele explicar. É... estranho. Digamos apenas que isso tudo é... uma imensa... coincidência.

Franzi o cenho e balancei a cabeça.

— Não. Depois de tudo que aconteceu nos últimos três meses, não acredito mais em coincidências.

Nico ergueu as mãos, como se estivesse se rendendo.

— As Parcas sabem o que fazem.

E silêncio. Ficamos nos encarando por um tempo. Ele tinha parado de falar e eu não tinha nenhum comentário adicional. Nico havia terminado. Hora de falar sobre o caderno.

Nico olhou rapidamente para a página com a carta. Também encarei o caderno. Não conseguia olhar nos olhos dele.

— Você quer falar sobre isso ou... prefere que ignoremos e voltemos a viver normalmente? – perguntou, sem me encarar.

Abaixei a cabeça e balancei, negando.

— Não, Nico. Não posso fazer isso. Não posso ignorar. E eu nunca mentiria para você. – me levantei e comecei a andar pelo quarto, nervosa – Só não sei por onde começar.

De repente, percebi que a expressão dele havia mudado. Parecia que ele estava segurando o riso, mas não aguentou, e um sorriso apareceu em seu rosto, como se estivesse satisfeito com algo. Dava para ver que ele estava rindo por dentro.

— O que foi? Qual é a graça? – perguntei, parando de andar e franzindo o cenho.

Ele parou de rir silenciosamente, mas ainda sorria.

— Mariana, está tudo bem. Eu já sabia.

Novamente fiquei sem reação por alguns segundos. Encarei-o, espantada.

— O quê?

Nico olhou para o caderno novamente.

— A única novidade aqui é como exatamente Cupido fez para colocar as marcas em você. Fora isso, ou você me contou ou eu descobri sozinho.

Coloquei as mãos na cintura e olhei para minha cama ao meu lado. Não conseguia acreditar.

— Desde quando você sabe?

— Comecei a desconfiar quando nos encontramos no navio. Só havíamos nos visto uma vez e você viajou meio mundo para saber se eu estava bem. Mas eu tive certeza com a mensagem de íris. Vi o modo como você reagiu quando eu citei que nós... – ele fez gestos com as mãos, como se não quisesse terminar a frase.

— Nos beijamos. – completei, ainda sem encará-lo. Não era hora de meias frases.

— Isso. Desde então eu tenho tentado confirmar isso. Eu ia perguntar sobre isso no sonho, mas você acordou antes.

Um sorriso de canto de boca se formou no meu rosto e balancei a cabeça. Não é possível. Essas coisas só acontecem comigo.

— E eu achando que estava conseguindo esconder direitinho.

Nico me encarou por alguns segundos antes de perguntar:

— Por que você estava tentando esconder? Sei que não estava nos seus planos que eu descobrisse, mas pra que o esforço?

— Era para isso ficar só dentro de mim, e morrer dentro de mim. Não era para isso ter acontecido, mas como aconteceu, talvez eu pudesse reprimir o sentimento ao ponto dele deixar de existir.

— Mas qual é o problema? Mariana, existem poucas coisas na vida que são mais normais do que se apaixonar, não importa por quem. Eu aprendi isso nos últimos dias, e você sabe disso. Então, pra que ficar tão chateada com uma coisa tão normal?

Sentei-me na cama, de frente para ele, e encarei a gola de sua blusa escura. Não conseguia mais olhar em seus olhos.

— Eu não devia me apaixonar por você. Eu só queria que você fosse meu amigo, que me ajudasse, nada mais. Gostar de alguém desse jeito machuca muito, porque se a pessoa não está bem, você também não está. E sendo semideuses, com a vida que nós temos, com todas aquelas batalhas e guerras, é ainda pior.

— Mas você não escolheu se apaixonar. Não escolheu se apegar. Não pode se culpar por isso.

— Não é só isso. – balancei a cabeça e fechei os olhos. Só tornei a abri-los depois que respirei fundo para me acalmar – O problema não é só eu estar apaixonada por você. O problema também é que eu estou apaixonada por você.

Nico franziu o cenho. Sabia que ele não entenderia logo de cara.

— Mas qual é o problema de você gostar de mim? Se você está se referindo ao que aconteceu na Croácia...

— Não é isso. – pisquei e finalmente o encarei – Me apaixonei por você no mesmo dia em que nos conhecemos, só porque você decidiu me ajudar. Digo, e se você fosse um ajudante de Gaia, ou, enfim, alguém do lado inimigo? Praticamente todos no acampamento deram as costas para mim, eu poderia ser facilmente manipulada. Arrisquei minha vida para saber se você estava bem, e fazia poucas horas que havíamos nos conhecido. Sei lá, não parece... certo.

Nico pareceu se segurar para falar algo, mas aceitou minha explicação e permaneceu em silêncio.

— De qualquer forma, – continuei – o único cenário em que estaria tudo bem eu estar apaixonada por você seria se você também estivesse apaixonado por mim. Como você não está, reforço minha fala de que preciso me desapegar um pouco de você.

— Quem disse que eu não estou apaixonado por você? – perguntou ele, franzindo a testa.

— Nico, por favor. Não me dê falsa esperança. Você não está apaixonado por mim, você só pode me ver como amiga.

— Por quê? O que me impede de gostar de você?

— Eu falei isso na carta. Nico, eu sou a cara da Bianca. Eu sou a cara da sua irmã. Desculpe se isso parecer indelicado, mas você não pode se apaixonar por uma garota que é a cara da sua irmã falecida.

— Mas você não é ela. – ele se levantou e se colocou na minha frente, a alguns centímetros de distância – Vocês até podem ser parecidas em alguns pontos, como coragem e determinação, mas não são a mesma pessoa.

— Mas você não gosta de mim. Não desse jeito. – eu disse, levantando-me também.

— Então por que eu te beijei duas vezes?

Fiquei alguns segundos encarando seus olhos escuros, logo acima dos meus. Já havia pensado nisso, mas não seria o suficiente para me fazer mudar de opinião. Engoli em seco para ganhar coragem.

— A primeira vez foi para eu calar a boca e ouvi-lo, para que você pudesse me convencer a voltar para o acampamento. A segunda foi por causa das marcas, você queria que eu voltasse para casa sem elas, e sabia que era o único jeito disso acontecer.

— Mari... – seu tom era de súplica.

— Não tente mudar minha cabeça só porque acha que é isso o que eu quero. Eu não quero que você diga que gosta de mim...

— Mariana, você não pode pensar assim... – ele colocou a mão no meu rosto.

— Por favor. – sussurrei. Abaixei a cabeça e estaria encarando seu peito se não tivesse fechado os olhos – Não diga que gosta de mim. Não diga que está apaixonado por mim. Eu sei que é mentira. Eu não quero que você diga isso. Eu não quero que você sinta nada por mim que seja maior do que o sentimento de amizade. – meus olhos estavam ficando cada vez mais úmidos, então respirei fundo para continuar sem que as lágrimas caíssem – Eu não quero gostar de você desse jeito. Eu não quero sentir isso por você. Eu só quero ser sua amiga, nada mais. Eu quero esquecer esse sentimento e agir como se ele nunca tivesse existido.

— Mari... – a única pessoa que me chamava de “Mari” era meu pai, e mesmo fazendo um esforço para não me lembrar daquilo naquele momento, uma única lágrima rolou pelo meu rosto.

— Diga que não sente nada por mim. – abri os olhos, mas não os ergui – Eu preciso de uma âncora para me desapegar de você, preciso começar por algum lugar. Ficaria muito mais fácil se você dissesse na minha cara logo.

Finalmente olhei em seus olhos. Nico estava me encarando esse tempo todo. O filho de Hades pegou a mecha da frente do meu cabelo e colocou-a atrás da minha orelha, enquanto seu polegar enxugava a lágrima do meu rosto.

— Você é minha melhor amiga. – começou – Não quero perde-la por causa de alguns sentimentos confusos. Se for isso que você quer, tudo bem.

Assenti. Isso iria bastar. Passei os dedos sobre meus olhos para evitar novas lágrimas.

— Certo.

Fui até a escrivaninha. Nico me acompanhou com os olhos. Segurei a folha da carta por alguns segundos, mas não queria arrancá-la. Então, apenas fechei o caderno e o coloquei junto com outros livros no espaço ao lado.

— Então está resolvido. Agora podemos fingir que nada disso aconteceu.

Nico respirou fundo, como se quisesse falar algo e tivesse desistido no meio do caminho.

— Não precisa se preocupar comigo. Eu vou parar de gostar de você, de um jeito ou de outro.

Nico deu de ombros, com uma expressão de derrota.

— Se for isso que você quer.

Nico suspirou e colocou as mãos na cintura. Ele olhou para os lados, como se procurasse algo.

— É, acho que meu trabalho aqui acabou por hoje.

— É... – coloquei uma mão no braço.

— Então eu – ele apontou para a janela com os polegares – vou indo.

— Você não prefere ir pela porta da frente?

— Não, assim é mais fácil.

— Ok.

Nico foi até a janela e passou uma das pernas por cima do parapeito. Depois me encarou.

— Relaxa, ta? Nada mudou entre nós.

Assenti e abri um leve sorriso sem dentes.

— Tudo bem.

Nico respirou fundo e olhou para a rua à sua esquerda.

— Então... – voltou a me encarar, mas dessa vez com um sorriso travesso – até amanhã.

Passou a outra perna pela janela e pulou.

— Amanhã? – fui até a janela e agarrei a moldura, como a Rapunzel procurando pelo príncipe lá embaixo – Nico?

Mas ele já havia ido, engolido pelas sombras.

Eu tentava não me lembrar das últimas palavras de Nico da noite anterior, mas estava difícil. Até porque elas só começaram a fazer sentido depois que a campainha de casa tocou. Então, passei um bom pedaço da manhã pensando nisso.

Logo depois do almoço, eu já estava colocando meus tênis e me preparando para sair. Não queria ficar em casa, e tinha um bom tempo que eu não caminhava por Denvan. Parei de contar os dólares que colocava no bolso do short quando a campainha tocou.

Madrasta atendeu a porta. Não era algo normal recebermos visita, nunca foi, então abri levemente a porta do quarto para escuta-los.

— Quem é você? – perguntou Madrasta rispidamente.

— Hã... Nico. Nico di Angelo. Eu sou amigo da Mariana. – a voz dele parecia meio incerta.

— Desde quando ela tem amigos? – dava parar notar seu tom zombeteiro.

— Hã... ela está?

Senti Madrasta revirando os olhos durante o silêncio entre a pergunta de Nico e ela gritar:

— Mariana, tem um garoto aqui embaixo dizendo que é seu amigo!

Abri a porta do quarto, atravessei o corredor e desci as escadas. Nico me encarava da porta a minha frente. Me coloquei ao lado de Madrasta.

— Pode ir. Eu resolvo.

Ela se virou sem me encarar e foi para a cozinha no final do corredor.

— Góticos. – ouvi-a murmurar, mas não dei atenção.

Continuei olhando-a até ela virar o corredor. Voltei-me para Nico, que estava com a testa franzida.

— Aquela é sua madrasta?

— Sim.

— A pessoa que... – ele fez passou a mão no antebraço, com um movimento similar a um corte.

— Ela mesma. – assenti – Mas enfim... O que veio fazer aqui?

— Bem, eu disse ontem a noite que eu vinha, certo? – ele abriu um meio sorriso debochado.

— Sim, mas... pra quê?

Ele esfregou as mãos, como um mágico se preparando para realizar um truque.

— Bem, hã... Eu nunca havia ouvido falar de Denvan antes de te conhecer, nunca havia visto essa cidade em mapas antes. Então, já que você sempre morou aqui e conhece bem a cidade, eu estava pensando se a gente poderia fazer um tour, sabe, para eu conhecer o território. Além de ser o primeiro lugar em meses que eu vou e não encontro monstros. Um pouco de calmaria agora seria muito bom.

Encarei-o por alguns segundos. Ele está me chamando pra sair? Pensei. O estranhamento foi mais porque isso nunca aconteceu comigo antes.

— Ah, claro. Boa ideia. Mas, tipo, agora?

— É, pode ser. Mas se você estiver ocupada...

— To saindo, volto mais tarde! – gritei para o interior da casa. Não esperei uma resposta. Bati a porta e voltei a encarar Nico. Ele estava rindo levemente.

O filho de Hades fez um gesto como de um cavalheiro, para que eu fosse à frente.

— Podemos?

Eu sorri e fui andando pela calçada. Nico se colocou ao meu lado.

— Primeiro, vamos ao parque no centro. É um dos meus lugares favoritos da cidade. E não se preocupe se escurecer e ficarmos com fome, tem um McDonald’s por perto.

— Sério que você também vai me zoar com isso?

— Posso não saber tudo sobre, mas sei que isso é o que os amigos fazem.

Nós dois rimos. E assim ficamos, lado a lado, caminhando pelas ruas de Denvan. Pela primeira vez em meses, não nos preocupamos com monstros ou deuses do mal tentando nos matar. Pela primeira vez, éramos só nós dois.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Comentem!
É sério, comentem mesmo. Eu quero muito saber o que vocês estão achando.
Deixe-me contar um segredinho para vocês: era para a fic acabar aqui, era para essa ser a cena final. Mas como eu sabia que vocês iriam querer me matar por eles não terem ficado juntos, eu preparei mais 3 capítulos para resolvermos isso. Eu ACHO que não serão muito longos, mas ainda não comecei a escrever, estava muuuuito empenhada nesse aqui.
Então, para que os capítulos extras não ficassem muito pequenos, eu tirei algumas coisas desse para colocar nos outros. Por enquanto eu estou gostando do resultado, mas o que importa é a opinião de vocês!
Podemos fazer comentário enormes, vou amar lê-los!
Beijos e até o próximo!