A Última Filha de Perséfone escrita por Miss Jackson


Capítulo 12
E quando você pensa que pode ter um momento pacífico...




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Depois de eu e Annabeth obrigarmos Percy e Nico a pararem por meia hora para nós duas choramos e lamentarmos sobre o abandono de Louis e Natalie enquanto os meninos apenas choramingavam e xingavam baixinho, lamentando também, nós seguimos viagem.

– Natalie... – solucei. – Quatro anos e meio, cara! Vocês tem noção do quão triste é isso?

– Anddie, você tem que se acalmar, veja bem, eles vão... – interrompi Nico.

– NÃO TEM COMO SE ACALMAR!

Annabeth choramingou.

– A Anddie tem razão, não tem como se acalmar – concordou ela.

– Annie... – fungou Percy, puxando Annabeth para mais perto dele. Eu suspirei, me afastando um pouco dos três. Percy beijou o pescoço dela. – Não fica assim, meu amor.

Eu e Nico encaramos o chão. Nico enfiou as mãos no bolso, como sempre fazia quando ficava deprimido ou constrangido, já eu ficava só encarando o chão mesmo.

– Eles formam um casal legal, né? – sussurrou Nico, se aproximando de mim.

– É... – concordei. – Unidos e fofos.

Pare de ficar se lamentando, Andrômeda. Eles são mais velhos que você.

– Tirando a parte de eles serem um casal fofo, é assim que tem que ser – ele fez uma careta. – Unidos.

– Eles não brigam, não?

Nico riu e olhou para os dois, que estavam conversando baixinho do outro lado da estrada, nem deveriam estar nos ouvindo.

– Brigam – assentiu Nico. – Pelo que eu saiba eles não se deram muito bem quando Percy chegou no acampamento. Diziam que era estranho. Mas as filhas de Afrodite ficavam fazendo apostas, no fim algumas acabaram ficando ricas.

Eu acabei rindo também, Nico sorriu de forma orgulhosa, como se me fazer rir fosse algo que pudesse fazê-lo ficar rico.

– Eu gosto de fazer você rir – comentou ele, senti seu olhar sob mim, mas não me dei o trabalho de erguer a cabeça para confirmar. – A sua risada é bonita.

– Obrigada, eu acho.

– Estou falando sério.

– O.k, eu não estou duvidando.

– Você está triste comigo.

– Por quê estaria? – suspirei e ergui a cabeça, Nico estava me encarando com as sobrancelhas erguidas. – Tá, o.k, eu estou um pouco triste com você. Só um pouquinho...

Ele fez uma careta de quem não acreditava, eu bufei.

– Eu estou triste com você.

– Anddie, eu já pedi desculpas.

– Ei, galera, eu e a Annabeth vamos comprar algumas coisas – anunciou Percy, já entrando com Annabeth dentro da lanchonete. Eu e Nico nos sentamos no banco na frente dela. Sempre é bom trazer dinheiro mortal em missões.

– Continuando – disse eu. – Você sabe que me magoou a forma como você me tratou, se você estivesse em um transe completo tudo bem, mas você não estava em um transe completo, eu sei reconhecer isso!

– Por favor, Anddie, me desculpe...

– Sabe o quê me deixa mais triste? O fato de que as mágoas sempre vêm de quem você menos espera.

– Se você me desse mais uma chance...

– “Se você me desse mais uma chance” – tentei imitar a voz dele, mas a imitação saiu mais ridícula do que eu esperava, fazendo-o rir. – Não era pra rir!

– Mas foi engraçado – disse ele, parando de rir.

– Sem graça você, hein.

– “Sem graça você, hein” – ele também fez uma imitação ridícula da minha voz, fazendo-me rir outra vez. – “Não era pra rir!”

– Pare com isso! – eu abaixei a cabeça, colocando as mãos na testa e balançando a cabeça negativamente. Esse garoto mexia comigo.

– “Pare com isso!”

– Nico di Ângelo, pare de me imitar – encarei-o, tentando segurar a risada. Eu voltei a rir e ele me acompanhou. – Você mexe comigo.

– Eu sei – ele piscou e nós paramos de rir. – Eu gosto de mexer com você.

– Em todos os sentidos?

– Sim.

– Como você é irritante.

– Adoro ser irritante! – ele sorriu e se remexeu no banco.

– E chato.

– Adoro ser chato!

Revirei os olhos.

– E exageradamente bonito.

– Adoro ser exag... Espera, o quê? – ele pareceu surpreso.

– Que você é exageradamente bonito.

– Você está doente ou alguma coisa parecida?

– Seria melhor se eu estivesse doente – respondi e completei mentalmente: Mas se o amor for uma doença eu preciso urgentemente de um médico.

– Você está corando – disse ele inocentemente.

– Eu sei, idiota.

– Sabia que você fica bonita até quando está corando e está irritada?

– Deuses... – murmurei. – Você já pode parar com isso agora.

– Não – ele sorriu malicioso.

– O que eu tenho que fazer pra você parar com isso?!

– Me deixar fazer isso – ele se aproximou de mim e, delicadamente, roçou seus lábios nos meus, mas não fez nada, como se esperasse que eu me afastasse, mas eu não me afastei. Eu fechei meus olhos e passei um braço pelo seu pescoço, o puxando mais para perto. Foi então que ouvimos Annabeth gritar e nos afastamos rapidamente. – Mas que diabos...?

– Eles estão sendo atacados – disse eu, me levantando e olhando pela parede de vidro. Percy e Annabeth estavam tendo problemas com uma Equidna. – Droga. – Arrebentei minha pulseira. – Tá esperando o que, Nico? Temos que ir!

Ele assentiu e se levantou, corremos para dentro da lancheria.


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Notas finais do capítulo

Peço perdão pelos danos que eu causei aos corações de vocês, isso se eu causei. -q