A Última Filha de Perséfone escrita por Miss Jackson
A Equidna tinha alguns amiguinhos na lanchonete, que eram todas as mulheres da lanchonete (ironicamente lá só tinha mulheres). Nenhuma delas estavam no tamanho normal, o gigante, é claro. Eram pelo menos cinquenta Equidnas prontas para tirar nossas miseráveis vidas. Ou não, hein.
Tinham um corpo de mulheres perfeitas da cintura para cima, e da cintura para baixo eram serpentes escamosas. Todas seguravam espadas de bronze celestial.
Percy destampou Contracorrente e cortou a cabeça da primeira Equidna, salvando Annabeth. Eu e Nico nos juntamos aos dois e começamos a lutar também.
– Me prometa que aquela não foi a primeira e última vez – pedi para Nico, saltando para cima de uma Equidna e cravando minha espada em seu peito. Me levantei rapidamente, cortando a cabeça de mais umas cinco. Cada vez que cortávamos a cabeça de alguma Equidna mais Equidnas surgiam dos quintos do Mundo Inferior, mas surgiam.
– Não será – prometeu ele, sorrindo e golpeando uma Equidna pelas costas, eu sorri também, golpeando outras monstrengas.
– UHU! – gritou Percy, tirando a cabeça de mais umas dez.
– ISSO AQUI PARECE THE WALKING DEAD VERSÃO MITOLOGIA GREGA! – gritei, atingindo mais monstrengas.
– Você gosta de The Walking Dead? – perguntou Annabeth, rindo.
– Óbvio – fiz uma careta.
– TOMA ESSAAAA – gritou Nico, cortando uma Equidna ao meio. – E MAIS ESSA!
Ele repetiu a ação com outra Equidna. Eu ri alto.
– CHUPA ESSA – gritamos eu e Annabeth em uníssono, repetindo a ação de Nico.
– Tá na hora de virar selvagem – murmurei, transformando a espada em pulseira outra vez.
– O quê você está fazendo?! – perguntou Percy.
– Isso! – respondi, me transformando facilmente em uma loba e pulando em cima de uma Equidna que estava prestes a transformar o Nico em lanchinho da tarde. Cravei minhas garras no rosto dela e fui deslizando até o fim, partindo-a ao meio.
– Como...? – perguntou Nico, eu rosnei e ataquei mais Equidnas. Não sei quanto tempo passamos lutando contra aquelas monstrengas, mas quando finalmente elas acabaram de aparecer meus amigos suspiraram, exaustos. Eu voltei a ser uma humana.
– Uau – disse eu. – Fomos muito bem, cara.
– Como você conseguiu virar uma loba? – perguntou Annabeth.
– Sempre tenho alguns truques na manga.
– ANDDIE! – gritou Nico, eu suspirei e calmamente arrebentei minha pulseira, me virando para trás e conseguindo impedir o homem que estava ali de me acertar em cheio. Nossas espadas rasparam umas nas outras, fazendo um barulho horrível.
– Venha comigo – rosnou o homem.
– Tá louco, tio? – sorri. – Eu não vou a lugar nenhum, muito menos com você.
Você vai achar estranho o que eu vou dizer agora, talvez até lembre de um jogo chamado Slenderman, mas o carinha não tinha uma face, era comprido, maior do que um ser humano normal, tinha alguns tentáculos e usava um terno preto, gravata preta, jeans escuros e estava descalço. Só que essa versão do Slender segurava uma espada de bronze celestial.
– Até porque você é o Slender – completei, acertando-o em cheio na barriga. Minha espada perfurou seu corpo, mas ele pareceu não sentir nada.
– Eu não sou o Slender! – protestou o Slender.
– E eu não sou humana – debochei, o Slender abaixou a espada. Se ele tivesse alguma expressão eu diria que ele estaria fazendo uma expressão bem estressada.
– Fui amaldiçoado pelos deuses, garota – disse ele. – Não existe essa história de Slender. E se existir é eu que apareço de vez em quando, mas, poxa, eu não sou um assassino psicótico que misteriosamente aparece em florestas quando uma pessoa retardada resolve se aventurar por aí e caçar Slender’s.
– Que triste, mas infelizmente eu preciso te matar.
– Se pelo menos houvesse como.
Parei para pensar.
– Mas, Slender... Posso te chamar de Slender?
– Não.
– Slender, como você fala se não tem boca?
– Nem eu sei – ele deu de ombros, um de seus tentáculos se esticou para tocar meus amigos, mas eu cortei o tentáculo antes que acontecesse algo terrível. – Ei!
– Fique longe deles – disse eu simplesmente.
– Andrômeda Walter, o quê diabos você está fazendo, afinal? – perguntou Percy. – Acabe com ele!
– Por favor, tenha piedade – suspirou o Slender. – Eu estou aqui obrigado, na verdade não quero matar ninguém.
– Então fuja e seja livre, meu filho – retruquei. – Deixe-nos ir, temos um Elmo de um deus pra pegar e entregar.
O Slender caminhou para o lado, liberando a passagem da porta.
– Façam uma boa viagem – disse ele. – E boa sorte para você e seu amigo, Nico di Ângelo, vão precisar.
– Animador – murmurou Nico. – Tchau, Slender.
– Não é pra me chamar de Slender! – protestou Slender.
– Tchau, Slender! – dissemos todos em uníssono e saímos da lanchonete.
– Não acredito que eu conversei com o Slenderman – comentei.
– Ele não era o Slender, não ouviu? – riu Annabeth.
Nós rimos e continuamos conversando.
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