A Última Filha de Perséfone escrita por Miss Jackson


Capítulo 11
Saímos do falso país das maravilhas


Notas iniciais do capítulo

Gente, muito obrigada à todos que estão acompanhando e deixando reviews na fanfic, elogiando e tal, isso me deixa muito feliz! *u*
Ah, e por favor, leiam minha nova fanfic http://fanfiction.com.br/historia/475486/A_Portadora_de_Segredos/ :(



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Perdi a conta de quantos planos eu deveria ter feito enquanto tentava derrotar a Maggie, eu já deveria estar no Plano N. É, é, vocês acham que só existem os Planos A, B e C? Não, não é só esses que existem.

Desisti de ficar fazendo e contando planos e fiz o que meus instintos caninos me mandavam fazer, porque apesar de ser humana novamente eu ainda me sentia uma loba, era algo estranho, até mesmo anormal, mas de vez em quando eu ouvia um uivo na minha cabeça, às veze eu olhava para mim mesma e enxergava feições de loba. Eu sabia que isso ainda não havia acabado.

É só isso que você pode fazer?! – perguntou Maggie em um tom debochado. Eu acertei em cheio o seu olho esquerdo, deixando ela cega de um olho. Ela rugiu. – Urrrrrrrrrg.

Um uivo ecoou pela minha cabeça outra vez, e de repente eu soube o que deveria fazer. Apertei no botão da minha espada que a fazia voltar a ser uma pulseira e aproveite o momento distração de Maggie para me concentrar em uma transformação.

Em menos de um minuto eu era novamente uma loba de pelagem negra. Eu uivei e rosnei para Maggie, que estava com os dois olhos fechados e se batendo em tudo quando era lugar.

Saltei para cima dela e mordi um dos dois chifres pontudos que ela tinha na cabeça. Era molenga. Eca. Fiquei mexendo no chifre até acabar arrancando-o, incentivando Maggie a se estressar ainda mais. Ela cuspiu fogo por tudo, queimando alguns unicórnios que tentaram me matar há alguns minutos atrás e também alguns gnomos psicopatas que montavam nos unicórnios. Minha infância estava sendo destruída.

SAIA DAÍ! – gritou Maggie, e em uma distração momentânea ela me jogou para longe e eu caí em cima de uma árvore em chamas. Gani, sentindo que estava pegando fogo e pulei para o chão. Minha sorte é que bem ao meu lado tinha um lago, que eu sabia muito bem não ser um lago qualquer, e sim um lago com uma água negra gosmenta e cheio de piranhas, mas eu não tive escolha e pulei nele, me arrependendo em seguida assim que as piranhas começaram a me morder. Pulei para fora dele, toda grudada com a água gosmenta, e tentando tirar as piranhas do meu corpo. Demorei um pouco para conseguir fazer isso, mas consegui fazer a tempo de me salvar de uma bola de fogo de Maggie, que agora já estava com o olho direito aberto.

Corri o mais rápido que pude até chegar na cauda gigante e escamosa da dragão. Pulei para cima dela, mordendo as escamas para não cair enquanto Maggie balançava a cauda, tentando me tirar dali.

Me concentrei em ser humana e eu consegui controlar a transformação, voltei a ser a Andrômeda de sempre e arrebentei a pulseira, cortando um enorme pedaço da cauda de Maggie, e comecei a escalar até chegar nas asas, furando-as.

URRRRRRRRRRRG!

Eu cravei minha espada no centro das costas de Maggie, mas não foi o suficiente. Lembrei de uma famosa frase dela: “Cortem-lhe a cabeça!”. Cortar-lhe a cabeça.

Eu me sentia uma Alice no País das Maravilhas da vida. Escalei até chegar na cabeça dela e cravei a espada no pecoço, começando a cortar a cabeça dela. Cara, eu tive que manjar dos paranauê pra não cair.

– NÃÃÃÃO! – gritou ela quando eu fechei o círculo. Apertei meus olhos e caí junto com a cabeça dela.

– Certo, isso é nojento – murmurei, me sacudindo como se eu ainda fosse uma loba, e transformando minha espada outra vez. Bati as mãos e assoviei, não demorou muito para meus amigos aparecerem correndo. Nico me abraçou forte. – Oi, tudo bem?

Ele riu e me soltou.

– Da próxima vez que você se arriscar pelos outros eu... – eu o interrompi.

– Se você continuar me ameaçando assim eu vou começar a ficar com medo de você – olhei para os outros. – Vocês devem estar esperando que eu lembre como sair daqui, né?

Todos assentiram.

– Pois eu lembrei, sigam-me.

. . .

– Oi, José – cumprimentei o ciclope de tamanho humano na nossa frente. – Podemos sair daqui?

– Quem é você? – perguntou José, eu revirei os olhos.

– Andrômeda Walter – respondi. – Você me viu faz uns cinquenta e poucos anos, quando eu matei o Edward, o namorado da Maggie e blá blá blá. E hoje eu matei a Maggie, VOCÊ ESTÁ LIVRE CARA!

– VOCÊ MATOU A MAGGIE?! – ele me abraçou forte. – Ah, eu esperei tanto pra receber essa notícia!

– Aham – sorri orgulhosa. – Agora você pode nos deixar ir embora daqui?

Ele me soltou e nos olhou tristemente.

– Apenas cinco pessoas podem sair da Terra Mágica a cada dez anos – ele engoliu em seco. – E vocês seriam os primeiros a saírem em dez anos...

– Eu fico – interrompi.

– Por isso que eu tenho razão quando eu te ameaço – bufou Nico. – Eu fico.

– Não mesmo, eu fico! – disseram Annabeth e Percy em uníssono.

– Calem a boca vocês três, eu fico, os deuses não se importam comigo e ficariam super feliz comigo fora do caminho deles, agora saiam daqui – disse eu.

– Mas a gente se importa com você – disse Nico.

Natalie suspirou.

– Eu fico – disse ela.

– Eu também – disse Louis. – Na profecia diz que dois de nós teriam que ser abandonados e, sinceramente, eu e a Natalie somos os que menos importam por aqui.

Meus olhos se enxeram de lágrimas.

– Não! – exclamei. – Tem que estar errado, n-nós podemos dar um jeito, todos nós somos importantes e...

– Não há outro jeito, Anddie – interrompeu-me Natalie, também emocionada. Eu a puxei para um abraço. – Foi bom ter sido sua amiga por bons e longos quatro anos e meio.

– Nattie, eu não q-queria isso... – sussurrei, ela me soltou, depois disso eu abracei Louis.

– Saíremos daqui assim que der – piscou Louis. – Daqui há dez anos todos seremos adultos, podemos morar todos em um mesmo prédio se der certo, mas saíremos daqui.

– Juramos pelo Rio Estige – sorriu Natalie. – Agora vão, isso aqui está muito depressivo.

– Sentiremos saudades – sorriu Percy tristemente. Um portal se abriu na nossa frente. Percy e Annabeth deram as mãos e foram os primeiros a pular.

– Andem, o portal não fica aqui por mais de um minuto! – anunciou José. Eu e Nico demos as mãos e olhamos pela última vez em dez anos para nossos amigos.

– Voltem – pedi e eu e Nico pulamos no portal.


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Notas finais do capítulo

LEIAM MINHA NOVA FANFIC: http://fanfiction.com.br/historia/475486/A_Portadora_de_Segredos/