Pesadelo | Amor Imortal 01 escrita por Lolli Blanchard


Capítulo 64
Capítulo 65




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Após um minuto inteiro se passar entre eles, Ellylan se levantou daquele chão com certa dificuldade para que pudesse caminhar até Maximus.

O anjo loiro havia ficado imóvel desde o momento que deu um passo para trás antes de dizer sua ordem a seus tenentes e não se moveu desde então. E mesmo sem saber o que falar, Elly tinha que ser a pessoa que o ajudaria a superar esse assunto. Assim como Niffie era essa pessoa para Meridius.

Quando ela se aproximou do seu arcanjo, Ellylan o abraçou por trás, tendo certa dificuldade para passar seus braços pela fenda que existia entre as asas de Maximus. Normalmente isso não seria um sacrificio, mas naquele momento o anjo mantinha suas asas fechadas em suas costas de maneira muito forte. Contudo, Maximus as moveu suamente quando ela o tocou a primeira vez para que pudesse passar seus braços ao redor da sua cintura e descansar sua bochecha sobre suas costas.

Elly ficou em silêncio por alguns segundos, não sabendo se deveria abrir a boca quando tudo o que sentia era raiva por Diane, principalmente por ter deixado Maximus naquele estado.

— Eu sinto muito.— Foi o que ela disse. E Ellylan realmente sentia, afinal, os arcanjos perderam sua irmã para sempre.— Maximus, eu sinto muito.—
— Não chore por causa de Diane.— Ele falou ao notar o quão próxima Elly estava de derramar suas lágrimas.— Ela apenas a trouxe para o inferno com a intenção de machucá-la.—
— Diane não me trouxe para o inferno.— Ellylan revelou a verdade rapidamente, pois não podia se esquecer de algo tão importante como isso.

O arcanjo suspirou, colocando uma de suas mãos sobre as de Ellylan que o segurava firmimente.

— Então nossos problemas não acabaram.—
— Sim, acabaram, Maximus.— Ela falou de forma decidida para a convencer também.— Você tem que prometer que não irá atrás de respostas sobre esse assunto. A menos que isso passe ser realmente um problema.—
— Mas...—
— Seja lá quem fez isso, não causou nenhum outro problema.— Ellylan o cortou.— Todo o resto que aconteceu foi por culpa de Diane.—
— Talvez eu devesse achar essa pessoa para agradecer. Ou matar pela enorme dor de cabeça que me trouxe.—

— Isso não tem graça.— Ela rebateu.— E não faça brincadeiras agora, não finja que não sente nada sobre o que aconteceu.—
— Solte-me.— O arcanjo pediu e Ellylan agiu conforme mandado, pois sabia que o anjo iria apenas se virar para encontrar seus olhos. E, por mais que desejasse, ela não o repreendeu por esconder os sentimentos que deveriam existir em seus olhos.

Maximus precisava de um momento para organizar seus pensamentos e ela não o forçaria a nada. Mas também não o deixaria sozinho.

— Diane já não era mais minha irmã.— Disse o arcanjo enquanto alcançava as mãos dela para segurá-las.— A magia do demônio deixa qualquer pessoa que se envolve com ela insana. E no momento em que eu quebrei a barreira falsa que existia sobre sua alma para esconder todos os seus sentimentos, foi apenas isso que vi. A loucura e o ódio.—

— Maximus, no quarto dela...— Como Elly poderia explicar o que viu?— Você precisa ir até o quarto dela comigo.—
— Mais tarde.— Ele murmurio.— Mais tarde você pode me contar tudo o que aconteceu, principalmente o que passou por sua mente para se jogar por uma janela.—

Elly deu de ombros, não vendo motivos para explicar isso nunca.

— Katherine ficará bem, Maximus?—
— Sim.— Ele respondeu sua pergunta.— Dimitrius disse que já esta retirando o que resta do veneno de dentro do seu sistema e que nos próximos dias ela estará tão irritante quanto antes.—

— Diane tentou cravar aquela lâmina em mim...— Ellylan falou.— E Katherine me puxou para fora do caminho.—

— Não se sinta mal pelo o que aconteceu. A única culpada é Diane.—
— Maximus,— Ela o encarou.— O que Diane quis dizer sobre encontrar a “chave”?—
O arcanjo do inferno ficou pensativo por alguns segundos, mas não demorou mais que isso para respondê-la.— Ela esta procurando a chave que abre todos os portões que separam as dimensões uma das outras, você pode imaginar o que isso significava.—

Sim, ela imaginava.

A destruição de tudo parecia um plano perfeito para alguém que odiava cada pessoa viva nas dimensões.


— Você tem certeza de que foi melhor não matá-la?— Ellylan sussurrou suas palavras, se sentindo um pouco envergonhada por dizer isso.
— A morte seria uma opção muito agradável para ela.—
— Mas... E se ela...—
— Acredito que Diane não irá sobreviver muito no purgatório, mas caso for resistente, ela nunca poderá sair.—

Isso era cruel...

E era ainda mais cruel que o seu próprio irmão falasse isso.

— O que posso fazer por você?— Elly perguntou calmamente e com sinceridade.— Sei que está sofrendo por causa dela.—
— Eu não sei, Elly.— O seu arcanjo sussurrou, colocando sua mão em seu rosto para acariciar sua bochecha.— Acho que vamos descobrir com o tempo.—
— Sim.— Ellylan concordou com um sorriso.— E vamos fazer isso juntos.—

E para sempre.


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