Pesadelo | Amor Imortal 01 escrita por Lolli Blanchard


Capítulo 48
Capítulo 49


Notas iniciais do capítulo

Rouxinol (Um pequeno conto do casal Niffie e Meridius)
http://fanfiction.com.br/historia/468256/Rouxinol/



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Ellylan abriu seus olhos no momento em que sentiu um frio irritante contra a sua bochecha, seus olhos arderam por um momento e ela teve que piscar diversas vezes até que eles estivessem normais novamente. Elly não podia acreditar que havia dormido dentro daquele salão em quanto chorava e parecia miserável demais despertar naquele momento encolhida contra aquele marmore tão frio quanto a sua pele.

E parecia ainda mais miserável despertar sozinha quando deveria estar com alguém ao seu lado. No entanto, não era isso que ela desejava.

Elly não queria ver ninguém, muito menos Maximus. Ela estava se sentindo humilhada demais para ter que enfrentar aqueles olhos que lutavam para demonstrar todos os seus sentimentos quando estavam sozinhos. E o arcanjo do inferno havia falado diversas vezes que a protegeria de qualquer coisa e Ellylan não duvidava disso, mas Maximus não podia protegê-la dela mesma e desse passado que era totalmente desconhecido.

Um passado que ela não desejava conhecer mais.

Ellylan se sentia vazia e tão sozinha que nenhuma companhia iria fazê-la se sentir melhor em relação a isso. E se saber apenas partes do seu passado havia causado isso, ela não desejava saber mais nada sobre essa vida humana que estava causando tanta repulsa.

Era horrivel imaginar que vários homens a tocaram por causa de dinheiro e tudo só piorava quando sua mente fazia uma única pergunta de que se ela se lembrasse de tudo o que aconteceu seria menos doloroso.

Essa mulher que havia se tornado, essa pessoa que era conhecida apenas como Ellylan gritava que não, que nada melhoria. Mas algo em sua mente, memórias antigas que desejavam ser soltas de milhares de barreiras, diziam que ela ficaria bem se soubesse de tudo o que aconteceu em sua vida.

Mas Ellylan não queria arriscar.

Saber que era uma prostituta havia a despedaçado de uma forma inacreditável e esse sentimento podia piorar caso essas memórias se libertassem dessas barreiras que nem mesmo Maximus conseguia ultrapassar.

Elly queria chorar, se descabelar e gritar de todos os modos que eram possivéis, mas naquele momento isso parecia ser algo impossivel. Parecia que ela estava... Anestesiada.

Sim, essa palavra era perfeita para descrevê-la naquele momento. Era como o que tinha acontecido naquele dia em que uma pessoa havia sido explodida em seu quarto, depois de chorar e acordar no dia seguinte, Ellylan se sentia renovada, mesmo que o sentimento ainda existisse dentro dela.

No entanto, ela gostaria de estar bem o suficiente para estar próxima de Maximus.

Mas não estava.


Ellylan se levantou daquele chão e ajeitou seus cabelos com uma das suas mãos, pois sabia que encontraria vários guardas pelo corredor no momendo que saísse daquele salão e mesmo que seus sentimentos estivessem todos destroçados, ela não precisava mostrar isso a ninguém.

Era, realmente, dificil acreditar que seria observada por olhos silênciosos que estariam atentos a qualquer movimento dela. E Elly sabia que Maximus provavelmente seria avisado que ela estava saindo do salão, desde que o anjo deixou claro que ele possuía uma ligação com todas as pessoas que estavam em seu castelo.

E Ellylan não queria ver Maximus naquele momento, mas também não conseguiria passar a noite naquele salão tão grande e escuro quando várias coisas assustadoras estavam acontecendo no castelo.

Claro que uma porta não seguraria nenhum imortal, ela já havia tido a prova disso, mas estar fechada em quatro paredes e a baixo de seus cobertores a fazia se sentir completamente segura. E nada mudaria sua opinião sobre esse pequeno fato.

Elly caminhou até estar próxima das portas daquele salão onde havia recebido um julgamento quase mortal se não fosse por Maximus. Ela abriu uma parte daquelas portas duplas com cuidado para não fazer nenhum barulho e quando havia espaço o suficiente, Ellylan colocou sua cabeça para fora com a intenção de espiar tudo o que estava naquele corredor.

Apesar do salão estar em uma escuridão assustadora, os corredores também não estavam muito longe disso. Haviam apenas algumas luminarias nas paredes que estavam acessas, mas suas luzes não eram fortes o suficiente para iluminar muito.

E o mais estranho era que não existia nenhum daqueles soldados que pareciam mais pedras do que homens. Normalmente existiam um em cada curva dos corredores, mas naquele momento, até onde os olhos de Elly conseguiam ver, não havia nenhum soldado.

Ela saiu de dentro do salão antes que perdesse sua coragem, não sabendo para onde ir exatamente. Ellylan estava se sentindo perdida e seus sentimentos diziam claramente que não era apenas pelo motivo de não saber chegar até o seu quarto.

Fechando as portas duplas daquele lugar em suas costas com cuidado para não fazer nenhum barulho, Elly caminhou por aquele corredor em passos silenciosos. Ela não desejava que ninguém viesse atrás dela, mesmo que estivesse sozinha naquele momento, havia um sentimento que a fazia se sentir segura e isso era o suficiente para fazê-la se mover.

Talvez fosse aquilo que os humanos chamavam de sexto sentido ou simplesmente sua confiança na promessa que Maximus fez um dia ao dizer que sempre a protegeria. Ela não sabia, mas tinha certeza de que nada aconteceria em quanto estivesse desejando a solidão como sua melhor amiga. Ellylan apostava fielmente em Maximus e sua super-proteção, pois o sexto sentido era muito pequeno perto desse arcanjo que possuía todo o inferno ao seu comando.

Ellylan caminhou pelos corredores até encontrar um que havia várias portas. Aquele corredor já estava mais iluminado e os soldados também estavam lá, parados e silenciosos como estatuas. Se sentindo segura, ela entrou na primeira porta que decidiu ser a correta para abrir.

Era um quarto simples, com uma cama pequena que não era feita para acomodar asas. E as cores não eram tão alegres como os quartos que ela já havia estado antes. Era um lugar feito para imortais que não se importavam com detalhes pequenos. Um lugar que dizia que eles não sabiam como um vaso de flor ou uma simples pintura podiam significar algo.

Talvez soubessem, mas não perdiam tempo se importando com isso.

Fechando a porta em suas costas, Ellylan se trancou dentro daquele quarto. Ela estava cansada daquele mundo e estava cansada de si mesma. Seria perfeito poder dormir para sempre como acontecia com as princesas de conto de fadas para não ter que pensar em nada do seu passado como uma simples humana, não ter que pensar que estava apaixonada por um imortal. No entanto, Elly não estava vivendo em um conto de fadas.

Ela estava no inferno.


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