[Insira seu título aqui] escrita por Helo, William Groth, Matt the Robot, gomdrop, Ana Dapper


Capítulo 10
Recuperação, indecisão, missão


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gente, aqui é o Matt de novo :3 Desculpem mesmo ter demorado tanto, prometo que não vai acontecer de novo :C Enfim, aqui está, enjoy it everyone!



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Matt

Eu achava sinceramente que minha vida no acampamento não fosse ter nada de muito emocionante. Depois que ter passado por tantas situações ruins, é difícil ser otimista. Mas depois daquele conflito com os ciclopes, mudei de ideia. (Por que sempre ciclopes? Eu ouvi falar tão bem de um ciclope chamado Tyson, por que todos não podem ser como ele?)

Juro que pensei que ia morrer quando estava caído no chão, depois de ter me batido no pinheiro de Thalia. Mas quando acordei, não me vi no Mundo Inferior. Estava no meu chalé, deitado em alguma cama que não era minha, e me sentia bem. Levantei bruscamente, e minha cabeça doeu um pouco.

– Ai – gemi.

– Continue descansando, irmão – disse minha irmã Sheyla, que estava sentada ao lado da cama lendo algum livro. – Como se sente.

– Bem... Tá fazendo o que aqui? Todo mundo deve estar lá fora, nas atividades.

– Não queria deixar você sozinho estando desmaiado – disse ela.

– Own, te amo – falei sorrindo.

Ela sorriu de volta, e quando, provavelmente, ia dizer que me ama também, um campista novato, de uns 10 anos, entrou no chalé ofegante.

– Você é o Matt? – ele perguntou pra mim.

– Sou, sou eu.

– Quíron pediu que você compareça à Casa Grande! Agora! – exclamou ele apressado.

– Hmm, ok, já vou pra lá – eu disse. Ah, meus deuses, provavelmente estou encrencado, pensei. Ele vai brigar comigo por ter feito uma liderança péssima!

Chegando lá, encontrei Marceline, Peter e Ana. Quíron jogava pinochle com o sr. D. E havia mais alguém lá... Apolo?? Oh gods, a coisa é séria, pensei. Claro que não pude deixar de pensar também em como Apolo era incrivelmente lindo e gostoso. Ele me olhou com um sorriso meio safadinho e piscou. Fiquei todo vermelho de vergonha.

Helo chegou logo depois, e ouvimos do sr. D que ela e Marceline teriam que ficar juntas o tempo todo para aprender a conviver uma com a outra, como punição. Ah, isso não vai prestar...

No dia seguinte, me ofereci para ficar durante a noite no mini-chalé que Quíron havia arranjado para hospedar juntas as mais recentes "inseparáveis", porque eu, Ana e Peter deveríamos ajudá-las a enfrentar essa situação (leia-se "impedi-las de se matar") e um de nós 3 tinha sempre que ficar por perto. Um dos irmãos de Ana, Chris, ia passar a noite lá também.

Ah, o Chris. Ele é tão legal! Nunca conversamos por muito tempo, mas eu meio que tô afim dele, sabe. Só que sou muito tímido, não sei como chegar junto e tal... Situação difícil, pois é. E ainda tem o Marc, é. O Marc também mexe comigo, mas tipo, ele pega todas, cada semana tá com uma garota diferente, eu já tava sem esperanças de que ele fosse se interessar por mim um dia. Até que aconteceu aquilo...

Assim, eu encontrei com o Chris, a gente sentou numa pedra grande lá e ficamos conversando, e ele me fazendo rir o tempo todo, como ele sempre faz. Aí de repente, a gente parou e começamos a nos aproximar. Então nos beijamos, meu primeiro beijo de verdade, e eu adorei, foi ótimo. Mas depois que abri os olhos no fim do beijo, não era o Chris quem estava lá. Era o Marc! Tomei um susto da zorra e caí da pedra. Enquanto eu levantava e balbuciava palavras confusas, ele começou a se desculpar e explicar as coisas. Eu disse a ele que se ele queria beijar um garoto, era só me pedir, não precisava usar magia pra se disfarçar de alguém que eu gosto. Eu hein, garoto doido. Em vez de ir pelo meio mais fácil, vai pelo mais complicado...

A noite no mini-chalé passou, e fui acordado bem cedo por Ana e Peter. Malditos, ainda eram cinco da manhã! Pulei do beliche e saí, não ia conseguir dormir mais, graças a esses dois. Antes de sair, admirei Chris, que estava dormindo em outro beliche. Ele é tão fofo dormindo!

Mesmo morrendo de sono, eu estava superfeliz e radiante. O motivo? Durante a noite, depois que as meninas já tinham dormido, fiquei conversando com o Chris. Contei pra ele sobre a confusão com Marc, e acabamos nos beijando (dessa vez eu fiz questão de ter certeza que era o Chris verdadeiro), e eu também adorei. E ele se declarou pra mim!!! Disse que me ama, o que complicou ainda mais as coisas. Aahh, continuo indeciso entre os dois... e não quero iludir o Chris, ele é tão legal, não mereceria isso. Mas enfim, deixemos as questões amorosas de lado.

No dia seguinte, Quíron anunciou para todos uma missão da qual eu, Helô, Marceline, Ana e Peter faremos parte. Enquanto todos almoçavam, ele nos chamou para uma conversa em particular.

– Como eu estava dizendo antes – começou ele, preocupado –, Ares ficou muito zangado no último solstício. Algum objeto dele foi roubado, e muito provavelmente, por um semideus.

Todos nos entreolhamos. Quem em sã consciência teria a ideia estúpida de roubar alguma coisa do deus da guerra?

– Não sabemos como – continuou Quíron –, mas algumas suspeitas caíram sobre o filho de Hécate, Ben.

– AQUELE MALDITO! – gritou Ana, morrendo de raiva. – Como ele se atreve a matar o meu irmão?? Se eu vir ele agora na minha frente...

– Calma, criança – disse Quíron. – Não temos certeza se foi realmente Ares quem o matou, ele não sujaria suas mãos com um mero suspeito. Está esperando o culpado de verdade aparecer. E tome cuidado com as palavras, querida, lembre-se de que ele ainda é um deus.

Ela tentou se acalmar.

– E os outros deuses não fazem nada? – perguntei indignado. – Vão simplesmente deixar Ares agir como bem entender?

– Alguns deuses menores o estão ajudando a procurar o ladrão – respondeu Quíron. – E apoiam a decisão de morte. Mas os olimpianos não aceitam isso, estão tentando fazer Ares mudar de ideia, mas vocês sabem como ele é...

– Sabemos – disse Marceline.

– Por isso eu disse que o Olimpo está um caos – disse Quíron. – Está acontecendo uma briga feia entre Ares e os outros deuses. É só uma questão de tempo até que outros passem para o “lado” dele. Vocês precisam encontrar o que Ares está procurando e devolverem a ele, para que ninguém mais precise morrer.

– Onde está o sr. D? – perguntou Peter.

– Ele voltou para o Olimpo, vai ficar lá um tempo.

– E como vamos saber onde procurar isso? – perguntou Helô.

– Era exatamente sobre isso que eu ia falar agora – respondeu Quíron. – O sr. D conseguiu convencer Ares a deixar que alguns campistas fossem à procura desse tal objeto, que ele nos recusou a dizer o que é. Então, ele nos deu um localizador para ajudar, mas...

– Se tem um localizador, por que ele mesmo não usa para ir atrás do objeto? – interrompeu Ana.

Mas, como eu ia dizer – disse Quíron, olhando de cara feia para ela –, ele não acredita que o localizador esteja funcionando bem, porque sofre muita interferência e toda hora informa um local diferente. Só que ele estava, sim, usando-o para ajudar. E não queiram saber que horrores ele fez para tentar achar esse objeto. Mas agora concordou com uma espécie de “trégua”. Vai parar de procurar, e de causar danos à sociedade, para deixar que vocês procurem.

– O deus da guerra concordando com uma trégua? – perguntei. – Isso não vai durar muito tempo, vai?

– Não, de fato não vai. – respondeu Quíron. – Ele deu o prazo de uma semana. Se vocês não acharem e o devolverem até lá, a trégua acaba, e ele vai ficar mais furioso do que antes. Por isso, se apressem, mas é claro, tomem muito cuidado.

Concordamos com a cabeça.

– E mais uma coisa – continuou ele. – Isso é uma coisa que eu sempre digo. Cuidado com a profecia. Não fiquem pensando nisso, não se prendam demais ao que ela informa. Nem sempre é aquilo que pensamos ser. Agora vão almoçar e se preparar.

Mal conseguimos comer direito, de tão nervosos que estávamos. Quíron nos desejou boa sorte e Argos nos levou até a cidade na van.

Percebi que ainda não tinha agradecido a Helo por ter me salvado.

Fui até ela, que não estava mais acorrentada a Marceline, enquanto os outros três estavam decidindo alguma coisa.

– Ei, Helo.

– Ah, oi Matt, diga – falou ela.

– Só queria te agradecer, sabe... – eu disse, meio envergonhado. – Sei que você usou seu poder para me curar. Obrigado mesmo, de verdade.

– Ah, não foi nada – disse ela.

– Foi sim, foi tudo. Você poderia ter morrido. Não precisava ter feito aquilo.

– E deixar você morrer? Claro que não. Você merece isso.

– Valeu, mesmo – sorri.

– Venha, vamos falar com os outros.

Fomos até onde Marceline, Peter e Ana estavam conversando. Marceline estava reclamando dos dias que teve que ficar presa a Helo.

Helo olhou torto para ela, mas fingiu não ter ouvido nada.

– Então, para onde vamos agora? – perguntei aos quatro.

Helo olhou o localizador.

– Aqui diz Texas – disse ela.

– Texas?? Mas isso é muito longe! – queixou-se Ana.

– Espera, tá mudando o lugar – disse Helô. – New Jersey agora.

– Ah, que ótimo! – reclamou Marceline. – Nunca vamos conseguir.

Pensei o mesmo. Isso vai ser difícil pra caramba...


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Grandes surpresas aguardam os 5 nessa missão, não percam nenhum capítulo! "Vejo" vocês no 15!