[Insira seu título aqui] escrita por Helo, William Groth, Matt the Robot, gomdrop, Ana Dapper


Capítulo 11
Passeio no céu


Notas iniciais do capítulo

Aqui é a Helo, vocês não vão acreditar no que aconteceu, demorei dois dias pra escrever o capítulo e ele sumiu! Então apareceu magicamente uns 20 minutos depois, quando eu já tinha chorado, gritado, me descabelado... é a vida. Mil tretas nessa fanfic, e com muito sofrimento... espero que gostem!



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Helo

– Lindo, agora Chicago – digo apontando para o sinalizador, que por sinal, era um objeto bem estranho. Era redondo e pequeno, do tamanho de uma maçã, talvez? Que seja! Tinha dois buraquinhos do tamanho de cabeças de fósforo, para que finalidade eu não sabia. Também tinha cinco agulhas parecidas com as de uma bússola e os locais apareciam em uma projeção como quando mandávamos mensagens de Íris, por exemplo, mostrando em um mapa o respectivo local. Ooh trequinho complicado, viu?

Sim, estávamos perdidos. Prós e contras giravam em minha cabeça como um enxame de abelhas quando alguém acerta sua colmeia, mas meu cérebro só conseguia ver o quão aquilo era insano e impossível.

– O que faremos? – perguntou Ana, até então quieta.

– Aaah! Depois de milênios de existência, era de se esperar que os deuses fossem mais sensatos, mas são infantis demais, sempre que aprontam sobra pra quem consertar as coisas? – disse Marceline revoltada, e pela primeira vez, tive de concordar com ela. – Nós, os semideuses!

Ribombaram trovões no céu.

– Marcy, não – repreendeu-a Peter quando ela abria a boca para dizer mais algo. Oh meus deuses, ela é a capitã sem noção, só pode!

– Aaah, mas os deuses são tão... – Marceline dizia antes de ser interrompida.

– Supremos, gostosos, purpurinados e dançam a Macarena como ninguém? Concordo – disse uma voz desconhecida atrás de nós.

Nos viramos cautelosamente, pensando que poderia ser algum monstro de espreita, mas por que motivo um monstro perderia tempo DEFENDENDO os deuses? Estranho... não tive muito tempo de pensar nisso, tudo o que vi quando me virei foi um adolescente de uns dezessete... dezoito anos, talvez? Que seja! Tinha um olhar malicioso e feições de elfo, me parecia familiar, mas não lembrava de onde teria visto aquela expressão.

– Lorde Hermes – disse Matt como sinal de respeito.

Aaah claro, seu rosto me era familiar por conta do chalé 11, se os filhos eram tão arteiros, imagina o pai? Céus!

– O que quer? – perguntei desconfiada. – Deuses só visitam semideuses se querem um favor.

– Ora, ora, eu só quero... ajudar – disse olhando para Marceline. – Já sabe que rumo tomar, não é, minha querida?

Marceline ficou mortalmente pálida e engoliu em seco. Só agora reparara as enormes olheiras manchando seu rosto, parece que diferente de mim, alguém dormira muito mal. Bem feito!

– O localizador tem cinco agulhas, que representam cinco lugares por onde o túnel se altera - disse Marceline séria.

– Como assim? – perguntou Peter totalmente confuso.

– Assim como o Olimpo, que muda de lugar através dos séculos, é o túnel. Ele se alterna entre cinco lugares diferentes.

– Então como o localizador muda tão rápido? – indagou Ana.

– Porque está quebrado, tudo o que precisam saber é que o túnel se alterna a cada 12 horas – disse Hermes impacientemente. - Agora está em Chicago. E “como vamos saber onde está o túnel se não chegarmos a Chicago a tempo?” – Fez imitação perfeita da voz de Ana, que fechou a cara. - Aí é com vocês. - Concluiu.

– Então é fácil, pegamos um voo... – eu dizia antes de ser interrompida.

– Isso não vai dar certo – disse Peter. – Filhos de Hades no território de Zeus...

– Tem uma ideia melhor? – desdenhei. Aaah, que peninha da Marcy!

– Ela tem razão – disse o deus. – Se forem por terra, nunca chegarão a tempo. Desculpem, mortinhos, não há outra maneira, vocês terão que correr o risco.

– Ok - disse Peter com cautela. – E Marcy... como sabe de tudo isso?

Ela hesitou antes de responder, talvez decidindo o que devia nos contar.

– Nada - respondeu.

– Sendo assim... – Hermes estalou os dedos, eu pisquei por um segundo, e quando abri os olhos estava dentro de um avião e, uuh, de primeira classe! Eu estava sentada do lado de Marcy (aargh!), Peter sentava com Ana e Matt estava do lado de um bonitão sarado. – Vocês deverão chegar em 2h e 30 min aproximadamente. Quando chegarem a Chicago, me façam um favorzinho...

– Estava demorando – disse Marceline desanimada.

– Entreguem isto à Tétis – disse entregando uma caixinha preta a Peter.

– Como vamos encontrá-la? - perguntou Matt.

– Não se preocupem, simplesmente vão a Chicago, e acredite, esse favor ajudará mais a vocês mesmos do que a mim – dizendo isso, ele estalou os dedos novamente e sumiu.

Estava fácil demais, mas de uma coisa eu sabia: não seria tão simples; se tratando de deuses, profecias e missões, nunca era.

Em alguma hora entre observar o Matt flertar com seu acompanhante, fitar Peter e Ana dormindo de mãos dadas e tentar sobreviver aos roncos de Marceline, peguei no sono.

Eu estava em um túnel escuro com os outros, mas não era como um túnel qualquer.. .era cheio de deformidades e armadilhas, onde eu tinha que enfrentar meu maior medo: o escuro.

Sei o que você está pensando: “Ai, que criancinha, tem medo do escuro, neném?” Mas não é dessa forma, quando se é filho de Apolo, tem que se conviver com a luz, isso explica também a fobia por lugares fechados, sem janelas... não há como explicar.

Vozes e sons indistinguíveis serpenteavam sobre o ar, então vi uma rajada luz tão forte... e abri os olhos.

Senti meu corpo flutuar do chão com uma garra na minha garganta pelo que pareceram horas, até que o monstro virou pó e eu caí no chão. Ouvi um estalo vindo do meu tornozelo e gritei de dor. Tentei mexer o pé, o que só resultou em mais um berro. No fundo eu via vários monstros que eu nunca havia visto, tinham a pele cinza e dois metros de altura, eram 3 ao todo. Ana cantava um feitiço, e Marceline, Peter e Matt estavam ocupados cada um com um dos monstros. E eu? Bem, eu simplesmente fiquei sentada ali tentando conter as lágrimas que teimavam em cair do meu rosto. Meu pé latejava. De que servia uma droga de poder de cura se eu não podia ME curar? Nenhum dos passageiros parecia notar o confronto, era imprevisível saber o que os mortais viam. “ Aterrissagem em 25 minutos”, disse a comissária de bordo.

Materializei meu arco, encaixei uma flecha de onde estava, caída mesmo, não podia ficar parada assistindo a luta. Puxei, segurei e soltei e BUM, uma flecha com destino ao umbigo do monstro. Achei que ele viraria pó, mas ele nem pareceu perceber seu novo piercing de ouro maciço, que charme!

Continuei disparando flechas e mais flechas, cada hora em um monstro, mas era em vão, eles nem pareciam notar seus ferimentos, e a cada minuto ficava mais difícil para os outros. Ana conseguira incendiar um, que em segundos era uma pilha de cinzas. Ufa, um a menos. Marcy e Ana correram para ajudar Matt e Peter, mas foi como se a gravidade tivesse sumido.

Agora rolávamos de um lado para o outro, enquanto os passageiros gritavam e corriam de um lado para o outro, então vi o piloto jogado no chão, imóvel.

“Vocês nunca conseguirão me deter, vocês são fracos, meros semideuses", ria uma voz fria e rouca.

Era correria para todos os lados. “Não entrem em pânico, repito: não entrem em pânico”, repetia a comissária sem parar. Apesar de estarmos caindo, isso servira de distração para os monstros.

Ooops, talvez não tivesse sido mesmo uma boa ideia trazer dois filhos de Hades para um passeio no céu. O avião se estabilizou, parou de cair e quando eu estava prestes a suspirar aliviada, sinto uma rajada de vento que sopra nós cinco para fora.

Via meus amigos “voando” cada um para um lado. Peter dera as mãos para Matt e gritava alguma coisa que não chegava até mim, então eles seguraram Marceline, fazendo meio que uma roda, e percebi o que eles queriam fazer. Se nos uníssemos, desaceleraríamos a queda. Ana estava desesperada, ela talvez pudesse entoar um cântico que nos tirasse dessa, mas ela não conseguia se acalmar, Matt mexia os lábios, com palavras que eu não compreendia.

Lá embaixo eu só enxergava um pontinho azul. Mas nos aproximávamos mais a todo instante. Conseguiram se aproximar de Ana e a inseriram em seu grupinho, e então gritavam para mim, eu não conseguia ouvi-los, mas sabia que eles me chamavam. Tentava planar com os braços para me aproximar ,mas não conseguia, o vento me puxava mais para longe, eu tentava novamente e novamente falhava. A superfície estava se aproximando cada vez mais. O desespero tomava conta de mim. 1O, 5 metros... fechei os olhos e esperei pela morte.

A única coisa que me lembro é de sentir um baque e meu corpo afundar.


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Notas finais do capítulo

PROMOÇÃO: nesse capítulo, você pode deixar reviews fazendo perguntas sobre os autores
Ex: Coca ou Pepsi? Tu gosta de paçoca? Qual o teu signo?
(PS.: menos sobre a história, porque nem nós sabemos o que vai acontecer, e deixem uma pergunta que todos os autores possam responder)



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