Artefatos Divinos -Interativa- escrita por Patrick Stark


Capítulo 2
A ultima chave para o despertar.


Notas iniciais do capítulo

Disseram pra não dizer que tá ruim, sacanagem quando não posso expressar minha opinião, mas enfim, aqui está o primeiro cap, digam o que acharam e se devo ou não continuar, tá meio fraco, mas irei melhorar a medida que me re-acostumo a escrever.



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Estávamos correndo já há um bom tempo, a vegetação rasteira tornava a subida ainda mais difícil, e o mau-humor de meu amigo não ajudava em nada.

–Vamos, vamos logo Ren, se não nos apressarmos ele nos encontrará.

–Só vai se lascar, tá bem? É sua culpa estarmos correndo dessa criatura! –Exclamou Ren de volta, impaciente. –E onde é esse lugar que você quer tanto ir?

O Ignorei e continuamos a correr enquanto ouvimos o barulho das árvores se partindo atrás de nós. Desviamos de algumas rochas e árvores no meio do caminho e logo encontramos o lugar que eu procurava. O seu topo não era em forma de cone, ou com rochas pontudas como de costume, era como se a ponta tivesse sido cortada fora, deixando-a totalmente plana e com poucas árvores. Uma perfeita arena para um combate.

–Ah, então era no topo que queria chegar? Seu idiota! Se era no topo, era só subir, como diabos você fez a gente se perder? – Ren balançou a cabeça negativamente, me encarando como se eu fosse o maior idiota do mundo, mas bem, talvez eu fosse.

Ren Yukima era meu parceiro a maioria das vezes, ele tinha cabelo curto preto e olhos de um castanho escuro, era mais alto que eu poucos centímetros, então tinha por volta dos 1, 85 de altura, sua pele morena brilhava em alguns pontos devido ao suor e o sol forte. Ele era, bem, digamos que ele não tem um porte físico de atleta, mas isso não o faz mais lento ou menos perigoso. Olhei pra ele sorrindo, dei de ombros e disse:

–Sei lá cara, a trilha não parecia muito segura então resolvi pegar um atalho floresta adentro. Não que eu conhecesse a área, mas sei lá, parecia um legal lugar pra ir e tal.

Ele com certeza iria me xingar se o nosso alvo não tivesse entrado com tudo na área de combate. Nossa missão atual era derrotar um Tengen, uma das bestas divinas, se o derrotássemos iriamos ganhar outro artefato divino, e era esse o nosso objetivo. Não estávamos muito animados para enfrentar a criatura, ela era um gorila enorme branco, com um rabo de escorpião negro e no lugar de mãos havia pinças extremamente afiadas.

–Olha, tá vendo? Você fez a gente correr em uma montanha, em um calor infernal, sabendo que odeio quando o dia está escaldante. Então se vira, vou ficar aqui sentado perto dessa árvore e vou me divertir vendo você se matar para vencê-lo, e ande rápido pois quero ir embora. –Após dizer isso Ren retirou sua jaqueta negra, estampada com flocos de neves desenhados de forma que pareciam shurikens assassinas de gelo, e sentou-se escorando em uma árvore.

–Vai deixar a diversão toda pra mim né? –Falei tentando provocá-lo, como ele fingiu não ter ouvido apenas olhei pro gorila e sorri e corri em sua direção.

Se fosse uma besta comum nem teria me dado o trabalho de sacar minha espada, mas não era o caso, teria de lutar a sério se quisesse voltar inteiro. Levei as mãos até a cintura e logo senti minha mão envolver o punho frio da espada, ouvi a lâmina acinzentada raspando em sua bainha enquanto a retirava e logo estava com ela na mão, uma espada cinza escuro, não havia fio defensivo na espada, ambos eram lados de corte, um era liso e extremamente afiado e o outro lado era totalmente serrilhado.

O tengen avançou em uma fúria cega e tentou me pegar com uma das mãos mas saltei para trás longe de seu alcance, porém quase que no mesmo estante ele lançou o corpo para o lado e tentou me atacar usando a calda, desviei a direção do ataque usando minha espada, e sem que desse qualquer tempo de reação tentei contra-atacar cortando seu rabo, mas a espada apenas ricocheteou me forçando a recuar.

Ren me olhou intrigado e repousou a mão em uma de suas espadas, preparando-se para caso de ter que entrar em ação, olhei para ele de volta e fiz “não” com a cabeça, eu dava conta desse sozinho. Corri em sua direção, ficando frente a frente com ele, parei e acenei para irritá-lo e infelizmente, eu consegui. No momento em que me viu ele atacou pinçada após pinçada, me pressionando me fazendo recuar, se pulava ele tentava me acertar com a calda e se eu ficasse só indo para trás uma hora chegaríamos a extremidade da montanha e ai meu amigo, ou eu era acertado por ele, ou encarava uma queda montanha abaixo. Ele era mais rápido, maior e muito mais forte que eu, não havia outra opção se não lutar de frente, e por isso fiz uma loucura, parei e o deixei me acertar, o primeiro golpe foi com a mão direita da qual desviei indo para o lado, mas a segunda me acertou em cheio, pouco a cima do cotovelo, sua pinça mortalmente afiada se fechou pegando meu braço esquerdo.

Sorri quando vi a expressão confusa no rosto do tengen, olhei para a manga de meu sobretudo que agora estava rasgado devido ao golpe, e logo depois suspirei e disse entredentes:

–Isso dói, maldito. –Após falar isso, a besta atacou o mesmo braço usando a outra pinça, como se o problema em questão fosse a pinça em seu braço esquerdo e não o braço.

Eu teria perdido um braço nesse descuido se não fosse pela meu artefato divino, o “Bracelete de Gleipnir”, ele normalmente tem o formato de um bracelete negro com desenhos dourados de correntes e de um lobo, mas quando ativado, torna-se uma espécie atadura que envolvia totalmente o meu braço, como se fosse uma segunda pele, era uma defesa absoluta, seja lá o que o atingisse não causava dano algum.

Aproveitando que ele estava com ambas as mãos ocupadas tentando inutilmente cortar meu braço, eu o ataquei com toda minha força na parte peluda de seu braço tentando cortá-lo fora. A besta soltou um rugido de dor horrível, o corte foi profundo, mas não o suficiente para arrancar-lhe a pinça, e antes dele poder reagir girei a espada e o ataquei com o lado serrilhado, puxando com força, desprendendo a pinça de seu braço. A criatura berrou se revirando de dor, havia sangue por todo meu corpo, e ao redor da besta que ainda girava balançando o braço mutilado sujando a terra com sangue negro. Chutei sua mão-pinça para longe e limpei o sangue do rosto, corri em sua direção apertando o punho da espada com força.

A criatura me olhou com puro ódio, e ergueu a calda, desferindo um ataque em minha direção, mas dessa vez não desviei, não fugi, nem nada disso, fui para frente e dei um soco na mesma direção da calda. Meu punho e sua calda se chocaram e houve um barulho como algo se partindo, seguido de outro berro de dor.

–Quando vai aprender, nada, absolutamente nada é mais resistente que o Gleipnir.

O sol já estava quase se pondo, tinha que terminar logo com aquilo, estava demorando muito pra mata-lo. Saltei para o lado poucos segundos antes da pinça que restou se fechar entorno do vento, rodopiei e acertei com uma estocada seu braço ferido, a espada entrando, abrindo caminho entre a carne e depois puxei rasgando tudo pelo caminho. O tengen se ajoelhou segurando com cuidado seu braço ferido. Balancei a cabeça, saltei em direção a sua cabeça e dei um soco em sua cara, ele cambaleou para trás e rugiu. Saltei novamente, segurando o topo de sua cabeça e desferi o golpe final, minha espada entrou em sua boca e saiu pelo outro lado, não saiu sangue, não houve gemido de dor, nada além de o leve som de areia sendo levado pelo vento, a criatura se foi e no seu lugar havia um anel negro com uma pedra em forma de caveira vermelha como sangue, o peguei e coloquei no bolso. Dei um golpe no ar para tirar o excesso de sangue da espada e a coloquei apoiada em meu ombro, sorri e disse:

–Agora sim, podemos ir em bora.


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Notas finais do capítulo

Digam o que acharam, comentem qualquer erro de português ou dica, agradeceria muito, então continuou?