Artefatos Divinos -Interativa- escrita por Patrick Stark


Capítulo 3
A guilda.


Notas iniciais do capítulo

Bem, primeiro cap de 2014, infelizmente esse cap está monótono e é mais explicativo, portanto tenham paciência :v, enfim, boa leitura e espero que gostem.



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Estávamos a poucos metros de nossa “casa”, uma taberna chamada de O Osso do Dragão, era uma enorme construção de madeira branca com grandes estacas em chamas rodeando-a proporcionando luz naquele local escuro e desolado, era uma construção bonita com uma grande porta dupla de madeira bem polida, decorada com símbolos e imagens de machados, espadas e outras coisas do tipo, mas entre tudo, o que mais chamava a atenção era o telhado, nele havia o esqueleto de um dragão exageradamente grande e eram os espaços entre suas costelas que dava lugar pra o telhado em si e no temível crânio da besta que se encontrava os dizeres com o nome da taberna, escritos em vermelho sangue sobre o branco do osso.

De longe já ouvíamos os gritos e as risadas juntamente com uma leve e baixa musica. Empurramos sem dificuldade o portão de madeira e logo o cheiro de cerveja barata nos atingiu com força, deixando-me meio tonto. Andei apressado, odiava aquele lugar, cheio de gente despreocupada e bêbada, odiava o som das risadas histéricas sem motivo e principalmente o cheiro de fumo e bebida. Em poucos passos chegamos na parte de trás da taverna, ali havia uma pequena e esquecida porta, atrás de um armário velho, apenas os “escolhidos” tinham a chave dela ou sabiam da sua existência. Assim que abrimos a porta com um rangido choroso demos de cara com um corredor parcialmente escuro e mais a frente havia uma escada que nos levava para o andar de baixo. Olhei ao nosso redor, tochas acesas iluminavam o caminho escada a baixo, em pouco tempo já se ouvia múrmuros ecoando pelo corredor apertado, estávamos a poucos degraus da nossa “guilda”. Espreguicei-me e falei um pouco alto:

–Cara, tenho uma preguiça tão grande de descer essas escadas...

–Próxima vez Ren, chute-o lá de cima e o faça descer rolando. –Gritou ironicamente uma voz que conhecia muito bem.

–“Rolando”, –Repeti ainda rindo. –Se fosse pra alguém rolar seria o Ren, não acha Sophia?

Ren me empurrou para frente murmurando algo como “cala a boca idiota” apesar de também estar rindo, o impulso me fez tropeçar, quase cair e quando levantei novamente o rosto estava de frente a uma porta dupla de ferro escancaradamente aberta, dois homens vestidos em armaduras estavam com espadas em punho, mas ao ver nossos rostos familiares relaxaram e saíram da frente para que nós entrássemos.

Sophia nos olhou de cima a baixo com seus olhos verde-água como sempre fazia, tentando ver se havia algo diferente ou se éramos mesmo nós dois. Não me incomodava com aquilo, não é como se ela suspeitasse, era mais costume, Sophia Mornegstain era bonita e tinha cerca de uns 19 anos e desde sempre fora cautelosa. Seus longos cabelos, sua jaqueta, assim como o short e as botas, eram todos negros, o que contrastava com sua pele muito branca. Um arco pendeu de seu ombro quando ela retirou de dentro do seu casaco o seu colar em forma de lua. Sempre que alguém voltava de missão tinha que responder suas perguntas, seu artefato divino era o Colar da Verdade, se alguém mentisse quando seu poder estivesse ativado Sophia saberia na mesma hora. Era assim que sabíamos se alguém estava tentando ficar com o artefato só pra si antes de passar na inspeção, mas isso era só se a missão fosse dada pela guilda, caso encontrasse um tengen por si mesmo, não havia necessidade disso.

Contamos a ela todos os detalhes, desde nossa saída até o momento atual, como não mentimos Sophia nos deixou entrar sem mais problemas e logo voltou ao seu posto de vigia enquanto falava com outras garotas. Olhei ao redor do salão, todo o piso era feito de mármore negro, enormes mesas retangulares estavam distribuídas em fileiras, eram cerca de 7 mesas, cada mesa com mais de 15 pessoas, as paredes rochosas eram repletas de tochas que eram a fonte de iluminação do local, a esquerda havia os dormitórios temporários e ao lado deles havia o bar e a cozinha, na direita havia o caminho para o centro de treinamento e a forja, na frente havia uma larga escada onde se encontravam os portões para a salão da mestra da guilda, e embaixo dessa escada havia um salão de entretenimento e lazer onde ficava a biblioteca entre outras coisas. Gostava dali, me sentia em casa, embora mal conhecesse ou soubesse o nome da grande maioria das pessoas que frequentavam o lugar, havia pessoa de todas as idades, mas era mais comum ver gente de 12 a 20 anos, a maioria órfã devido ao acontecimento de 10 anos atrás e as criaturas que deles surgiram, todos eram tegamis iniciados ou arcanos em busca de poder, e entre eles haviam garotos como nós, que éramos uma espécie de família, sendo a mestra a nossa mãe.

–Finalmente voltou ein Mike? –Gritou Matthew Hamlet, um dos meus melhores amigos, era o típico garoto que fazia as garotas murmurarem “ele é lindo”, ou coisa do tipo, tinha olhos azuis, mas as vezes pareciam cinza, tinha cabelo acaju curto e desgrenhado, uma pele clara e muito sensível, sua cicatriz que ia da metade do seu nariz até a ponta da orelha era uma das coisas que mais se destacavam.

–Ei Mat, olha o que eu consegui! –Exclamei, jogando o anel para cima e o pegando com a mão novamente.

–Ouo, esse é bonito cara. –Disse Mat exibindo seu sorriso característico. –Deu certo?

Balancei a cabeça negativamente. Mesmo se você conseguir um artefato não quer dizer que você poderá usá-lo, o artefato tem que ter uma ligação com você, te aceitar como mestre, caso contrário não passara de um objeto comum. Existem três maneiras de você conseguir um artefato, primeiro: Matar um tengen e adquirir o artefato e o mesmo te aceitando como mestre e usuário; segundo: As guildas. Elas são, basicamente um ponto de troca e em algumas, as mais poderosas como a minha, você além de poder trocar um artefato você ganha dicas, e locais, até missões para achar esses monstros mais facilmente; e a terceira: Em lojas, sim, haviam lojas que vendiam artefatos, era assim que muitos tegamis ou arcanos conseguiam viver, vendendo os artefatos que conseguiam para as lojas. Mas mesmo com tudo isso sempre havia um, porém, o artefato pode não te querer como mestre e por isso, mesmo se você trocar o artefato pode ser que você não consiga usá-lo, quando isso acontece a guilda fica te devendo um artefato ou te paga em dinheiro ou armamento, e o pior de tudo, o poder não é garantido, ou seja, você pode estar trocando um artefato que poderia, por exemplo, destruir tudo com um toque e em seu lugar pegar um que, por exemplo... Sei lá, faça os biscoitos ficarem mais crocantes?

–Falando assim parece até que se esqueceu da minha sorte, ou melhor, da falta dela. –Continuou Ren, brincando. –Com a sorte que tenho não sei nem como ainda estou vivo, muito menos como consegui esse artefato. Além do mais, não é bom ter muitos artefatos, o máximo que já conseguiram usar foi 7, e só os 3 reis lendários conseguiram essa proeza e pelo que ouvi falar, hoje em dia o que máximo que alguém consegue suportar, sem ser consumido, é três.

–Ah, já ia me esquecendo, a mestra quer falar com a gente, pessoalmente. –Disse Matt sorrindo. –Então, não vamos deixa-la esperando, né?

Um calafrio percorreu minha espinha e fez os pelos da minha nuca eriçarem, se ela queria falar com a gente pessoalmente algo bom não era, significava problema e dos grandes. Suspirei demoradamente, me espreguicei e fiz um leve aquecimento, acenei com a cabeça para Matt, olhei para o Ren e juntos subimos a escada para ir ao encontro da mestra da guilda, no final da escada havia uma porta de ferro igual a da entrada, só que mais pesada e selada com magia, mas no momento estava destrancada. Coloquei a mão no ferro frio, ainda sentia a pulsação de magia vindo da porta, respirei pesadamente, e a abri com um empurrão.

–Finalmente, meus últimos peões chegaram, sentem-se garotos. –Disse a mestra em um tom sombrio, sua voz era decidida e implacável. –Sugiro que prestem atenção, pois amanhã iremos atacar a Darkus Grimmer, a guilda de assassinos e ladrões que tanto nos atormentam, eles roubaram minha preciosa joia, está na hora de roubarmos suas vidas.


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Notas finais do capítulo

Provavelmente ficou meio bagunçado e ainda deve ter alguns errinhos de português, qualquer duvida ou algo que não ficou bem esclarecido me avise que explicarei respondendo o comentário ou mensagem e explicarei no próximo capitulo, obrigado por lerem. Ah, fic muito boa de uma amiga minha, também é interativa e acabou de começar se quiser ler/participar... http://fanfiction.com.br/historia/456896/O_Ultimo_Apocalipse_-_Interativa/