Everything Can Change escrita por Isa Pevensie Jackson


Capítulo 9
Uma longa viagem


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários, seus lindos. Acho que as perguntas vão ser respondidas logo. Taí um novo capítulo. Beijocas!
Pov da Estela!



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E agora? Como eu pude deixar isso acontecer? Ah, lembrei. Me aproximando cada vez mais dele. Não acredito que corria o risco de passar por tudo aquilo de novo. Explicando: foi a uns dois ou três anos atrás. Na minha escola havia um garoto chamado Stefan. Seu jeito desleixado e ousado chamava a minha atenção. Eu o achava lindo, com seus olhos claros, pele morena e cabelo preto. Então ele começou a ser doce comigo. Me levava para vários lugares lindos.

Mas então começamos a freqüentar festas mais agitadas, por assim dizer. Rolava de tudo, até mesmo drogas. E foram nessas festas que os meus problemas começaram. Stefan me oferecia drogas e eu as usava. Bebia muito, principalmente vodka. Mas eu não ligava. Na minha cabeça, tudo isso valia a pena, porque o Stefan me amava. Porém em uma dessas festas, enquanto fumávamos com um grupo qualquer ai, o Stefan sumiu de repente. Entrei na casa onde acontecia a festa. Nada dele na sala. Subi as escadas e ouvi gemidos vindos de um dos quartos. Quando vi quem era, senti minhas pernas fraquejarem. Stefan e uma outra menina loira transavam loucamente. Todo o meu mundo caiu. Desde aquele dia o Stefan nunca mais olhou na minha cara. Ficava pra cima e pra baixo com a menina loira. Sorte minha, que, mesmo eu tendo deixado o Ben, o Paul e a Mikayla de lado, eles me acolheram e me ajudaram a dar a volta por cima.

E era por isso que eu morria de medo de me apaixonar novamente. Peraí. Eu estava apaixonada pelo Pevensie? Sim. Quer dizer não. Quer dizer... Argh! Mas que merda de confusão. Eu precisava de um tempo e de distância do Pedro para pôr meus sentimentos sob controle novamente. É, isso mesmo. Se eu não fizesse isso, talvez eu não conseguisse pensar com clareza. Bom, o fato era: alguma coisa eu sentia por ele e eu precisava descobrir o que fazer com esse sentimento. Resolvi dormir logo, porque senão eu ia ficar louca.

– ~-

Acordei com o despertador e logo levantei para fazer minha higiene pessoal. Me vesti ( roupa da Estela:http://www.polyvore.com/cgi/set?id=112539575&.locale=pt-br ) e desci para tomar café. Encontrei meu pai sentado à mesa falando ao telefone. Sentei-me de frente para ele e comecei a tomar meu suco de laranja. Ah, acho melhor falar um pouco sobre o meu pai. Seu nome é Arthur Phillp Cambridge. Ele é dono da empresa de turismo Viagens dos Deuses. Tem cabelos pretos, levemente grisalhos, olhos verdes iguais aos meus, e um sorriso que sempre passava a impressão de que ele estava aprontando alguma. Ele virou-se pra mim e falou:

– Estela, minha filha. Tenho uma proposta pra você.

– Proposta? O que é pai?

– Quero saber se você gostaria de ir comigo para Las Vegas, ou prefere ficar em casa sozinha?

Pensei um pouco no assunto. Em circunstâncias normais, eu escolheria ficar sozinha em casa e daria uma festa. Mas, infelizmente, não era bem assim. Eu sempre quis conhecer Las Vegas. Queria também passar um tempo com o meu pai. E ainda tinha o lance com o Pedro...

– Vou com você pra Las Vegas, pai.

– Que ótimo minha filha. – ele falou sorrindo – Vai funcionar assim: vamos amanhã cedo e ficaremos na nossa casa. Voltaremos só domingo. Durante o dia podemos passear e conhecer a cidade. A noite, acontecerão as festas de premiações, motivo da nossa viagem. Você será minha acompanhante em todas. Tudo bem pra você, minha Estrela Dalva?

– Claro pai. Eu nunca fui muito fã de ir em festas chiques como essa, mas.... Vai ser bom pra mim. Vou estar com você então, não será monótono.

– Esplêndido Estela! Hoje a tarde, Vera vai sair com você para escolher os vestidos para as festas. Quando sair da escola, venha para a casa, arrume suas malas, e, logo depois pode ir para o shopping com a Vera.

– Quem é Vera? – perguntei erguendo uma sobrancelha

Meu pai riu – É a minha assistente, filha.

– Ah. – respondi sem graça. Olhei o relógio. – Caralho! – meu pai olhou feio para mim – Desculpa pai. Eu to atrasada. Tenho que ir. Beijos pai!

E sai correndo. Dei a partida no meu carro e sai cantando pneus. Dirigi rápido até a escola e entrei no estacionamento no instante que o sinal tocava. Merda. Eu odiava me atrasar. Tranquei o carro e sai correndo para o prédio. Parei na frente da porta da sala. Cinco minutos atrasada. Hum. Não era TÃO ruim assim. Bati na porta e o professor Órios abriu.

– Ora, ora. Então resolveu finalmente se juntar a nós, Srta. Cambridge.

– Desculpe professor. Tive que resolver um assunto com o meu pai, e acabei me atrasando um pouco. Não vai se repetir.

– Tudo bem. Entre e vá para o seu lugar.

Todos os olhares se voltaram para mim. Apenas um me incomodou. Acho que não preciso dizer de quem era. Quando sentei na cadeira, ELE me cumprimentou, eu apenas respondi educadamente e em seguida o ignorei. Continuei fazendo isso pelo resto da manhã. Eu sabia que talvez o estivesse magoando, mas eu não podia evitar. Enquanto minha cabeça ameaçasse explodir de tanta confusão, eu não tinha condições de falar com ele.

No intervalo eu fui falar com a Susana. Ela estava sentada na mesa sozinha, fuzilando alguém com o olhar. Sentei-me ao seu lado.

– Oi Su. O que houve? Cadê o Caspian?

– Oi Estela. – respondeu desanimada – O Caspian, encontrou uma “ velha amiga”.

Olhei na direção que ela apontava, e mal pude acreditar na minha falta de sorte. Caspian conversava com uma menina de cabelos pretos, com mechas estilo californiana. Suas roupas eram curtas e justas. Eu a conhecia. Era Liliandil James. Ela estudou comigo e foi responsável pela separação de dois dos meus melhores amigos. O Paul e a Mikayla. Diversas vezes nós duas fomos para a detenção por brigar no pátio da escola. Se eu a odiava? Com certeza.

– Ah não. Ela não.

– Você conhece essa biscate, Estela?

– Infelizmente sim. Ela estudava na minha escola em Londres. Ela separou meus amigos, o Paul e a Mikayla. Um dia eu apresento vocês.

– Ah. Bom, eu não vou bancar a descontrolada. Se continuar assim, eu termino com ele.

– Você que sabe. Mas, mudando de assunto, eu vou pra Las Vegas amanhã, acredita?

– Sério? – assenti – Sua vaca! Não vai me levar, Né?

– Desculpa. Dessa vez não. Vou acompanhar o meu pai em algumas festas de premiação. Só volto domingo.

– Meu Deus! Que amiga importante que eu tenho! Que orgulho!

– Ai Susana, para vai. Ah, quer vir comigo e com a assistente do meu pai pra me ajudar a escolher os vestidos?

– Quero. Porque você sozinha não ia conseguir escolher vestidos realmente bonitos.

– Ei! Consigo sim, ta?

– Tá bom. Você me manda mensagem quando estiver saindo?

– Sim, eu mando.

– ~-

Cheguei em casa e fui direto arrumar minhas malas. Coloquei minhas roupas favoritas, além de algumas jóias e etc. Quando fiquei pronta, a Vera já estava esperando, então mandei a mensagem pra Susana. Em cinco minutos ela estava na porta da minha casa. Saímos e fomos para o shopping mais chique da cidade. Vera nos guiou até a loja que, de acordo com ela, fazia vestidos ideais para a ocasião que nós procurávamos. Eu perdia conta de quantos eu provei. E por fim, conseguimos escolher quatro. ( vestidos: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=112541153&.locale=pt-br) Então deixamos a Vera em seu prédio e seguimos para a casa. Me despedi de Susana e entrei, exausta.

Com a roupa que eu estava, me joguei na cama, e logo adormeci. Péssima idéia. O sonho que eu tive só conseguiu me cansar mais ainda. Nele eu corria na chuva, por incrível que pareça, estava na pista de um aeroporto. Pedro estava embarcando em um avião. Gritei seu nome. Ele se virou para mim, e em seus olhos havia raiva, desprezo, e um resquício de tristeza. Então ele falou:

– Não adianta mais, Estela. Devia ter pensado melhor antes de mentir para mim. Como pude acreditar que você me amava? Você é desprezível. Odeio você.

E entrou no avião. Eu caí no chão, com as mãos na cabeça, chorando desesperadamente. Então eu acordei.

O resto do dia eu fiz tudo no piloto automático. Quando dei por mim, já estava na nossa casa em Las Vegas, e o meu pai me chamava para eu ir para o salão de beleza, me arrumar para a primeira festa. O salão era luxuoso. Assim que entrei, três caras gays vieram cuidar de mim. Se apresentaram como Ricardo, Paulo e André. Certo.Fui obrigada a tomar uns três banhos e passar uma série de produtos hidratantes. Depois de umas três ou quatro horas, eu estava pronta. ( look da Estela : http://www.polyvore.com/cgi/set?id=112541990&.locale=pt-br )

Fomos eu e meu pai de limusine para o local da festa. Não vou submeter você a detalhes. Uma palavra. Chato. Um monte de gente falsa conversando. O prêmio de satisfação, que era o dessa noite, meu pai ganhou.

Voltamos para a casa e eu fui logo me aprontar para dormir. Me deitei e chequei o celular. Uma mensagem. Era do Pedro.

Então você foi pra Las Vegas? Eu entendi o motivo. Mas quero que saiba que não fiquei chateado nem nada disso. Só to com saudade. Estranho? Eu sei que é. Espero que pense “naquilo” ai. Beijos, do seu herói. Haha. – P

Awn. Assim você me sufoca de fofura, Superman. Que bom que você entende. Eu também estou com saudade. Beijos, da sua tentação. Haha. – E

Sinceramente? Quando li essa mensagem eu tive certeza. Eu estava completamente apaixonada pelo idiota, energúmeno, chato, irritante, lindo, gostoso, perfeito do Pedro Pevensie. É, vai ser uma longa viagem.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Esse ficou bem mais longo. Mas acho que ficou bom. O que acham?



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