Everything Can Change escrita por Isa Pevensie Jackson


Capítulo 8
E agora?


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!! Voltei!!
Queria aproveitar e pedir se alguem poderia fazer uma capa para a fic. Se puder, comente.
Então aí está um novo cap. Beijinhos!
Pov do Pedro!



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Domingo à noite chegou mais rápido do que eu gostaria. Pensava nisso enquanto estava largado no sofá da sala, olhando pro nada. Estava preocupado e carrancudo. O motivo? Eu havia me aproximado da Estela, mas não sabia se isso iria fazer com que eu perdesse o respeito do pessoal da escola. Ou seja, teria de escolher entre minha amizade com ela e a minha popularidade. Para pessoas que tem um relacionamento normal com os colegas de escola, pode parecer uma escolha óbvia. Porém, não pra quem já foi humilhado. Ótimo. Agora deve achar que eu estou ficando louco. Mas não estou. Explicando: estávamos na oitava série. Na minha turma havia uma menina chamada Kayla. Kayla Morgans. Ela era muito bonita. Dona de olhos azuis escuros e cabelos pretos ondulados, corpo escultural, era desejada por todos os garotos da sala. Eu era o excluído da sala. Começou como aquelas histórias clichês, que o/a popular se apaixona pelo/a excluído. Ela disse que gostava de mim e começamos a namorar. Eu tentava ser o namorado perfeito. Mas então toda essa ilusão foi desfeita. Ela revelou, na frente da escola inteira que o nosso relacionamento só aconteceu porque ela tinha feito uma aposta, que nunca se enteressaria por alguém como eu e preferia um garoto como Brian O´Conner (popular na época ). Depois disso eu virei um completo canalha, comecei a cuidar do meu corpo, malhando todo o dia e também entrei pro time de basquete. Foi graças a tudo isso que eu conquistei a minha reputação.

Mas eu não podia comparar a Estela com a Kayla. Estela era completamente diferente. Era mais sincera. Dava mais valor a amizades verdadeiras. E era exatamente esse fato que tornava a decisão mais difícil. Decidi pedir um conselho para a Susana, que por um milagre estava em casa. Bati na porta do seu quarto.

– Entra! - ela gritou lá de dentro

– Oi Su. Eu preciso de um conselho.

– Senta aí. - ela apontou um lugar ao seu lado na cama. - Agora fala. O que é tão grave a ponto de fazer você vir pedir um conselho pra mim?

– Eu preciso tomar uma decisão. Entre a minha popularidade e a minha amizade com a Estela.

– Ai Senhor! Dai-me paciência. - ela respirou fundo - Eu não acredito que você tem dúvida quanto a isso. A sua amizade com a Estela, é claro.

– Mas... E se me humilharem de novo? Como aquela vez.

– Não vão. Porque você conseguiu o respeito da escola. Você e a Estela. Dane-se aquele bando de metidos da escola. Você terá a Estela, eu, o Caspian. Vai ser tão ruim?

– Não. Você tem razão. Obrigada Susie! - agradeci, dando um beijo na sua bochecha.

Susana resmungou mais alguma coisa, mas eu não ouvi porque já estava correndo pro meu quarto. Entrei e me joguei na cama, sorrindo como um retardado. Logo meu celular vibrou. Era uma mensagem da Estela.

– Ei Superman, rola uma carona pra escola amanhã. Meu pai pegou o meu carro. _E

– Claro Nuttela. Q hrs? _P

– Passo ai as 6:45. Bjs honey. Boa noite. _ E

– Bjs. Boa noite. _ P

–~-

Acordei antes do meu despertador tocar, o que era incomum pra mim. Levantei e fiz minha higiene matinal. Depois olhei o horário no celular : 6:15. Car, eu nunca levantei tão cedo! Por que eu estava ansioso? Ah é. Eu iria enfrentar novamente os olhares enxeridos da escola inteira. Mas dessa vez seria diferente. Eu não ia deixar nenhum filho da p* me rebaixar.

Resolvi descer logo, e encontrei Susana e Caspian abraçados no sofá, cochichando. Argh. Desde que começaram a namorar, no dia da festa, eles estavam tão doces um com o outro que até dava diabete. Caminhei até a cozinha e peguei uma maçã. Assim que terminei de comê-la, a campainha tocou. Fui atendê-la. Abri a porta e dei de cara com a Estela. (roupa: http://www.polyvore.com/cgi/app) Estava linda. Como sempre, aliás. Ela estalou os dedos na minha frente e riu.

– Eu sei que eu sou linda pra caralho, mas eu estou meio cansada de ficar aqui fora. Posso entrar?

– Pode. E eu não disse nada sobre você ser "linda pra caralho".

– Se eu não fosse, você não estaria ai, quase babando. - retrucou, entrando em seguida. Ela viu a cena na sala - Eu sei que vocês dois se amam e tal, mas tanta doçura causa diabete, sabiam?

Susana, sendo a pessoa madura que era, mostrou-lhe a língua. Eu ri e troquei um soquinho com a Estela. Então chamei:

– Vambora cambada?

– Vamos. - responderam em uníssono

Entramos no meu carro e fomos até a escola ao som de ACDC.. Chegando lá, todos os olhares se voltaram para nós. Eu fui andando calmamente com a Estela ao meu lado. Ríamos e conversávamos sobre os times da escola. Logo, Jacqueline McLean se aproximou e perguntou:

– Será que poderiam me dizer o motivo dessa aroximação relâmpago?

– Não é da sua conta, sua jornalistazinha barata. - respondeu Estela irritada.

– Ei, ei. Calma Estela. Só estou perguntando o que a escola inteira quer saber, afinal é o meu trabalho.

– Seu trabalho garota, é colocar na merda do ssu jornal, informções realmente relevantes. E não fofocas sobre os alunos. Sua atitude e seu jornal são desprezíveis.

E me puxou em direção ao prédio da escola, deixando pra trás uma Jacqueline boquiaberta. Eu sussurrei um "obrigado" no seu ouvido e ela se arrepiou. Eu sorri, satisfeito.

Entramos na sala e fomos para a nossa mesa, já que o Caspian teimou que queria sentar com a Susana. Conversamos até o professor chegar. O resto da manhã foi entediante. E o resto da tarde também, já que tive que me despedir dos meus irmãos Lúcia e Edmundo, que iam pra Nova York.

Voltei pra casa, depois de ir ao aeroporto, me despedir deles, completamente irritado. Então decidi ir visitar a Estela, já que a sua presença me acalmava. Atravesei a cerca viva que separava nossas casas e a vi pulando na piscina. Sentei na borda e esperei ela voltar pra cima.

– Isso é tecnicamente invasão de domicílio, sabia? - acusou

– Sabia. - respondi simplesmente

– Que bom que sabe. Entra aí. - chamou

Tirei minha blusa e Estela encarou me corpo. Sorri, sacana e ela desviou o olhar. Pulei na piscina ao seu lado. Ficamos brincando na água, como duas crianças. Só então percebemos que estávamos a uma distância perigosa. Eu olhei em seus olhos verde-mar e vi que ela encarava a minha boca. Acabei com a distância, selando nossos lábios. Pedi passagem com a língua e ela cedeu. Seus lábios tinham gosto de chocolate e nossas línguas se enroscavam, numa batalha que eu sabia que não teria um vencedor. Meus braços rodeavam sua cintura e suas mãos puxavam-me mais pra ela. Eu teria ficado assim pra sempre, mas o ar se fez necessário. Nos separamos, ofegantes.

Ela me encarou e eu pude ver em seus olhos a mesma dúvida que agora dominava a minha mente: e agora?


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