Everything Can Change escrita por Isa Pevensie Jackson


Capítulo 10
Minha tentação


Notas iniciais do capítulo

Pov do Pedro!
Ah, não esqueçam os comentários



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Cinco dias. Esse foi o tempo que a Estela ficou em Las Vegas, também conhecido como o tempo mais angustiante da minha vida. Na momento que eu soube que ela havia ido pra lá, eu me toquei que estava perdidamente, incondicionalmente, loucamente, completamente apaixonado pela Estela. Não suportava saber que ela estava longe de mim.

Mas, eu estava dando o meu jeito de fazê-la pensar em mim. Todas as noites eu mandava mensagens para ela, e fazia questão de deixar claro que sentia sua falta. A cada resposta sua que continha um “ também estou com saudades” fazia com minhas esperanças aumentassem em um milhão de vezes. Mesmo assim eu estava surtando ( uau, que gay ). Tinha plena consciência que não era só eu que a achava maravilhosa. Como eu sabia? Fácil. Ela postava várias fotos antes das festas, e mais da metade das curtidas que recebia, eram de garotos.Só que isso era um problema momentâneo. Logo, logo ( se dependesse de mim ), eu ia poder gritar ELA É MINHA! CHUPA SOCIEDADE! Eu vou me declarar pra ela hoje. Já planejei tudo.

Olhei a hora pela 4878539539 vez na tarde. Eram 15:30. Mas que porra! O vôo dela só chegava às 16:45. Porque o tempo não passava? Lembrei que ainda não tinha comprado o “presente” que eu queria dar pra ela. Droga! Ainda tinha que ir ao mercado e torcer pra que lá tivesse o que eu queria. Fui avisar a Susana e perguntar se ela queria ir junto ( preferia que não, mas ela é melhor amiga da Estela ). Bati na porta do seu quarto e ouvi um “entra”, vindo de lá.

– Su? Só vim perguntar se você quer... Porque ta chorando?

– Não to chorando, Pedro. Me deixa em paz.

Ergui uma sobrancelha. Eram visíveis as lágrimas em seu rosto. Além disso, ela soluçava. Nem precisei perguntar o motivo. Estela havia me contado que estava preocupada com a Susana, porque o Caspian não dava mais tanta atenção à ela por causa da Liliandil. Ela me falou que a Vadia Júnior, como ela chamava, adorava fazer isso: separar os casais. E o fato de o Caspian ter sido amigo dela só facilitava as coisas.

– Ei, eu sou seu irmão. Me preocupo com você. – falei e ela me olhou – Eu sei que você ta assim por causa do idiota do Caspian. Mas não fica triste. Eu sei que ele é apaixonado por você e que ele só ta andando com a Liliandil porque ela acabou de voltar. Daqui a pouco ele cansa dela.

– Vo...Você acha? – assenti – Mas ela é tão segura, tem um corpo de dar inveja, é tão bonita e...

– Shh. Nada disso. Ela não é mais bonita que você. E o que ela faz não é ser segura, é se achar “a gostosa”, mas isso não faz um garoto gostar dela. O Caspian ainda é louco por você.

– Obrigado Pedro. Por me ajudar. Agora vai.Eu sei o que você vai fazer. Boa idéia, aliás.

– Você acha? – ela assentiu – Então ta. Você quer vir?

– Não, não. Não vou atrapalhar você. Só faça ela feliz, ta legal? Ela merece, depois de tudo o que passou.

– O que ela passou?

– Quando ela quiser ela te conta. Agora vai.

Sorri e acenei para ela, saindo em seguida. Fiquei preocupado. O que será que aconteceu no passado da Estela de tão grave? Deixei pra lá. Ela ia me contar quando estivesse pronta. Dirigi calmamente até o mercado e achei o que eu queria. A moça do caixa me olhou como se eu fosse louco, quando mandei embrulhar. E, como eu não passo um dia sem uma desgraça, a fila pra pagar era enorme. Demorei uma meia hora lá. Merda. O aeroporto era do outro lado da cidade. Ia demorar pra eu chegar. Que ótimo. Acelerei o carro. Que azar da porra! Todas as sinaleiras fechadas? Qual é. Era pedir demais um pouco de sorte hoje? Entrei no estacionamento do aeroporto a 100km/h e quase atropelei o guardinha, que me xingou. Passei correndo pelo saguão e derrubei o pacote de uma senhora, que me xingou de palavrões inapropriados para menores de 100 anos. Perdi 50 dólares, pois tive que pagar o pacote dela. Parei na frente da sala de desembarque, ofegante. Então os passageiros começaram a sair. Logo ELA apareceu.

Estava maravilhosa. (roupa da Estela : http://www.polyvore.com/cgi/set?id=112543004&.locale=pt-br ) Seu sorriso ficou ainda maior ao me ver. Ela largou as malas e veio correndo, mesmo estando de salto, ao meu encontro. Só que ela tropeçou no meio do caminho. Sorte de eu consegui segurá-la a tempo. Abracei-a forte.

– Sorte que eu tenho meu herói. – ela sussurrou

– Também, correndo de salto pelo saguão, desastrada do jeito que você é, só podia dar nisso. – provoquei-a

– Tinha me esquecido de como você era chato. E o papo de “estou com saudades, sinto sua falta, e bla bla bla”?

– Isso incluía te irritar, Nutella. Mas, enfim. Eu tenho uma surpresa. Quero te levar a um lugar.

– Surpresa? Aff, odeio não saber das coisas. Ok, vou confiar em você dessa vez.

– Ótimo.

Ouvimos alguém pigarrear atrás de nós e Estela se separou rapidamente de mim. Era um homem alto, cabelos pretos e olhos verdes iguais aos da Estela, só que em vez de felicidade, estes transmitiam desconfiança. Era o pai dela, sem dúvida. Engoli em seco.

– Estela, minha filha. Quem é esse?

– Pai, esse é o meu amigo Pedro Pevensie. Pedro, esse é meu pai, Arthur Cambridge.

– Pevensie? – ele perguntou e eu assenti – Você é filho de Helena McQueen Pevensie?

– Sim. Ela é minha mãe. – respondi confuso

– Conheço ela. Uma mulher incrível. Bem, pelo que eu ouvi, vocês tem planos, não é?

– Sim pai. Eu vou a um lugar com o Pedro.

– Tudo bem. Qualquer coisa, eu conheço a sua mãe.

– Si... Sim senhor. – gaguejei

– Me chame de Arthur, rapaz

– Sim... Arthur.

– Divirta-se filha.

– Eu vou. Tchau pai. – e me puxou. Quando estávamos no estacionamento ela falou – Desculpa pelo meu pai. Às vezes ele exagera.

– Não foi nada. Ele é seu pai. Isso é normal.

Ela sorriu e nós entramos no meu carro. Peguei uma coisa no porta-luvas e sacudi na frente de seu rosto. Ela bufou.

– Não vou colocar essa venda – disse fazendo bico

– Ah, vai sim. Vamos lá, Estela, não estraga a surpresa. – pedi

– Ah, ta bom, eu coloco. Mas vê se acelera esse carro. Não dirige feito uma vovozinha.

Amarrei a venda ao redor da sua cabeça e dei partida no carro. Só pra provocá-la, coloquei o carro a 50km/h. Ela batia o pé, irritada. De repente, explodiu:

– Pedro, seu merda. Acelera essa porra. Não gosto de esperar, cacete! – eu apenas ri – Vai logo, caralho!

Eu gargalhei e acelerei. Em 10 minutos chegamos no lugar que eu queria. Abri a porta para a Estela e a ajudei a sair. Tirei a sua venda.

– Praia? – ela disse, surpresa – Como descobriu que eu amo praia?

– Eu não sabia. Eu gosto, então pensei que ia gostar também.

– Convencido. – ela disse

Enquanto eu pegava uma toalha e o “presente” no carro, Estela foi saltitando até a areia, berrando feito uma doida. Coloquei a toalha na areia e fui até ela. Estela estava de frente para o mar, os olhos fechados, um sorriso no rosto, e o vento bagunçando seus cabelos, espalhando cheiro de morango. Linda. Então virou-se pra mim, me encarando.

– Você não me trouxe aqui apenas para passear, acertei? – ela acusou

– Acertou. Vem cá. – eu disse, puxando-a até a toalha. – Senta. Tenho uma coisa pra você.

Lhe entreguei o embrulho. Ela pegou e abriu, espiando dentro, em seguida. Quando viu o que era, sorriu e me abraçou.

– Um pote de Nutella? Eu amei!

– Que bom que gostou. Agora, eu preciso te perguntar uma coisa.

– Sim? Pergunte.

– Bom, primeiro quero que saiba que o que eu vou falar é verdade. Estela, eu estou apaixonado por você, e quero saber: Você quer ser a MINHA tentação?


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Notas finais do capítulo

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