Everything Can Change escrita por Isa Pevensie Jackson


Capítulo 15
Talvez agora a gente possa se entender de uma vez por todas


Notas iniciais do capítulo

Pov da Estela!



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Dor. Argh. Merda de luz da janela.

Acordei com a luz torrando meu rosto. A dor de cabeça que eu sentia era insuportável. É, tava demorando pra eu ficar de ressaca. Levantei e fui até o banheiro me lavar. Jesus! Eu tava horrível. Levei uma meia hora pra ficar com uma aparência que não fosse digna de filme de terror.

Então desci, e encontrei Michael, Susana e Pedro sentados no sofá. Um pequeno detalhe: Michael estava comendo as MINHAS BALAS DE GELATINA! Como assim? E desde quando as pessoas entram assim na minha casa?

– Ei, isso aqui virou casa da mãe Joana, é? – perguntei, fervendo de raiva

– Finalmente bela adormecida – falou Michael – achei que fosse hibernar até o próximo mês.

– Cala a boca, Michael. E larga minhas balas de gelatina. – mandei – Onde ta meu pai?

– Ele foi jogar golfe. – respondeu Michael

– Hum. Me da minhas balas de gelatina, seu viado! - falei

Ele revirou os olhos e me deu o pacote, pela metade! Eu bufei e soquei seu braço. Ele me olhou com raiva, mas não disse nada. Susana olhou pra mim e riu, sendo acompanhada pelo Michael.

– Ta bom. O que ta acontecendo aqui? – perguntei

– Nada. – respondeu Susana, sem conseguir esconder o sorriso – só lembrando de ontem a noite.

– O que que tem “ontem à noite” ?

– Não adianta, Estela. – falou Pedro, sentando do meu lado – Tô tentando fazer eles falarem, mas até agora, nada.

– Só queríamos que Estela também estivesse aqui – defendeu Susana – Agora que está, podemos rir um pouco com as histórias de vocês.

– O... o que fizemos? – perguntei

– Pra começar,- falou Michael - Você vomitou pra fora da janela, acertando um mendigo na rua.

– Sério? – perguntei – Sempre quis fazer isso.

– Ok. Você é estranha, prima. Continuando. Pedro vomitou no carro, Estela viu e vomitou de novo. Daí, tivemos que parar pra limpar. Paramos num posto de gasolina. Então a Estela, começou a dar em cima do boneco de propaganda do posto, e o Pedro quis bater nele, mas acabou vomitando nele. Daí o cara que nos ajudou, nos expulsou do posto.

– Caralho. – disse Pedro

– Então – continuou Susana – o Pedro começou a cantar “galinha pintadinha”, mas a Estela bateu nele, porque disse que tinha medo dela.

– Ei, ela é do mal, ok? – me defendi – É toda azul e aquelas pintinhas... Isso é coisa do demônio!

Pedro riu: - o que mais?

– Mais nada. – terminou Michael. – Dessa vez foi só.

– Hum. Não foi tão ruim. – falei

– Não. – concordaram Pedro e Michael.

– Tenho que ir – disse Michael – Até logo, gente.

– Também to indo. Não vou mais segurar vela. Tchauzinho. – falou Susana, saindo em seguida

Pedro se virou pra mim, com uma expressão divertida no rosto.

– O que nós dois vamos fazer, minha Nutella?

– Você eu não sei, mas eu vou comer MINHAS balas de gelatina.

Ele bufou, virou de costas pra mim e fechou a cara. Eu ri. Que garoto mais carente! Tudo bem que eu sou irresistível, né, mas mesmo assim. Não é pra tanto.

– Já sei. Vamos passear. – falei

– Ok. Pra onde?

– Vamos surfar, Superman! – falei animada

– Não, não e não. – falou, fazendo birra

– Nada de “não”. Você perdeu a aposta. Vamos lá assim que eu terminar minhas balas.

– Ai, ta bom. – cedeu ele – Então eu vou pra casa, botar outra roupa.

– Ok.

Ele me deu um selinho e saiu. Eu terminei calmamente minhas balas e depois fui colocar uma roupa pra ir pra praia. ( roupa Estela: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=112966030&.locale=pt-br ) Desci e esperei o Pedro na frente da casa dele. Íamos com o meu carro. E, não. Eu não perguntei pra ele. Ele saiu e viu meu carro, ficando com uma expressão confusa no rosto. Chamei ele com a mão e ele entrou no carro.

– Quando decidimos ir com o seu carro? – ele perguntou, confuso

– EU decidi quando eu tava comendo minhas balas. – ele me olhou torto. – Ah, qual é, Pedro. Larga de ser machista. Deixa EU dirigir MEU CARRO hoje, ta bom?

– Ok. Só uma coisinha: eu não vou surfar.

– O que? Como assim? Claro que vai.

– Não, não vou. Porque eu quase morri afogado tentando surfar uma vez.

– Pedro eu... eu não sabia. Sou uma péssima namorada. Não devia ter sugerido isso. Desculpa.

– Tudo bem. Eu devia ter contado quando você perguntou por quê eu não queria aprender a surfar.

– Bom, vamos fazer assim: eu surfo um pouquinho, e depois a gente fica só na areia ou vai pra outro lugar.

– Que outro lugar? – perguntou, sorrindo maliciosamente

– Seu pervertido! – exclamei, rindo – Eu sou uma moça de respeito, ok?

– Estela, você e respeito não combinam numa mesma frase.

– Ok, verdade. Bom, chegamos.

Saímos do carro e fomos pra praia. Pedro estendeu uma toalha na areia e sentou. Eu peguei minha prancha e fui para a água. Fiquei um bom tempo lá, fazendo manobras e mergulhando. Amava ficar no mar. Me tranqüilizava. Peguei uma última onda e sai, balançando meus cabelos molhados e indo me sentar ao lado do Pedro.

– Você é boa nisso. – ele observou

– É claro que sim, honey. – falei. Então reparei que ele estava sem camisa, exibindo seu tórax definido. – Sou boa em muitas outras coisas sabia? – falei, sorrindo com malícia

– Ah é? – ele perguntou e eu assenti, mordendo o lábio inferior. – Vamos ver.

E me beijou. Meu Deus! Que calor que me deu de repente. Era um beijo urgente, meio selvagem. Em poucos segundos, eu já me encontrava deitada em cima dele. Suas mãos apertavam minha coxa e as minhas arranhavam suas costas. Teríamos ido mais longe, se uma senhora não tivesse passado por nós e dito bem alto:

– Que pouca vergonha! Quase fazendo “coisas” em público!

Nós nos separamos e começamos a rir. Achamos melhor parar, porque senão faríamos mesmo “coisas”. Então apenas nos deitamos juntos, aproveitando o tempo. Percebi que o Pedro ficou meio tenso, e me levantei.

– O que foi? – perguntei encarando-o

– Nada. – respondeu – É que... Estela, você é virgem?

Eu corei: - O que você acha?

– Sei lá. Não parece. Mas vai saber...

– Não Pedro, não sou. – respondi, nervosa

– Hum. Não sei se fico feliz ou triste com isso. – ele respondeu, pensativo

– Relaxa. Sem piti agora, ok?

– Você que manda. – falou

– Ótimo.

Me aproximei e nos beijamos de novo. Mas dessa vez nos controlamos. Nossos beijos passaram a ser... comportados.

– ~-

Faziam duas horas que eu e o Pedro havíamos voltado da praia. Meu pai e eu estávamos jogando vôlei na piscina, quando um dos empregados se aproximou e disse que tinha um rapaz querendo falar comigo. Estranhei, mas fui ver quem era. Quase tive um infarto ao ver o Ben parado na minha sala, sorrindo pra mim. Corri e o abracei, sem me preocupar se estava molhada.

– Ben 10! Que saudade! – eu disse

– Estrelinha! Também tava com muita saudade!

– Sem querer ser chata, mas o que você ta fazendo aqui?

– Vou morar aqui por um tempo. Não é ótimo? Talvez agora, a gente possa se entender de uma vez por todas.


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Notas finais do capítulo

Que tal? Acham que o Ben vai esquentar um pouco as coisas?



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