Everything Can Change escrita por Isa Pevensie Jackson


Capítulo 14
Por você, vale a pena esperar


Notas iniciais do capítulo

Pessoinhas lindas, eu tô muito feliz com os comentários! Estou também muito animada com a fic. Espero que gostem do andamento, beijinhos!
Pov da Susana!



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A semana até que foi legal. Eu e o Michael ficamos bem próximos. Até porque, tínhamos que segurar vela juntos. Ele era tão atencioso. Parecido comigo, na verdade. Gostávamos de estudar, ler, não gostávamos muito de sair. Em uma semana, Michael já tinha se tornado o melhor amigo que eu já tive em toda a minha vida.

– ~-

– Eu aposto que bebo muito mais que você, Superman! – desafiou Estela

– Haha. Sonha Nutella. – retrucou Pedro

Estávamos eu, o Michael, a Estela e o Pedro sentados na borda da piscina da nossa casa, conversando. Quando o assunto chegou na festa de aniversário da Jacqueline McLean hoje de noite, a Estela e o Pedro começaram uma discussão besta sobre quem bebia mais.

– Então apostem. – falei e os dois me encararam – Quem perder, vai a um lugar que o outro gosta. Estela, aonde você quer ir?

Ela sorriu diabolicamente: - Vamos surfar, amor. – Pedro fez uma carranca

– Acho que nós vamos jogar basquete, docinho. – retrucou Pedro

Os dois então começaram a discutir de novo. Eu e Michael reviramos os olhos. Outra coisa que tínhamos em comum era isso: mania de revirar os olhos.

– Vem comigo preparar um suco, Michael? – pedi – não to afim de ficar ouvindo os dois discutir.

– É, vamos.

Nós fomos para a cozinha, fazer um suco. Michael não gostava de cozinha. De acordo com ele, ele na cozinha era sinônimo de catástrofe. Olhei o horário: 17:55. Nossa! Daqui a pouco tínhamos que nos aprontar pra festa. E, sim. Eu demoro muito pra ficar pronta. Lembrar da festa, me fez lembrar de outra coisa. O Caspian estará lá com certeza. Por mais que durante a semana, eu tenha ficado ocupada com meus amigos, eu ainda sofria internamente. Droga. Ainda amava aquele babaca do Caspian.

– O que você tanto pensa, Su? – falou Michael, interrompendo meus devaneios.

– Na festa de hoje. – respondi

– Ah. Eu não sou muito de festa e bebedeira, sabe? – assenti – Mas o tio Arthur sempre me pede pra ir e ficar de olho na Estela. Você já viu ela bêbada?

– Não.

– Então prepare-se. É hilário.

– Vamos voltar? – perguntei quando terminamos de beber o suco

– Sim. Já notou que não estamos mais ouvindo voz nenhuma?

– Sim. E tenho uma boa noção do que eles estão fazendo. – respondi, sorrindo maliciosamente

Eu e Michael, andamos silenciosamente até a varanda e a cena que vimos era digna de um filme pornô: Estela estava sentada no colo do Pedro, as mãos dele subiam e desciam pela coxa dela, e os dois se beijavam como se não houvesse amanhã.

– Ei, ei. Vão logo pro quarto! – gritei, assustando-os

– Não, não. Aqui é mais fresco. – respondeu Estela.

Nós rimos. Então eu lembrei de novo da festa. Puxei a Estela.

– Vamos nos aprontar, Estela. Já são seis horas.

– O quê? Mas a festa é as nove! – protestou

– Exatamente. Temos pouco tempo. – retruquei

Ela bufou, mas me seguiu para o quarto. Fui tomar banho, enquanto ela separava sua roupa. Depois trocamos. Depois de muitos xingamentos, meus e da Estela, e de duas horas e meia, estávamos prontas. É claro que eu ajudei a Estela a escolher a roupa, senão ela ia se short, camiseta e vans. Modéstia a parte, a gente tava arrasando. ( roupa Susana: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=112718337&.locale=pt-br ) ( roupa Estela: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=112719206&.locale=pt-br )

Como faltava meia hora pra festa, nós duas nos sentamos na minha cama, e começamos a conversar.

– Então, você e o meu primo, hein? – provocou Estela

– Ah, Estela. Ele e eu somos só amigos.

– Por enquanto.

– E você e Pedro. Quem diria?

– É, eu admito que ele é diferente do que eu pensei no primeiro dia.

– Corrigindo: ele melhorou desde que você apareceu.

– Não sei se vai durar. Tomara que sim.

– Quanto ao Michael, eu também não sei. Somos parecidos, mas não sei se quero alguém que concorde o tempo todo comigo.

– Talvez dê certo. Bom, vamos? Tenho uma aposta pra ganhar.

Saímos do quarto, e descemos as escadas. Os meninos estavam no sofá conversando. A Estela piscou pra mim e desceu silenciosamente, ficando atrás do Pedro. Ela tampou seus olhos e disse:

– Só te protegendo, que a minha beleza vai te ofuscar.

Michael olhava pra mim boquiaberto. Eu sorri, mas sentia meu rosto queimar de tão vermelho que devia estar. Ele veio até mim e sussurou:

– Você ta linda.

– Obrigada – respondi constrangida - Você não ta nada mal.

Ele riu. Me virei para a Estela e o Pedro e ele quase babava olhando pra ela. Ela apenas riu alto e o beijou, acordando-o do transe. Eles eram tão lindos, perfeitos juntos, que imaginei se algum dia eu iria passar essa mesma impressão com alguém. Por enquanto estava difícil.

– Pedro – chamei e ele me olhou – da a chave do seu carro pro Michael.

– O quê? Por quê?

– Porque ele é o único que tem carteira e que não vai beber até desmaiar.

– Mas... – ele tentou reclamar

– Mas nada, Superman. Ou você vai desistir da nossa aposta? – provocou Estela

– Mas não mesmo! – rebateu Pedro – Aqui. – ele pegou a chave – Mas, por favor, não destrua a minha belezinha.

– Relaxa. Não vou ser eu que vai ficar bêbado. – assegurou Michael

Dito isso, nós fomos para o carro. Estela insistiu para o Pedro sentar com ela no banco de trás. Quando ele entrou, ela piscou pra mim. Que amiga que eu tenho. Era óbvio que ela queria me deixar mais próxima do seu primo.

Michael dirigiu até a casa de Jacqueline McLean. Ok, volta. Ela não tinha uma casa. Era uma mega-mansão de cinco andares. Tudo bem que os irmãos mais velhos dela, junto com suas famílias também moravam lá, mas mesmo assim. Isso era muita ostentação. O pai dela era dono do jornal mais lido em todo o país e a mãe era editora de uma das principais revistas de moda, a Runnaway.

Tocamos a campainha e logo a própria Jacqueline estava lá, abrindo a porta. Ela sorriu e ofereceu passagem. Prendi o fôlego. A casa havia se transformado em uma rave. Estava deslumbrante. Assim como a anfitriã.(roupa Jacqueline:http://www.polyvore.com/cgi/set?id=112756182&.locale=pt-br )

– Que bom que vieram. – ela agradeceu. – Ah, antes que eu beba e esqueça. Estela, sinto muito por ser uma enxerida e me meter na sua vida aquele dia. Quero que saiba que vou mudar a cara do meu jornal.

– É bom ouvir isso, Jacqueline. – respondeu Estela – Você é uma garota legal, só precisava achar esse “legal” em você.

– Obrigada Estela. Bem, divirtam-se.

Ela saiu e foi para junto de seu namorado, Phillip. Sorri. Era um casal apaixonado, disso eu tenho certeza. Nós quatro fomos para a pista de dança. Tocava Wake me up, Avicii. Cantávamos e pulávamos no ritmo da música. Ficamos só nessa curtição por umas duas horas.

Então a Estela e Pedro foram em direção ao bar, provavelmente para cumprir a aposta. Ficamos eu e Michael sozinhos na pista de dança. Ele se aproximou e falou no meu ouvido:

– Vamos lá fora?

– Vamos. – respondi.

Caminhamos até o jardim e ficamos lá olhando o céu por um tempo. Então Michael ficou de frente pra mim e olhou nos meus olhos. Colocou uma mecha de cabelo solta atrás da minha orelha.

– Susie eu... – ele começou ele, se aproximando

Eu sabia o que iria acontecer. E deixaria rolar, se ele não tivesse me chamado de Susie. Quem me chamava assim era o Caspian, e trouxe de volta a lembrança de seus beijos, seu rosto, seu cheiro...

– Michael, não. – eu disse, virando o rosto.

Ele suspirou. – É por causa DELE, não é?

– Sim, é – respondi, sincera – Me desculpa. Eu ainda não superei direito.

– Tudo bem. – ele concordou, mas parecia abatido – Vamos voltar. Acho que é melhor irmos pra casa. – ele disse e saiu

– Michael eu...- chamei

– O que, Susana?

– Me dá um tempo, ta bom? Eu vou superá-lo. Só... não desiste de mim, ok?

– Claro que sim. Eu nunca desistiria.

Eu sorri, abraçando-o em seguida. Então entramos novamente na casa, indo atrás do Pedro e da Estela. Encontramos os dois rindo histericamente, sentados nos banquinhos do balcão. Chegamos perto deles.

– E então? – perguntei – Quem ganhou?

– Não sabemos – respondeu Estela, meio grogue – Vamos ver agora. Quantas meu amor?

– 11, querida. – respondeu, rindo em seguida – e você?

– Haha. 11 e mais essa meia aqui – falou pegando uma garrafa de tequila pela metade. – Ganhei! – ela decretou

– NÃO! – berrou Pedro.

Pedro ia começar a bater em alguma coisa, mas eu o impedi. Já Estela fazia uma dancinha da vitória ridícula, e todos olhavam pra ela como se fosse louca. Michael suspirou e a segurou, puxando-a pra perto de nós. Ele olhou pra mim e disse:

– Vamos levá-los embora. Acho que já chega.

Eu assenti e nós levamos os dois “adultos” pro carro. Colocamos delicadamente (lê-se: jogamos) os dois no banco de trás e entramos no carro, saindo em seguida. A volta foi uma comédia, mas prefiro contar quando Pedro e Estela estiverem sóbrios, seria mais divertido. Depois de muitas risadas e paradas para limpezas, chegamos em casa.

– Susana, você leva o Pedro pra casa, que eu cuido da Estela, já to acostumado com ela.

– Ok. – então lembrei de uma coisa – Você não ta bravo comigo, está ?

– Não, não estou, Su. Eu vou repetir o que eu já disse: Por você, vale a pena esperar.


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Notas finais do capítulo

Que tal?
Coloquei a roupa da Jacqueline também, porque era a festa dela, então, nada mais justo.



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