Everything Can Change escrita por Isa Pevensie Jackson


Capítulo 13
Muito o que fazer


Notas iniciais do capítulo

Pov do Caspian



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Todos calaram a boca imediatamente, inclusive Estela, mesmo ela lançando olhares de ódio para a Liliandil. Francamente, qual era o problema da Estela? A Susana havia me dispensado, portanto eu tinha o direito de beijar quem eu quisesse.

– Foi essa maluca diretor. – acusou a Liliandi – eu estava aqui, conversando com o Caspian, e ela simplesmente chegou e começou a me bater.

– Diretor, ela é uma cobra. Mereceu cada tapa e soco que levou. – falou Estela, sem nem se preocupar

– A Liliandil nem teve tempo de se defender diretor. – meteu-se Daisy. – Essa cavala ai, quase matou a minha amiga. – continuou, abraçando a Liliandil em seguida.

– Estela Cambridge, pra minha sala, agora. – mandou o diretor – E o resto, circulando. Andem.

Estela olhou uma última vez pra mim, pude ver a decepção em seus olhos. Depois olhou com ódio para a Liliandil, que não esboçou reação. Fui até ela e a examinei, em busca de ferimentos. Mas ela estava bem até, só algumas marcas vermelhas. ( roupa Liliandil: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=112639538&.locale=pt-br )

– Estou bem Caspian, mesmo. Só vou ali no banheiro me lavar. Vem comigo, Daisy, querida?

– Vou sim.

Quando as duas saíram, eu pude ver a Susana me observando de longe. Parecia chocada. Aquilo me cortou o coração. Do lado dela, estava o cara que sentou com ela na aula hoje. Meu sangue ferveu. Eu devia ter sentado com a MINHA Susie. Ah, não, espera. Eu, como sou muito esperto, estraguei tudo. Eu não gostava da Liliandil. Pelo menos não mais. Quando tínhamos nossos 12, 13 anos, eu era apaixonado por ela. Éramos melhores amigos, mas nos afastamos porque ela mudou. Ficou mais egocêntrica, mimada.

É, acho que foi ilusão minha achar que ela tinha mudado. Tava tão na cara, só pelas roupas. E pelo fato de ter feito amizade com a Daisy. Que ironia. A um mês eu tentava convencer o Pedro a largar de uma vez a Daisy, porque ela é uma puta. E agora lá estava eu, perdendo minha namorada maravilhosa, por causa de puta.

Quando as duas saíram, a Liliandil só acenou pra mim e foi andando com a Daisy. É, eu havia feito a maior burrada da história das burradas. Enquanto eu ia pra sala, cabisbaixo, a Estela saiu da sala do diretor, sorrindo. Seu sorriso se fechou quando me viu.

– Estela eu... – tentei

– Caspian, Caspian. Não adianta. Você me decepcionou. Achei que gostasse realmente da Susana, mas acho que me enganei. Quer saber? Você a Sra. Vadia Júnior se merecem. Ah, deixa eu ver... ela nem falou mais com você direito né? Pois é. Quem é que estava certa, de novo? Ah é. Euzinha. Faz um favor pra mim? Agradece a Liliandil por mim? Graças a ela eu consegui três dias em casa. Uhuull.

E saiu andando. Fiquei petrificado. Tudo que ela falou, era a mais pura verdade. Eu era um canalha. Não mereço a Susana. Mereço alguém como a Liliandil. Ótimo. Sou tudo aquilo que eu disse pra Su que não seria.

– ~-

Não podia acreditar que a semana tinha passado tão rápido. Na escola, todos já sabiam que Estela havia pego três dias de suspensão. Aposto que ela não se importava. Eu tentei falar com o Pedro, mas tudo que ele disse foi:

– Cara, você magoou a minha irmã, a minha namorada quer te matar, eu também quero. Você devia ter ouvido a Estela. Devia ter ouvido a sua amiga. Ela sim, é uma amiga de verdade. Agora sai daqui. Nenhum de nós quer você por perto de novo.

E ali estava eu. Tendo que agüentar as piadinhas sem graça do resto do time de basquete, as líderes de torcida oferecidas e o fardo de saber que a Estela tinha razão. A Liliandil não falou mais comigo. Só estragou o meu namoro e deu o fora. Eu achei que a Susana ia ficar mal. Pelo contrário. Quem tava acabado era eu. Ela não, estava feliz da vida com o Michael Yew. O garoto que ela sempre sonhou namorar: loiro, nerd, quase invisível. Albino idiota.

Era sexta feira, e eu esperava que alguém desse uma festa, afinal, já era hora de eu sair dessa depressão. Pelo menos alguma das minhas preces foi atendida. Jacqueline McLean anunciou sua festa de aniversário hoje a noite. Finalmente.

Quando a aula acabou, fui direto pra casa, sem falar com ninguém. A única coisa que ocupava minha mente, era o sorriso da Susana. Ainda eram bem vivas as memórias dos nossos momentos juntos. Como eu pude ser tão burro a ponto de trocar a Susana, que eu amava incondicionalmente, pela Liliandil, que passou anos sem nem ao menos tentar falar comigo?

Ainda pior: tinha decepcionado meus dois melhores amigos. A Estela e o Pedro, que eu conhecia desde o berçário. Eu tinha sido grosso com a Estela, mesmo ela sendo a pessoa mais sincera e leal que eu já conheci. Preferia até ser expulsa da escola, a não defender um amigo.

Chega! Eu tinha que provar que estava arrependido. Eu ia conseguir o perdão deles, e quem sabe, o perdão da Susie também. Esperava ter uma chance na festa hoje, mas acho que não ia rolar. Bom eu só tinha certeza de uma coisa: tinha muito o que fazer.


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Notas finais do capítulo

Ficou meio sem graça, mas eu tava meio sem ideias.
No próximo vai ter festa!