Everything Can Change escrita por Isa Pevensie Jackson


Capítulo 16
Hora da escola


Notas iniciais do capítulo

Pov do Pedro
Talvez achem o capítulo um pouco meloso, ou sei la.
Mas lembrando que o Pedro é um menino apaixonado, haha.
Boa leitura!



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Cara a minha namorada era simplesmente maravilhosa! Mesmo eu tendo acabado com os planos dela pra nós na praia, ela fez a minha tarde ser totalmente incrível. É claro que poder só ficar com ela por um tempo já era incrível, mas na praia, um lugar que eu amo, foi melhor ainda.

Eu também tinha plena consciência que eu não sentia só carinho e amor pela Estela. Começava a desejá-la mais avidamente. O beijo que trocamos mais cedo na praia só tornou isso mais evidente. E, tenho que admitir, não gostei nem um pouco de saber que ela não é mais virgem. Queria que ela fosse só minha. Egoísta? Talvez. Mas eu não tava nem ai.

Resolvi ir até a casa dela. Somente dar boa noite, é claro. Subi pro meu quarto e olhei pela porta da sacada. Ela estava deitada em sua cama, parecendo pensar seriamente em algo. Fiquei preocupado. E se ela resolvesse terminar comigo, assim, do nada? Só percebi que estava parado na frente da porta por um bom tempo quando ela apareceu na sua sacada. Ela viu minha expressão e riu. Me chamou com a mão. Eu pulei da minha sacada para a dela.

– Oi minha Nutella. – cumprimentei

– Oi Superman. – ela cumprimentou, parecendo preocupada.

– O que aconteceu, Estela? – perguntei

– Entra. Vou te falar. – ela chamou

Eu entrei em seu quarto. Era enorme. Pintado de verde claro com uma grande cama no meio, uma estante cheia de livros e uma escrivaninha, com seu laptop. Era um belo quarto.

– Pedro. Primeiro eu quero te pedir pra ficar calmo, já que nada vai mudar pra mim. – pediu

– Estela, você ta me assustando. – eu respondi

– Eu sei. Desculpa. É que... – ela começou

– O quê? Vai terminar comigo? – perguntei

– Eu não acabei de falar que nada vai mudar? – ela perguntou e eu assenti – Então? Ta tudo bem entre a gente. Bom, vou falar logo: O Ben se mudou pra cá.

Ah não. Ele não. A Estela já tinha me falado que os dois tiveram meio que uma “amizade colorida” lá em Londres, e que ela suspeitava que ele sentia mais que amizade por ela. Não acredito que esse “europeuzinho” veio pra roubar a Estela de mim. Ela percebeu que eu fechei a cara, por isso falou:

– Ei, relaxa. Nada mudou pra mim. Eu nunca senti mais que amizade por ele. Eu amo você.

– Ta, eu acredito em você. Também te amo. E é por isso mesmo que eu to preocupado. Você me ama, mais ele te conhece desde sempre, pelo que você me falou. Eram melhores amigos acima de tudo. É fácil pra ele se aproximar de você.

– Eu não vou simplesmente deixar ele “chegar em mim”. Ele sabe que eu nunca gostei dele desse jeito. E isso não vai mudar. Mas, ele ainda é meu melhor amigo. Por isso vou te pedir calma. É óbvio que eu vou ficar um tempo com ele, então, controla o ciúme, ta bom?

– Pra você é fácil falar. Não tem que se preocupar com uma antiga “amiga colorida” minha que eu suspeito que gosta de mim.

– Ah, Pedro. Não começa. Eu to namorando você, não to? Então confia em mim.

– Em você eu confio. Eu não confio é nesse Ben.

– Olha, você pode ser meu namorado, mas isso não te da o direito de falar mal dos meus amigos! – ela brigou

– Eu não falei nada! – me defendi

– Não diretamente. Quer saber? Vai embora. Eu to estressada e você não ta ajudando.

– Ta legal. Eu vou. Boa noite. – me despedi e pulei de volta pro meu quarto.

Puta merda! Eu não acredito que eu discuti com a Estela por causa daquele “europeuzinho” de merda! Ele nem fez nada e já conseguiu uma boa vitória pra ele. Já vi que se eu quiser que a Estela não termine comigo, vou ter que bancar o “namorado compreensivo”. Mas como fazer isso, se eu não tinha paciência?

Foi com essas perguntas na cabeça, que eu dormi. Acordei atrasado na manhã seguinte. Me vesti correndo e encontrei a Susana me esperando na sala, impaciente ( roupa Susana: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=113266432&.locale=pt-br ). Ela falou alguma coisa que tinha “idiota, bater, não chegasse na hora”.

Fomos para o carro e eu dirigi até a escola. Quando chegamos lá, a Susana foi pra perto do Michael, e pude ver o Caspian fulminando-o com o olhar. Bem feito, ele merece isso. Pensei em mandar uma mensagem pra Estela, perguntando se ela já tava vindo, mas nem cheguei a desbloquear a tela, quando o seu porshe azul entrou no estacionamento. Um sorriso começou a se formar em meus lábios, mas logo se desfez quando vi que um garoto saiu do carro. Imediatamente eu soube que era o tal do Ben.

Ela me viu parado e veio até mim. Sorriu, um sorriso sincero. Estava linda, mas acho que isso já era fato comum ( roupa Estela: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=113266996&.locale=pt-br ). Ela viu minha expressão, falou alguma coisa pro “amigo dela”, que saiu. Então ela veio sozinha até onde eu estava.

– Pedro. – ela falou, me beijando em seguida – Não faz essa cara. Foi só uma carona, ok?

– Acredito em você. – respondi, cansado de brigar

– Ótimo. Desculpa por ter sido grossa com você ontem. É que eu fiquei nervosa com o fato de o Ben não ter se tocado ainda que eu não sinto nada mais que amizade por ele.

– É, isso faz qualquer um perder a cabeça. – falei e ela riu

– Então, eu decidi fazer alguma coisa pra alegrar você. Por quê não vamos até uma quadra qualquer aí pra você me ensinar a jogar basquete? – ela propôs

– Isso é serio? – perguntei

– Tenho cara de alguém que não fala sério? – rebateu

– Olha, na verdade... – comecei

– Não responde – ela interrompeu – Sim, é serio.

– Uhuull! – comemorei

– Vamos logo, antes que o sinal toque. – ela me apressou.

Então entrou no meu carro e eu disparei para fora da escola. O bom de namorar uma garota meio doida era esse: ela não tinha medo de fazer uma coisa desse tipo, fugir da escola. Se eu pedisse pra Daisy, ela ia achar que era só pra transar. Eu e a Daisy nunca fazíamos passeios tipo ir jogar basquete.

Logo chegamos até uma pequena praça, que tinha uma pequena quadra de basquete. Eu peguei uma bola que tinha no porta mala do meu carro e fui quicando-a pra dentro da quadra. Estela me seguiu, sem saber o que fazer. Eu ri.

– Vem cá – chamei-a. – Jogar basquete não é difícil. É só tentar fazer cesta.

– Não, jura? – perguntou sarcástica – Eu já vi jogos de basquete antes.

– Ta bom. Tenta sozinha então. – desafiei

Ela ergueu uma das sobrancelhas e pegou a bola das minhas mãos. Segurou-a de uma maneira estranha e jogou pra cima. Não chegou nem perto de acertar. Eu reprimi uma risada.

– Posso ajudar? – perguntei, segurando a risada.

Ela me fuzilou com o olhar: - Não foi pra isso que eu te chamei aqui? – respondeu

– Ok, ok. Vamos lá.

Virei seu corpo de frente para a cesta e segurei seus braços, abraçando-a por trás. Coloquei suas mãos do jeito certo na bola e a ajudei a jogar. Quase. Tentamos de novo. Dessa vez ela acertou, gritando em seguida:

– EU CONSEGUI! CHUPA CHARLIE, SEU INÚTIL!

Eu não fazia idéia de quem era Charlie, mas não devia ser alguém de quem Estela gostasse. Eu gargalhei. Ela era tão... perfeita! De um jeito estranho, é claro, mas perfeita mesmo assim. Estava muito divertido, mas é claro que tudo o que é bom dura pouco. Não demorou para ouvirmos uma voz masculina, furiosa, soar atrás de nós:

– O QUÊ EXATAMENTE OS DOIS ESTÃO FAZENDO AQUI? NÃO É HORA DA ESCOLA?


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Notas finais do capítulo

Então?



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