Disenchanted escrita por Diana


Capítulo 21
Capítulo 21 - Guerra


Notas iniciais do capítulo

Saudações alemãs!!!

Ei, antes de me baterem, queria pedir desculpas pela demora.. Realmente, foi a vez que mais demorei pra atualizar. Mas, maaaas, prometo que os próximos capítulos serão 'entregues' mais rapidamente.
Queria dedicar esse capítulo à Rafaela-san por ter deixando uma recomendação em Little Hell ^^ Brigada, Rafa!
Bom, nesse capítulo, Clarisse toma uma decisão e a mão amiga (e cupido) da Silena está lá pra ajudar. Espero que gostem!
Que mais?
ah, claro! De praxe, betado pela fofa da Srta With ^^
Boa leitura!



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XXI

Guerra


They've got all the right friends in all the right places

So yeah, we're going down

We've got all the right moves and all the wrong faces”

(One Republic)

Prometeu praticamente me arrastou pra fora do prédio quando terminou sua ‘reunião’ com Percy. Ele não me parecia nem um pouco bem humorado. Talvez seus ardis não tenham funcionado com o filho de Poseidon. Sorri. Estava na hora daquela raposa velha sair em desvantagem.

A cada instante lembrava-me das palavras de Annabeth. Trazer Ares de volta. Consertar a bagunça. Parecia bom demais para ser verdade. Mas o que mais me enchia de esperança era ela ter dito que ainda me amava. Eu me sentia capaz de tudo, tudo mesmo, desde que ainda tivesse o amor de Annabeth.

Fechei o cenho ao me ver de volta à sala de controle de Cronos. Senti nojo de mim mesma. O quão cega estava? Certamente, não estava totalmente em mim quando decidi me aliar aos titãs.

Luke berrava, furioso, sobre como ele iria esmagar os semideuses. Como não iria oferecer misericórdia aos que ficaram do lado dos olimpianos quando ele ganhasse a guerra. Pelo que entendi, era hora do senhor titã dar o golpe final. E era hora de me decidir.

Repassamos os planos e eu continuava uma bagunça por dentro. Queria muito dar uma chance à resistência de Percy e, mais ainda, deixar Annabeth orgulhosa de mim. Mas parte de mim também me dizia que estava sendo tola.

Fingi ouvir tudo que o conselho de guerra dos titãs dizia. Acenei quando me citavam, e oferecia um ou outro palpite. A verdade era que eu não estava lá. E, por mais que mentisse pra mim mesma, eu já havia me decidido.

Terminamos a reunião o mais rápido possível. O senhor Titã estava indo, em pessoa, batalhar com os semideuses. Peguei uma pequena força de monstros e alguns semideuses. Minha missão? Tomar o Lincoln Tunnel que estava sendo protegido pelas caçadoras. Ótimo. Thalia Grace ficaria radiante quando me visse. E eu também. Queria dar o troco pela vez no Acampamento Meio Sangue. E queria deixar claro, de uma vez por todas, que Annabeth era minha.

Nem bem saímos da base Titã e nos deparamos com alguns semideuses. Percebi que alguns vinham em minha direção com certo sorriso. Idiotas. Não tive muitas dificuldades em derrubá-los. Tentei meu máximo para não machucá-los muito. Annabeth brigaria comigo. Me repreendi por estar tendo aquele pensamento no meio de uma guerra.

Um garoto grande de Hefesto veio pra cima de mim com um machado. Me desviei com facilidade de seu golpe desengonçado e acertei-o com o cabo da espada, o desmaiando. Foi quando ouvi um lestrigão gritar: “Peguem-na!”.

Olhei na direção que ele apontava e vi uma figura esguia envolta numa armadura rosa correndo na direção oposta à da batalha. Pelo que percebi, ela ou ele havia pegado algo do lestrigão. Bando de monstros idiotas e estúpidos. Bufei e fui atrás do semideus.

Realmente o fujão corria muito. Na certa, deveria ser um dos filhos de Hermes. Só consegui alcançá-lo uns dois quarteirões depois. Pulei em cima dele com tudo, prendendo-o com meu peso. Ele não resistiu muito. Retirei seu elmo e segurei um grito ao perceber que o ladrãozinho era, na verdade, Silena.

– O quê.. – Ela sorriu pra mim. Um sorriso lindo, admito.

– Poderia sair de cima de mim? – Ruborizei ao perceber que ainda estava em cima dela. Tive pena de Silena. Ela estava usando uma armadura completa – coisa raríssima – e de brinde tinha a mim e minha armadura em cima dela. Ajudei-a a se levantar.

– O que deu em você? O que você pegou do lestrigão? – Perguntei-a enquanto recobrava o fôlego.

– Isso. – Ela me mostrou um pingente em forma de foice. Era uma espécie de comunicador entre as forças do senhor Titã. – Era o único jeito de tirar sua atenção, fazer você parar de chutar os traseiros, derramar sangue e vir atrás de mim.

– Por que? – Fechei a cara pra ela e ela riu. Gentilmente Silena me ofereceu a mão e assobiou. No mesmo instante, um pégaso branco apareceu nos céus. Era Guido. – O que você está fazendo?

– Te levando a fazer a coisa certa. Pare de reclamar e suba logo! – Ela ralhou comigo e eu me emburrei mais ainda.

– Sim, senhora. – Resmunguei e subi atrás de Silena. Num impulso, Guido nos levou para o alto, na direção Leste, rumo ao Acampamento Meio Sangue. Não sabia se ia gostar daquilo.

Voamos um bom tempo em silêncio e, por incrível que pareça, sem sermos interrompidas. Pude ver o rastro da batalha que acontecia lá embaixo. Tentei encontrar Annabeth, sem sucesso. Por vezes confundi uma ou outra figura de cabelos loiros com ela, mas não dava pra ter certeza.

– Annabeth continua descansando. Mas daqui a pouco deve voltar pra batalha. – Aquela garota podia ler pensamentos agora?

– E onde estamos indo? – Perguntei-a. Era inútil esconder dela que estava preocupada com a loira.

– Buscar seus irmãos. Fazer uma festa. Chutar o traseiro de Cronos. E, no final, te devolver pra Annabeth. – Ela disse tudo aquilo sem um pingo de hesitação e eu quis ter a mesma dose de otimismo que ela.

– Ei! Como assim, “me devolver”? Eu não sou propriedade dela. – Brinquei com Silena e ela riu. Eu sabia que, por dentro, ela estava mais nervosa. Essa atmosfera de guerra, batalha, não combinava com ela.

Sobrevoamos o Acampamento e o dragão Peleu já ficou alerta. Silena conseguiu passar por ele sem problemas. Comecei a achar que ela era a melhor cavaleira do Acampamento.

Quando pousamos, uns campistas de Ares vieram nos receber. Alguns de cara feia pra mim. Ótimo. Não ia ligar de chutar mais alguns traseiros. Silena percebeu a tensão quando desmontamos e se prostrou entre mim e eles.

– Acalmem-se! Clarisse está aqui pra ajudar! – Silena praticamente gritou com eles, pois acho que só assim para meus irmãos ouvirem alguém.

– Ela sujou nossa reputação! – Mark gritou. Lancei um olhar raivoso a ele que, curiosamente, se encolheu.

– Ela não teve escolha, Mark! – Silena me defendia e eu apertava minha lança. Aquilo não acabaria bem. – E por que vocês não lutaram então? Ela os obrigou a ficarem de braços cruzados?

– Não lutamos por causa da biga! – Mark levantou a voz pra Silena e eu percebi que era hora de intervir. Obriguei Silena a ficar atrás de mim e peitei Mark.

– Você quer uma luta, Mark? – Grunhi e o vi sustentar meu olhar. – Eu, você, agora! Quem ganhar leva o chalé!

– Você não me assusta, Clarisse! – Ele me respondeu e pegou sua espada. Instantaneamente, um círculo se formou ao nosso redor.

– Que bom pra você. – Retirei minha armadura com a ajuda de Silena para ficar em pé de igualdade com Mark. – Quem sangrar primeiro?

– Quem sangrar primeiro. – Ele rosnou e o círculo se tornou mais apertado.

Acho que não deveria ter dito aquilo, pois a luta poderia durar horas nessas condições. Mas, como bons filhos de Ares, acho que não demoraria muito até um de nós sangrar.

Mark rodava ao meu redor. Ele era bem mais alto que eu e mais forte, mas isso não me assustava. Meu chalé era composto por brucutus. Eu mesma era grande e forte. Era nessas horas que eu me perguntava o que Annabeth via em mim.

E era nessas horas que eu me xingava, pois Mark veio pra cima de mim com tudo. Desviei por puro reflexo. Pensar em Annabeth na hora da luta acabaria me machucando seriamente qualquer dia desses.

Parte do chalé de Ares aplaudiu, outra parte se manteve em silêncio. Era clara a divisão de forças. Meu plano era fazer Mark se cansar, pois eu já estava na desvantagem. Estava lutando dias sem descanso e tinha de fazer meus pensamentos se focarem em Long Island, não em Manhattam.

Mark errava os golpes. Tentei me desviar de todos, poupar energia. Evitar bater de frente ou medir forças. Confesso que foi difícil. Minha natureza me impele ao combate direto, não à estratégia. Talvez eu estivesse mais concentrada em Annabeth do que em qualquer outra coisa. Me imaginei como ela naquele momento. O que ela faria pra vencer. Annabeth sempre vence. Ou quase sempre.

Mark jogou seu peso pra direita, tentando me acertar com tudo. Vi minha melhor chance ali. Rolei pra esquerda e acertei seus tornozelos com o cabo da lança, o desequilibrando. Não esperei pra atingir seu braço com a ponta da lança e fazê-lo sangrar. O combate estava terminado. E eu iria direto para Manhattam liderando o chalé de Ares.


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Notas finais do capítulo

Aguardo os reviews!! ^^
Obrigada!