Disenchanted escrita por Diana


Capítulo 22
XXII - Pátroclo


Notas iniciais do capítulo

Olá, cupcakes!!

Então, como prometido, não demorei, certo?

Então... Acho que né.. Seria bom avisar...Pra depois vocês não brigarem comigo..
Esse é o penúltimo capítulo da fic :(

É... Queria agradecer já por todo carinho, apoio, reviews, críticas, xingos, ameaças e tal..

Mas, enfim, vão mudar de assunto!

De praxe, betado pela Sra With!

Ps: Esse capítulo contém spoilers de 'O último Olimpiano'

No mais, boa leitura!



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Capítulo XXII

Pátroclo

" É muito tarde para desculpas''

Apologize, One Republic

Carregamos as bigas. Silena e eu íamos à frente, atrás o chalé de Ares inteiro nos seguindo. Não sei como, mas fizemos um tempo recorde de Long Island até Manhattam. Quando chegamos, algo parecia errado. Silena me explicou que era a barreira do tempo de Cronos. Maldito senhor Titã.

Com espanto, vimos um helicóptero cruzar os céus e ir perdendo altura. Uma garota ruiva e Annabeth estavam dentro do mesmo. Conti um grito. Vi SIlena desamarrar as rédeas de Guido e começar a vestir minha armadura.

– O que está fazendo? – Eu a perguntei.

– Salve Annabeth! Eu conduzo Ares. – Senti meu peito apertar. Era loucura mandar Silena pro meio da batalha.

– Sil, não posso fazer isso. – Ela me lançou o olhar mais sério e raivoso que ela poderia ter e confesso que aquilo me assustou.

– Você não tem escolha. Ares não vai seguir ninguém além de você. Eu só vou me disfarçar.

– Mas... – Soava perfeito pra ela, mas extremamente perigoso pra mim. Eu não sabia porque meu coração pulsava feito louco. Não queria deixar Silena fazer aquela loucura, mas o tempo de Annabeth estava passando.

– Vá! – Ela gritou pra mim e eu montei Guido.

– Tome cuidado. Não se aproxime muito da batalha, certo? – Pedi a ela com toda sinceridade. Não queria Silena se machucando por mim. Ela me ofereceu um sorriso doce e antes de nos separarmos me deu um beijo.

– Salve sua garota. E tome cuidado você também.

Olhei com tristeza pra ela uma última vez. Todos meus sentidos gritavam contra a decisão de Silena. Mas eu não tive tempo de argumentar. Rapidamente, Guido voou na direção do helicóptero.

Vi Annabeth discutir com a outra garota pela janela. Senti um pouco de ciúmes daquilo. Só eu tinha o direito de irritar Annabeth. Bati no vidro e tirei a atenção delas. Annabeth meio que sorriu pra mim.

– Precisa de ajuda, princesa? – Gritei e ela abriu a porta, meio que brigando contra o vento.

– Graças a Atena! Leve Rachel! – Ela grunhiu comigo enquanto me ajudava a pegar a garota ruiva.

– E quanto a você? – Eu perguntei, preocupada.

– Vou tentar pousar o helicóptero.

– Tenha cuidado. – Ela me sorriu. Era a primeira vez em dois anos que eu a via sorrir para mim de novo. Me senti mil vezes mais leve.

Continuei acompanhando o helicóptero até Annabeth conseguir pousá-lo. Rachel se segurava a mim como se eu fosse um urso de pelúcia. Me sentia esmagada. Tive vontade de xingá-la, mas estava mais preocupada com a loira.

Assim que ela desembarcou, Percy veio em nossa direção com algumas caçadoras. Era tudo que eu precisava. Encontrar Thalia. Ajudei a tal de Rachel a descer de Guido e ofereci ao pégaso uma maçã que Silena me entregara horas antes. Silena! Eu tinha de ir até ela!

– Percy, onde está Ares? – Me virei para ele.

– Ares? Clarisse, o chalé de Ares está em Long Island, você sabe..

– Drakkon! – A garota ruiva gritou, interrompendo Percy. Ela parecia prestes a vomitar.

– O quê? – Percy a perguntou. Tive tempo de trocar um olhar rápido com Annabeth. Ela sibilou algumas palavras pra mim e eu sorri de volta.

– Um filho de Ares está destinado a derrotá-lo! – Um calafrio me percorreu quando Rachel direcionou seu olhar para mim. Aquela garota podia ver o futuro?

Não tive tempo de perguntar muita coisa, pois, no instante seguinte, Annabeth e Percy saíram correndo e me arrastaram com eles.

– O que está havendo? – Gritei para eles. – Eu trouxe Ares. Silena está com eles!

– Estamos com dificuldade em derrotar o Drakkon. – Percy me disse. Percebi que seu olhar alternava do furioso para gentil. – E, Clarisse, obrigado por ter voltado.

Senti meu rosto ruborizar. Não respondi nada a Percy. Acho que nenhuma resposta caberia ali. Entendi o que o peixinho quis dizer em relação ao Drakkon. E entendi o porquê de não querer deixar Silena se arriscar. Quando chegamos onde o monstro estava, havia uma fileira de Ares o combatendo. Uma menina usava meu elmo em formato de cabeça de javali. E não era eu.

O curioso é que nenhum dos meus irmãos notou a diferença. Silena era mais baixa e bem menos corpulenta, mas nenhum dos idiotas foi capaz de discerni-la de mim. Meu coração se apertou ainda mais.

– Quem é aquela? – Annabeth me perguntou. Ela deve ter notado meu olhar preocupado. – Silena?

Não fui capaz de responder, pois quando me dirigia para a batalha, vi, com horror, o Drakkon soltar uma baforada de fogo e veneno em cima de Silena. Não pude acreditar. Em câmera lenta, vi Silena tombar e ser arrastada pelos campistas de Ares.Puro desespero e descrença me impeliu a correr até eles.

– Não! – Eu gritei enquanto chegava perto deles.

Me ajoelhei perto de Silena e retirei seu elmo. Senti lágrimas se formarem em meus olhos. Estava acabada, cansada. Vi seus belos olhos azuis perderem o brilho pouco a pouco.

– Ambrosia! – Gritei para meus irmãos. Percy pôs uma mão em meu ombro.

– Sinto muito, Clarisse. – Meu corpo tremia. Eu não conseguia acreditar, não queria acreditar. A pessoa que mais me apoiou, minha amiga... Abracei o corpo de Silena fortemente contra o meu.

– Sua idiota. – Sussurrei entre soluços.

– Cla.. Clarisse. – Ela balbuciou, fraca. Encarei-a. Ela me sorriu. Era um sorriso doce. Silena usou suas últimas forças para deixar um beijo carinhoso em minha bochecha.

De repente, toda minha vontade de chorar se esvaiu. Senti meu corpo queimar. Peguei minha lança e fui até o Drakkon. Um ou outro tentou me impedir. Sem sucesso. Eu estava disposta a derrubar não só um Drakkon, mas um exército inteiro de monstros.

Peguei minha lança e, sob os protestos de Annabeth e Percy, avancei pra cima do Drakkon. Sem armadura, sem escudo, sem nada. Já não me importava mais. Gritei a plenos pulmões minha raiva, chamando a atenção do monstro. Ele me encarou como se eu fosse uma refeição mais apetitosa.

– Seu filho da puta! Eu, Clarisse La Rue, vou acabar com você! – Sentia meu corpo pegando fogo, parece até loucura dizer, mas sentia até que estava maior, mais forte.

O Drakkon avançou pra cima de mim, aceitando o desafio. Ele soltou mais uma vez seu jato venenoso. Rolei pro lado e dei uma estocada em seu couro com a lança. Sangue de monstro jorrou da ferida e eu me surpreendi. Achei que ele tivesse uma couraça mais dura.

O monstro enlouqueceu de dor e eu de vingança. Iria mandá-lo ao Tártaro, prometi a mim mesma. Seria meu presente a Silena. Com uma velocidade surpreendente, o Drakkon se virou e tentou me morder.

Consegui segurar seus dentes e evitar que sua boca se fechasse em cima de mim, mas antes que ele soltasse outra baforada de veneno, dei-lhe um soco no céu da boca. O monstro urrou de dor.

– É só o começo, seu maldito! – Gritei para ele que parecia mais fraco a cada segundo.

Eu não queria matá-lo ainda. Queria fazê-lo sentir muita dor. Eu conseguia ouvir Annabeth gritando comigo, conseguia ouvir os incentivos de meus irmãos, mas não conseguia distinguir o que eles diziam. Meus sentidos estavam todos focados no monstro. Arrisquei-me a dar uma olhada em mim mesma. Minha pele realmente estava incandescente. Não sabia o que aquilo era, mas sabia que minha fonte de força vinha dali. E de minha raiva.

O Drakkon veio para uma última investida. Apertei minha lança entre os dedos e esperei. Esperei. No instante exato, pulei por cima dele, me agarrando em um de seus chifres. Ele começou a se remexer e pular, tentando me tirar dali.

– Isso é por Silena! – Grunhi e finquei a lança com toda força em sua cabeça, atravessando o queixo. Senti seu sangue quente me banhar e me acalmar um pouco. Senti a vida abandonando o monstro e sorri.

A fera caiu em seguida, mas eu ainda não me sentia saciada. Urrava e gritava minha vingança, minha dor, minha raiva. Fui até um de meus irmãos e arranjei uma corda.

Amarrei parte dela à couraça do monstro e outra à biga. Meus irmãos me olhavam assustados, Percy, Annabeth e até mesmo Thalia me encaravam receosos. Não lhes dei atenção. Havia, ainda, muita raiva em mim, esperando para ser contida, esperando para acabar com monstros. Esperando que Silena estivesse viva, que fosse tudo um engano.

Arrastei o corpo do Drakkon pelo campo de batalha gritando insultos às forças titânicas e até mesmo ao próprio Cronos. Acho que não era só meus amigos que estavam com medo de mim. Meus inimigos também fugiam de minha lança e minha fúria.


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Notas finais do capítulo

Então... Capítulo triste né?
Mas, enfim.. Acho que pelo nome do capítulo já dava pra deduzir, certo?
Quem conhece a história de Aquiles e leu 'O último Olimpiano', sabe que o tio Rick fez uma comparação mega-ultra-foda! *-----*
Aguardo reviews, cupcakes!!
Beijos!