Como você me encontrou? escrita por Kethy


Capítulo 16
Sim eu quero mata-la!


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Saudades? Bem me desculpem a demora fim de semana agitado, mas bem eu queria dizer que acabarei com as metas, por que elas não resolvem nada. Se quiser comentar comente se não quiser não comente, mas saiba que só postarei quando achar que está bom.



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Acordei com Spencer reclamando sobre sua cabeça estar doendo, Jack percebeu que eu havia acordado e caminhou em direção ao sofá, ele vinha da cozinha e parecia querer jogar Spencer pela janela na primeira oportunidade que tivesse se aproximou.

–Onde tem remédios aqui? – perguntou me dando um selinho.

–Ah no banheiro, no meu. – disse e me espreguicei.

Olhei no relógio eram 7h da manha ainda, Spencer começou a se agasalhar na porta, cocei os olhos e Jack o entregou duas pílulas seguidas de um copo de água, ele tomou pelo visto a contra gosto, lhe devolveu o copo e voltou se para mim.

–Me desculpe se dei algum trabalho. – ele disse.

–Não imagina, foi até divertido. – eu disse ao ir para perto dos dois e percebi que estava descalço como Jack.

–Tenho que ir, quer me ver prestar atenção na aula com essa dor de cabeça. – disse massageando as têmporas.

–Você devia ir para casa. – comentou Jack.

–É devia mesmo. – disse Spencer e sorriu. –Vou indo até. – ele saiu, Jack bufou. Ele caminhou até a cozinha e eu fui atrás.

–Jack, quer ir ao colégio? – ele parou.

–Você quer? – perguntou sem olhar para mim e colocou o copo vazio na pia.

–Na verdade não, mas eu já tenho tantas faltas. – disse vendo que ele estava tenso, me sentei na cadeira perto da bancada.

–Então vamos. – disse e seu virou para mim, sorria, mas seus olhos exibiam grande pesar me levantei.

–Está tudo bem? – indaguei ficando ao seu lado e tocando seu rosto gelado.

–Estou meu amor. – disse mudando sua expressão para uma animada e me beijou delicadamente o que fez um sorriso surgir em meus lábios. – Agora eu quero sorvete.

–Vá se arrumar enquanto eu preparo. – disse e ele saiu saltitando e sumindo escada acima.

“É claro que ele não quer ir.” Eu sei, mas temos de ir. “Ele tem medo dela.” Eu também tenho. Comecei a servir o sorvete e para mim peguei algumas torradas. Deixei tudo na bancada e subi. Entrei no meu quarto e vinha barulho do banheiro.

Peguei algumas roupas e me troquei. Bati na porta do banheiro de leve e a mesma se abriu rangendo e ele saiu de lá. Estava com suas roupas normais, o moletom azul com detalhes congelados e a calça marrom desbotada.

Essas roupas ficavam muito bonitas nele, não tanto quanto as de ontem, mas de fato combinavam muito com ele. Entrei no banheiro e lavei meu rosto, olhando para o espelho percebi qe ainda estava com cara de sono fiz o restante e sai.

Desci as escadas e ele tomava o sorvete no sofá-cama, era até bom ter ele ali. Saímos uns 10 minutos depois, o céu estava completamente branco e o dia parecia ser cinza como em filmes antigos, mas estava lindo.

Era um silencio gostoso que só era quebrado por nossos passos ou carros que passavam uma vez ou outra. Olhei para Jack e sua cabeça estava erguida e seus olhos fechados, segurava minha mão enluvada, e em seu rosto tinha um lindo sorriso.

Sorri para aquilo, ele era tão simples, bem não sei se está é a palavra, despreocupado? Puro? Belo? Eu realmente não sei qual palavra se adequa a ele. “Meu?” Sim, com certeza meu. Chegamos ao colégio.

E ele estava como sempre Melequento importunava alguém, algumas pessoas conversavam outras adentravam o prédio e Astrid estava sentada no corrimão rindo e conversando assim mesmo como se nada tivesse realmente acontecido.

Quando nos viu arregalou os olhos, mas este logo mudou para um olhar furioso e carregado de desprezo. Passei pelo lado do prédio como fazia na maioria das vezes, puxando Jack que estava furioso após ver a loira maldita.

O vento começou a soprar forte ao nosso redor, apertei sua mão e o vento diminuiu até se dissipar, ele olhou para mim acordando e então sorriu tristemente para mim, comprimi os lábios não sabia muito bem o que dizer.

–Está tudo bem, eu estou aqui, não vou deixar com que ela chegue perto de você outra vez. – disse segurando o rosto dele entre as mãos.

Ele assentiu e seu sorriso se tornou doce, olhei em volta e vi que não havia ninguém por perto. Dei-lhe um rápido selinho e depois o puxei para dentro do prédio. O sinal tocou e a multidão foi se dissipando.

Deu se inicio a aula de álgebra, Astrid resmungava muito a minha frente, queria ir até o buraco mais fundo do mundo cavar mais um pouco e depois joga-la dentro. Quando o sinal tocou a voz de Bocão ecoou pela sala.

–Ethan Kings e Jack Frost, fiquem preciso falar com vocês. – essa frase quase parou meu coração.

Todos saíram apressados cochichando sobre nos, a loira-vagaba piscou para mim antes de sair, pensei em xinga-la ou mostra-la o dedo do meio, mas provavelmente eu já estava encrencado.

Estávamos em frente à mesa de Bocão de pé, ele parou de mexer em alguns papeis sobre a mesma. Ajeitou os óculos e entrelaçou os dedos sobre a mesa e alternava o olhar entre mim e Jack que estava do mesmo jeito que eu.

–Os dois faltaram por cinco dias, isso da uma semana letiva. Agora qual é a desculpa de vocês? E saibam que seus pais já foram notificados. – disse com sua voz alta de natureza, mas impassível enquanto ainda alternava o olhar.

–Nos saímos para comer fora juntos e ficamos até tarde na rua e como iriamos sair não nos agasalhamos bem eu e Ethan acabamos doentes. – disse Jack calmamente. – Eu fiquei em sua casa todo esse tempo, sua babá Nancy cuidou de nos.

–Isso é tudo verdade Sr. Kings? – indagou ao olhar para mim.

–É sim, senhor. – respondi calmamente.

–Bem, não fiquem mais até tarde na rua e se agasalhem bem, principalmente você Frost, suas roupas estão bem poucas. – disse e fez um gesto para que saíssemos.

Ficamos na mesa de pedra de sempre, Jack estava distraído então achei melhor não puxar assunto. A loira apareceu minutos depois, tem pessoas que você odeia tanto que tudo que elas fazem-te da vontade de mata-las.

–Oi. – disse ela ao se sentar a nossa frente.

–Oi sua desgraçada. – disse afiado Jack apertou minha mão por baixo da mesa para que eu me acalmasse ou iria socar aquela garota.

–Nossa qual o motivo de tanta revolta? – disse sorrindo sarcástica.

–Sabe eu sempre achei que você fosse uma pessoa ruim só não sabia o quanto. – cuspi as palavras desviando o olhar.

–Eu te avisei que era meu não quis ouvir. – disse.

–Então por que bateu nele? Sua puta de merda! – exclamei dando um soco na mesa.

–Se acalme Hic. – disse Jack.

–Foi um aviso para ele, mas eu deveria mesmo ter pego você. – disse olhando para mim. Deu de ombros. – Mas eu não sabia onde você morava e bem eu tenho de ir, beijo.

–Vai dar. – disse à vê-la se afastar.

–Com certeza. – disse Jack. – Fico feliz por ver você brigar por mim, mas não se meta com ela, por favor, te ver machucado ia ser horrível para mim então...

–Não se preocupe. – disse sorrindo.

~*~

No final da aula insisti que eu pudesse leva-lo até sua casa, depois de muito discutir ele aceitou a contra gosto. Na porta de sua casa ele me convidou para entrar dizendo que não havia ninguém em casa, aceitei.

Não era muito grande apenas um andar, as paredes eram azul claro e o sofá “Não era cama.” Branco em um canto da sala, uma TV e uma lareira onde o fogo crepitava. Deixei meu casaco atrás da porta.

Jack me levou até seu quarto que era grande demais para só ele, sua cama estava congelada tanto quanto o chão ao seu redor. Seus pais com certeza sabiam sobre isso então não me importei. Havia uma mesa do lado esquerdo da cama e lá havia papeis livros e gelo.

Na mesa também havia um porta retrato, nele havia uma garotinha com Jack, ela tinha os cabelos castanhos como seus olhos. Uma parte do mesmo estava congelada o peguei em mãos e o estudei Jack sorria.

–Essa é Emma. – a voz suave de Jack invadiu meus ouvidos.

–Ah... – resmunguei ainda com o objeto em mãos.

–Sinto tanta falta dela. – disse em um suspiro. – Mas Odin me abençoou com você.

Não respondi apenas sorri, provavelmente diria alguma besteira. Voltamos a sala e ficamos no sofá, ele me contou sobre Emma e que seu pai se afastou dele desde a morte dela. Ele parecia ter dificuldade para falar sobre aquilo.

Eu o abracei e ele acabou por chorar um pouco e então adormecer, fiquei pensando em como ele pode culpar Jack por isso. Ouvi a porta se abrir rangendo o que me chamou atenção e fez meu olhar se fixar na mesma.

Sua mãe tirava o casaco e ainda não havia nos visto ela nos olhou de relance e depois olhou novamente surpresa e corou. Eu sorri para aquela cena era meio estranha sim, mas a mãe de Jack não disse nada apenas sorriu.

–Eu já estava indo. – sussurrei para não acordar Jack, ela assentiu. Caminhou até nos se sentou ao lado de Jack e tocou seu rosto.

–Você faz bem para ele, obrigada Ethan. – disse ao sorrir. – Sabe desde que... Emma se foi, Jack se fechou para nos, seu pai o culpou pela morte dela.

Ouvi aquelas palavras carregadas de tristeza e remorso, Anna parecia ser forte perante isso, mas isso apenas demonstrava o quanto ela sofria por dentro e talvez até mais que Jack. Emma era sua filha afinal.

–Ele começou a chegar tarde em casa, mas sabe eu nunca fui capaz de questiona-lo, mas eu o segui. – disse ela. - Ele passava as tardes, todas elas no lago onde Emma morreu. Ele já até dormiu lá algumas vezes. – aquele era um assunto delicado então apenas assentia. – Ah isso pode parecer estranho, mas Jack lhe contou sobre o gelo?

Demorei um certo tempo para entender o que ela quis dizer, mas logo percebi que se tratava de seus poderes. Eu realmente não sabia o que dizer para ela um simples “Sim?” Bem era a melhor opção que eu tinha.

–Se a senhora se refere aos poderes, ele me contou sim. – disse.

–E você não tem medo? – indagou.

–Não, bem quando aconteceu da cama congelar. – ela corou. – Eu fiquei com medo, mas ele me explicou tudo.

–Você deve ser a melhor coisa que aconteceu conosco até agora. – disse ela ao se levantar.

Ela sumiu corredor adentro, olhei para Jack que ainda dormia serenamente em meu colo. Tentei solta-lo, mas ele acabou acordando, me levantei devagar vendo ele se espreguiçar. Olhei para o corredor depois para a janela, eu teria de voltar.

–Tenho que ir para casa, logo Nancy vai chegar. – disse ele se levantou e me abraçou.

–Posso te levar? – indagou enterrando a cabeça na curva do meu pescoço.

–Não, é muito perigoso você voltar sozinho. – eu disse.

–E se eu voltar voando? - perguntou.

–Não eu vou e você vai ficar aqui até eu vir te buscar amanha, entendeu? – questionei.

–Vai me levar a escola? – perguntou rindo.

–Vou, Anna? – chamei-a levantando a voz.

–Sim? – ela apareceu na sala secando as mãos em um pano. Jack me soltou e ela deu um risinho.

–Não deixe Jack sair até eu vir busca-lo amanha tudo bem? – perguntei. Ela assentiu ficando vermelha. – Entendeu Jack? Fique quietinho aqui.

–Ah vocês são tão fofinhos. – comentou Anna.

–Mãe pode nos dar licença? – disse Jack. – Eu quero beija-lo.- meu rosto ferveu e ele sorriu.

–Ah só por que eu queria ver. – resmungou ela e se virou de costas. Ele agarrou minha cintura e selou nossos lábios, mas mesmo sem aprofundar foi intenso. Ele me soltou e lambeu seu lábio superior. – Já posso olhar?

–Pode sim. – eu disse. – Fique de olho nele e eu quero ir patinar amanha Jack. – Vesti meu casaco e Anna me abraçou.

–Obrigada. – ela sussurrou.

"Acho que quem me fez bem foi Jack."


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Notas finais do capítulo

LEIA É IMPORTANTE!!!!!!
Bem como eu disse a Historia vai acabar em um cap bônus que terá lemon "Uhuu" Mas não vai ser assim dependendo de vocês Eu escrevi uma continuação e eu vou postar caso no ultimo cap ou seja o bônus as pessoas aparecerem e ter muita gente querendo a continuação caso não a Historia vai acabar no bônus mesmo okay? Bem comentem por favor eu amo muito vocês e não se preocupem se eu demorar muito eu nunca vou abandonar uma historia (Quanto a outra eu perdi o final dela então terei de reescrever, mas que ela será postada será The first and the last) Bjs até