Percy Jackson e as alianças de prata. escrita por Ana Paula Costa


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Gente, tá entregue. Amanhã venho com mais surpresas...
Amo vocês mais do que lasanha, mas não tanto quanto amo percabeth kkk FALANDO EM PERCABETH...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/450428/chapter/8

Annabeth mantinha os olhos em mim esperando que continuasse, mas ao invés disso eu apenas sorri, mantendo o suspense. Eu não queria entregar o jogo logo de cara. Era óbvio que ela já suspeitava de alguma coisa, então eu daria tempo ao tempo. Quando mais curiosa ela estivesse , mais surpresa ela ficaria.

–Vamos começar abrindo com os pedidos- Disse o vocalista da banda cover revirando a caixinha- Arthur Simons para sua mãe Angelina Simons, I’ll be there for you. Ok, Vamos tocar!

A musica começou, algumas pessoas pararam de conversar para ver a banda com seu espetáculo. As cordas das guitarras se movimentavam de uma maneira fantástica, o vocalista cantava com naturalidade, sua voz se parecia muito com a do vocalista do Bon Jovi original.

–Eles são muito bons- apontei para a banda

Annabeth concordou

–Parece que fazem isso á muito tempo...

O garçom chegou com nossa pizza e as bebidas, ele encheu nossos copos e nos serviu. Em suas mãos outras dezenas de garrafas e copinhos de licor.

–Mais alguma coisa?

–Agora não. Talvez mais tarde.

O garçom ajeitou as garrafas na bandeja e se foi para a mesa seguinte.

–Meu pai vai passar o natal em Idaho, com a família da minha madrasta- Annabeth deu um gole em seu refrigerante.

–Então você não vai para a Califórnia no natal?- Perguntei enquanto cortava a pizza e jogava o catchup- Quem sabe você não queira passar o natal em casa, minha mãe e Paul vão adorar.

Annabeth sorriu de lado, charmosa- Só eles?

Joguei a cabeça para trás e bufei risonho. Ela sabia muito bem a resposta, ninguém ficaria mais feliz do que eu se ela resolvesse ficar em Nova York comigo.

–Eu também ficaria,seria o nosso primeiro natal juntos depois que começamos a namorar- Eu não conseguia tirar os olhos dos dela, e quando ela sorriu, aquele sorriso cheio de dentes, imaginei como seria daqui pra frente, quando eu trocasse aquelas alianças por umas muito mais duradouras.

–Ei- ela me cutucou- No que está pensando?

–Na hora certa você vai saber- sorri do jeito mais irônico que consegui. O sorriso que antes ela odiava, mas que passou a amar.

Annabeth pegou minha mão a apertou com força, entrelaçando os dedos nos meus- Por que esse suspense? O que está aprontando?

As alianças pesavam uma tonelada dentro da minha jaqueta, minhas mãos e garganta formigavam toda vez que ela tocava no assunto. Eu tinha que encontrar uma maneira que continuar conversando, mantendo-a entretida até que eu achasse que já era hora. Mas eu estava disposto a tortura-la por mais tempo.

O musica acabou. Batemos palmas junto com a multidão que se formara dentro do restaurante.

O vocalista remexeu dentro da caixa e pegou um guardanapo com escritas em dourado. Meu coração pulou.

All about lovin’ you de Percy Jackson para Annabeth Chase.

A banda começou a tocar. Senti minhas bochechas queimando. Annabeth estava do mesmo jeito, mas me encarava com olhar meigo, tão doce que eu quis beija-la ali e agora.

–Essa musica é linda- Ela me olhava com os mesmos olhos, chegando mais perto- Amo você.

Quando dei por mim estava debruçado sobre a mesa, com os lábios dela nos meus.

As pessoas nas mesas ao redor da nossa assoviaram e bateram palmas, a banda cantou com mais vontade, e quando a musica acabou ainda estávamos nos beijando.

O vocalista continuou a fazer os sorteios. Olhei para seus olhos depois para seus lábios, com o gosto deles ainda na boca. Não via hora mais perfeita do que essa para entregar as alianças, ela já estava lesada com tanto romantismo, ela com certeza cairia nos meus braços depois disso.

–Você tinha me perguntado se eu havia feito mais alguma coisa além de pagar as contas... E sim, eu fiz sim...

Ela me olhava atentamente.

–Hoje acordei com vontade de fazer algo diferente, algo que eu deveria ter feito logo que começamos a namorar, mas ainda dá pra corrigir...- tirei a caixinha de dentro do bolso da jaqueta, os olhos de Annabeth se arregalaram.

–O que é isso?- ela perguntou, sua testa ficou franzida

Abri a caixinha de veludo- Essas são de prata. Algum dia eu teria que deixar mais que oficializado, então enquanto eu não arrumo grana para as de ouro...- peguei a aliança grossa de prata incrustada de pedras azuis e coloquei em seu anelar direito, cabendo perfeitamente, como se tivesse sido feita sobre medida.

Ela olhou o outro par,o que me pertencia, e leu as gravuras dentro dela. Ela leu seu nome silenciosamente, movendo apenas seus lábios rosados.

–Annabeth, quer namorar comigo?

Eu já havia feito essa pergunta á dois anos antes, mas agora era diferente.

Annabeth ficou sem jeito. Ela tentou esconder, mas estava emocionada. Ela passou delicadamente os dedos nas pedras e sorriu para cada uma delas.

Perdi a noção do que estava acontecendo. Senti seus lábios nos meus mais uma vez, e quis ficar ali para sempre.

–Eu aceitaria mil vezes se você pedisse- ela disse entre o beijo- Eu aceito.

As pessoas ao redor começaram a se sentir incomodadas. Outras sorriam e comentavam, encantados.

–Só queria ter feito isso antes...

Segurei suas mãos nas minhas, acariciando-as.

–Acho melhor nós terminarmos essa pizza- Annabeth olhou para seu prato.

Concordei. Estava morrendo de fome.

Comemos e conversávamos todo o tempo, ela insistiu pra calçar em mim as alianças e sempre perguntava se eu não tinha gasto dinheiro demais. Mesmo o preço tendo sido meio alto, eu nunca diria á ela, eu pagaria o que fosse para vê-la feliz.

Pedimos a sobremesa; ela uma salada de frutas e eu sorvete na taça, mas Annabeth teve que me ajudar com o sorvete; o garçom não avisara que a taça era quase todo o pote. Eu e Annabeth riamos tentando encontrar o fundo, mas só havia mais e mais sorvete.

Conversamos mais um pouco rachando uma garrafa de água e trocando uns beijos, até decidirmos fechar a conta.

–A conta de vocês já foi paga- informou o garçom- A dona do restaurante disse que a conta de vocês seria por conta da casa...

Eu e Annabeth nos entreolhamos, não sabia o porquê nem como isso teria acontecido.

–Ela deu motivos?-perguntei

–Ela disse que você era um bom rapaz, e que faria questão de que tudo o que vocês- ele olhou para mim e para Annabeth- consumissem neste estabelecimento seria por conta da diretoria.

Eu não tinha dado muita atenção para nada há minha frente além de Annabeth, mas sobre as mesas haviam vasinhos com tulipas amarelas, as mesmas que eu pagara por quarenta e cinco arranjos hoje cedo para uma senhora.A dona do restaurante.

Meu sorriso era tão grande que mais tarde a NASA teria fotos dele visto do espaço.

–O que está acontecendo?- quis saber Annabeth, apertando a minha mão.

–Hoje cedo entrei em uma floricultura- me lembrei que tinha esquecido o buquê que comprara para ela no carro- e ajudei uma senhora que tinha esquecido o cartão de crédito e não podia pagar por tantas flores, mal sabia eu que ela era dona desse restaurante...

Os olhos de Annabeth brilharam.

–Isso foi muito gentil, estou orgulhosa- ela se levantou- Queremos agradecê-la disse para o garçom.

Ele se virou e pediu que o seguíssemos.

Peguei a mão de Annabeth e junto com nosso garçom entramos num corredor ao lado da porta da cozinha, fechado por uma porta branca com vidro esfumado.

Passamos por outras duas portas fechadas até entrarmos numa que estava entreaberta. O proprietário tinha um ótimo gosto para decoração; duas grandes janelas com persianas cobriam a parede atrás de uma mesa de escritório, sobre ela haviam porta retratos e um grande vaso de vidro com tulipas amarelas e um computador de mesa e telefone. Do outro lado havia uma bancada com uma cafeteira e biscoitos e mais porta retratos.

Atrás da mesa havia uma senhora vestindo um terno muito elegante azul, colar de pérolas, suas mãos repletas de anéis e o cabelo escovado. Ela não se parecia com a senhora que eu ajudara hoje de manhã.

Em sua frente havia uma plaquinha com seu nome, Margareth Parker. Ela sorriu e se levantou para nos abraçar.

–Fiquei muito feliz quando cheguei e o vi acompanhado de uma moça tão bonita- Ela olhou para Annabeth com ternura- Você não sabe o cavalheiro que tem ao lado, querida- ela passou a mão por seu rosto da mesma forma que fizera comigo.

Annabeth sorriu com carinho- Na verdade- Ela apertou minha mão- Sei sim, sei o quanto sou sortuda, e não vou deixa-lo escapar.

A senhora sorriu.

– E você...

–Percy

–Percy.Hoje quando saí da floricultura desejei poder te recompensar de alguma forma. Então quando cheguei e vi você sentado em uma de nossas mesas eu sabia o que tinha que fazer. Fico muito feliz e grata por ter me ajudado...- Ela me abraçou mais uma vez.

Tudo bem, meu dia pode ter começado de um jeito muito ruim, mas ver o quanto Annabeth ficara feliz com o presente- que eu devia ter lhe dado anos antes- e a senhora que eu ajudara com as flores, de certa forma, ser perseguido por macacos nem de longe poderiam estragar uma noite como essa.

–Venha quantas vezes quiser- disse ela por fim- Sua conta sempre será de graça.

Agradeci, mesmo eu nunca aceitando tal oferta.

Margareth beijou minha testa e a da Annabeth, então nos despedimos e voltamos pelo mesmo corredor, passamos em frente à banda que fazia um convite á todos os ouvintes.

–É o seguinte- começou ele- Estamos abrindo espaço para quem quiser contar conosco ou sozinho, é só falar com a gente e combinar a musica.

Puxei Annabeth para uma mesa de frente para o palco e me voluntariei sem hesitar. Talvez mais tarde eu me arrependa, e ver todas essas pessoas olhando para mim, esperando que eu faça algo humilhante, mas todas as vezes que cantei perto da minha mãe ela disse que eu cantava muito bem. Mas não sei se ela diz isso para me agradar ou estava sendo sincera.

Peguei o micro fone e minha garganta ficou seca. Olhei para Annabeth e me concentrei, imaginei só nós dois ali, sem ninguém para incomodar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pessoas, vcs devem ter notado minha grande paixão por Bon Jovi, espero que tenham clicado e visto as letras, que inclusive, separei-as em português. Espero que tenham gostado.
ACEITO SUGESTÕES.
bjos.