Money Make Her Smile escrita por Clarawr


Capítulo 9
You’re a bad girl and your friends bad too


Notas iniciais do capítulo

OLÁÁÁÁÁÁ Á Á Á FLORES DO CAMPO, COMO ESTÃO?
Oi, genteeeeeeeee, eu estou muito feliz hoje! Eu sei que demorei para postar, mas avisei que as coisas estavam complicadinhas para o meu lado. Para vocês terem noção, nas últimas três semanas não almocei em casa NENHUM diazinho. Passei os últimos 20 dias direto na escola até mais tarde, estudando e fazendo meus trabalhos. Tá complicado.
Enfim, com o feriadão, resolvi botar a cabecinha para trabalhar e o capítulo saiu. Eu tive muito cuidado com esse capítulo, porque ele é um dos mais importantes da fic e eu queria que ele ficasse perfeitinho. E FICOU!!!!!!! GENTE DO CÉU, ESSE CAPÍTULO TÁ DESTRUINDO CARREIRAS, MODÉSTIA A PARTE E VCS VÃO LOGO ENTENDER PORQUÊ AODPIASKKEJAKJHAKJDAPD
Sério, eu amei cada linha desse capítulo, me diverti muito mesmo escrevendo-o e eu espero que vocês se divirtam lendo. Eu tinha planejado falar mais coisas nessas notas, mas esqueci, então qualquer coisa eu coloco depois.
Música do título: Party – Beyoncé feat. J Cole e a música do capítulo é Get Lucky, do Daft Punk. Aliás, acho que nunca uma música do capítulo teve tanto a ver com o capítulo em si. Inclusive eu até recomendo que vocês leiam ouvindo essa música, porque eu escrevi tudo isso aí escutando Get Lucky kkkkk. Essa música tem uma vibe sensacional.
Vejo vocês nas notas finais



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“She’s up all night till the sun

I’m up all night to get some

She’s up all night for good fun

I’m up all night to get lucky

We’re up all night to get lucky”

Annie já estava prestes a perder as estribeiras quando ouviu seu celular apitar anunciando uma nova mensagem. Era Finnick, obviamente. Ele vinha sendo o mais freqüente remetente de mensagens em seu celular na última semana.

– Olha só, ele chegou. – Ela disse, praticamente esfregando o celular com o “Estou aqui embaixo” de Finnick na cara das duas amigas. – Eu vou descer e vou largar vocês aqui. Ou então vão como estão. – Ela apontou para Katniss e Johanna, que vestiam ambas apenas suas calcinhas e sutiãs.

– Dá para você ser um pouco menos impaciente? – Johanna perguntou enquanto enfiava seu vestido roxo escuro e analisava o resultado no espelho do quarto de Annie. – A festa começa às onze horas. Desde quando é maneiro chegar na hora que a festa começa, Annie Cresta?

– É coisa de gente que não tem vida social e fica desesperado para aproveitar qualquer festinha que aparece. – Katniss confirmou. – Vocês acham melhor um vestido ou essa saia? – Ela apontou para uma saia listrada atirada em cima da cama de Annie.

– A saia. Eu e a Annie já estamos de vestido. – Johanna palpitou, prendendo uma pulseira delicada no pulso.

– Não interessa! – Annie esperneou. – Vocês querem que eu deixe o Finnick esperando lá embaixo?

– Manda ele subir, ué. – Disse Johanna, simplificando a questão.

Annie já estava pronta há no mínimo meia hora. Ela havia optado por um vestido vinho acinturado e uma trança no cabelo, embora as tranças fossem marca registrada de Katniss. Ela não quis elaborar muito o visual para que Finnick não pensasse que ela gastava tempo demais de sua vida em função dele, então passou apenas uma maquiagem para destacar os olhos e calçou suas sapatilhas prateadas. Nada de salto, nada de maquiagem elaborada, nada artificial.

– Não acredito que vocês vão me obrigar a isso.

– Até parece que ele vai morrer por ter que nos esperar dez minutos, Annie. – Katniss disse, impaciente.

Annie havia combinado de ir à festa com Finnick, mas ele oferecera carona para Katniss e Johanna assim que soube que elas realmente iam ao evento. Provavelmente tentando ganhar Annie provando sua gentileza mais uma vez. Dizem que se suas amigas gostam do seu futuro namorado, suas chances de firmar um relacionamento com ele sobem 77%. A aprovação no grupo é fundamental, não é?

Annie bufou, sentindo a irritação fazer cócegas em seu estômago. Digitou no teclado de seu celular. “As atrasadinhas ainda vão demorar uns dez minutinhos para descer. Você quer subir e esperar aqui?”

A resposta chegou menos de um minuto depois “Como eu sei que os dez minutinhos de uma mulher significam no mínimo vinte, acho eu vou aceitar a oferta. Não vou atrapalhar nada?”

“Sem perigo de acidentalmente ver alguma donzela em trajes íntimos.” Ela respondeu.

“Que pena” Foram as duas palavras que fizeram seu celular apitar pela última vez antes de, poucos minutos depois, a campainha berrar.

Annie correu para atender e, apesar de não ter se dado conta, sorriu antes mesmo de abrir a porta.

– Oi. – Ela disse timidamente e por algum motivo esse cumprimento soou exatamente igual ao que ela dispensou a Finnick na boate no dia que eles se conheceram.

– Oi. – Ele respondeu e encostaram os lábios suavemente. Foi natural. Nenhum dos dois achou estranho ou forçado, nem pensaram em outra maneira para se saudarem.

Preciso dizer que quando chega-se ao ponto de cumprimentar com selinho a coisa já está pra lá de séria? Acho que vocês conseguem chegar a essa conclusão sozinhos.

– Puta merda, eu estou muito gorda. – Ouviu-se a voz estridente de Johanna reclamar dentro do quarto. Annie e Finnick se entreolharam e não conseguiram conter uma risada.

– Desculpe por isso. – Ela falou. – Não era como eu esperava te receber.

– Acho que corre-se esse tipo de risco quando você entra em uma casa com duas mulheres se arrumando para uma festa.

– Não consigo mais malhar, minha bunda caiu toda. – Katniss choramingou e Annie sentiu o rosto esquentar.

Afinal, para que servem os amigos, não é mesmo?

– Me dá um minutinho? – Ela pediu, sentindo a vergonha correr por suas veias misturada com o sangue que corava suas bochechas. – Entra, fica à vontade, pode sentar onde quiser. – Ela disse, disparando para dentro do quarto.

Annie escancarou a porta do quarto com cara de quem estava prestes a atirar as duas amigas janela abaixo.

– Vocês têm alguma doença? – Annie sibilou, tentando manter a calma. – O Finnick está aqui.

Katniss e Johanna se entreolharam.

– Estávamos falando alto demais? – Annie contraiu os lábios como um pedido de desculpas.

– Acho que agora ele está meio que ciente da sua gordura. – Apontou para Johanna. – E da sua bunda caída. – Apontou para Katniss.

– Você também, hein, Annie? – Johanna sibilou, no mesmo tom de raiva de Annie. – Nem para avisar que tinha convidado-o para subir!

Annie fechou os olhos e suspirou. Era por isso que ela preferia se arrumar sozinha.

– Só... – Annie suspirou, desistindo de tentar colocar algum senso na cabeça das amigas. – Andem logo com isso aí, tá? E evitem falar sobre coisas como bunda caída, gordura, menstruação, absorvente ou camisinha enquanto estão aí.

As duas assentiram e Annie voltou para a sala, sorrindo docemente para um Finnick sentado no sofá.

– Releve. – Annie pediu.

– Já relevei. – Respondeu Finnick, segurando uma risada. – Aliás, você está linda.

– Obrigada. – Ela respondeu, apesar de estar um pouco cansada de ouvir Finnick falar que ela estava linda toda vez que ele se encontravam. Para Annie não parecia natural, porque por mais que ela soubesse que era linda sempre, havia dias que ela parecia estar melhor. E ela preferia ser elogiada somente nesses dias. Era chato já contar com o elogio. Ela preferia que fosse uma surpresa.

Por outro lado, ela não entendia que era difícil para um homem - qualquer homem - não elogiá-la sempre que ela entrava no campo de visão. Na visão embaçada de um cara, Annie só parecia estar melhor a cada dia, de modo que os elogios também deveriam se renovados a cada encontro.

Ouviu-se o clique da maçaneta sendo forçada para baixo e Annie temeu que as amigas houvessem esquecido da presença de Finnick e tivessem resolvido ir até o banheiro pegar um rímel vestindo somente as roupas íntimas.

– Viu? Menos de dez minutos. – Katniss disse, ajeitando um brinco na orelha.

– Finalmente! – Annie exclamou, olhando as duas de cima abaixo. Ambas estavam lindas, Johanna em seu vestido arroxeado e Katniss com sua saia listrada em azul e branco e sua blusa azul clara no melhor estilo marinheira. – Estou esperando essas duas há uns quarenta minutos.

– Jura que você já vai começar a falar mal da gente, Annie? – Johanna reclamou, aproximando-se de Finnick para cumprimentá-lo. – Oi, Finnick. Eu sou a Johanna. – Ela disse, beijando-o no rosto.

– E eu sou a Katniss. – A morena se apresentou, beijando-o no rosto também. – E qualquer coisa que a Annie tenha te falado sobre nós é mentira, embora eu duvide que ela tenha nos mencionado porque vocês têm coisas melhores para conversar quando estão juntos.

– Ela é uma mentirosa? – Finnick perguntou à Katniss, sussurrando alto o suficiente para que Annie ouvisse e soubesse que seu futuro namorado e sua melhor amiga estavam brincando às suas custas nos primeiros minutos de conversa.

– É melhor você não acreditar em nenhuma palavra do que ela diz. – Katniss confirmou.

– Obrigado pelo aviso. – Ele respondeu, fingindo uma expressão séria.

–Olá. – Annie disse, alteando a voz. – Eu estou aqui. – Ela segurou o braço de Finnick. – E embora seja fascinante ver vocês três se dando bem ao ponto de se juntarem para caçoar de mim comigo aqui do lado, podemos ir?

Finnick riu.

– Vamos, moças. E eu prometo a vocês que estamos nos encaminhando para o melhor open bar de todas as faculdades cariocas. – Ele disse, então Annie abriu a porta e os três tomaram o elevador rumo à garagem.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Quando chegaram à cobertura do prédio de número 87 em Laranjeiras, zona sul do Rio de Janeiro, uma nuvem de sentimentos diferentes tomou conta dos quatro.

Johanna imediatamente lembrou-se de suas festas da época da faculdade e sentiu uma felicidade gostosa preencher seu peito. Ela sentia falta das aulas, dos colegas e, por mais estranho que pareça, até das noites viradas sobre os livros de Direito Romano. Porque tudo isso ainda era meio lúdico. Era como as coisas que aprendemos na escola e descarregamos em algum lugar ermo de nosso cérebro pensando que esse conhecimento nunca vai voltar à tona. Mesmo estando na faculdade e estudando aquilo que ela decidira estudar para ganhar a vida, ainda havia coisas que ela se permitia deixar para lá. Mas agora, na vida real ela não podia mais fazer isso. Ela não podia mais deixar os detalhes passarem. E Johanna sentia muita falta disso.

Katniss se sentiu mais legal do que nunca, quase que voltando aos tempos da escola em que ela se sentia incrivelmente poderosa ao andar com os populares. Não que ela nunca tivesse ido a uma festa assim antes, mas sabe-se lá porque agora ela se sentia um pouco mais solta.

Annie e Finnick sentiram quase a mesma coisa, o que indicava uma perigosa afinidade sentimental. Simplificando, eles sentiam como se aquela festa fosse deles e não restasse nada a se fazer além de aproveitarem a companhia um do outro e dançar sem se preocupar com o amanhã.

– Uma bebida para as meninas. – Finnick disse, puxando Annie pela mão e vendo Johanna e Katniss seguirem-na. Eles andaram alguns metros e encontraram uma mesa que fazia as vezes de bar. – Aqui é o nosso bar e esse é o nosso barman, Marvel. – Finnick apresentou as meninas ao cara atrás da mesa. – Qual é a boa de hoje, Marveloso?

– O céu é o limite, Finn. – Mervel respondeu, arrancando um sorriso sincero das três garotas. Essa fase soava como música aos seis ouvidos femininos presentes.

– Quero o de sempre. – Finnick pediu.

Marvel pegou uma coqueteleira e misturou morango batido com leite condensado com uma dose reforçada de vodca. Em alguns minutos, estava pronto.

– Hm, perfeito como sempre. – Finnick disse. – Tu é sensacional, Marveloso.

– Dá pra fazer um desse com mais o que além de morango? – Katniss perguntou.

– Tem com maracujá, banana e limão com mel e açúcar.

As três se entreolharam e sorriram. Katniss entendeu o recado.

– Um de cada, por favor. – Ela pediu.

Assim que as bebidas ficaram prontas, os quatro trocaram seus copos até que todos houvessem provado os quatro drinks diferentes. Então, Annie e Finnick se retiraram para o canto da pista e Katniss saiu para dar uma circulada com Johanna.

– Sabe o que é triste? – Johanna indagou, os olhos fixos no movimento da festa. – A gente nunca vai ter a sorte da Annie e conhecer um cara tão legal como o Finnick.

Katniss assentiu, bebendo seu drink.

– Sei do que você está falando. – Ela virou e observou Finnick e Annie dançando juntos. – Essa puta não merece a sorte que tem, merece? – Ela riu se virou de frente para a pista novamente, mexendo os quadris no ritmo da música.

Algumas músicas depois, quando Johanna e Katniss já haviam feito um levantamento dos rostos interessantes da festa e estavam prestes a começar uma estratégia mais ofensiva – se é que vocês me entendem. -, Johanna sentiu um cutucão no ombro. Ela se virou assustada, fazendo Katniss se virar também para ver de onde vinha a interrupção.

– Ei. – Annie disse. – O Finnick quer apresentar os amigos dele para vocês.

Johanna e Katniss se entreolharam.

– Me diz, pelo amor de Deus, que eles são bonitos. – Johanna implorou.

Annie sorriu diabolicamente.

– Você só vai descobrir se for lá vê-los.

As duas bufaram. Pra que tanto mistério? Por outro lado, pensaram que pelo estudo já feito dos rostos masculinos da festa, não havia ninguém totalmente não atraente rondando por ali. Então decidiram tentar a sorte.

– Vamos. – Disse Johanna, puxando Katniss pelo braço.

As duas puxaram suas saias para baixo, passaram os dedos pelos cabelos e se equilibraram em cima de seus saltos. Seguiram Annie, que atravessava a festa na direção do canto onde há poucos minutos ela dançava com Finnick.

– Olha elas aqui. – Annie disse, mas as duas mal escutaram a voz da amiga.

Das duas, Katniss foi a que mais precisou se esforçar para não largar o drink em sua mão no chão. Seus dedos apertaram firmemente o copo de vidro, mas ela não pode deixar de abrir a boca e mantê-la aberta por um longo tempo diante do rosto incrivelmente familiar que se encontrava em sua frente, ao lado de Finnick.

Cabelo louro claro liso que caia sobre sua testa, pequenos olhos azuis elétricos. Era ele. Peeta Mellark.

– Puta que pariu. – Ela disse, tomando cuidado para manter a voz inaudível.

E de repente tudo voltou a sua mente: o momento em que ela o viu e o perguntou como voltar para casa, ele se oferecendo para acompanhá-la no ônibus, a viagem, as frases marcantes, seu esforço para parecer atraente e descolada; até o gosto do picolé de graviola que eles tomaram juntos bombardeou seu cérebro. Katniss foi tomada por todas as sensações que teve naquele dia: tudo se misturou e ela deu um passo para trás, cambaleando em seus saltos.

Pelo visto, o acaso havia resolvido ser realmente gentil com ela e deu um jeitinho de empurrar Peeta em sua vida mais uma vez.

– Katniss? – Ela ouviu sua voz cantarolar seu nome.

Arriscou olhar para seu rosto. Ele trazia um sorriso incrédulo na cara.

Ela sentiu um sorriso se espalhar por seu rosto quando o choque finalmente parou de remexer suas entranhas. Era ele. Ele. De novo.

Ela soltou uma gargalhada ruidosa e os dois se abraçaram sob os olhos confusos de todos os outros presentes.

– Vocês já se conhecem? – Annie perguntou, olhando os dois desconfiada.

Katniss ainda ria – talvez já estivesse ficando meio bêbada. – quando olhou para Peeta, esperando que ele explicasse a incrível coincidência.

– É, pode-se dizer que sim. – Agora era Peeta que ria. – Eu não acredito nisso. – Ele comentou, os olhos fixos em Katniss.

– Nem eu! - Ela exclamou.

Diante dos olhares desconfiados dos outros quatro, Katniss contou brevemente a história do primeiro encontro dos dois.

– E aí depois que eu entrei no metrô, achei que nunca mais fosse vê-lo. – Ela comentou, deixando um pouquinho da surpresa ainda latente em seu peito transparecer na voz. – Mas aqui estamos, não é? – Ela finalizou, olhando para ele e se dando conta só naquele momento que seu braço ainda repousava sobre os ombros largos de Peeta e o braço musculoso dele ainda estava entrelaçado à sua cintura.

– Que loucura. – Finnick comentou, rindo. – Bom que vocês já se conhecem. Johanna, como você não o conhece, esse é o Peeta. – Eles se cumprimentaram e sorriram, mas Johanna já havia percebido o clima que começava a tomar forma ali. - Katniss e Johanna, esse é o Gale.

Johanna também segurou com força seu copo e respirou pela boca. Olhou timidamente para Gale e precisou respirar fundo mais uma vez.

“Graças a Deus eles são gatos” , ela pensou, sentindo um sorriso pervertido esticar seus lábios.

As duas beijaram o rosto do moreno dos olhos cinzentos, que assim como Johanna percebeu uma sintonia invisível entre Peeta e a morena de olhos cinzentos como os deles.

Katniss. Ele pensou, tentando ligar o nome à figura da menina de cabelos pretos e lisos à sua frente. Ela era muito bonita. Ela tinha uma simplicidade difícil de se encontrar nos dias de hoje, onde as garotas se esforçam até o limite para destacar seus atributos físicos. E apesar de entender que havia uma certa química pré existente entre Katniss e seu amigo, ele não pode deixar de se hipnotizar por ela.

Quando ele ainda estava pensando nisso, sentiu uma onda de perfume adocicado atingir seu nariz. Era a outra amiga de Annie vindo cumprimentá-lo. Johanna, ele repetiu o processo que fez com Katniss. Cabelos mais curtos, ondulados e levemente mais claros que os de Katniss. Ela também era um pouco mais baixa, mas tinha grandes e sagazes olhos castanhos e uma boca bem desenhada. Ela também era bonita e isso deixou Gale confuso.

Nesse momento, os seis entraram em uma fase muda de análise. Um catalogando o outro, decifrando os pontos fortes e fracos e julgando quem era mais atraente. Tirando Finnick e Annie, os quatro solteiros restantes mergulharam naquela deliciosa fase de expectativa.

Mas Peeta já havia decidido exatamente o que fazer.

– Hoje eu quero ficar bêbado. – Ele comentou, olhando fixamente para Katniss. – Então que tal a gente deixar o casal – Ele apontou para Annie e Finnick. – ficar de bobeira e pegar umas bebidas?

– Eu topo. – Johanna disse, apontando para seu copo vazio.

– Eu também. – Gale e Katniss disseram juntos, o que arrancou um sorriso do moreno.

Quando dois trios viram um sexteto, a única coisa que nos resta a fazer para celebrar é beber uma dose.

Saúde!

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

– Dá para acreditar nisso? – Disse Peeta, enquanto esperava seu “Sex on the Beach” ficar pronto.

– O quê? – Perguntou Katniss embora soubesse do que ele estava falando.

– A gente! – Ele exclamou.

Katniss riu.

– Quem diria, não é? – Ela perguntou, terminando seu segundo copo de batida de maracujá.

Peeta mal podia acreditar na sorte que teve. Ele quis prolongar seu contato com Katniss desde o primeiro momento em que a viu, mas nunca pensou que isso poderia se concretizar. E agora, olhe só, ela era amiga da futura namorada de seu melhor amigo.

Mais um motivo para ele não desistir de tê-la. Ele sabia que Katniss seria uma excelente conquista, principalmente agora que tudo conspirava a seu favor. Depois de o destino ter acertado com tanta precisão o segundo encontro desses dois, Peeta sabia que não podia deixar essa oportunidade passar.

– Valeu, Marvel. – Peeta agradeceu, virando-se novamente de frente para Katniss. E ele decidiu que se quisesse mesmo levar as coisas com Katniss para um outro nível, ele precisava começar logo. – Eu gostei de te ver de novo.

Katniss sentiu o coração disparar e uma quentura inesperada ferver seu rosto. Ela estava ficando alegre, mas ainda precisava de mais uns copos de batida para conseguir reagir adequadamente a uma frase como essa.

Não era como se ela fosse uma menininha romântica impressionada com um elogio. Ela era bem mais pé no chão do que Johanna, que vivia sonhando com príncipes e contos de fadas do século XXI. É só que cada vez que um elogio golpeava a grossa camada de timidez e insegurança em que Katniss vivia enfiada, sua reação natural era corar e se atrapalhar com as palavras. Ela tinha consciência de que aquilo era rotineiro e natural entre pessoas da idade dela, mas ainda assim achava que não era atraente ou interessante o bastante para alguém se importar em gastar seus galanteios tentando conquistá-la.

Bom, ela mal sabia que Peeta estava disposto a investir muito tempo nela.

– Eu também gostei. – Ela sorriu timidamente. – Depois de me recuperar do susto. – Ela confessou.

Ele riu.

– Quer dançar comigo? – Ele perguntou, uma sobrancelha erguida.

Ela sorriu novamente, mas por dentro sentia como se seu sangue tivesse sido substituído por água fervente.

– Claro.

Gale observou atentamente os dois andando para a pista de dança improvisada na parte mais externa da cobertura e percebeu que hoje não era seu dia de sorte. Ele olhou para o lado e viu Johanna pegando seu drink.

– Impressão minha ou está rolando um clima? – Ela comentou.

– Acho que você tem razão. – Ele concordou, sorrindo pesarosamente e olhando para ela.

Johanna era bonita. Bonita de verdade, não era uma beleza vazia, uma menina bonita apenas por ter os traços bonitos. Dava para ver em seus olhos que ela tinha mil coisas passando pela cabeça ao mesmo tempo e isso a tornava particularmente interessante.

Ela não tinha os olhos cinzentos de Katniss, mas chamava atenção à sua maneira.

– Finnick prometeu que esse era o melhor open bar de todas as faculdades cariocas. – Johanna comentou.

Gale riu.

– Ele tende a exagerar um pouco quando se trata da UFRJ. – Ele disse, mencionando a faculdade onde Finnick estudava.

– Você não estuda lá? – Ela perguntou.

– Não. Estou terminando Engenharia de Produção na UERJ.

– UERJ? – Johanna perguntou, sorrindo. – Eu estudei lá.

– Jura? – Gale perguntou, levemente surpreso. – Fez o quê?

– Direito. Melhor curso de direito do Brasil, sabe como é. – Ela disse, sorrindo presunçosamente.

Gale riu.

– Qualquer coisa é melhor na UERJ.

– Até o open bar?

– Principalmente o open bar. Mas não conte ao Finnick que eu falei isso.

Johanna sorriu.

– Não vou contar. Mas tenho que admitir que concordo com você. – Ela piscou.

Gale a encarou novamente. Ela não era Katniss, mas era divertida e bonita. Ele decidiu dar uma chance ao acaso.

Afinal, todos ali queriam ficar acordados a noite toda para se dar bem. E Gale teve a sensação que Johanna poderia proporcionar-lhe aquilo, pensando, maravilhado, que se Annie fosse como suas amigas ele conseguia compreender porque Finnick estava tão encantado por ela.


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Notas finais do capítulo

ASPODIAPOSDIOAPSIDOAPDIAOSPDIKASEJKLEKRWE GENTE PERDÃO, MAS EU MORRI COM ELES TODOS SE ENCONTRANDO. E A KATNISS E O PEETA SE REENCONTRANDO, EU JURO QUE QUASE EXPLODI ESCREVENDO ISSO OPSDFISJFSKDFHESJK
Já perceberam os casais se formando? Já? AI MEU DEUS ASPODIASDIADPOI
Acho que vai ter gente querendo me matar pelo interesse do Gale na Katniss também, então antes que vocês me perguntem eu já vou responder: Vai ter triângulo amoroso Gale-Katniss-Peeta? Estou pensando em colocar e estou 90% inclinada a colocar (isso mesmo, Clara, dê spoiler aos seus leitores, muito bem.), mas não é uma certeza. Vocês só vão confirmar isso nos próximos capítulos, então............. AGUARDEM SDOIASODJSERHESJRUDFIS
P.S.: Todas as referências de lugar da fic (os bairros, as faculdades, etc) realmente existem. A UFRJ é a faculdade federal aqui do Rio (onde eu, se Deus quiser, estudarei daqui a uma ano e pouco, que é quando eu me formo no colégio), a UERJ é a estadual e Laranjeiras é um bairro real (só não sei se o prédio 87 existe, mas deve existir aspodiuasdjkasjerlk). Eu queria que a história ficasse o mais real possível, então.
Que tal o nosso novo sexteto? Gostaram? Espero que sim!
Amo e mamo vocês. Um beijo, um apertão na bunda e FELIZ PÁSCOA!!!!!!! COMAM MUITO CHOCOLATE E APROVEITEM BASTANTE, porque a semana é santa, mas a gente não, né? (kkkkkkkkkkkkkkkk desculpa eu não resisti kkkkkkkkkkkk)



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