Money Make Her Smile escrita por Clarawr


Capítulo 8
You know you look even better than the way you did night before?


Notas iniciais do capítulo

Oi.
É, eu sei. Eu disse que tinha parado com a fanfic. Eu chutei o pau da barraca quando escrevi o aviso (que no caso até apaguei agora que decidi voltar com a história) porque eu estava muito puta com a falta de consideração de vocês. Mas eu recebi alguns reviews que me fizeram ver que a fic é querida, mesmo que por pouca gente. Minhas fanfics nunca foram as mais lidas, muito menos as mais comentadas, mas eu sempre ficava imensamente feliz com o carinho dos poucos leitores que eu tinha. Então é pelos poucos leitores que eu tenho agora que eu volto com "Money Make Her Smile".
Eu gostaria de dedicar esse capítulo à Clove Flor, aka Mari, uma das melhores leitoras e escritoras aqui do Nyah. Podem ter certeza que se eu voltei, ela tem grande participação nisso. Obrigada pela recomendação, amore. Foi muito, muito importante para mim mesmo.
Música do título: Moonshine - Bruno Mars (rssssssssss) e a do capítulo é Scream, do Usher (rei).
Apesar de tudo, eu ainda amo vocês. Espero que gostem.



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“And I tried to fight it, to fight it
But you're so magnetic, magnetic
Got one life, just live it, just live it
Now relax, sing it on your back”

Finnick precisou aguardar poucos minutos até que as portas de vidro escuro do prédio se abriram e Annie apareceu, os longos cabelos soltos flutuando pelo meio de suas costas. Ela usava um vestido laranja estampado que realçava ainda mais a cor de seus olhos e Finnick estremeceu só de pensar que quase havia desistido de estar com ela por medo.

Ele saiu do carro para abrir a porta para ela sorrindo.

– Você está linda. – Ele disse, incapaz de parar de sorrir.

– Obrigada. – Ela respondeu, sorrindo também. Era difícil não sorrir perto dele, principalmente depois de notar o quanto ele estava gostoso com aquela blusa preta de botões.

Ela parecia ainda mais bonita do que quando eles se viram pela primeira vez e Finnick passou um bom tempo olhando para ela tentando descobrir a diferença.

– Que foi? – Annie perguntou, levando a mão ao rosto. – Tem alguma coisa na minha cara?

Finnick riu.

– Não. – Ele disse, ainda rindo. – Eu só estava tentando descobrir como é que você faz para ficar mais bonita a cada vez que a gente se encontra.

Annie revirou os olhos teatralmente, fingindo impaciência.

– Nah, preciso te lembrar que na verdade a gente só se encontrou duas vezes?

– Touché. – Disse Finnick e ela riu. – Tudo bem, não precisava estragar a cantada.

– É verdade. Foi um elogio inocente. – Annie concluiu, pensativa. – Mas eu não fui capaz de me conter.

Ele sorriu.

– Você não é do tipo que se contém.

– Acho que você vai poder dizer isso melhor do que eu. – Ela respondeu, um sorriso malicioso brincando no canto de seus lábios. – E não vai demorar muito. – Ela acrescentou, ainda sorrindo.

– É sério que você tem aula amanhã? – Annie perguntou enquanto comia o último hot Filadélfia de seu prato.

– Pior que sim. – Finnick respondeu. – Já ouviu falar naquela história de que aparte mais fácil da faculdade é entrar? Pois é. É verdade.

– Diziam isso quando eu estava terminando a escola. – Annie respondeu. – Então eu não ter passado no vestibular deve ter sido uma coisa boa. Porque se você pensar que essa é aparte mais fácil e nem por ela eu consegui passar, imagina só se eu tivesse conseguido.

– Você não faz faculdade? – Finnick perguntou, meio surpreso. Ele estava acostumado a lidar com pessoas que tinham de estudar e ler e preparar monografias 24 horas por dia, sete dias por semana. Era estranho pensar que existia gente da idade dele que levava uma vida diferente.

Era estranho pensar que nem todo mundo no planeta ralava como ele.

– Não. – Ela respondeu. – Eu trabalho na loja da minha tia.

– Ah, sim, você já tinha comentado. – Finnick respondeu.

– Eu até tentei o vestibular. – Annie disse, distraída, pescando um dos pedaços de salmão no prato de Finnick com seu hashi. – Mas eu nunca consegui me decidir de verdade sobre o que fazer, então acabei não me dedicando tanto.

Finnick ergueu uma sobrancelha. Ele nunca teve essa opção. Se não se matasse de estudar, ele seria obrigado a se contentarem morar com os pais e trabalhar como vendedor em alguma loja de roupas ganhando um salário mínimo para sempre. Ele nunca pode simplesmente desistir da faculdade porque não tinha parentes ricos que o bancariam com um padrão alto de vida mesmo que ele não fizesse nada da vida.

E mesmo que tivesse, ele duvidava que fosse escolher passar o dia inteiro com a bunda costurada na cama. Porque apesar de reclamar de todo o tempo que a faculdade o tomava, de cada trabalho, de cada leitura absurda de 200 páginas que o professor passava para a semana seguinte, Finnick era obrigado a admitir que não fazia faculdade só para ter um futuro melhor. Ele fazia porque gostava e porque se sentia útil. E porque queria ser mais do que um cara qualquer ganhava dinheiro sem fazer aquilo no que era bom de verdade.

– E agora você sabe? – Ele perguntou.

Annie ficou calada por alguns instantes. Era difícil para ela falar disso, porque envolvia um sonho e Annie não era muito do tipo que sonhava. Ela era do tipo que focava objetivos e traçava planos. Sonhar era meio abstrato, estúpido, infantil demais para ela.

– Não exatamente. – Ela respondeu, decidindo que ainda não era hora de mostrar a Finnick suas fraquezas. Sim, ela considerava sonhar uma fraqueza. – Eu só sei que gosto de trabalhar com a minha tia e que por enquanto isso está bom. Eu não quero pensar sobre como vai ser quando isso deixar de ser o bastante, sabe? Eu sei que um dia vai deixar de ser, mas não quero antecipar esse momento.

– Mas você não acha que, sei lá, - Finnick começou. – pensar no que vai ser do futuro é que nos move? Você não vai a lugar nenhum pensando que vai ficar a vida toda na mesma situação.

Annie precisou parar por um segundo e pensar sobre si mesmo para responder essa pergunta.

– Você tem razão. Mas isso é sobre quando você quer chegar em algum lugar. Aí você pensa sobre todas as etapas e tudo que você vai passar até conseguir. Quando você já está onde quer, não precisa queimar neurônios com isso, entende? Você não quer se mexer quando já está onde quer.

– Faz sentido. – Ele disse e Annie pegou outro pedaço de salmão de seu prato.- E dá para parar de me assaltar? – Ele perguntou, contendo uma gargalhada.

– Roubar para comer não é crime. – Annie disse, sorrindo ao colocar o pedaço de peixe na boca.

Finnick reparou que ela ficava hipnotizante quando sorria. Claro, ela era hipnotizante de qualquer jeito, mas esse sorriso tinha algo de especial. O sorriso de quando ela fazia alguma gracinha ou ironia e ria de si mesma. O jeito como ela tremulava os lábios tentando se conter para não parecer egocêntrica o bastante para rir das próprias piadas e como, uma fração de segundo depois, ela desistia e o sorriso se espalhava por seus lábios.

Ele despertou da espécie de transe na qual se enfiara e assustou-se consigo mesmo. Afinal, todos concordamos que um segundo encontro ainda é cedo demais para começar a eleger seu sorriso preferido em alguém.

Parece que alguém estava se apaixonando.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

– Escuta. – Finnick começou enquanto eles saiam do restaurante e procuravam pelo carro. – Vai ter uma festa semana que vem. É de todo o pessoal da faculdade, então não vão ter só os nerds que fazem Biologia comigo. – Ele sorriu. – O que me diz de ir comigo?

– Quando exatamente da semana que vem? – Ela perguntou. Não que fizesse diferença, porque Annie estava disponível todos os dias. Mas ela não queria que Finnick soubesse disso.

– Sexta à noite.

– Você não tem aula sábado? – Ela perguntou, forçando um tom de reprovação. Ele riu.

–Vou virado para aula, mas acontece nas melhores famílias. – Ele riu. – Já tive que fazer isso por motivos menos agradáveis.

– Entre ficar acordado para estudar para uma prova e para ir a uma festa, imagino que você vá preferir a festa.

– Principalmente uma festa com você. – Ele disse, sorrindo.

Annie mordeu o lábio.

– Você não perde a chance, não é?

– Não. – Ele respondeu, fazendo Annie rir. – O que me lembra que você não me respondeu se vai ou não.

– Não sei. – Annie respondeu, fingindo hesitação. – Eu havia combinado de sair com as meninas e sexta depois do trabalho é o único dia que elas podem. – Isso era verdade.

– Leva as suas amigas, ué. – Finnick respondeu simplesmente.

– Posso?

– Claro. É uma festa de faculdade. Quanto mais gente for, mais gente vai pagar os vinte reais do convite. Eles quase pagam as pessoas para ir. – Finnick disse e Annie riu. – Não que você precise se preocupar com isso, porque como um perfeito cavalheiro eu vou pagar o seu convite.

Era isso que Annie gostava de ouvir. Talvez Finnick não fosse tão errado para ela quanto ela acreditava que fosse.

– E eu vou levar os meus amigos também, então elas não vão ficar sozinhas. – Finnick continuou. – Como vê, você não tem desculpa para não ir.

Na verdade, Annie não gostava dessa ideia porque apresentar os amigos parecia um passo meio grande demais para um quase casal que só se viu duas vezes. Daqui a poucos todos se juntariam numa turma e isso era exatamente o tipo de solidificação de relação que Annie ainda não estava preparada para lidar.

Mas ela sabia que Katniss e Johanna não recusariam convite para uma festa de faculdade. E ver Finnick novamente também não era má ideia.

– Bom plano. – Annie disse, sacudindo a cabeça. – Ok. Você conseguiu. Eu vou.

– Vai? – Finnick perguntou, levemente incrédulo.

– Vou. Por que a surpresa?

– Eu esperava mais resistência. Achei que eu fosse ter de lançar mão de argumentos mais convincentes.

– Como por exemplo...? – Annie perguntou.

Eles haviam chegado ao carro, mas Finnick encostou no capô antes de abri-lo. Annie se aproximou para ouvi-lo e ele pegou sua mão.

E foi exatamente como no dia que eles se conheceram. Um único comando fragmentado em mil ações diferentes. Olhar Finnick. Encarar Finnick. Chegar perto de Finnick. Beijar Finnick. Não havia o que fazer, nem para onde fugir. O cérebro gritando que eles não deveriam se largar, apesar de estarem em no meio da rua e não ser mais que dez da noite. A boca do estômago formigando, as línguas brigando, os braços apertando os corpos na tentativa de anular a distância entre eles.

“Para um cara errado, até que a gente tem bastante química.” Annie lamentou.

Eles finalmente se separaram.

– Esse é um bom argumento. – Ele disse, ainda segurando sua mão.

– Eu não vou concordar para você não ficar convencido demais. – Ela rebateu e os dois riram enquanto ele abria a porta do carro.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

– Uma festa de faculdade? – Johanna perguntou, franzindo o cenho.

– É. – Annie disse. – Não lembra das suas?

– Claro que lembro. – Johanna respondeu. – Inclusive faz muito tempo que eu não vou em uma.

– Então, vamos. – Katniss interveio. – Por que não?

– Por que não? – Johanna repetiu. – Vamos, ué. Quem disse que nós não vamos?

– Pois é, eu quero ver a Annie junto com o Loiro Gostoso e ver se eu aprovo o casal. – Katniss disse, gargalhando.

– Dá para parar de chamá-lo de Loiro Gostoso? – Annie pediu, exasperada. – Ele tem nome. Finnick.

Johanna e Katniss se entreolharam.

– LOIRO GOSTOSO! – As duas gritaram ao mesmo tempo, gargalhando em seguida. Annie relutou, mas acabou rindo também.

– Sinceramente, quantos anos vocês têm? Que coisa mais ensino médio. – Annie reclamou.

– Loiro Gostoso ou Finnick, tanto faz. – Johanna deu de ombros. – Eu só espero que esses amigos dele sejam gostosos.


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Notas finais do capítulo

heheheheheheh o que acharam?
Bom, não quero dar spoiler nem dicas nem nada, mas posso adiantar que o próximo capítulo vai ser PICA DAS GALÁXIAS PERDIDAS, então talvez eu demore a postar porque VAI TER QUE FICAR PERFEITO.
Os mais espertinhos talvez já tenham notado o que vai acontecer, mas vou deixar quieto pra você que ainda não sacou o que vem pela frente HEUEHUEHEUHEUEH AI EUHEUEHUEHEUH VAI SER BOM DEMAIS UEHEUEHUEHEUHE.
Beijinhos e queijinhos.



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