Money Make Her Smile escrita por Clarawr


Capítulo 54
Você não gosta de mim, mas sua filha gosta


Notas iniciais do capítulo

GUESS WHO'S BACK AGAIN?????
Mais um bônus saindo do forno para vocês!!! Espero com todo o meu coração que gostem. Eu acabei de terminar e tentei revisar, mas às vezes a cabeça fica meio viciada e eu posso ter deixado passar coisas bem básicas. Me avisem se for o caso!
Música do título: Jorge Maravilha, do Chico Buarque (e acho que só com esse trecho já dá pra adivinhar de quem vamos falar aqui hmmmmmmm) e a música do capítulo ficou com That Girl do Justin Timberlake.
Com vocês, parte 2/3 dos Bônus De Money Make Her SmileTM ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/450325/chapter/54

“And they’ll say I'm crazy

Cause anybody even when your father said

That I can't be with you

I don't hear a word they say



‘Cause I'm in love with that girl

So don't be mad at me

‘Cause I'm in love with that girl

So don't be mad at me

So what you're from the other side of the track?

So what the world don't think we match?

I put it down like my love's on wax

Guess what?

I'm in love with that girl

And she told me

That she's in love with me”

 

 

— Katniss… - Peeta chamou, o olhar perdido na cena chocante alguns metros na frente. Katniss estava de costas para a pista de dança, os braços ao redor dos ombros do namorado. Ela virou a cabeça para trás para acompanhar seu olhar. – Olha lá. – Ela apontou com a cabeça para a pista, mas obviamente Katniss ainda não entendera exatamente a quê ele se referia.

— O quê? – Ela perguntou, a cabeça ainda virada à procura da cena que escandalizava Peeta.

— Ali! – Ele sacudiu a cabeça mais rápido.

— O que está acontecendo, Peeta? – Katniss perguntou, irritada com a insistência do loiro em manter mistério. Mas nem era isso. Peeta só não conseguia descrever em voz alta a cena na qual seus olhos estavam fixos, tamanho o choque.

— O Gale... – Ele balbuciou, enquanto assistia Gale colocar ternamente o rosto na curva do pescoço de Johanna, que riu e tentou afastá-lo. – E a Johanna... – Ele disse, e, passado o choque, gargalhou sonoramente. – Não achei que fosse viver para ver isso.

Katniss virou-se abruptamente de corpo inteiro para o salão, retirando os braços dos ombros largos de Peeta. Virava a cabeça furiosamente de um lado para o outro, procurando o mais novo casal assumido com um sorriso empolgado no rosto.

— Eles estavam se beijando? – Ela perguntou, e Peeta respondeu com um “Aham”. – Não acredito! Na frente de todo mundo? Finalmente! – Ela comemorou.

Peeta franziu o cenho sem entender a fala da morena que, sentindo a confusão na atmosfera, virou-se de frente para o namorado de novo.

— Por que não seria na frente de todo mundo? – Ele perguntou, levemente confuso.

Katniss mordeu o lábio, indecisa. Mas se não era mais segredo...

— Eles já estavam juntos há alguns dias, mas não tinham contado para ninguém. Eu soube porque peguei os dois no flagra na cozinha da sua casa naquele dia da conferência. – Ela confessou, rindo de leve em seguida.

Peeta abriu ainda mais a boca, em choque.

— Filhos da puta... – Ele xingou, baixinho, e soltou uma risada incrédula logo em seguida. – Não acredito. Não acredito!

Katniss assentiu, um sorriso presunçoso de quem tinha sido a primeira a saber brincando em seu rosto.

— Oi, casal. – A voz de Prim surgiu fantasmagoricamente, e os dois levaram alguns segundos até achar a loira de vestido verde esmeralda. Ela apareceu por trás dele, colocando-se do lado de Katniss para falar. – Mamãe quer ficar um pouco com você. – Prim informou, olhando para Katniss. Seus olhos escorregaram timidamente para Peeta. – Ela falou para você ir também.

Peeta hesitou, desviando o olhar de Prim.

— Acho melhor não. Não hoje. – Ele sacudiu a cabeça. – Vai lá. – Ele disse a Katniss. – Eu posso empatar a foda do casalzinho ali por um instante. – Ele apontou para a pista com a cabeça, dando a entender que se referia a Johanna e Gale.

— Finnick e Annie voltaram? – Prim perguntou, esticando a cabeça e vasculhando a pista com os olhos. Mas logo percebeu que Peeta se referia a outro casal. – Gente?! – Ela meio perguntou, meio exclamou. – Aquilo ali...?

— Sim. – Katniss respondeu. – Johanna e Gale estão juntos. – Ela confirmou, antes que a irmã pudesse perguntar. Prim assentiu, uma expressão admirada, mas não exatamente surpresa no rosto. – Você tem certeza que não quer ir comigo? – Katniss perguntou, lançando um olhar triste para Peeta. – É só a minha mãe, ela sempre gostou de você.

— Na verdade, não é só a mamãe. – Prim discordou, cuidadosa. – O papai também está na mesa. E ele também disse que preferia que vocês fossem juntos. Talvez ele esteja preparando uma cena dramática de pedido de desculpas, ou algo assim. – Prim deu de ombros.

Katniss ficou calada, sem saber como reagir. É claro que ela queria poder contar com a mão de Peeta apertando a sua em todos os segundos da festa, mas não esperava que ele topasse uma conversinha com seu pai agora. Por mais que soubesse que isso teria que acontecer algum dia se eles realmente pretendessem continuar juntos pelo tempo que pretendiam, tudo ainda estava muito recente.

— Deixa. – Ela disse, séria, soltando-se de Peeta e alisando o magnífico vestido coral com uma fenda até o alto da coxa que usava. – Eu vou sozinha. – Ela suspirou, a expressão pesando. Tinha feito de tudo para evitar o pai durante a festa porque aquele era um dia de comemoração e ela não queria se aborrecer, mas aparentemente seria obrigada a enfrentar sua presença mesmo sem vontade.

— Não. – Peeta disse, segurando seu pulso fino quando ela deu indícios de que ia começar a caminhar. – Eu vou com você. - Katniss franziu o cenho com a mudança de ideia repentina.

— Não, Peeta. Você não precisa passar por isso, não hoje. – Ela disse, resoluta.

— Preciso, sim. – Ele discordou. – Eu vou ter que olhar para o seu pai em algum momento, então é melhor fazer hoje que o clima está bom.

Ela sacudiu a cabeça negativamente, um olhar triste nas íris cinzentas. Peeta sentia o peito se apertar só de ver aquele olhar.

— Tem certeza? – Katniss perguntou.

— Eu tenho mesmo algumas coisas para falar para ele. – Peeta disse enquanto ajeitava o terno, um sorriso debochado nos lábios. – Calma, não vou bater nele nem nada do tipo. – Ele recuou diante do olhar assustado de Katniss. – Mas realmente preciso deixar algumas coisas claras.

— Tipo quais? – Katniss perguntou, franzindo as sobrancelhas.

— Você vai saber quando chegar a hora. – Peeta respondeu, enigmático, e o sorriso ainda não havia se desfeito, o que só fez Katniss ficar ainda mais apreensiva.

Mas ela precisava ter coragem. Aquela noite foi palco de tantos atos de bravura; Annie expondo Coin, Johanna enfrentando Thresh, Gale e Johanna se assumindo... Agora era a vez dela.

Estendeu a mão para Peeta, que a segurou com firmeza e caminhou ao lado do namorado e da irmã na direção da mesa reservada à família Everdeen, no canto mais afastado da pista de dança. Mal se podia ouvir a música dali.  

Dobraram o corredor que levava até as mesas cobertas com belíssimas toalhas marfim bordadas e logo viram a mesa dos Everdeen, no meio do caminho entre o salão e o fundo do corredor isolado. Effie falava algo próximo do ouvido de Haymitch, mas se interrompeu assim que ergueu os olhos e viu Katniss e Peeta se aproximando.

A distância foi encurtada em hesitantes cinco passos, e, logo que chegaram, Katniss apoiou os dedos na mesa, Peeta um pouco atrás dela. Prim deu a volta e sentou ao lado da mãe, passando o braço pelos ombros da elegante Effie.

Silêncio. Katniss não pareceu inclinada a sentar-se, o que dava a entender que ela não pretendia passar muito tempo ali.

— Prim disse que vocês queriam que a gente viesse. – Ela rompeu o silêncio e sua voz soou dura demais até para ela mesma.

Effie assentiu e abriu a boca para começar a justificar, mas Haymitch foi mais rápido.

— Nós queríamos falar com vocês. – Ele disse, timidamente. – Eu queria falar com vocês. – Ele se corrigiu diante do olhar enviesado que Effie lançou-lhe.

Katniss continuou calada e de pé. Ela não podia ver, mas seus olhos esfriaram imediatamente. Haymitch apontou para as cadeiras vazias da mesa, e Katniss olhou longamente os assentos. Bom, já tinha ido até ali, não tinha?

Sentou-se, sendo imediatamente seguida por Peeta. Effie suspirou e levantou-se, puxando Prim junto com ela.

— Acho que vocês precisam ter essa conversa sozinhos. – Ela justificou. – Já voltamos.

Katniss olhou a mãe e a irmã caminhando de costas, ambas com seus jeitos tão parecidos de andar. Os quadris de Prim ondulavam um pouco mais no vestido verde justo, mas até o tamanho das passadas era idêntico. Katniss perguntou-se se andava assim também.

— Eu preciso me desculpar. – A voz de Haymitch fez com que Katniss voltasse sua atenção novamente ao pai sentado na sua frente. Seu olhar parecia tão cheio de dor quanto no dia que ela saiu de casa. – Com vocês dois, muito embora eu saiba que o que eu fiz foi indesculpável. Mas eu preciso que vocês saibam que a culpa tem me matado desde o dia... – Ele hesitou. – Desde aquele dia. Eu logo percebi que tinha te magoado muito, Katniss, e foi aí que eu botei a mão na consciência e percebi que eu não tinha o direito de fazer o que fiz. Te ver me olhando com tanta raiva... – Ele se interrompeu, sacudindo a cabeça. – Te ver saindo de casa aos prantos... Aquilo me matou um pouco.

— O que você fez também. – Katniss respondeu, fria, e sentiu a mão de Peeta apertar a sua suavemente, como se lhe aconselhasse a pegar leve. Surpreendeu-se com a disposição de Peeta para contemporizar as coisas; ele seria o mais prejudicado se aquele plano tivesse dado certo e não costumava poupar hostilidade para aqueles que tentavam prejudica-lo.

— Eu sei, assim como sei que nunca vou compensar o que fiz. Mas saber que eu te magoei de um jeito que pode ter arruinado nossa relação para sempre é o meu castigo. – Haymitch confessou, passando os dedos pelos cabelos ralos. – Eu só quero que você seja feliz, minha filha, por mais que depois do que eu fiz não pareça. Eu sei que eu estive disposto a te magoar muito só para que as coisas acontecessem do jeito que eu achava que devia, mas eu espero que você... – Ele hesitou e pousou os olhos em Peeta, que o fitava gravemente. – e você também, Peeta, possam me perdoar algum dia. Tudo que eu quero é você, Katniss, perto de mim novamente, com qualquer um que você tenha escolhido para estar do seu lado.

Katniss permaneceu em silêncio, sem saber como reagir. Ela ainda tinha muita mágoa dentro de si para ser sincera ao dizer que estava tudo bem, mas admirava o passo do pai de pedir perdão a ela e Peeta. Katniss valorizava muito sua família e estar longe dela custava-lhe mais do que ela podia descrever, por mais que soubesse que precisava daquele tempo só com Peeta.

— Sr. Everdeen – Peeta começou, surpreendendo Katniss, que parecia ainda um tanto fora do ar. – Não acho que posso ser totalmente sincero se disser que perdoo o senhor, mas sei também que isso é o que menos te preocupa no momento. – Peeta abriu um meio sorriso sarcástico. Era meio assustador como ele sempre compreendia bem demais as pessoas que mais detestava. Foi assim com Annie, e agora com Haymitch. – Mas sei porque o senhor não gosta de mim e, honestamente, eu nem me importaria muito se não levasse a Katniss a sério o bastante para querer manter a melhor relação possível com a família dela. – Ele disse, fazendo Katniss encará-lo com cautela, ainda esperando pelo momento em que ele viraria aquela mesa e daria uma surra em Haymitch. – Eu sei que o senhor me acha um aproveitador, um... – Ele hesitou e precisou piscar algumas vezes até a palavra sair. – interesseiro, e se preocupa que eu possa fazer a Katniss sofrer. Eu sei que o senhor quer o melhor para ela, e talvez você nem acredite nisso, mas eu também. Eu a amo, senhor Everdeen. – Ele disse, decidido, fazendo com que Katniss sentisse uma vontade de sorrir imensa como sempre sentia quando ele mencionava esse fato. – E eu não a amo porque ela é linda, ou porque vários outros homens também a querem ou porque ela tem dinheiro. Eu a amo porque ela é incrível, forte, determinada, independente e me faz feliz só por existir. O senhor sabe disso. O senhor sabe que ela é apaixonante, o senhor a criou! – Peeta exasperou-se, mas não parecia inclinando a jogar nada na cabeça de Haymitch. – Eu sei que ela é demais para mim, eu não sou burro, e sei que o senhor também sabe disso.

— Peeta... – Katniss o repreendeu delicadamente, mas ele sacudiu a cabeça e continuou o discurso.

— E é esse o problema. – Peeta continuou. - O senhor quer que ela tenha exatamente tudo o que merece, assim como eu, e talvez isso signifique que ela não deveria ficar comigo...

— Peeta! – Katniss o interrompeu. – Para de falar bobagem!

— Espera, eu preciso botar isso para fora. – Ele disse a ela, apertando sua mão mais uma vez. – Mas o problema, senhor Everdeen, é que, para a minha sorte e na verdade eu nem sei muito bem como isso aconteceu, ela gosta de mim também. E isso me assusta para caralho, sabe? Porque justamente por isso eu não posso falhar. Eu não quero falhar, porque ela me entregou o que ela tem de mais precioso e eu não posso me atrever a machuca-la de alguma forma. Eu já tive uma puta sorte dela confiar em mim o bastante para retribuir o meu sentimento, então eu não posso estragar tudo. Eu nunca ia me perdoar se estragasse tudo. Sabe o que o senhor sentiu quando ela foi embora cheio de ódio e mágoa de você? – Haymitch assentiu. – É horrível, não é? O senhor sabe o quanto dói, não sabe? Eu já senti isso uma vez, e não vou deixar acontecer de novo.

Peeta abaixou a cabeça e suspirou, sentindo o ar entrar pelo nariz e encher-lhe totalmente os pulmões aliviados depois do desabafo.

— Então – Ele continuou. – por mais que eu odeie admitir isso, eu entendo o senhor. Dá muito medo mesmo sequer pensar que algo pode machuca-la, e eu sei melhor do que ninguém o que é meter os pés pelas mãos por causa de medo. O que o senhor fez podia ter me separado dela para sempre e só de pensar nisso eu sinto vontade de afundar a minha mão na sua cara, mas, de um jeito estranho, eu entendo. Eu só quero que o senhor saiba que eu não estou brincando com a sua filha. Eu posso ter sido muito inconsequente, e ainda sou, mas não com ela. Não com o que eu tenho de mais precioso. – Peeta concluiu, olhando intensamente nos olhos do sogro.

Haymitch manteve-se sério e assentiu, mas subitamente abriu um meio sorriso sincero.

— Você acredita nele? – O senhor de meia idade perguntou para Katniss, os olhos se estreitando nos cantos de modo a evidenciar as rugas de expressão.

— Acredito. – Katniss respondeu com veemência.

— Então é isso que me importa. – Ele alargou o sorriso, e voltou o olhar para Peeta. – Mas, mesmo que isso valha menos que nada a essa altura, eu acredito também. – Peeta o encarou de volta, um sorriso debochado teimando em irromper por seus lábios. Os dois se olhavam praticamente com a mesma expressão.

Katniss soltou um longo suspiro, os dedos ainda grudados aos de Peeta.

— Ai, pai... – Ela lamentou e sacudiu a cabeça de leve. – Não consigo fingir que nada aconteceu. – Ela fez uma longa pausa. – Mas foi bom te ouvir e acho que foi bom que você ouvisse o Peeta também. Eu pretendo ficar com ele por muito tempo, então é bom que vocês sejam pelo menos capazes de se entender.

Haymitch assentiu.

— Prometo me esforçar. – Ele disse, olhando Peeta pelo canto do olho. – Você não vai voltar para casa, vai? – Ele perguntou, sua voz traindo uma nota de esperança.

— Não. – Ela respondeu de pronto. – Não hoje. Mas algum dia eu volto. – Ela sorriu para o pai pela primeira vez em dias.

— Tudo bem. – Ele respondeu, muito embora parecesse frustrado. – Na hora que você quiser. – Haymitch assegurou mais para si mesmo do que para ela. Precisava se acostumar com a ideia de que, no que dizia respeito à vida de Katniss, era só a vontade dela que contava. Ele levantou-se, dando um fim à conversa daquele seu jeito pragmático de publicitário. – Preciso esticar um pouco as pernas. – Ele disse, justificando-se. – Vou aproveitar e ver se acho sua mãe.

Katniss assentiu e Haymitch passou por ela, andando na direção que a esposa e a filha mais nova caminharam alguns minutos antes. Katniss esperou o pai dobrar o corredor que levava ao salão para voltar-se para Peeta, a expressão tensa se desfazendo em um olhar terno.

— Então eram essas coisas que você precisava “deixar claras”? – Ela perguntou, uma sobrancelha erguida.

Peeta deu de ombros.

— Não falei nada que você já não soubesse.

Ele o olhou com um adorável sorriso cheio de doçura nos lábios.

— Foi muito corajoso. – Ela elogiou e Peeta sorriu. – Você não precisava dar nenhuma satisfação para ele.

Peeta soltou um suspiro.

— Eu sei, mas não fiz isso por ele. Fiz isso por nós.

Katniss assentiu, entendendo. Peeta não tinha feito isso buscando a aprovação de Haymitch, mas sim porque entendia que precisava abrir mão de certas coisas para que a relação deles fosse à frente. Era o pai de Katniss, afinal. Ele não poderia ignorá-lo para sempre; ou melhor, até poderia, mas isso seria egoísta de sua parte. Ele conhecia Katniss bem o bastante para saber que, apesar da raiva, estar separada de sua família lhe doía, e que tipo de amor é esse que não faz o que estiver ao seu alcance para diminuir a dor do outro?

Ela sabia o quanto isso havia custado a ele, e então se deu conta da tremenda prova de amor que Peeta tinha acabado de oferecer-lhe.

— Só me promete uma coisa. – Ela pediu.

— Fala.

— Nunca mais diga que você não me merece. – Katniss pediu, séria.

Peeta revirou os olhos.

— Estou falando sério. – Ela insistiu. – Olha o que você acabou de fazer. Você acabou de engolir todo o seu orgulho e dar satisfação para quem você tinha todos os motivos do mundo para odiar. Não é possível que você não perceba a importância disso.

Os olhos azuis de Peeta tremeluziram nos cantos enquanto Katniss lhe apontava sua grandeza. Não, ele não tinha percebido. Mas assim são os atos de amor verdadeiro: você os realiza sem nem perceber o tamanho de sua nobreza.

— Eu não te amo à toa e eu gostaria que você parasse de pensar isso. – Ela disse, o tom levemente irritado.

Peeta assentiu, sorrindo. É lógico que ele sabia que Katniss lhe tornava um homem melhor, mas ele nunca tinha visto isso de maneira concreta. E agora ela lhe apontava, com uma veemência quase agressiva, o seu valor.

— Sim, senhora. – Ele respondeu, o sorriso se alargando. Katniss sentiu o peito se contrair de um jeito gostoso quando viu aquele sorriso, e sorriu também. – Posso te beijar agora ou quer pedir mais alguma coisa?

— Desde quando você pede permissão? – Ela perguntou, estranhando e ele riu, aproximando o rosto do dela e tocando seus lábios com uma intensidade impressionante. Ele sabia que a qualquer momento toda a família Everdeen poderia aparecer e flagrá-los e que talvez isso fosse um pouco demais para Haymitch, mas não se importou. Peeta amava Katniss e Katniss o amava.

Haymitch que fizesse o que conseguisse com essa informação.

~~


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
ficou um pouquinho maior do que o bônus Johale porque aqui tinha de fato algo a ser contado (essa pequena ""reconciliação""), mas tentei fazer curto mesmo assim. Sei que 3000 palavras não é exatamente um texto curto, mas comparado com os capítulos de 5000 que eu costumava escrever, acho que é uma boa diminuição kkkkkkkkkk
Eu quero muito saber o que vocês vão achar desse discurso do Peeta que eu amei DEMAIS escrever :') sério que orgulho do meu bichinho :') eu sei que muita gente que lia a fic curtia Peeniss também então quis caprichar porque vocês merecem ♥
Espero de coração que tenham gostado, e agora que já saíram os dois primeiros bônus, acho que vocês já têm uma ideia de quem vai protagonizar o terceiro.............. mas só acho........... assim, palpite.............
Não sei exatamente quando vou voltar, porque tenho uma prova desgraçada na quinta feira e outra segunda que vem. Espero conseguir postar no fim de semana, mas, caso não consiga, não deve passar muito de segunda ou terça que vem. Prefiro demorar um pouco mais (e não cumprir minha meta de terminar MMHS antes dela completar 3 anos) e escrever melhor do que correr e escrever algo mais ou menos. Peço que tenham paciência porque final de período é complicado :(
Amo vocês! Uma abraço e um beijo atrás da orelha ♥
Até o próximo (e último) (ai) bônus!!!!!!!!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Money Make Her Smile" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.