Money Make Her Smile escrita por Clarawr


Capítulo 53
There’s no reason to hide what we’re feeling inside right now


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA não consigo expressar meus sentimentos de nenhuma outra forma além de AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
toma aí o primeiro bônus pra vcs
espero que gostem
tô nervosa
eu ainda tô meio mal porque acabei de terminar de escrever
ai cara :(((((((((
enfim: música do título: Versace On The Floor - Bruno Mars (AAAAAAAAAAAAAAA essa música gente sinceramente OUÇAM tem muito a ver com o momento e é uma delícia sério mesmo acho que vocês vão curtir bastante) e a música do capítulo: Final Feliz, do Jorge Vercilo.
Eu quero muito que vocês gostem tanto quanto eu gostei.
Até as finais ♥



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“Chega de fingir

Eu não tenho nada as esconder, agora é pra valer

Haja o que houver

Eu não tô nem aí

Não tô nem aí pro que dizem, eu quero é ser feliz

E viver pra ti

Pode me abraçar sem medo

Pode encostar tua mão na minha...

Meu amor, deixa o tempo se arrastar sem fim

Meu amor, não há mal nenhum gostar assim

Oh, meu bem

Acredite num final feliz

Meu amor, oh, meu amor...”

 

 

— Eles são descarados demais. – Peeta comentou com Gale, Johanna e Prim enquanto mantinha o braço firmemente entrelaçado à cintura de Katniss, referindo-se à Finnick e Annie. – Nem disseram nada, só sumiram.

— Dá um desconto. – Katniss ponderou. – É a primeira vez que eles podem ficar juntos desde que toda essa confusão começou. Eles devem estar precisando de um tempo só pra eles. – Ela deu de ombros.

— E a Annie não vai embora até a festa acabar porque é anfitriã. – Gale observou. – Daqui a pouco eles aparecem.

Já era quase uma hora da manhã e o after-party aparentemente vivia seu auge. O DJ atacava com músicas animadas e dançantes, fazendo os corpos dos mais corajosos se balançarem sinuosamente na pista e os pés dos mais discretos, que conversavam nos pufes ou próximos do bar, baterem para acompanhar o ritmo agradável. Todos pareciam estar lidando muito bem com o grande desmascaramento de Coin poucas horas antes.

Katniss olhou para Johanna, sentindo o braço de Peeta em sua cintura, e se perguntou como a amiga conseguia simplesmente abdicar de estar com Gale por inteiro por um medo bobo de expor a relação. Todo bem, ela tinha seus motivos, mas Katniss sentia que jamais conseguiria fazer o mesmo no lugar da amiga. Ela sabia que eles se revelariam quando estivessem prontos, mas ainda assim parecia muito para abrir mão.

Em uma inspiração súbita, resolveu dar um presente aos amigos. Eles também podiam aproveitar um tempo sozinhos, mesmo que ainda não quisessem aparecer como um casal.

— Vamos pegar uma bebida. – Katniss intimou, cutucando a cintura de Peeta que se retraiu com o toque inesperado. Ele sentia cócegas.

— Ah, traz pra mim também? – Prim pediu, parecendo completamente alheia às intenções da irmã. Katniss revirou os olhos por dentro. Tão esperta para umas coisas, tão tonta para outras...

— Vem também. – Katniss pediu, lançando um olhar significativo para a irmã, que pareceu perceber que havia algo escondido naquele convite, mas não entendera completamente o que. – Acho que está na hora de fazermos uma social com o papai e a mamãe, não é?

— Se você for ficar com os seus pais eu fico por aqui mesmo. – Peeta disse. Ainda não estava preparado para aproveitar a festa em uma roda com Haymitch Everdeen, mesmo que por poucos segundos.

Katniss se exasperou e quase não conseguiu conter um gritinho irritado. Será possível que ela não ia conseguir pensar em nenhuma solução que conseguisse convencer Peeta e Prim a saírem dali sem levantar muitas suspeitas?

Ela olhou sem reação para o namorado, sua mente trabalhando arduamente para não deixar a peteca cair. Sempre que ela inventava um desses planos se dava mal. Ela já devia ter aprendido.

— Peeta, como você consegue viver sendo o homem mais lerdo do mundo? – Prim interveio, sentindo a energia da irmã e decidindo confiar na morena. Katniss lançou-lhe um olhar agradecido. – Minha irmã estava tentando ser sutil para te sequestrar e vocês ficarem um pouco sozinhos. Agora você me obrigou a ser direta e acabar com o clima.

Katniss soltou uma gargalhada perfeitamente dosada para parecer espontânea e tentou, por telepatia, enviar uma mensagem para a irmã.

Eu te amo, loirinha.

Prim piscou para Katniss.

— Vamos, vamos. – Prim começou a andar na direção do casal, empurrando-os com o corpo para coloca-los em movimento. – Vou aproveitar e dar um oi para a família Everdeen. – Ela anunciou, e, sob os olhares confusos de Peeta e Gale, os três caminharam para longe do casal secreto.

É lógico que só os meninos ficaram confusos, Peeta porque não sabia de nada e Gale porque era tonto mesmo. Johanna entendeu exatamente a jogada da amiga, e ficou divida entre estapear Katniss e abraça-la. Será que ela não percebia que seria ainda mais difícil para ela se conter se ficasse sozinha com Gale? Mas a ideia de ser deixar levar parecia tão atraente...

— O que foi isso? – Gale perguntou, o olhar ainda perdido no rastro do caminho que os amigos fizeram.

Johanna virou-se de frente para ele e lançou-lhe seu melhor olhar sarcástico, com direito a sobrancelha levantada e meio sorriso brincando nos lábios.

— Uma tentativa lamentável de nos deixar sozinhos. – Ela respondeu, na lata, e Gale franziu o cenho imediatamente.

— Não... Mas... Mas a Prim acabou de falar que a Katniss queria... Só ela e o Peeta...? – Gale objetou, mas logo caiu em si e desamarrou a cara de confusão. Para ficar sozinha com Peeta, bastaria o primeiro convite para pegar bebidas. Mas ela também convocou Prim, dizendo que era hora da loira passar um tempo com os pais para tirá-la da cena também. Ela realmente queria deixa-los sozinhos. – Ah... – Ele arfou, compreendendo e logo um sorriso divertido se formou em seu rosto. – Bom, para uma tentativa lamentável, até que funcionou. – Ele disse, olhando em volta para o espaço que os três ocupavam e agora estava vazio.

Johanna ainda o olhava com uma deliciosa expressão de malícia, e resolveu se aventurar a passar os braços em volta do pescoço do namorado.

— Eles se empenharam tanto. – Ela disse, sacudindo a cabeça. – Acho que a gente não deveria desperdiçar a oportunidade.

A boca de Gale se abriu levemente, seus olhos demonstrando surpresa. Ele abraçou a cintura dela com cuidado, olhando em volta.

— Eu achei... – Ele hesitou, desviando o olhar do lindo rosto de Johanna. Mas não conseguiu ficar sem olhá-la por muito tempo; algo na maneira que seus olhos estavam iluminados pelo degradê da sombra que ia do dourado ao marrom o impedia de desgrudar os olhos dela por muito tempo. Ou talvez fossem os lábios convidativos, que ainda sorriam de lado, pintados de batom coral. Ou talvez fosse só porque ela era linda e ele estava apaixonado e seu olhar parecia mais vivo do que nunca e seus lábios mais hipnotizantes do que ele jamais se lembrava. – Eu achei que o combinado fosse a gente não dar bandeira...

Johanna olhou em cheio em seus olhos, expressiva como só ela conseguia ser, e ele entendeu a mensagem. As íris castanhas brilhantes gritavam o que ele já sentia há muito tempo, mas vinha ignorando a pedido dela mesma. Ela estava de saco cheio de ter que se conter. Eles mereciam ser tudo o que desejavam ser. Eles mereciam se ter por inteiro em todos os momentos.

— Mas você mudou de ideia...? – Ele completou, fazendo Johanna rir com a confusão em sua voz. Ela beijou suavemente seu rosto, sentindo a pele áspera da barba recém-feita pinicar seus lábios.

— Acho que sim. – Ela sussurrou em seu ouvido.

— Ai, finalmente. – Ele comemorou e ela sentiu seus abraços se estreitarem em volta de sua cintura. Johanna riu novamente com a reação de Gale, sempre tão espontâneo, tão descomplicado, tão ao contrário dela, que vivia quebrando a cabeça atrás de significados ocultos nas entrelinhas. Apesar de tudo que passaram até se acertarem, era surpreendente fácil estar com ele, porque ela sabia que podia confiar em Gale. Sua simplicidade para encarar a vida o impedia de enganá-la ou complicar as coisas, coisa que ela fazia muito bem em seus relacionamentos. Estar com ele era mais do simplesmente estar com quem você está apaixonada, era estar com quem te faz feliz. E nós sabemos que muitas vezes esses dois atributos não estão reunidos na mesma pessoa. – Eu não estava mais aguentando te ver e não poder nem segurar sua mão.

— Imagino. – Ela respondeu. – Eu realmente estou muito gata nesse vestido.

Gale não respondeu, ou melhor, não com palavras. Tomou o rosto de Johanna com toda a delicadeza do mundo nas mãos e encostou seus lábios num beijo que começou tranquilo, mas logo revelou a intensidade do sentimento ao qual os dois estavam submetidos.

A medida que sentia as mãos quentes esfregando sua cintura e notava que o beijo não parecia nada perto de acabar, Johanna pensou vagamente que não era muito educado se agarrar com Gale daquele jeito em público. Mas não podia se importar menos. Preferiu aproveitar a deliciosa sensação de sentir a língua do namorado invadir sua boca novamente sempre que o beijo parecia perder intensidade. Ele não queria soltá-la, e ela também não estava muito disposta a deixa-lo ir. Por isso se surpreendeu quando ele interrompeu o momento e beijou sua bochecha.

— Então agora eu posso falar o quanto você está linda. – Ele sussurrou em seu ouvido, suas mãos deslizando voluptuosamente pela curva da cintura marcada pelo modelo justo do vestido até se ancorarem firmemente no ossinho do quadril largo coberto pela renda azul. – E o quanto você foi incrível hoje mais cedo com o cara da companhia de luz.

Johanna sorriu bobamente, mas Gale não pode apreciar a expressão quase infantil de deleite em seu rosto porque parecia muito ocupado em enterrar a cabeça na curva do pescoço da morena e tocar a pele com os lábios em uma suavidade torturante.

— Não, não, não. – Ela se retraiu, porque por mais que estivesse disposta a chutar o balde, ainda conhecia bem os seus limites, e se Gale atacasse seu pescoço ela sabia que sairia completamente de si. – No pescoço não. – Ela pediu para o rosto que se levantara rapidamente e a olhava com um ar de surpresa pela interrupção. – Aqui não. – Ela corrigiu, e ele riu, os olhos ainda ardendo levemente de malícia e desejo.

Ele suspirou, frustrado, mas ainda sorrindo porque entendia.

— Tudo bem. – Ele concordou. – Sabe, foi muito sexy quando você falou “eu sou a advogada auxiliar da empresa”. – Ele comentou e Johanna soltou uma gargalhada sincera. – É por isso que eu gosto tanto de você.

— Por que eu sou sexy? – Ela perguntou, ainda sorrindo.

— Também. – Ele respondeu, olhando intensamente nos olhos brilhantes de Johanna. Ele não deixava de ficar impressionado com como aquelas íris pareciam dois pequenos planetas escuros e cintilantes refletindo a luminosidade do sol. De fato, ela sempre parecia guardar um mundo de coisas naqueles olhinhos. – Porque você não tem medo de ninguém, porque você sabe o que quer e sabe sempre como agir. Porque você é a pessoa mais forte que eu já conheci. – Ele enumerou enquanto via a boca de Johanna se abrir levemente em surpresa com a declaração. Em poucos segundos, o espanto se desfez e seus olhos se encheram de ternura enquanto ela pensava no que responder. – Eu nunca vou conseguir me desculpar por completo por ter sido tão idiota e ter deixado passar tanto tempo. – Gale completou, mais para si mesmo do que para ela, o olhar traindo certa culpa e arrependimento.

— Ei, ei, para com isso. – Ela disse, segurando o rosto dele com cuidado. – Não quero pensar no que já foi. Eu não estaria com você se me lembrasse disso o tempo todo. Eu estou com você porque sei que vamos viver, aliás, já estamos vivendo, algo incrível. Eu estou com você porque não consegui te tirar por completo da minha cabeça desde a primeira vez que pus os olhos em você. – Ela confessou. – Eu estou com você porque eu sei que é isso que vai me fazer feliz, e isso basta para mim. A gente se desencontrou muitas vezes, mas eu não quero lembrar disso agora que finalmente acertamos nosso compasso.

— É que... – Ele hesitou, pensando se devia mesmo falar ou simplesmente sorrir, beijar Johanna e deixar a discussão se encerrar. Mas ele sentia que devia isso a ela; mostrar que tinha consciência que tinha errado muito. – Eu sinto que eu nunca vou te merecer de verdade. Não depois de tudo que aconteceu e de como eu agi errado com você. No fundo eu sempre sinto que você podia ter coisa melhor, que você merecia coisa melhor.

Johanna sacudiu a cabeça com força.

— Eu não vou guardar isso dentro de mim. – Ela garantiu. – E olha que eu posso ser bastante rancorosa quando vacilam comigo. – Ela disse, sorrindo debochadamente por um segundo. Ela ainda era uma escorpiana, afinal. – Mas eu não consigo, não com você. Não vou abrir mão da minha felicidade por orgulho, Gale. Você quer estar comigo, não quer?

— Quero. – Ele respondeu.

— Você quer me fazer feliz, não quer? – Ela indagou.

— Quero! – Ele exclamou.

— Então pronto. – Ela bateu o martelo. – Esquece isso. Fica comigo, só comigo; não com o nosso passado. – Ela pediu.

Gale fitou os olhos brilhantes e suplicantes, o pedido ainda ecoando em sua mente. Era tudo que ele mais queria.

— Tudo bem. – Ele assentiu, e ela abriu um sorriso radiante. Meu Deus, era tão linda que chegava a doer. Ela merecia que ele se esforçasse para ser o melhor que poderia ser. Aliás, ela merecia que ele se esforçasse para ser o melhor namorado do mundo.

— Ahh, posso te pedir mais uma coisa? – Johanna perguntou, os olhos brilhando em expectativa.

— Sempre.

— Dorme lá em casa hoje? – Ela perguntou, o brilho de expectativa aos poucos se transformando em malícia, os olhos se estreitando nos cantos com o sorrisinho travesso que acompanhou o pedido.

Gale sorriu ao ponto de enrugar o canto dos olhos. Aquele sempre seria seu sorriso que Johanna mais gostava.

— Durmo. – Ele assentiu, mordendo o lábio. Bom, se ela não chamasse, ele teria chamado, de qualquer forma. Ela só foi mais rápida. Ela sempre era.

Até parece que eles iam deixar de comemorar aquela noite.

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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAA A Katniss e a Prim sempre tentando armar >>esquemas<< duvidosos kkkkkkkkkkk uma das minhas partes favoritas nas fics é colocar como os personagens se percebem em relação uns aos outros, as confusões e as dinâmicas deles como grupo de amigos. Por isso eu sou apaixonada pelas cenas em grupo, sempre dá pra explorar muito da amizade deles, das fofocas, as intrigas, as armaçõezinhas e todas essas coisas que também acontecem no seu grupinho de amigos que EU SEI.
Eu sei que muitos de vocês não curtiram muito Johale ser endgame, mas isso estava planejado desde o início e, com esse bônus, eu quis mostrar para vocês porque o Gale merece perdão. Vocês sabem muitíssimo bem que eu sou a primeira a atirar pedra em macho abusado e descarado, mas acho legal também mostrar como as coisas mudam, os personagens se desenvolvem e como as coisas às vezes podem não começar muito bem mas podem acabar sendo a melhor experiência das nossas vidas. Johale mostra bem essa coisa de superação e de desencontro que eu acho muito curiosa na vida, essa capacidade que as coisas tem de mudarem completamente e depois você se ver vivendo algo que você nunca imaginou e estar muito feliz mesmo assim.
Espero que tenham gostado. Eu amo essa coisa mais física que (na minha opinião) Johale tem (afinal, a Johanna é escorpiana, né, galera, não dava pra ficar de bobeira) porque me dá justificativa pra escrever coisas mais ousadinhas e ao mesmo tempo românticas (goals). Eles estão sempre se beijando, beijando pescoço (eita), se tocando de alguma forma, enfim, coitados, acho que esse é o efeito que esconder namoro dá. Fica difícil se controlar kkkkkkkkkkkkkk
ATÉ O PRÓXIMO BÔNUS, AMIGUINHOS (Antes que perguntem, não faço ideia de quando sai. Espero que ainda nesse fim de semana)
Amo e mamo vcs.
BEIJO NO PESCOÇO (em homenagem a C E R T O S endgames) (não falei quais)



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