Money Make Her Smile escrita por Clarawr


Capítulo 13
If you ain’t got no money, you take your broke ass home - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

OLÁ MEUS CHUCHUZINHOSSSSSSSSSSSSSSS
Migos queridos, eu não tenho palavras para me desculpar por esse atraso GIGANTE no capítulo!! Mas a verdade é que a querida amiga de vocês está ficando LOUCA LOUQUINHA! O tempo tem passado tão rápido que eu só me apercebi que fazem quase dois meses que eu postei semana passada!!!!! Eu podia jurar de pés juntos que ainda não tinha um mês que eu tinha postado o último capítulo JESUSSSS!
Mas agora, uma boa notícia: Esse capítulo será divido em duas partes e como eu não quero fragmentar muito a história, eu posso garantir que a continuação desse capítulo será postada em no máximo duas semanas! Eu vou entrar em semana de provas, mas não quero demorar muito para postar de novo para a história não perder muito o sentido, então vcs tem a minha palavra de que em duas semanas a continuação estará disponível para vcs!!
Para não alongar muito: A música do título é Glamourous da Fergie feat. Ludacris e a do capítulo é Money, Honey da Lady Gaga.
Espero que vocês gostem!!



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“Damn, I love the jag, the jat and the mansion

And I enjoy the gifts and the trips to the islands

It’s good to live expensive, you know it”

– Eu vou sentir sua falta. – Finnick disse, enquanto abraçava Annie na garagem de seu prédio chiquérrimo em Ipanema.

– Eu também. – Ela respondeu, deslizando suas mãos pelas costas largas do namorado.

– Estou para ver um casal hétero mais gay que vocês dois. – Katniss disse enquanto passava pelo caro de Mags na direção do porta malas para acomodar parte de sua bagagem no carro. – É só um final de semana, gente.

Era mesmo. Katniss, Annie e Mags estavam se preparando para meter o pé na estrada rumo à Búzios, cidadezinha turística no interior do estado do Rio de Janeiro, para um fim de semana luxuoso na mansão de um amigo da família de Katniss e de Annie. Ele estava comemorando 50 anos e provavelmente a crise da meia idade – e a oportunidade de ouro de se exibir. - o levou a abrir as portas de sua mansão para uma festa de arromba que duraria o final de semana inteirinho. Nas malas, Katniss e Annie levavam seus melhores vestidos, perfumes e maquiagens; afinal aquele era um dos típicos fins de semana em que elas teriam que ser a personificação de toda graça e elegância pelas quais suas famílias eram consideradas algumas das mais influentes da alta sociedade do Rio de Janeiro.

– Eu queria que você pudesse ir. – Annie disse, ignorando a amiga e com um olhar bobo no rosto.

– Eu também queria poder ficar com você. Mas a gente sobrevive. – Ele respondeu, colando seus lábios de leve nos dela. – Agora vai, não quero que você se atrase.

Eles se beijaram mais uma vez, dessa vez mais ardentemente e a separação foi um custo para ambas as partes. Annie se sentia realmente mal com a perspectiva de ficar sem Finnick, mesmo que por apenas dois dias. Ela sabia que eles podiam se falar; não era isolamento total, mas mesmo assim, saber que ela não sentiria o cheiro de Finnick durante dois dias inteirinhos não era uma ideia muito fácil com a qual se acostumar.

É, o amor faz essas coisas.

Annie entrou no carro e Mags começou a manobrar para tirá-lo da garagem, porque obviamente ela estava apenas esperando Annie conseguir se desgrudar de Finnick para começar a viagem.

– Tchau, Kat; tchau Mags. – Ele elevou o tom de voz para que as duas pudessem escutá-lo.

– Tchau, querido. – Mags respondeu, concentrada no volante.

– Tchau, Finnick. Deixa que eu cuido da Annie para você. – Katniss gritou, metendo a cara na abertura da janela do carro de Mags.

– E eu vou ficar de olho no Peeta. – Ele devolveu, rindo.

Katniss fechou a janela do carro e se recostou no banco de trás da BMW de Mags. Ela olhou para Annie, que parecia comicamente triste no banco ao seu lado e soltou uma gargalhada.

– Quem diria que Annie Cresta, nossa rainha de gelo, ficaria assim por passar um final de semana longe de um cara. – Ela observou, entre risos.

– Respeita o meu sofrimento. – Annie cuspiu de volta para a amiga, mas acabou rindo de si mesma também. Não havia como escapar. Annie sempre jurou para si mesma que nunca seria uma vítima das inconsequências do amor, mas agora ela percebia o quanto era difícil não deixar seu sentimento por Finnick dominá-la.

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Katniss e Annie dormiram, conversaram, cantaram, brigaram na hora de escolher qual CD colocar no som do carro e já estavam no segundo cochilo quando Mags finalmente parou o carro no gigantesco anexo para veículos da mansão do aniversariante. Annie acordou com o tranco que o carro deu ao passar por um quebra molas e não demorou muito para que Katniss também abrisse os olhos resmungando. As duas esfregaram os olhos e abriram a porta para conferir, nos retrovisores do carro, se estavam com a cara tão inchada a ponto de passar vergonha enquanto Mags entregava a bagagem para algum empregado que a levaria até o quarto reservado para ela e Annie. A bagagem de Katniss seria levada para o quarto que ela dividiria com os pais, que só iriam chegar mais à noite por conta de compromissos de trabalho.

– Agora vamos lá dar um oi para o Plutarch. – Mags disse, referindo-se ao aniversariante e Annie viu os olhos da mãe adotiva brilharem, o que indicava que ela já tinha Plutarch na lista de pretendentes para o próximo casamento.

Annie revirou os olhos. Ela só esperava não ter de ser dama de honra de novo.

– Queria que a Johanna estivesse aqui. – Katniss comentou enquanto as três caminhavam em direção à mansão.

– Eu também. – Annie concordou estreitando os olhos diante do sol que brilhava ardentemente mesmo que ainda fossem onze da manhã. Johanna não havia nascido em berço de ouro como Katniss ou Annie, de modo que sua família nunca estava na lista de convidados desses eventos VIPs. Katniss e Annie haviam conhecido Johanna na escola particular onde as três estudaram até se formarem, mas a verdade era que Johanna era bolsista e ainda assim seus pais davam um duro danado para pagar a mensalidade exorbitante. A família Mason havia se sacrificado muito para investir na educação de Johanna, e ela compensava esse esforço estando formada e já trabalhando em um escritório de prestígio aos 22 anos de idade.

– Plutarch! – Ouviu-se a voz de Mags berrar quando o dono da festa entrou em seu campo de visão, parado na porta da casa para receber as convidadas.

Plutarch era um homem de meia idade, mas como a maioria das pessoas que têm dinheiro, aparentava menos. Apesar da barriga saliente e dos cabelos ralos que traíam um início de calvície, os fios não eram grisalhos e seu rosto era livre de rugas ou outras marcas de expressão. Ele era um solteirão convicto, que provavelmente tivera seus dias de glória aos 20 ou 30 anos, mas parecia ter esquecido que o tempo passou e insistia em cantar a maioria das mulheres interessantes que apareciam em sua frente, ignorando diferença de idade ou senso do ridículo.

– Mags, minha querida. – Plutach respondeu, abrindo os braços para cumprimentar Mags. – Meu Deus, eu vejo a Annie quase sempre, mas eu ainda me surpreendo com o quão bonita ela ficou. Sabe, é difícil se acostumar com a ideia de que uma menina que você conhece desde os seis anos de idade cresceu e virou esse mulherão.

Annie riu simpaticamente.

– Obrigada, Plutarch. Parabéns e obrigada pelo convite.

– De nada, meu amorzinho. – Ele abraçou Annie. – Katniss é outra que cresceu rápido demais. – Plutarch comentou. – Onde estão seus pais?

– Trabalhando. Eles só vêm mais tarde.

– Ah, sim. Bom, fiquem à vontade, garotas. Os convidados que já chegaram estão relaxando um pouco na piscina, então, se vocês quiserem, coloquem seus biquínis e nos façam companhia lá.

As três se dirigiram aos seus aposentos, mas Annie já havia decidido que não iria à piscina. Ela havia acordado muito cedo para estar em Búzios àquela hora da manhã e mais à noite haveria a festa de aniversário de Plutarch propriamente dita. Ela queria estar bem descansada para não aparecer com olheiras no evento de gala da noite.

– Eu prefiro estar com olheiras a estar branca feito uma vela. Então eu vou tomar um solzinho. – Disse Katniss, pouco antes de bater a porta de seu quarto para se trocar.

– Boa piscina. – Annie desejou, entrando em seu quarto. Ela mandou uma mensagem para Finnick dizendo que já estava em Búzios, colocou um pijama e se atirou na cama, dormindo pouco tempo depois.

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– Tia, eu já estou pronta! – Annie berrou pela segunda vez, sentada na cama do quarto que dividia com Mags.

A verdade é que Annie já estava pronta há meia hora, mas a tia já havia lhe pedido que esperasse mais “cinco minutinhos” pelo menos umas cinco vezes.

Annie se levantou e olhou-se no espelho novamente. Ela parecia magnífica usando aquele vestido azul cobalto rendado na parte de cima, os cabelos caindo como uma cascata ondulada sobre seu ombro direito.

De repente, Mags surgiu atrás de seu reflexo, usando um vestido longo preto de mangas compridas. Os brincos compridos e dourados junto com as outras joias é que conferiam à roupa algum brilho, além do batom vermelho chamativo. Annie sabia do estilo exagerado da tia, mas mesmo depois de todo esse tempo convivendo com isso ela não podia evitar ainda sentir vergonha em alguns momentos.

De qualquer maneira, ela estava bonita. Talvez de um jeito um tanto quanto exagerado para Annie, mas ela havia aprendido que não adiantava discutir com a tia sobre isso porque aquela era a maneira como ela se sentia bem.

– Que tal? – Mags perguntou, analisando seu reflexo no espelho. Annie saiu da frente para ela pudesse se olhar melhor.

– Está linda. Por acaso toda essa produção tem destino especial? – Annie perguntou.

– O quê? – Mags perguntou, parecendo não ter prestado atenção na fala de Annie. – Destino especial? Do que você está falando?

– Você está de olho em algum futuro marido? – Annie perguntou claramente.

Mags gargalhou.

– Claro que não, Annie! Não estou procurando por nada.

Annie assentiu, mas ela sabia que sua tia era imprevisível e que qualquer coisa que ela falava podia ser facilmente esquecida caso Mags tivesse vontade de fazer outra coisa.

– Vamos? – Mags disse, abrindo a porta e as duas saíram do quarto onde estavam hospedadas rumo ao jardim da grande mansão.

Chegando à festa, a primeira coisa que Annie fez foi procurar por Katniss, mas parecia que a amiga ainda não havia chegado. Ela, então, seguiu a tia rumo ao bar, tropeçando um pouco nos saltos de seus sapatos novos.

A música alta penetrou seu corpo e as mesas primorosamente decoradas com toalhas douradas e jarros com lírios fizeram o corpo de Annie tremelicar. Ela já havia ido à muitas festas, festas até mais glamourosas do que esta, mas o sentimento sempre era o mesmo. Ela se sentia em casa. A atmosfera de refinamento e elegância sempre a envolvia e Annie sentia como se o ar que ela respirava fosse mais limpo ou penetrasse seus pulmões mais suavemente. Era daquilo que ela gostava. Glamour, holofotes, champagne e vestidos caros. Era aquilo que ela queria incorporar em sua rotina.

– Minhas meninas chegaram. – Plutarch chegou perto das duas, acompanhado de um rapaz da idade de Annie. Ele era alto e loiro, com olhos azuis profundos e porte atlético. Annie sentiu que aquela figura lhe era familiar e ficou tomada por aquela sensação irritante que vem quando sabemos que conhecemos alguém, mas não sabemos exatamente quem é.

– Cato? – Mags perguntou, parecendo surpresa e confusa e quase deu para ouvir o estalo na cabeça de Annie. Claro! Cato, o pirralho insuportável da vila que vivia brigando com Annie porque ela sempre ganhava dele nos jogos de bolinha de gude e no bafo.

– Eu mesmo, tia. – Ele confirmou, sorrindo e foi cumprimentá-la com um beijo no rosto. - Annie?

Annie assentiu, confusa, e Cato cumprimentou-a com um abraço também. Mas que diabos Cato estava fazendo na festa de 50 anos de Plutarch Heavensbee?

– Estou vendo que a Hazelle ainda não contou para vocês. – Plutarch disse, observando as caras de espanto das duas mulheres. – Cato é meu filho.

Annie engasgou com o champagne de sua taça de cristal. Mags foi mais discreta, mas seus olhos se arregalaram e Plutarch deve ter pensado que eles saltariam das órbitas e cairiam no chão do jardim.

– Filho? – Mags perguntou.

– Filho. – Pluatch confirmou. - Eu também descobri faz pouco tempo, menos de um ano. Você se lembra quando a gente tinha uns vinte e tantos anos e eu convidei um pessoal para passar um carnaval aqui?

– Lembro. – Mags respondeu, ainda parecendo muito chocada. – E eu trouxe a Hazelle junto comigo.

– Exatamente.

– Foi nesse carnaval?

– Foi. – Plutarch confirmou. – Mas ela nunca me contou. Se eu soubesse, teria assumido o menino desde o início. Só consegui assumir agora, mas meu nome já está até na certidão de nascimento dele.

Annie quase se engasgou com seu champagne de novo. Cato, o insuportável da vila, carregando o sobrenome Heavensbee na certidão de nascimento? Meu Deus, o mundo estava mesmo virando de cabeça para baixo.

Annie virou um grande gole de champagne para poder se recuperar do susto, esvaziando sua taça.

– Vem cá, me deixa encher isso para você. – Cato disse, retirando a taça seca das mãos de Annie.

Annie foi atrás dele na direção do bar porque era o que parecia adequado a se fazer.

– Parece coisa de novela, não é? – Cato disse, entregando a taça ao barman e virando-se para Annie. Ele sorriu discretamente.

– Sou obrigada a admitir que sim. – Annie disse. – Quem diria que nós nos encontraríamos mais de 15 anos depois de eu ter ido embora daquela vila, você filho de Plutarch Heavensbee e eu adotada pela Mags.

– Acho que ninguém previu uma coisa dessas. – Ele respondeu, ainda sorrindo e olhando maravilhado para a paisagem a seu redor.

Annie pegou seu champagne e agradeceu ao barman, analisando Cato cuidadosamente. Ele não lembrava em nada o garoto mimado que sempre a acusava de trapaça nas brincadeiras de rua. O único eco daquela época era o tom dos cabelos loiros e os olhos profundamente azuis, mas ele parecia ter se tornado um adulto muito mais evoluído do que Annie jamais poderia sonhar quando eles eram dois pirralhos melequentos de seis anos.

Ela não tinha como afirmar com certeza, mas Cato parecia um tanto deslumbrado naquele meio tão refinado, talvez até meio perdido. Annie não tinha como culpá-lo; era mesmo difícil se acostumar com aquele estilo vida quando se é abruptamente jogado para dentro daquele mundo e ela sabia disso melhor do que ninguém. Se ainda estava sendo difícil para ela aceitar a nova condição de Cato, imagina só como foi para ele próprio.

– Esse é o seu primeiro evento oficial como Heavensbee filho? – Annie perguntou e Cato riu.

– Pior que é. Eu nunca tinha vindo numa festa assim. Não era o meu mundo, sabe? Eu não sabia nem que roupa eu devia colocar para vir para cá.

– E eu tenho certeza que não ajuda nada o seu pai te apresentar para cada um dos 200 convidados. – Annie palpitou.

– Essa é a pior parte. A cara de interrogação de todos quando ele me apresenta como filho não me faz sentir nada melhor.

– Imagino que não. – Annie concordou. Ela estava prestes a completar sua frase, mas a visão de uma menina de cabelos negros compridos trajando um longo vestido verde água a interrompeu. – Katniss chegou. – Ela pensou alto. – Katniss é minha amiga. – Ela se explicou diante da confusão de Cato.

– Ah, sim. Por favor, não fique presa aqui comigo. Vai lá falar com a sua amiga.

Annie se calou por um momento, pensando que seria crueldade deixar Cato sozinho em sua primeira festa do high-society carioca. Em breve seu pai apareceria para apresenta-lo a mais pessoas e Annie imaginou como seria um saco para Cato ver a reação dela e de Mags se repetir com todas as pessoas para as quais ele seria apresentado.

– Vem comigo. – Annie disse, dando uma de Madre Teresa. – Vou te apresentar a Katniss. Eu vou ter que te dizer que você é filho do Plutarch e ela vai ficar de boca aberta por um tempo, mas ela vai ser mais legal do que qualquer outro convidado com quem você falou hoje.

Cato sorriu e seguiu os passos de Annie na direção de Katniss. Não que ele não estivesse gostando de sua primeira noite oficial como filho de milionário, mas ele não pode deixar de pensar que ter topado com Annie só deixaria as coisas ainda melhores.

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Annie acordou tarde no dia seguinte. A festa tinha ido até alta madrugada e dançar em seus sapatos novos deixaram-na mais cansada do que ele geralmente ficava após suas noitadas.

Annie virou-se de barriga para cima em sua cama e varreu o quarto com seus olhos, notando que Mags já havia saído. Ela suspirou e fechou os olhos novamente, debatendo internamente se deveria vencer sua preguiça e levantar-se da cama em busca de algo para comer ou se a melhor opção era permanecer em sua cama quentinha mesmo.

Ela se sentou em sua cama e afastou as cortinas, abrindo a janela e deixando ar puro e raios de sol entrarem no cômodo. O dia estava perfeito, céu azul e sol incandescente a chamavam para fora de casa. Búzios parecia realmente linda em dias de tempo bom.

Annie rolou da cama e se arrastou para o banheiro na intenção de tomar um banho rápido e escovar os dentes. Ela entrou no box e saiu de lá em menos de dez minutos, penteando os cabelos e catando alguma roupa casual no meio de sua bagagem. Em pouco tempo, ela estava pronta para encarar o mundo enfiada em um vestido estampado com flores vermelhinhas.

Saindo do quarto, ela deu de cara com Katniss no fim do corredor.

– Bom dia. – A amiga a cumprimentou.

– Bom dia. – Annie respondeu. – Que horas são?

– Onze e quinze da manhã. – Katniss respondeu. – Você vai tomar café da manhã?

– Se tiver algo para comer, sim. – Annie respondeu e as duas começaram a andar em silêncio pelo corredor em direção à saída da casa que levava ao jardim.

Annie podia sentir no ar que havia algo errado, e que Katniss estava se doendo para lhe dizer alguma coisa. E Annie podia apostar cem reais que essa coisa era um esporro.

– Está tudo bem? – Annie perguntou.

– Eu fui a única a sentir alguma coisa estranha no Cato ontem?

– Defina “coisa estranha”.

– Ele estava dando em cima de você, Annie. – Katniss apontou.

Annie assentiu. Ela havia percebido, mas isso não tinha importância para ela. Quando você é bonita como Annie, as pessoas dão em cima de você o tempo todo. É meio que inevitável.

– E aí? Não foi nada demais. Ele só ficou dizendo que eu era bonita e engraçada. Não é como se o cara tivesse tentado me agarrar ou algo do tipo.

– Mas você retribuiu. – Katniss rebateu e Annie até parou de andar tamanho o seu choque.

Ela ficou em silêncio com a boca aberta por alguns instantes.

– É claro que eu não retribuí! – Ela estrilou.

– Retribuiu sim. – Katniss insistiu. – Você ficava rindo para ele e mexendo no cabelo. Eu te conheço, Annie. Não estou te acusando de nada. Você é bonita e estava solteira até pouco tempo atrás, é natural que você tenha esquecido do Finnick por alguns momentos. Mas eu sou sua amiga e meu papel como sua amiga é te lembrar que ele existe.

– Eu me lembro do Finnick. – Annie disse secamente. - Você não precisa se preocupar com isso. – Ela disse, andando rápido em direção ao jardim e deixando Katniss para trás.

Annie sentiu algo quente formigar em seu peito e foi marchando até as mesas bucolicamente dispostas no jardim para um belo café da manhã ao ar livre. Como Katniss se atrevia a dizer que ela havia se esquecido de Finnick? Não houve um momento ali em que ela não tivesse se lembrado do quanto desejava que ele pudesse tê-la acompanhado nesse final de semana.

Ela viu Cato sentado em uma das mesas e correu para sentar-se ao seu lado.

– Oi. – Ele a cumprimentou.

– Oi. – Ela respondeu, sorrindo.

Cato bebia algo que parecia suco de laranja. Ele levou o copo a boca e estreitou os olhos na direção de alguns outros convidados que se levantavam e andavam em direção a garagem.

– Você também vai embora depois do café?

– Não sei. – Annie respondeu se servindo de um copo de suco de melancia. – Depende da minha tia.

– Queria que você pudesse ficar um pouco mais.

Annie sorriu, mas seu sorriso pareceu falso devido à raiva que ela ainda sentia do comentário de Katniss.

– De qualquer maneira eu vou embora hoje, acho que não passa muito da hora do almoço. – Ela respondeu.

– Me passa seu telefone para a gente não perder mais contato. O destino não ia colocar a gente no mesmo caminho desse jeito depois de 15 anos se não fosse par a gente continuar amigo. – Cato disse, sorrindo de lado.

Nesse momento, Annie viu Katniss descendo as escadas em frente à mansão. Ela viu a amiga andar até o jardim e sentar ao lado de seus pais e ficou divida entre ignorá-la chama-la para sentar-se ao seu lado.

“É natural que você tenha esquecido do Finnick por alguns momentos.” Annie se lembrou das palavras saindo da boca de Katniss e voltou a sentir a raiva queimá-la de dentro para fora.

Só se você me passar o seu número também. – Ela respondeu, sorrindo calorosamente para seu novo amigo.


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Notas finais do capítulo

EITA LELÊ ESSA ANNIE VADIA HEIN FSIOUDSIUIDOGU
Me contem o que acharam dessa história do Cato ser filho de milionário! E aí, vocês concordam com a Katniss? A Annie deu mesmo em cima dele de volta?? AI AI AI AMO TRETAS IOFUSDFOUDSIOGD
Falando nelas, aliás, preciso avisar que o próximo estará cheio delas. Na verdade, o próximo capítulo será uma grande treta por si só. Já estava na hora, né? As coisas estavam indo muito bem por aqui hehehehehehe.
Espero que vocês tenham gostado, minhas estrelinhas cadentes. Eu senti saudades de vocês.
Um beijo no pescoço, um abraço apertado, um cafuné e um apertão na bunda



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