Love Story escrita por Lady Rogers Stark


Capítulo 25
“Onde o amor impera, não há desejo de poder; e onde o poder predomina, há falta de amor. Um é a sombra do outro” - Carl Jung.


Notas iniciais do capítulo

Hey gente! Tenho que pedir inúmeras desculpas mesmo! O meu arquivo da história no meu computador não abria de jeito nenhum, não respondia por mais que eu tentasse, e agora estou tendo que postar no computador da minha mãe. (não contem à ela, ela não sabe, KKKKK)

Mais uma vez, desculpa. Aproveitem bem o capítulo, dei para consertar os errinhos bem pois no computador tem o Word (que saudade do meu corretor ortográfico maravilhoso), e no meu não tem (e eu choro).

Enfim, aproveitem bem e me digam o que acharam. Beijos e fui!



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Desculpa...– Andrew sussurra ao ver a minha cara preocupada em o que fazer agora enquanto o moreno fechava a porta que eu havia deixado aberta. Eu e a minha mania de portas abertas.

–É só um amigo aqui em casa - respondo tentando parecer a mais descompromissada possível, mas ele é esperto e não caí muito bem nas minhas tentativas patéticas de fingir que está tudo bem.

Namorado? – ele pergunta desconfiado e lembro do Steve, e percebo que ele não sabia. Agora, conto ou não conto? Faço o trabalho que eu pensei que minha mãe havia feito ou fico calada e mantenho o segredo?

–Não pai, somente um amigo, juro - respondo com firmeza e tentando não fazer o meu pai considerar a hipótese de eu estar mentindo, pois estou somente omitindo, apesar de não ser melhor e nem pior do que mentir.

E o que ele está fazendo aí? - pergunta ainda desconfiado e dou uma olhadinha rápida para a porta, e enquanto o meu pai esperava pela resposta, tentei me decidir se conto ou não. É agora ou nunca! Se decida Laura Teixeira!

–Ele está morando comigo. E sobre o namorado, ele é o meu vizinho - conto num suspiro sentindo que eu não estava fazendo a coisa certa em esconder isso dos meus pais. E agora que contei, me sinto muito mais leve.

Me diga uma coisa– ele pede e já logo imagino na bronca do que uma mulher estava fazendo morando com outro homem que não era seu namorado e nem seu marido, e o namorado ser o vizinho? Meu pai as vezes é muito conservador - Doeu para você me contar?– pergunta me assustando tanto quanto um filme de terror.

Minha cara vai de arrependimento e culpa para surpresa ao extremo. Eu ouvi direito mesmo? Meu pai já sabia ou não estava surpreso com a notícia?

–Como assim...? Mamãe te contou? - pergunto me deitando na cama pouco me lixando para os papeis que deitei em cima, apenas na caneta que está me cutucando nas costas e que retirei com facilidade.

Foi, ela contou - responde e realmente não me surpreendo com a notícia - Levou três meses para você conta para a gente, Laura, três meses. Sua mãe escondeu que ela estava muito preocupada. Você sabe que pode dizer qualquer coisa para a gente - aquilo realmente me cortou o coração.

–Desculpa.... Eu apenas não queria que vocês pensassem que eu estava aqui só para me divertir, mas aconteceu - justifico a minha omissão, espero que ele entenda o meu lado.

–Nós confiamos em você, se tiver mais uma coisa escondendo, a hora é agora para falar - ele avisou e me passou pela cabeça que talvez eu tivesse mais alguma coisa escondendo, mas tinha aquele segredo, em que eu não podia falar nem para os meus pais, muito menos por telefone. O segredo da identidade do Steve.

–Não, vocês já sabem de tudo, juro - respondo e quase consigo ouvir o suspiro aliviado do meu pai - Pensou que eu tivesse colocado um pirceng? - pergunto risonha e ele ri - Ou feito uma tatuagem, pintado o cabelo de verde, ou sei lá - brinco.

Sua mãe pensou que você tivesse furado o nariz - ele comentou e eu ri baixinho - Ela ás vezes é um pouco exagerada...

Um pouco? Você quer dizer muito, né? - pergunto - Ela não pode ouvir as palavras terremoto e Nova Iorque que ela logo liga para a Guarda Costeira daqui mesmo não falando uma palavra que eles consigam entender - digo e ele confirma.

Mas ela te ama de todo coração, e eu também - mais uma vez, com poucas palavras, meu pai conseguiu cortar o meu coração, seja de culpa ou de saudade. Eu sentia a falta deles todos os dias, mesmo eu não percebendo.

–Eu também... - respondo passando a mão pelo rosto temendo começar a chorar.

Conversamos por mais alguns minutos, eu contei mais sobre o meu emprego e ele conversou sobre o carro que ele está restaurando. Pois é, meu pai trabalha com restauração de carros antigos. E é sempre bom garantir que não chame os carros de velhos, mas sim de antigos ou relíquias.

Assim que desliguei a chamada, um lembrete no meu celular me chamou a atenção. Dizia:

"Segunda fase do concurso. Melhor estar preparada.

Não esqueça de acordar ás oito, sempre é bom treinar antes.

Não esqueça também o café da manhã!

Ah, e ligue para a mamãe!"

Esse lembrete era para semana que vem! E não treinei nada nessa semana que passou! Ignorei minha barriga roncando, ou o relatório faltando tão pouco para terminar. Simplesmente abri o guarda-roupa retirando o meu violino dali de dentro. Coloquei o arco sobre as cordas e foi aí que me toquei. Andrew também toca e também tem o teste! Saí do quarto indo até a sala e o encontrando deitado assistindo televisão.

–Andrew, quer treinar um pouco? - perguntei e ele virou o rosto e viu o violino.

–Não, obrigado, treino sempre na véspera - ele respondeu e franzi o cenho. Isso não é prova de terceira série não. O nível é bastante alto para treinar apenas na véspera - E desculpe por aquilo com o seu pai, eu sabia que ele não sabia que eu morava aqui - ele disse.

–Não, isso tudo bem - respondi rapidamente querendo me focar no treinamento - Tem certeza mesmo que você só treina nas vésperas? Isso é muito perigoso. Eu deveria treinar todos os dias, e assim já me sinto enferrujada, imagina então de meses em meses? - pergunto e ele dá de ombros trocando de canal - Se você tem certeza.... Tudo bem-digo voltando ao quarto e fechando a porta.

Fechei os olhos lembrando da partitura de uma música que sempre gosto de tocar e treinar. Coloquei o arco sobre as cordas e comecei a tocar, apenas sentindo o violino tremer um pouco e os meus dedos sobre as cordas. Sempre procurando sentir a música ao invés de apenas as notas.

Me senti leve feito uma pluma tocando, era um remédio para mim, um remédio que realmente funcionava. Era sempre um bom calmamente. Me fazendo esquecer de todo o stress do dia-a-dia. Eu deveria treinar mais, assim como parar de esconder as coisas dos meus pais, mas parece que adoro fazer isso.

Me despertando, ouvi outro violino começar a tocar, era Andrew que abriu a porta do quarto e começou a me acompanhar. Sorriu para mim e sorri de volta.

–A televisão saiu do ar, foi? - pergunto irônica o fazendo sorrir enquanto tocávamos.

–Não estava passando nada de importante mesmo - ele daria de ombros se o instrumento não estivesse sobre o ombro. Sorri e me preparei para a hora do solo. Ele me encarou em desafio, e eu também.

O solo era um conjunto de notas difíceis e complicadas, sempre percorrendo o braço do violino várias vezes em menos de dez segundos. Era complicado para mim, mas agora não pensei nisso, apenas em ganhar do Andrew. Quem errasse, perdia.

Eu encarava Andrew e o Andrew me encarava, nossos dedos faziam as notas enquanto o som saía limpo e agradável, mas o ouvi desafinar e uma nota sair bem feia, como nos desenhos animados, bem "torta". Sorri em comemoração e terminei o solo quase com perfeição. Ele começou a aplaudir e fingi me curvar aos seus aplausos.

–Talvez você tivesse razão em eu treinar mais - ele admitiu e concordei com a cabeça - De novo? -pergunta e aceno com a cabeça posicionando o arco mais uma vez.

–Se estiver ao meu alcance... - o desafiei e ele riu. Voltamos a tocar.

No final da música, nós dois ganhamos, pois ambos conseguimos tocar o solo da maneira certa sem desafinar, como um certo alguém... Mas eu avisei que tinha algumas partituras na sala. Fomos para a sala e escolhemos outra música, dessa vez bem mais complicada. Os dedos dele irão se embolar, disso tenho certeza.

Já estávamos na metade da música quando alguém bateu na nossa porta. Pedi pausa e Andrew parou. Coloquei o violino e o arco no sofá com cuidado e fui atender a porta. Sorri ao ver que era o Steve. Depositei um selinho alegre em seus lábios e ele entrou.

–Oi - ele disse para o Andrew que respondeu simpático - Dá para ouvir vocês tocando no andar debaixo - ele avisou e dei um sorriso travesso de lado.

–Sorte deles, aproveitam o meu talento de graça - Andrew brinca tirando um Fá no instrumento.

–Posso continuar ouvindo? - pergunta Steve e logo concordo.

–Claro, se quiser alguma coisa, já sabe onde fica a geladeira - aviso risonha pegando o violino e o arco. Ele riu e Andrew também posicionou o arco e decidimos começar do começo de novo.

Rimos dos nossos erros mínimos enquanto Steve não concordava e respondia que saiu tudo perfeitamente aos ouvidos dele. Treinamos por bastante tempo, até eu me lembrar dos papeis me esperando na minha cama. Resmunguei baixinho e avisei que era a última música que iriamos tocar, e olha que já estávamos na sétima.

Deixei o violino com o Steve curioso para ver de perto e pegar nele e voltei para a sala ouvindo o Andrew tocar uma música abertura de um desenho animado de quando ele era criança. Ri baixinho e escrevi as últimas linhas com facilidade. Talvez fosse minha inspiração voltada para qualquer coisa depois de tocar um pouquinho...

Voltei a sala e vi Andrew no sofá ao lado do violino observando a televisão enquanto Steve procurava algo na geladeira, talvez suco como sempre.

–Já terminou? - perguntou Andrew estranhando a minha rapidez pelo drama que eu fiz. Aposto que ele logo imaginou uma pilha de papeis da minha altura.

–Talvez eu mandasse você fazer, já que o senhor é o dono de toda a verdade do universo - ironizei dando de ombros e pegando um copo e enchendo de água da geladeira e pegando o suco que estava na cara do Steve, que nem havia percebido.

–Eu apenas disse que sei tudo o que as pessoas não sabem - ele brincou e ri baixinho, Steve colocou suco no seu copo e se apoiou na pia ao meu lado.

–Se treinou é porque falta pouco para o teste - ele comentou e assenti.

–Sou tão previsível assim? - perguntei e ele riu me abraçando de lado - Falta uma semana e percebi que eu não havia treinado nada nessas últimas semanas - respondi e ele concordou.

–Nervosa? - perguntou e respondi mais ou menos com a mão.

–Vai fazer xixi no palco de tão nervosa - brincou Andrew e joguei a toalha de cozinha nele enquanto ele ria.

–Estou, mas sei que vou ficar mais no dia - admiti e o loiro concordou - E não irei fazer xixi não, está?! - perguntei para o Andrew retoricamente. Ele negou com a cabeça e voltou a atenção para a televisão.

–Sei que você vai se sair bem - ele comentou e agradeci enquanto beijava meus lábios com delicadeza. Senti seu perfume que me fez sorrir. Aproximei seus lábios mais uma vez e arrancando suspiros meus futuramente ao lembrar do nosso beijo depois.

–Vou fingir ir ao banheiro para dar privacidade ao casal que adora me deixar segurando vela, ok? - brincou Andrew se levantando e caminhando ao banheiro. Steve e eu rimos baixinho.

No dia seguinte acordei mais disposta e alegre. Tomei um banho rápido pronta para o segundo dia. Vesti minha roupa e estava quase pulando de tanta disposição que eu tinha no momento para mais um dia provavelmente exaustaste de trabalho. Mas tento encarar positivamente, trabalho é trabalho, não é?

Andrew ainda dormia de bruços e todo esparramado na cama, e já era tarde. Aposto que ele só fez o meu café pois queria agradar. Claro, primeiro dia e tal. Suspirei tentando fazer silêncio e tomar o meu café. Tomei um copo de suco, uma fruta e um pão com margarina. O meu café antes do Andrew vir morar aqui.

Peguei a minha bolsa e calcei os sapatos, saí de casa e comecei a descer as escadas enquanto mandava mensagens de bom dia para o Steve e o Andrew. Steve ganhou um coração, e o Andrew uma carinha sorrindo. Sorri satisfeita e abri a portaria e recebendo o sol direto na cara. Fui até o ponto de ônibus. Na fila para entrar suspirei irritada ao perceber o que eu havia esquecido em casa: o relatório!

Saí da fila e corri de volta para casa, subi as escadas correndo e abri a porta na pressa, e fechei soltando um grito de susto de repente. Senti meu coração acelerado e assustado pelo susto. Tentei me acalmar devagar temendo ter um infarto naquele instante. Abri a porta devagar e temendo ver de novo o que eu vi antes.

–Desculpa... - digo baixinho ao lembrar do susto mais uma vez. Abri a porta tão rápido e sem bater que percebi que eu havia aberto justamente enquanto Andrew trocava de roupa.

–Pode abrir agora - ele avisou e abri devagar e fechando os olhos com a mão na frente também - Pode abrir, estou vestido agora - ele avisou e bufei brava indo até o quarto pegar a pasta - E desculpa, não achei que você fosse voltar - ele respondeu e voltei vendo ele com a mesma calça de pijama.

–Conversamos sobre isso depois, agora estou atrasada - aviso vendo o relógio do celular e vendo que eu tinha meia hora para chegar a tempo no trabalho sem estar atrasada, isso contando que o ônibus chegue na hora.

“Onde o amor impera, não há desejo de poder; e onde o poder predomina, há falta de amor. Um é a sombra do outro.”

–Carl Jung.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? E esse flagra da Laura no Andrew, ein? O que será que vai dar...? Ou pior! o que o Steve vai achar? Opa!

Gostaram? Já esperam ansiosamente pelo próximo? Espero que sim!

Beijos e até ano que vem! Feliz 2016 gente! (apesar de ainda faltar uns três dias ainda, mas desejo adiantado mesmo, KKKK).