Love Story escrita por Lady Rogers Stark


Capítulo 24
"Se você quiser me contar seus segredos. Sou de todo ouvido" - Martha Medeiros.


Notas iniciais do capítulo

Então... Hey People! Felizes em me ver? Espero que sim.

Então²... Sobre o capítulo passado... Sabem que eu não tinha nada para postar e o que eu havia feito era escrever urgentemente o que eu pude minutos antes de postar? Bom, fiz de novo. Escrevi esse capítulo e um tiquinho do próximo hoje mesmo. Não sei se está bom, mas coloquei algo para movimentar um pouco pois estou achando as coisas paradas demais, não acham? Mas não foi o suficiente, vocês verão.

Não é novidade que eu esteja sem inspiração para a fic e que só escrevo por causa de vocês, já sabem desse drama há muitos capítulos. E tenho me esforçado bastante para conseguir ter ideias boas para a fic, maioria delas acontecem quando estou me forçando a escrever Love Story, apenas surge e coloco na história quase sem refletir se a ideia é boa ou não, mas é uma ideia, e preciso delas.

Porque estou falando isso? Apenas para enrolar vocês? Não, claro que não. Apenas para destacar que SE um dia a fic entrar em hiatus, não se surpreendam, e também não posso prometer que ela voltará do hiatus. Inspiração para Love Story é difícil quando se tem outras distrações e hobbies.

Enfim, enrolei demais para o meu gosto. É o de sempre, boa leitura e a gente se vê nas notas finais, e novamente, o meu: FUI!



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A sua sala parecia pertencer a ele a muitos anos mesmo, pois tudo estava do jeito que parecia ele querer, organizado e limpo, ou talvez fosse sua assistente, mas mesmo assim, ele provavelmente deveria trabalhar aqui por muito tempo.

Entrei por um pequeno corredor, as paredes escuras pintadas de verde escuro contratando com o branco quase absoluto do lado de fora. Uma janela grande e fechada por cortinas também verdes, ele deveria gostar muito dessa cor. A mesa de madeira de aparência antiga ficava de frente para a janela, e lá haviam tantos documentos e papeis, mas não vi um computador.

Parei em pé esperando ele reunir os meus documentos e o assisti colocando tudo dentro de uma pasta de papel, sorriu ao me entregar e se despediu. Agradeci e fechei a porta seguindo o meu caminho até aonde será o meu ambiente definitivo de trabalho. Estou torcendo para não ter colegas perturbados e perturbadores como em filmes americanos.

Cheguei em casa um caco de vidro, uma meleca mole com o bônus de uma massa dolorida dentro da minha cabeça, crescendo e pulsando como um organismo vivo, ou como popularmente é chamada: dor de cabeça.

Eu realmente cheguei a pensar que seria coisa fácil, entregar cafezinho, tirar xerox de vez em quando, marcar e desmarcar reuniões nas quais eu não estaria presente pois sou somente uma secretária. Ah filmes... Porque me iludem tanto?

Para começar, o meu "chefe" é um mala sem alça. Não era novo e nem velho na empresa, mas que não contribuía para quase nada do andamento e crescimento dela. Tomava café pelo menos vinte vezes por dia, e quem ia pegar? Isso, eu, euzinha. Ele também não fazia nada que envolvesse números, dizia que era "alérgico" a eles, em tom de piada. Eu era quem fazia tudo, claro, na calculadora, mas nem isso ele fazia.

E o que ele fazia o dia inteiro? Assistindo Netflix no computador enquanto a pobre coitada aqui se mata de tanto fazer cálculo e se remoendo porque não prestou mais atenção no professor quando deu aquela mesma matéria na escola. Enquanto o Mala fingia estar escrevendo algo importante quando um superior dele chegava.

Abri a porta de casa me sentindo uma gelatina mole, joguei a bolsa para um lado, que caiu no chão, os saltos voaram para cima batendo na mesa de centro e o meu corpo cansado e, provavelmente desnutrido, no sofá. Bati minha face na almofada e quase gemi de alivio por não sentir mais nenhum peso em mim, principalmente nos meus pés por causa dos saltos.

–Dia difícil, ein? - ouço Andrew perguntar vindo da cozinha, provavelmente rindo da minha situação, mas que eu não estava nem um pouco a fim de querer contar como foi o meu terrível dia, faremos isso quando eu conseguir mexer o dedinho do meu pé que de tão doído, nem isso consigo fazer.

–Nem fale - respondo e ele solta uma risadinha, ouço algo abrindo e fechando nos armários, seus passos vindo até mim e algo de vidro sendo posto na mesa de centro, abro os olhos e vejo um prato com um sanduíche, queijo, alface, carne de hambúrguer e pão de forma. Minha boca saliva e logo me sento devorando aquele sanduíche suculento.

–Obrigada, Andrew - digo de boca cheia, mas ele nem liga, apenas se senta do meu lado ligando a televisão enquanto mastigo sentido tudo melhorar, eu apenas estava com fome, até mesmo a dor de cabeça melhorou um pouquinho.

–Toda essa fome e nem parece que almoçou - ele comenta apertando os botões do controle remoto para colocar num determinado canal. Olho para ele e suspiro lembrando no meu desastre de almoço.

–O meu almoço era para ser vinte minutos apenas, mas surgiu um imprevisto que caiu no colo do meu chefe, que jogou a bomba para mim, que nem comeu metade do hambúrguer que você me deu, desculpa - explico e ele me dá um sorriso complacente com a minha deplorável situação.

–Mas vem cá, esse seu chefe é como? - pergunta e suspiro cansada só de lembrar.

–Um babaca, daqueles bem generalizados mesmo, deve nem ter saído da casa dos pais, e olha que deve ter seus quarenta, cinquenta anos de idade - conto e ele olha para mim surpreso - Mas o que você fez hoje? - pergunto curiosa enquanto dou outra mordida.

–Assisti televisão, arrumei minhas coisas, dei uma volta pela rua, essas coisas - ele respondeu normalmente revezando o olhar entre mim e a televisão. Balancei a cabeça concordando e dando outra mordida.

–Gostou daqui? - pergunto e ele afirma com a cabeça. Suspiro um pouco entediada já que o programa que ele colocou não me interessaria, um jornal qualquer que dava uma noticia qualquer.

Terminei com o lanche e me levantei com o prato na mão indo até a cozinha pegar um copo de suco. Abro a geladeira e não vejo a minha caixa de um litro de suco de manga. Olho para a lixeira e a vejo ali, vazia, sem nada. Suspiro cansada mais uma vez. Andrew provavelmente deve ter tomado todo o restinho que eu deixei.

Vou até o banheiro, tomo um rápido banho, que eu estava precisando realmente, e vou ao quarto, troco de roupa e volto para a sala, Andrew ainda estava assistindo ao noticiário.

–Você gosta mesmo de jornal - comento risonha o fazendo rir baixinho também enquanto calço a sapatilha - Vou comprar suco e já volto - conto e ele concorda.

–Foi mal por ter tomado tudo - ele pede e concordo.

–Tudo bem, quer que eu traga alguma coisa? - pergunto e ele afirma.

–Se não for te dar muito trabalho, pode trazer isso aqui? - ele pergunta retirando do bolso uma lista de pelo menos quinze itens, olho surpresa e já sentindo meus braços doendo na hora de trazer - Se quiser posso ir e te ajudar.

–Não precisa, acho que consigo - digo e ele concorda, agradece e saio de casa descendo as escadas. Abro a porta da portaria e outra pessoa também entra na portaria, que sorri para mim com um capacete em mãos.

–Porque a gente só se encontra por coincidência? - pergunto injuriada, e Steve ri, me puxando para um abraço e me dando um selinho.

–Não é só por coincidência não - nega e levanto uma sobrancelha acreditando nem um pouco nele - Tá bom, mas isso é uma coisa legal - ele assume e concordo - Mas está indo aonde? - pergunta ao ver minhas roupas e o meu cabelo recém lavado.

–Supermercado - digo e mostro o pedaço de papel com a letra cheia de garranchos do Andrew.

–Vou te fazer companhia - ele afirma e me surpreendo pela firmeza com que ele disse, não apenas convidando, não apenas perguntando, mas sim afirmando que vai me fazer companhia. Não posso negar que gostei um pouco.

–Ué, cade o cavalheirismo? A gentileza... - brinco e ele ri baixinho.

–Achei que você quisesse, porque uma lista dessas vai ser difícil você carregar tudo sozinha - ele responde e concordo com a cabeça.

–Andrew me perguntou se eu queria ir com ele, neguei, mas você é bem melhor - brinco agarrando seu braço e o abraçando enquanto digo com uma vozinha apaixonada, o fazendo rir, e juro que vi um sorriso orgulhoso no rosto dele. Ciumento sempre.

Andamos lado a lado por todo o quarteirão, e chegamos ao supermercado bem rápido, e suspirei o vendo bem lotado e com os caixas lotados de clientes cansados e doidos para ir para casa.

Decidimos que era melhor dividir, eu colocava as coisas dentro do carrinho e Steve cuidava dos legumes e verduras que Andrew pediu, no fim, nos encontramos numa fila de caixa que estava mais vazia, mas ainda havia cinco pessoas na nossa frente.

–Você trabalha aos sábados? - o loiro perguntou no meu ouvido de surpresa enquanto ele me abraçava por trás e eu, tranquilamente, encostava a minha cabeça nele, mas que acabei levando um pequeno susto, ele riu.

–Trabalho, mas bem menos do que nos dias de semana, ainda bem - respondo com um pequeno comentário bem baixo para que ele não escutasse, mas com essa audição dele, não tenho certeza se ouviu ou não.

–Livre então a partir do almoço? - perguntou sussurrando no meu ouvido, ri baixinho sentindo cócegas.

–Porque...? - pergunto com um sorriso me virando de frente para ele.
Ele sorri encarando os meus olhos enquanto retirava algo do bolso, eram dois papeis, quando percebi, eram ingressos para alguma coisa, ele me entregou e eram papeis de ingressos, ingressos de jogo de futebol, e não o americano.

–Eu nunca fui numa partida, tomara que seja tão legal quanto o futebol americano - ele comenta enquanto deixo um beijo na sua bochecha.

–Vai ser sim, você vai gostar - afirmo e ele sorri de volta - Obrigada, Steve - agradeço lhe dando um abraço apertado.

–A fila! - alguém avisa atrás da gente, nos separamos rapidamente empurrando o carrinho mais para frente, já que havíamos deixado um imenso espaço na nossa frente. Seguramos o riso quietos esperando a nossa vez de sermos atendidos.

Steve deixou as minhas compras na minha casa e avisou que daria uma visita ao trabalho dele, em outras palavras para não atiçar a curiosidade do Andrew, a S.H.I.E.L.D. Concordei com ele o vendo descer as escadas. Suspirei e fechei a porta ouvindo a geladeira ser aberta.

–Vamos fazer uma pizza? - ele pergunta levantando o saco de tomates e com um sorriso simpático. Lhe devolvo o sorriso o seguindo para a cozinha ver se era tão fácil fazer uma pizza quanto eu imaginava ser.

–Começou! - ele avisou de supetão e me assusto enquanto eu tentava levar a pizza até o forno, e quase a derrubo no chão. Olho com raiva para o moreno, que correu até a sala se sentando no sofá e ligando a televisão rapidamente e com uma enorme pressa e urgência.

–Quase que derrubo a pizza por sua causa - reclamo mas parece que ele não me ouviu, ou não se importou. Suspiro enraivecida e abro o forno com o pé e coloco a pizza lá dentro o sentindo quente já. Fecho fazendo bastante barulho, e o meu amigo continuava a ter uma concentração assustadora no jornal com uma jornalista bonita anunciando as noticias do dia.

Reviro os olhos com aquela atitude estranha dele. Qual o motivo de tanta urgência em ver um simples e péssimo noticiário daqueles? Porque oras, ao em vez de falar sobre a alta do dólar, a violência constante que acontece no mundo, ou até mesmo sobre esportes populares. Não, eles falam sobre o dono do cachorro que foi multado por fazer xixi num hidrante.

–Esse canal é bem melhor se você gosta tanto de noticiários - aviso pegando o controle e digitando o canal que eu geralmente assistia quando eu via uma noticia urgente no celular e queria saber mais detalhes. O canal muda e o moreno pega o controle da minha mão logo em seguida voltando ao canal antigo com quase desespero.

–Não, este aqui está bom - ele responde e assinto com a cabeça tentando não demonstrar o quanto estranho foi aquilo. Eu só troquei o canal e foi como se eu fosse atirar com uma arma na parede, e ele tomou o controle da minha mão como se fosse uma arma perigosa em minhas mãos!

–Você não é um desses fanáticos em repórteres bonitas de televisão não, né? - pergunto receosa e ele suspira passando a mão pelo rosto, demonstrando que algo estava preso dentro dele, algo que ele queria contar mas não devia.

–Depois a gente se fala. Você não tinha aquele documento que você me falou? - ele pergunta na tentativa de me fazer sair da sala e deixá-lo sozinho. Reviro os olhos e o deixo indo ao meu quarto pensando em comprar um computador ainda hoje mesmo, pois terei que fazer o documento por escrito à mão e depois passar para o computador amanhã.

Suspiro procurando a palavra certa para usar nesse caso, e não poderia ser uma palavra simples, tinha que ser complicada, para demonstrar que eu não tinha apenas o ensino médio completo, eu tinha o superior também, porém incompleto.

Afasto a franja da frente do meu rosto pela milésima vez e meu celular começa a tremer e tocar. Ótimo, mais uma coisa para me distrair, e não era mensagem, e nem o Steve falando. Peguei o celular e vi que era o meu pai ligando. Na minha cabeça logo soou o alarme "ferrou".

Lembrei logo de imediato quando falei para a minha mãe que eu estava namorando praticamente desde que cheguei aqui, há dois meses, quase três. Mas eu não havia falado nada com o meu pai. E se minha mãe deixou escapar? Ou se ela se sentiu culpada e contou a ele?

–Ei pai! - digo forçando a mim mesma a ficar calma, não adianta de nada ficar desesperada e nervosa em meu pai ficar sabendo de alguma coisa, e se ele brigar, aceitar as punições quais quer que fossem.

Oi Laura– ouço sua voz grossa e séria, ele já era assim, o total oposto do que a minha mãe é, agitada, animada, exagerada e as vezes nada discreta. Agora pegue tudo isso e imagine justamente o contrário, o antônimo, é o meu pai - Liguei apenas para saber como você está– ele avisou e assenti com a cabeça.

–Estou bem sim, mamãe te falou que eu consegui um emprego bom? - perguntei receosa, porque se ela falou isso, com certeza falou o resto. As vezes mamãe não sabe quando parar de falar.

–Falou sim, e você está gostando?– ele perguntou e me sentei na cama com os pés para cima tomando cuidado com os papeis.

–Um amigo meu me garantiu a vaga, ele é o dono, eu estava animada e ele disse que seria fácil e blá, blá, blá. Mas não é assim - respondo e sinto que ele estava ouvindo atentamente.

–Mas o que aconteceu para você ficar tão desanimada assim? Quando foi o seu primeiro dia?– ele perguntou interessado. Sorri lembrando de como ele era interessado nas coisas que aconteciam na minha vida, desde eu conseguir tocar uma nota mais difícil sem desafinar, até gabaritar uma prova em que eu me esforcei bastante.

–O meu emprego é de secretária e...

–Laura, onde estão pilhas novas? - ouço Andrew perguntar com o controle na mão e vindo da porta e percebo que o meu pai notou, com certeza ouviu a voz masculina além da dele.

Quem é que esta falando?– pergunta com preocupação e surpresa, eu não esperava nada menos do que isso.

"Se você quiser me contar seus segredos
Sou de todo ouvido.
Se os seus sonhos não derem certo,
Estarei sempre lá para você.
Se precisar se esconder,
Terá sempre minha mão.
Mesmo se o céu desabar,
Estarei sempre contigo.
Sempre que precisar de um lugar,
Haverá meu canto, pode ficar.
Se alguém quebrar seu coração.
Juntos cuidaremos.
Quando sentir um vazio,
Você não estará sozinha.
Se você se perder lá fora,
Te buscarei.
Te levarei pra algum lugar
Se precisar pensar.
E quando tudo parecer estar perdido,
E você precisar de alguém
Eu estarei sempre aqui."
–Martha Medeiros


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Me superei? Brincadeira, já escrevi capítulos melhores.

Gente, se encontrarem qualquer errinho de gramática, me avisem, estou usando WordPad e não tem corretor ortográfico como o Word, e alguma coisa pode sair errada pois sou humana e eu erro. Por favor, me avisem e me perdoem.

Beijos e até o próximo capítulo! Espero reviews ein?!