Love Story escrita por Lady Rogers Stark


Capítulo 26
“Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, ela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento qu


Notas iniciais do capítulo

Hey minha gente! Sem wi-fi aqui, mas estou usando a internet do celular por meio do roteador (não contem aos meus amigos que meu celular tem roteador!). Estou há dois dias sem wi-wi, para uma viciada como eu, é muito tempo mesmo. Pois é... Morar no interior é isso... Isso e internet cara e lenta, ¬_¬"

Bom, eu tenho que confessar que fiquei bastante ansiosa para postar esse capítulo. E NECESSITO GRITAR PARA AGRADECER A LINDA E BELÍSSIMA JUH! GAROTA! TU É INCRÍVEL! MUITO OBRIGADA PELA LINDA RECOMENDAÇÃO QUE VOCÊ ME MANDOU! CHOREI E CHOREI! MOSTREI PARA OS MEUS PAIS E OS MEUS MELHORES AMIGOS! Sério, muito obrigada! ♥ Graças a você eu tive uma inspiração que me rendeu dois capítulos para escrever facinho!

Então gente, porque vocês não seguem o exemplo da Juh? Se uma recomendação conseguiu me fazer escrever dois capítulos seguidos! Imagina se mais uma recomendação eu ganhar de presente? Mais três capítulos, talvez? Eu espero que sim!

Enfim... Vamos ao capítulo! Aproveitem! Pois eu adorei escrever e reler! Beijos!



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Cheguei ao trabalho poucos minutos atrasada, bem poucos mesmo, no máximo seis minutos. Passei o crachá na máquina, que liberou a roleta e passei direto indo em direção aonde eu trabalhava. Cumprimentei as secretárias que me responderam simpáticas.

Me sentei na minha cadeira com um suspiro e logo ligando o computador. Sabia que eu tinha que passar aquele relatório logo para o computador antes que o senhor Jhones, meu chefe, reclamasse.

Na minha mesinha não havia nada demais, apenas a minha bolsa do meu lado esperando para ficar pendurada no cabineiro, um pequeno painel de metal com imãs para eu pendurar fotos ou recados, um porta canetas com apenas uma caneta dentro e a agenda do senhor Jhones.

–Chegou atrasada – ouço a voz dele atrás de mim, onde ele fica sentado quase o dia inteiro, parecendo me observar ou encarar a tela do computador que não está fazendo nada que seja relacionado ao seu trabalho, isso quando, claro, um superior seu passa por aqui.

–Esqueci os papeis – expliquei levantando a pasta e com um sorriso sem graça no rosto. Ele apenas murmurou alguma coisa e continuou ao comer os seus biscoitos de chocolate. Bem que ele poderia me oferecer um, mas acho que ele não vai oferecer.

Voltei a ficar de frente para a mesa sentindo o couro confortável da minha cadeira ou até mesmo do perfume delicioso dos produtos de limpeza que eles usam aqui. Me dá vontade de comprar os meus e usar na minha casa.

Digitei todo o relatório, o que eu fiz em quinze minutos, coisa simples, mas seria mais rápido, BEM mais rápido, se eu tivesse familiaridade com o teclado, mas logo vou ter. Decidi ver a agenda dele hoje, se estava vazia ou estava lotada. Só Deus sabe o quanto quero que esteja lotada.

Ele tem uma pequena reunião com os outros engenheiros de sua equipe depois das três horas, tem que buscar as peças no setor de conserto para alguma coisa que ele esteja construindo quando o relógio bater quatro e meia e ir embora ás sete, como eu. Ire avisá-los de seus compromissos depois.

Observei mais um pouco aquela agenda, a letra era tão bem feita e delicada que não podia ser dele. Deveria ser da secretária antes de mim. E ela era tão bem organizada. Vejo pelas suas anotações anteriores, “lembrar o senhor Jhones de tomar seu remédio ás duas em ponto”, “levar os papeis que o senhor Jhones vai esquecer para reunião das três”, e tantos outros comentários que ele, como adulto, deveria lembrar sozinho.

Suspirei um pouco entediada sem ter o que fazer por enquanto, ele até agora não me passou nada!

–Tavares, leve esses documentos para o Jon. – foi só pensar no tédio...!

–É Teixeira, senhor – tentei corrigi-lo, mas acho que ele não deu muita bola enquanto me entregava um pesado bolo de papeis, deveria ter uns cinco quilos só de papel. Arfei e tentei me equilibrar enquanto andava – Onde fica? – perguntei ao perceber que eu não fazia ideia de quem era. Ouvi seu suspiro entediado bem alto.

–Terceiro andar, sala terceira a esquerda e entregue para um cara moreno de olhos verdes – ele respondeu e agradeci pela informação, mas ele nem se deu ao trabalho de levantar os olhos da tela do seu computador. Bufei voltando ao caminho.

Eu pedia desculpas as pessoas na minha frente um pouco sem jeito. Novata aqui e pagando esse mico de mal conseguir carregar esse monte de papeis, eu só via estagiários fazendo isso. Espero que quando o Andrew começar amanhã, isso seja trabalho dele, não meu mais.

Estava passando pelo saguão torcendo para ninguém esbarrar em mim até o meu percurso até o elevador, já que os papeis dificultavam um pouco a minha visão, alguém me chamou, e logo tocou o meu ombro.

–Deixe que eu levo isso – avisou Tony pegando das minhas mãos os papeis, olhei espantada.

–Não, não, senhor Stark, por favor, deixe que eu levo – eu disse tentando pegar de volta, mas ele não permitiu.

–Quantas vezes tenho que falar para você me chamar apenas de Tony? – ele perguntou reclamando, mas logo depois deixando formar um pequeno sorriso na sua face – Pelo jeito, o cara está te fazendo de burro de carga – ele comentou enquanto caminhávamos para o elevador onde havia uma pequena fila.

Eu não sabia o que responder. Eu não iria dizer que o engenheiro que era o meu chefe era um total babaca, que só me colocava trabalho que eu não tinha nenhuma responsabilidade sobre, sempre errava o meu nome e sobrenome e não ligava quando eu o corrigisse, e até mesmo pouco trabalhava.

–Não, de jeito maneira, é só eu que escolhi levar tudo de uma vez ao invés de fazer várias viagens – respondi com um sorriso sem graça.

–Poderia ter pego um carrinho daqueles – ele apontou para o queixo um rapaz levando o triplo de papeis que eu com um carrinho parecido com aqueles que as camareiras usam em hotéis. Meu queixo caiu com a minha estupidez, mas logo me recompus.

–Na verdade, eu nem sabia que tinha esses carrinhos aqui... – comentei um pouco envergonhada e ele deu um sorriso de lado complacente com a minha situação.

–Não se preocupe, você é nova, logo pega o jeito – ele respondeu e sorri agradecida – Então, com vai você e o Steve? – perguntou depois de um breve momento em silêncio, mas era visível que ele não queria falar sobre isso.

–Acho que você realmente não quer falar sobre isso, Tony – respondi risonha.

–Sim, com certeza – ele respondeu aliviado – E a sua apresentação? Já comprei os ingressos para a final – ele avisou e estranhei aquilo.

–Já estão vendendo? – perguntei curiosa e ele deu de ombros.

–Para mim, quase tudo está à venda, principalmente quando se trata de ingressos – ele respondeu e percebi o quanto era verdade sobre esse negócio de que pessoas mais ricas tem muito mais prioridades do que nós, da classe média.

–Entendi, espero que você goste de ficar três horas escutando músicas que aposto que você não escuta – comentei um pouco irônica e ele riu, e afirmou com a cabeça.

–Você tem razão, Pepper que me arrasta para essas apresentações e consertos, já até conseguiu me levar à ópera – ele contou e lembrei da Pepper logo de imediato. Bem que eu sabia que ela conseguia esse tipo de coisa.

Logo em seguida conseguimos entrar no elevador, que por sorte não estava lotado. Apertei o terceiro andar e o Tony o quinto. Subimos e conversamos mais um pouquinho, quando chegou ao andar, ele me entregou os papeis e lembrei o quanto estevam pesados, pelo menos para mim, e ele carregava como se fosse um caderno de uma matéria.

Encarei o carpete vermelho e as paredes cor de creme, isso e as mesinhas encostadas nas paredes com tampa de vidro e tantos vasos de flores bonitas e exóticas que me perguntei porque eu não poderia trabalhar aqui também?

Segui o meu caminho cruzando com algumas pessoas fazendo seu trabalho e bati na porta, terceira a esquerda, e espero que ele tenha me dado o endereço certo, não estou interessada em fazer todo o caminho de volta para perguntar à ele o endereço certo, porque o ele me falou estava errado. Não seria nada legal isso.

Entra! – ouvi alguém dizer de dentro da sala. Qual o trabalho que teria em levantar da cadeira e abrir a porta para mim? Sabia que as minhas mãos estão ocupadas?

Com um gemido pequeno de esforço, coloquei os papeis apoiados no meu antebraço e a mão ficou livre, estiquei um pouco e girei a maçaneta e empurrei levemente com o pé.

–Me desculpe! Se eu soubesse que você estava com as mãos ocupadas teria aberto para você – o cara levantou da sua cadeira e veio com pressa até mim e pegando a pilha de papeis, segurei o suspiro de alívio livre daquele peso.

–Não, tudo bem – digo corrigindo a franja e colocando atrás da orelha novamente – Eu só vim entregar para o senhor mesmo – avisei enquanto ele olhava rapidamente os papeis.

–Só podem ser do Jhones – ele comentou e olhou rapidamente para mim – Dá para ver pela mancha de mostarda aqui – ele respondeu mostrando uma das folhas com uma mancha pequena no lado direito dianteiro.

–Se quiser posso imprimir novamente – sugeri e ele negou com um sorriso no rosto.

–Não precisa, isso não é nada demais – ele negou simpático – E boa sorte trabalhar com ele, vai precisar – ele avisou e agradeci não me assustando com a simpatia, realmente eu precisaria de muita sorte para sobreviver com paciência trabalhando com ele.

Já era hora do almoço, e lamentei a falta do sanduíche do Andrew para eu comer, e por isso tive que me contentar com um lanche nada saudável e bastante calórico da máquina de lanches. Coloquei uma nota de cinco e recebi um pacote de biscoitos simplórios. Bufei e voltei para a minha mesa ouvindo o barulho do meu chefe mastigando o que mais parecia ser cenouras de tão barulhento.

Comi quietinha de olho no relógio e saboreando os meus momentos em que eu poderia me manter “relaxando”, isso se não fosse o *crac crac* do senhor Jhones atrás de mim, e rindo de boca cheia de algum vídeo de gatos da internet. Bufei e revirei os olhos jogando a embalagem no lixo de longe. Comemorei quietinha e peguei o celular jogando um jogo bobo até o meu precioso tempo acabar.

E acabou. Bem cinco segundos depois o senhor Jhones me disse para entregar essa autorização para o cara da área de produção, um memorando para o recursos humanos e, por fim, um relatório para o setor de segurança de produção. Pelo menos dessa vez todos os papeis juntos somavam vinte folhas.

O problema disso não era nada de peso ou preguiça, ou até mesmo porque ele errou o meu sobrenome de novo, mas sim a distância de um lugar para outro. Isso tinha que me levar direto para a fábrica, depois para o recursos humanos que ficava na direção contrária e depois de novo para a fábrica, porém em um ponto mais distante ainda. Deu para ver no mapa que ficava no saguão.

Bati a pasta nas pernas e comecei a caminhar para o recursos humanos. Uma tal de Sheila, muito simpática recebeu os documentos e avisou que enviaria o comprovante pela rede interna da empresa. Agradeci e fui embora para o próximo lugar.

Me perdi um pouquinho, mas achei o lugar graças ao mapa que pedi para as meninas da recepção imprimir para mim depois que passei no saguão de novo. Rafael me atendeu, educado e atencioso, disse que enviaria o comprovante do recebimento pela rede interna, de novo. Agradeci um pouco cansada e fui para o último ponto.

Bob, um senhor de idade me atendeu dessa vez, e viu o quanto eu estava cansada e doída, me ofereceu uma caneca de café quente que não pude negar, bebi e ainda pedi por água, que me entregou com a maior educação do mundo.

–Porque Jhones não enviou pela rede? – ele perguntou estranhando e afastando os óculos para ler o papel que te entreguei e espremendo os olhos.

Jhones deve ser bem conhecido por aqui, nossa.

–Daria para enviar isso por computador? – perguntei surpresa e chocada.

–Sim, claro, não sei mexer bem com computadores até porque o meu trabalho é puramente burocrático – ele apontou para a mesa coberta de papeis – Mas me enviam comprovantes, memorandos e essas coisas o tempo todo pelo computador – ele apontou para o computador novinho em cima da sua mesa desligado.

–Tudo bem, obrigada pela água e o café senhor... – me afastei para ver sua porta onde tinha a placa com a sua função e o nome – Senhor Osmund – agradeci já na porta pronta para ir embora.

–Me chame de Charles, e boa sorte com o Jhones, esse cara já não gostou de você – ele avisou e assenti com a cabeça não gostando ao dobro do Jhones depois disso tudo.

Lamentei meus pés doloridos no caminho de volta para o escritório, estavam muito doloridos, essas sapatilhas não são feitas para andar tanto, eu devo ter andado por meia hora, com certeza, devido ao tamanho colossal que esse lugar tem.

O relógio de parede marcava cinco para ás três, bufei e torcendo para tudo acabar logo, chegar em casa e cobrar as desculpas do Andrew por meio de massagens nos meus pés que com certeza estarão ainda mais doloridos depois que eu chegar.

Mas algo se acendeu na minha cabeça. A reunião nas três horas! Murmurei um droga baixinho passando a andar mais rápido, eu tinha cinco minutos para chegar quando o caminho levava o dobro! Eu não queria correr, seria chamativo demais, mas ele iria perder a reunião, meu emprego pode estar dando tchau se ele perder a reunião! Por isso passei a correr ignorando o que as pessoas vão achar.

Fiz todo o caminho de volta correndo, ignorando o cansaço o máximo que eu podia, passei pelo saguão em segundos e corri pelos corredores e chegando a sala e vendo o Jhones em pé consertando a gravata.

–Aconteceu alguma coisa? – ele perguntou espantado ao ver a minha situação, cansada e suada, cabelos bagunçados e me apoiando no vão da porta devido à falta de fôlego. Respirei fundo e respondi:

–A reunião – o lembrei e ele bufou ao me ouvir se virando para pegar sua pasta e pronto para sair da sala.

–Não sou criança para você ficar me lembrando de tudo, sei me cuidar! – ele respondeu passando pela porta e esbarrando em mim levemente – Credo! Parece minha mãe! – ele comentou enquanto caminhava até a sala onde aconteceria. Suspirei chateada voltando para a minha mesa.

Reparei na imensa pilha de papeis que ele deixou ali! Olhei indignada para a porta de onde ele saiu como se ele pudesse ver a minha cara, mas não podia. Bufei jogando a cabeça para trás e notando que o meu celular começou a tocar, era o Steve, só ele mesmo para conseguiu alegrar o meu dia.

“Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, ela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera”.

–Martha Medeiros.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Eu pessoalmente estou adorando escrever sobre o Tony! E vocês gostam do Andrew? Qual o personagem favorito de vocês? Ah, para mim é o Tony (deu para perceber, não é? KKKK).

Espero que tenham adorado o capítulo! Espero também que comentem bastante! Adoro receber os reviews de vocês! E recomendações também (*cof cof amo cof*).

Beijos e a gente se vê no próximo capítulo! Fui!



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